O Jornal da Cidade

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O Google.org, braço filantrópico do Google, está doando R$ 5,2 milhões para a organização sem fins lucrativos Amigos do Bem Com o recurso, serão distribuídas 42,5 mil cestas básicas a 8,5 mil famílias durante cinco meses em 140 povoados nos Estados de Alagoas, Pernambuco e Ceará. Além do alimento, 50 povoados impactados pela seca serão abastecidos com 3,8 milhões de litros de água potável ao longo de um ano.

Por conta da pandemia, 19 milhões de pessoas vivem com fome no Brasil, segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberana e Segurança Alimentar (Penssan). Desse total, 7,7 milhões vivem no Nordeste, onde Amigos do Bem atua. A pesquisa conclui que a fome voltou aos níveis drásticos, comuns no início dos anos 2000.

Além da epidemia de fome, a insegurança hídrica atingiu 40,2% do total de domicílios do Nordeste. Segundo pesquisa da Divisão Sanitária Nacional, o total de domicílios rurais com pessoas passando fome dobra quando não há disponibilidade de água para os cultivos de subsistência. Nas regiões em que a Amigos do Bem atua, 98% das comunidades relatam secas ao longo do ano.

Além da doação à Amigos do Bem, o Google anunciou R$ 78 milhões em créditos de anúncios a serem utilizados por autoridades de saúde para divulgação de informações essenciais por meio de campanhas na pandemia, como a importância da vacinação. Por meio do Google.org, a empresa já doou R$ 5 milhões à Gerando Falcões e contribuiu com o Movimento União BR para a compra de usinas de oxigênio entregues a seis municípios no Amazonas.

A Bahia suspendeu a vacinação de todas as grávidas sem comorbidades, independentemente do tipo de imunizante utilizado. A medida ocorreu a pedido do Ministério da Saúde (MS), mas gera opiniões controversas. A infectologista, imunologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Fernanda Grassi, acredita que o melhor seria vacinar todas as gestantes e continuar a vacinação delas com outros imunizantes disponíveis no Brasil, como a CoronaVac e Pfizer. Todas elas são consideradas seguras, reforça Fernanda.

“A oferta de vacinas não é suficiente para todos os grupos prioritários, então certamente se restringiu por não ter número suficiente de vacinas, temos poucas doses da Pzifer e CoronaVac, elas estão limitadíssimas. E para as gestantes, deveria se disponibilizar essas duas vacinas que se mostraram seguras”, defende Grassi.

A de Oxford/AstraZeneca não considerou gestantes no ensaio clínico, nem a CoronaVac e Pfizer. Porém, pela tecnologia que a vacina é fabricada, a CoronaVac não apresentaria problemas. “A Coronavac é baseada no vírus inativo com substâncias químicas, a mesma da vacina da gripe, que sabemos que é segura para gestantes e não teria porque essa ser diferentes nessas mulheres, porque o processo é idêntico, só muda o vírus”, explica Fernanda.

Em relação à Pfizer, um grupo de cientistas publicou um artigo na New England Medical Journal, no último mês, no qual participaram mais de 35 mil mulheres, que não apresentaram complicações, abortos espontâneos ou quadros adversos graves após tomaram a vacina de RNA mensageiro (usado na Pfizer e Moderna) – leia mais aqui.

“O estudo da vacina de Oxford não permite avaliar com muito segurança, porque não foi feito com número suficiente de mulheres. Porém, se a gente pesar o risco e benefício da vacina, é muito melhor vacinar, ainda mais no Brasil, que a situação ainda está fora do controle e com uma vacinação lenta”, argumenta Fernanda. Ela lembrou que a incidência de trombose é de um em 250 mil, ou seja, 4 em um milhão de pessoas.

No Brasil, 22 grávidas morrem por semana de covid-19
A ginecologista e obstetra Melania Amorim, professora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e integrante da Rede Feminista de Médicas e Ginecologistas, alerta para o altíssimo risco de morte por covid-19 em grávidas no Brasil.

Segundo ela, que faz parte do Grupo Brasileiro de Estudos de Covid-19 e Gravidez, são 22 gestantes que morrem por semana no país por conta do Sars-CoV-2, o equivalente a três por dia. Por isso, ela discorda da suspensão da vacinação do grupo. .

“Lutamos muito para priorizar as gestantes e puérperas porque elas são grupo de risco. A maior causa de morte de gestantes no Brasil virou a covid-19. Atualmente, estão morrendo, por semana, 22 mulheres. Esse ano, já são mais de 500 e, ano passado, passamos de 453 mortes. Então o que mata é a covid-19 e não a trombose. O risco de ter um efeito adverso com a vacina é muito baixo”, defende Melania.

Ela recomenda o mesmo que a pesquisadora Fernanda Grassi, continuar a vacinação com a Pfizer e CoronaVac. “Exigimos que essas vacinas continuem sendo dadas nas grávidas com e sem comorbidades porque, ao contrário do ano passado, a pandemia está afetando pessoas mais jovens, sem comorbidades, e isso acontece também com as gestantes: 59% das que morreram esse ano não tinham comorbidades. Então essa recomendação [do MS] foi muito inoportuna no cenário atual, que essas mulheres estão em condição de vulnerabilidade e expostas ao risco”, detalha Amorim.

Esta semana, a Rede Feminista de Ginecologistas e Obstetras publicou um manifesto e a nota técnica em relação à recomendação da Anvisa e do MS. Ano passado, o grupo também publicou 11 medidas imprescindíveis para a redução da morte materna no Brasil. Dentre elas, estava a inclusão das grávidas no PNI.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) pontuou que o PNI, do Ministério da Saúde, orientava a vacinação de gestantes e puérperas, sem qualquer indicação sobre o tipo de vacina. “O mesmo [Ministério da Saúde] é responsável pela normatização nacional, o que por vezes, a exemplo da vacina da Pfizer, vai de encontro ao registrado na Anvisa e a orientação do fabricante”, afirma a Sesab.

Na Bahia, de acordo com a pasta, foram 35 mulheres vacinadas com a primeira dose da CoronaVac, 4.707 com AstraZeneca e 263 com a Pfizer, totalizando, até o momento, 5005 pessoas, dentre grávidas e puérperas. Não há relatos de complicações graves.

A secretaria estadual de saúde informou que as grávidas com comorbidades serão imunizadas com a CoronaVac e Pfizer. Em Salvador, somente a Pfizer será usada, segundo o secretário municipal da saúde, Leo Prates.

A Anvisa disse que só emitiu recomendação em relação à Astrazeneca/Oxford/Fiocruz. Já o Ministério da Saúde reafirmou a confiança que se tem nas vacinas, que foram aprovadas pela agência sanitária brasileira, e acrescentou que suspendeu a vacinação das grávidas sem comorbidades por precaução, até que haja conclusão do caso da morte da gestante do Rio de Janeiro.

Não vacinar toda a população brasileira até o final de 2021 é barbeiragem e por isso o carnaval de Salvador é uma realidade possível já em 2022. Quem afirmou isso foi o governador da Bahia, Rui Costa, durante a sua Live semanal nas redes sociais, o papo Correria.

O chefe do executivo no estado acredita que pode fazer a sua 'saideira', já que o próximo ano é o último do seu segundo mandato.

"Temos todas condições de vacinar toda a população brasileira até o final do ano. É 'barbeiragem' e incompetência, se até o final do ano não tivermos feito. Mas não só o carnaval, mas o verão. A volta do turismo a partir de janeiro", disse o Governador.

Rui se junta ao prefeito de Salvador, Bruno Reis, no time dos otimistas sobre a realização do carnaval no ano que vem. Na última segunda-feira (15), Bruno afirmou que a festa pode ser realizada caso grande parte da população esteja vacinada pelo menos até o próximo mês de outubro.

“Sem a certeza das doses, porém, não há como prever uma data para realização do Carnaval, não dá para saber se poderemos fazer nos mesmos moldes do Carnaval tradicional. Vai depender se todos atores tiverem condição de participar. E há uma preocupação de fazer isso antes do mês de outubro, para não ficar muito próximo do Carnaval de 2022”, disse o prefeito.

A chave para tudo, portanto, é a vacina. A Bahia tem 2 milhões 781 mil 478 imunizados com a primeira dose da vacina contra covid-19, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), divulgados nesta terça (11).

De acordo com o órgão, até o momento foram distribuídas 3.204.742 primeiras doses para os municípios. Com os números atuais, o percentual de aplicação em relação às primeiras doses disponibilizadas é de 86.8%.

Ainda segundo a Sesab, 1.281.054 pessoas receberam a segunda dose. Foram distribuídas 1.412.530 segundas doses, com isso, o percentual de aplicação em relação às segundas doses disponibilizadas é de 90.7%.

A administradora Patrícia Orrico, 63 anos, deveria ter recebido a segunda dose da vacina Coronavac no dia 2 de maio, mas não foi isso que aconteceu. Ela só conseguiu se vacinar nesta terça (11) devido à falta de doses do imunizante, que atinge a maioria dos municípios baianos, inclusive a capital, e também outros estados do Brasil. O atraso e as incertezas têm preocupado quem espera pelas doses. “Foi muito frustrante. Esses dias não foram de espera, porque a gente não sabia quando ia poder tomar, foram dias de incerteza e angústia mesmo”, diz Patrícia.

A aposentada Nara Pizarro, 67 anos, também passou pelo mesmo problema. Ela deveria ter completado a imunização com a Coronavac no dia 30 de abril, mas só conseguiu se vacinar no dia 10 de maio. “Eu fiquei muito apreensiva, muito ansiosa, pensando que não ia conseguir me vacinar, mas procurando me controlar porque eu não tenho mais 20 anos de idade. Fiquei com medo de pegar covid nesse tempo de espera”, conta a aposentada.

De acordo com o secretário municipal da Saúde (SMS), Leo Prates, a falta de doses da Coronavac teve início no dia 29 de abril e atingiu cerca de 84 mil pessoas. Com a chegada de três mil doses da vacina nos dias seguintes, foi possível suprir a demanda de quem estava com os dias 29 e 30 de abril - e algumas com o dia 1º de maio - marcados no cartão de vacinação como a data para a segunda dose. Mas, depois disso, o cenário ficou mais complicado. Somente a partir da chega de 26 mil doses à capital no último sábado (8), é que Salvador pode dar continuidade à imunização desse público.

Na segunda (10), a vacinação seguiu para as pessoas que tinham segunda dose prevista para o dia 1º de maio, um total de 13.191 pessoas. Nessa terça (11), além dos remanescentes do dia anterior, foi a vez dos que estavam sinalizados para 2 de maio, que somam 7.666 pessoas. Até o próximo domingo, o número de atrasos, antes de 84 mil pessoas, deve diminuir para 58 mil.

A falta de doses, porém, tem explicação: o atraso no envio de imunizantes da Coronavac pelo Ministério da Saúde para os estados e municípios. “Nós tínhamos um estoque controlado para 12 dias e o Ministério da Saúde ficou cerca de 20 dias sem nos enviar”, afirma Prates. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), o Ministério da Saúde alega que os fabricantes não estão conseguindo entregar as vacinas conforme contrato estabelecido, sobretudo, por dificuldades na importação do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), que é a base da produção da vacina.

A recomendação inicial do Ministério da Saúde era de que fossem reservadas pelos estados as doses referentes à segunda aplicação. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a recomendação mudou no dia 21 de março deste ano, a partir do 8º lote das vacinas. Ou seja, a orientação passou a ser de que não fosse feita mais reserva de segunda dose e que todas as doses recebidas fossem logo aplicadas. Na prática, isso significa que o Ministério tem a obrigação de garantir a segunda dose em tempo hábil.

Mas, de acordo com o secretário municipal, Salvador não seguiu essa orientação e reservou uma parte das doses, mas, mesmo assim, não foi suficiente. “Não aplicamos logo tudo que recebemos e, por isso, pudemos passar um longo período sem falta de Coronavac, mesmo sem o envio pelo Ministério, mas não conseguimos sustentar isso por tanto tempo. Alguns membros do governo federal falavam que os municípios não aplicavam as doses no mesmo ritmo que elas eram enviadas, mas a história está respondendo agora a eles que não era isso”, explica o secretário.

Além da demora no envio de doses, Prates também culpa a quantidade de líquido nos frascos do imunizante. “Outro problema noticiado pelo Brasil todo é que imaginávamos ter uma quantidade em estoque que não era verdadeira porque os frascos estavam com menos doses do que deveriam. No nosso entender, a máquina do Butantan estava descalibrada e, ao invés dos frascos virem com 10 doses, vieram com nove ou oito. Em Salvador, isso representou cerca de 23 a 25 mil doses”, afirma.

O problema não se restringe à Salvador e nem à Bahia. Segundo informações divulgadas pela TV Globo, um levantamento feito com as secretarias estaduais de saúde aponta que ao menos 19 estados do país estão sendo atingidos pela falta de Coronavac. Esses 19 estados necessitam de mais de 1,5 milhão de doses para completar a imunização de todas as pessoas que já tomaram a primeira dose da Coronavac. São eles: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão, Ceará e Piauí.

Qual a consequência desse atraso?

O fabricante da Coronavac, que é o Instituto Butantan, determina que o prazo máximo entre as duas doses de Coronavac seja de 28 dias. No entanto, o Ministério da Saúde tem sinalizado que este prazo pode ser ampliado para 40 dias, sem que haja redução da eficácia.

“O Ministério da Saúde diz que não há ainda registro de comprometimento da eficácia. Ele diz que nós devemos garantir as segundas doses, que o importante é completar a imunização, independentemente do tempo que exceder”, diz o secretário de saúde municipal, Leo Prates.

A infectologista Fernanda Grassi, pesquisadora da Fiocruz, tenta tranquilizar quem está na fila de espera ou que recebeu a segunda dose após o prazo. “Não é um número mágico, são números com ensaios clínicos. A Coronavac está indicada para 28 dias, mas acreditamos que com uma, duas semanas de atraso, não terá perda significativa de imunização, porque não é algo matemático”.

A infectologista, porém, explica que não há estudos definitivos sobre as consequências de tomar a segunda dose depois do prazo, apenas antes. “No caso da Coronavac, já há um estudo que indica que, quando a segunda dose é aplicada após 14 dias da primeira, há uma resposta muito baixa. O intervalo de 28 mostrou uma resposta melhor. Esse é o prazo recomendado agora e que o Brasil está seguindo. Ou seja, com um prazo menor do que o indicado, já sabemos que a eficácia cai, mas é importante ressaltar que não sabemos o que acontece se for um prazo maior”, conclui.

Filas
Ao longo desses dois dias, foram registradas longas filas nos postos de vacinação da capital. Um dos locais com maior movimentação foi o ponto montado na UniFTC, na Avenida Paralela, com relatos de algumas pessoas que aguardam na fila há mais de 6 horas nesta segunda (10). Nesta terça (11), o problema continuou e, pela manhã, também foi registrada uma longa fila no local. Por volta das 17h, porém, não havia mais pessoas à espera de vacinação na fila destinada aos pedestres.

De acordo com Leo Prates, o grande problema das filas é que muitas pessoas estão indo se vacinar sem terem agendado o atendimento. “O sistema pode suportar 7.666 ou 10 mil pessoas, mas os postos não dão conta de 84 mil”, diz. O secretário alerta que a prefeitura não está mais agendando vacinação para as pessoas com segunda dose de Coronavac atrasada. “Nós abrimos no domingo (9) todas as vagas para até amanhã, cerca de 8 mil vagas. Então paramos aí porque não há mais doses”.

Ainda não há previsão para a vacinação correspondente ao dia 3 de maio. Notícia ruim para Viviana Martin, de 62 anos. Ela tem o dia 3 de maio marcado no cartão de vacinação como data para a aplicação da segunda dose. A filha, Emília Marini, de 36 anos, estava na expectativa de conseguir vacinar a mãe ainda nesta quarta (12). “Eu já estava pronta para levar ela nesta quarta. Estava acontecendo vacinação para o pessoal do dia dois, então acreditei que nesta quarta já seria o pessoal do dia três. A gente fica ansioso, preocupado para que ela fique logo imunizada. Soube que está tendo bastante fila, mas não tem problema, a gente encara a fila mesmo", diz Emília.

Quando chegam mais doses?

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciou durante entrevista coletiva na manhã desta terça (11), que a cidade deve receber 70 mil doses da Coronavac até domingo (16). A Bahia vai receber, ao todo 400 mil doses. Com o recebimento, a previsão é de que a situação dos atrasos seja regularizada.

As doses vêm do lote de 2 milhões de doses da Coronavac que foi entregue ao Ministério da Saúde pelo Instituto Butantan nesta segunda (10) e dos demais que chegarão ao longo da semana, totalizando 5,1 milhões de doses a serem entregues até o final desta semana.

Durante a entrega de doses para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, o Instituto Butantan demonstrou preocupação com os próximos prazos. O diretor do Instituto afirmou que a indefinição para o governo da China liberar a exportação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para a produção da Coronavac, pode afetar o cronograma de vacinação contra a covid-19 a partir de junho.

Há a expectativa de que o insumo seja liberado até próxima quinta-feira (13) e, assim, chegaria até o dia 18, mas o envio ainda não foi confirmado.

Em depoimento à CPI da Covid, nesta terça (11), o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, reforçou que existem problemas no recebimento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) usado na produção de vacinas contra a covid-19. "Temos visto problemas de demora pontual de chegada da IFA, em especial da China", disse.

"Temos dois grandes países que detém primazia na produção do IFA, um a Índia e outro a China. Esses países acabam influenciando um porcentual maior que 50% da produção de medicamentos do mundo. Observamos dificuldades, momentos que IFA demora a chegar", afirmou o presidente da Anvisa, segundo quem não existem dados que apontem para uma menor qualidade de produtos advindos da China”, completou o presidente da Anvisa.

Chegada de mais doses da vacina Pfizer

Um novo lote de vacinas contra covid-19 produzidas pela farmacêutica norte-americana Pfizer, em parceria com a empresa alemã BioNTech, chegou à Bahia nesta terça (11), reforçando o estoque de imunizantes. São 69.030 doses para o estado, sendo 17.500 delas para Salvador. O restante, cerca de 80%, fica com os 12 municípios da Região Metropolitana de Salvador.

O avião trazendo a carga pousou no aeroporto de Salvador às 0h45 desta terça-feira (11). Com mais este envio, a Bahia soma 95.940 imunizantes da Pfizer/BioNTech. Além dessas, o estado já recebeu 2.794.200 doses da Coronavac e 216.3950 Oxford/AstraZeneca, totalizando 5.054.090.

As Secretarias Municipais de Saúde podem fazer a retirada gradual das vacinas na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (CEADI), em Simões Filho, em virtude do prazo de aplicação de até cinco dias quando refrigerado em temperaturas de 2°C e 8°C.

De acordo com o secretário Leo Prates, as doses destinadas à Salvador já estão no Complexo Municipal de Vigilância à Saúde, na Avenida Vasco da Gama. Lá, estão armazenados nos ultracongeladores, que chegam a uma temperatura de - 86 ºC, permitindo um armazenamento de até seis meses.

Vacinação nesta terça (11)

Salvador começou a vacinar nesta terça pessoas com Anemia Falciforme, trabalhadores das Escolas de Ensino Profissionalizante formal e trabalhadores de farmácia estão incluídos na vacinação na capital.

Para ser imunizada, a pessoa com Anemia Falciforme, precisa ter a idade igual ou superior a 40 anos, estar com o nome na lista do site da Secretaria Municipal da Saúde e no ato da vacinação deve apresentar um documento de identificação com foto, além de levar a cópia de um relatório médico com o número da Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID) para falciforme com qualquer data de emissão, exame de diagnóstico para a doença (Eletroforese de Hemoglobina) e carteira de identificação dos serviços especializados que atendem a doença em Salvador.

Para os trabalhadores de farmácia é necessário estar com o nome no site da Secretaria Municipal da Saúde e no ato da vacinação levar documento oficial com foto e uma cópia do contracheque. Para os trabalhadores das escolas de ensino profissionalizante, que fazem parte da rede básica de educação, é necessário ter o nome no site da Secretaria Municipal da Saúde e no ato da vacinação levar documento oficial com foto e cópia do contracheque.

Vacinação nesta quarta (12)

Salvador amplia, nesta quarta-feira (12), os grupos habilitados para vacinação contra covid-19. Estão inclusos na estratégia as pessoas com comorbidades, agentes das forças de segurança e salvamento, trabalhadores da limpeza urbana e professores do ensino superior com idade igual ou superior a 35 anos.

Os trabalhadores da saúde que atuam em policlínicas, consultórios e clínicas/ambulatórios especializados com Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes) ativo também têm o acesso às doses retomado a partir de hoje.

Nesta quarta, não haverá a aplicação da 2ª dose do CoronaVac nos postos por demanda aberta. A partir das 8h, será aberta o agendamento através do portal Hora Marcada (www.vacinahoramarcada.saude.salvador.ba.gov.br) para as pessoas com a segunda dose prevista no cartão de vacina ou descrita no site da SMS para data igual ou anterior a 12 de maio.

A Pfizer Brasil anunciou a entrega de um novo lote da sua vacina contra a covid-19 ao Ministério da Saúde. A nova entrega de 628.290 doses do imunizante ao Governo Brasileiro será realizada às 19h55 desta quarta-feira (12) no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

A chegada dessas doses faz parte do acordo firmado no dia 19 de março, que contempla a disponibilização de 100 milhões de vacinas ao país até o final do terceiro trimestre de 2021.

Somadas às entregas anteriores, mais de 2,2 milhões de doses foram disponibilizadas desde 29 de abril, data da chegada do primeiro lote.

“Reforçamos nosso compromisso de apoiar o Governo Brasileiro no combate à pandemia", afirma a presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez.

Antes da recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) suspender a aplicação de doses da vacina contra covid-19 da fabricante Oxford/Astrazeneca em grávidas, Salvador já tinha imunizado, pelo menos, 21 gestantes. Todas elas receberam a primeira dose e foram incluídas posteriormente no Plano Nacional de Imunização (PNI).

Porém, esse número não considera as outras fases da vacinação. Isto é, as profissionais de saúde, pessoas com comorbidades, integrantes das forças de salvamento, etc. O levantamento só leva em conta a vacinação desse grupo prioritário das gestantes e puérperas, que começou na última sexta-feira (7).

“Algumas grávidas acabaram se vacinando, mas não usaram o direito de grávida, elas se anteciparam em outras categorias e isso está fora do nosso controle”, pontua o secretário da saúde de Salvador, Leo Prates.

Foi o caso da nutricionista Louise Tiúba, que se vacinou no dia 27 de abril, por ser profissional de saúde. Fizeram exatamente 15 dias, ontem (11), que ela se vacinou com a primeira dose. “No dia que tomei, senti o corpo mole, dolorido e tive um pouco de febre e enjoo”, relata Louise.

Ela pontua que o dia também foi cansativo, o que pode ter acentuado os efeitos da vacina. “Foi um dia super cansativo, acordei cedo, fiquei quatro horas na fila da vacina, fiquei de 7h da manhã até 21h da noite em pé, fazendo coisa. Já acordei melhor no dia seguinte, só com um pouco de dor de cabeça”, conta.

Grávida de oito meses da primeira filha, Yasmim, ela não se arrepende de ter tomado a vacina, mesmo após a suspensão da Anvisa. “Acho extremamente importante para proteger não só a mim, mas minha filha. E a gente não sabe se a mulher no Rio de Janeiro morreu por conta da vacina. Acho que se fosse para ter efeito colateral grave, eu já teria tido nos primeiros dias. Estou com o pensamento positivo”, pondera Tiúba.

Assim como Louise, nenhuma das gestantes teve complicações graves pela vacina até agora, de acordo com o secretário de saúde. “Estamos abrindo um site para que elas registrem as reações adversas, rezando para elas não terem, e para a gente acompanhar de perto. Até agora, em Salvador, tivemos relatos de algumas reações adversas, mas nada grave”, explica Prates.

Ele ressalta que as reações adversas são extremamente raras e que, por erro, essas 21 grávidas receberam a vacina da fabricante não recomendada. Salvador inclusive se antecipou, segundo ele, disponibilizando as doses da Pzifer para este grupo.

“Por segurança, a Anvisa mandou suspender, mas fizemos até antes em Salvador. Por erro, no dia 7 de maio, foram vacinadas 21 grávidas com a Astrazeneca, porque no ponto de vacinação tinha Oxford e Pfizer. Não há outros casos desde o dia 8 de maio”, garante o secretário.

A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) orienta que as gestantes que receberam outro imunizante, que não Pfizer, devem procurar de imediato a Secretaria e relatar os sintomas adversos através do site reacoesadversascovid.saude.salvador.ba.gov.br/. A pasta ainda salienta que as gestantes têm hoje pontos exclusivos de vacinação em Salvador apenas com aplicação do imunizante Pfizer.

A orientação da Anvisa se baseia na indicação da bula da vacina da Oxford/AstraZeneca, que não recomenda o uso da vacina por gestantes sem orientação médica. O uso off label de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente.

Em nota, a Anvisa explicou que a medida veio após uma suspeita de evento adverso grave de acidente vascular cerebral hemorrágico ocorrido e que resultou em óbito fetal e da gestante. Até a tarde desta terça-feira (11), não havia outros eventos adversos graves envolvendo gestantes que tenham sido notificados para a Anvisa.

Mais de 4 mil grávidas receberam Oxford na Bahia
Segundo a Sesab, foram 4.707 gestantes e puérperas que tomaram a vacina de Oxford com a primeira dose. A pasta diz que não há relatos de efeitos adversos graves e que apenas a vacina de Oxford/AstraZeneca não será administrada em gestantes. Outras 35 mulheres deste grupo prioritário tomaram a Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, e 263 com a Pzifer, totalizando, até agora, 5.005 vacinadas.

“O grupo de gestantes deverá continuar sendo imunizado com as vacinas da Pzifer e a Sinovac/Butantan. O risco atribuído à vacina da Oxford de causar trombose cerebral venosa vem sendo muito específico dessa vacina. Não há porquê, neste momento, se acreditar que essas outras vacinas causarão estes eventos adversos”, tranquiliza o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

Vilas-Boas explica que, até segunda ordem, as mulheres que tomaram a primeira dose da vacina de Oxford não devem tomar a segunda. “Essa decisão vai ter que ser tomada entre a Anvisa e o fabricante. A princípio, até que se defina isso em nível internacional, ao longo dos próximos 60 a 90 dias em que elas aguardam a segunda dose, as doses não deverão ser reaplicadas”, esclarece o secretário.

Em São Félix, cidade a cerca de 130 km de Salvador, foram vacinadas 9 gestantes, sem registro de efeitos colaterais. Segundo a prefeitura do município, elas foram orientadas a procurar uma unidade de saúde se sentiram algo. Em Cruz das Almas, 75 grávidas foram imunizadas, também sem complicações. Já em Senhor do Bonfim, no Centro-Norte da Bahia, algumas das 22 gestantes vacinadas sentiram efeitos colaterais leves, como dor no local onde foi dada a vacina, e estão sendo monitoradas.

Efeitos adversos graves são raríssimos, dizem especialistas
A infectologista pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Fernanda Grassi tranquiliza sobre os possíveis efeitos adversos da vacina de Oxford/Astrazeneca. As chances de possível trombose é de quatro em um milhão, segundo ela. “É um evento extremamente raro, mais frequente em mulheres, e essas ocorrências de trombose foram associadas a Astrazeneca, mas essa relação ainda precisa ser avaliada, para entender qual foi a causa do óbito antes de dizer que foi a vacina que causou isso”, argumenta a pesquisadora.

Ela afirma que as grávidas e puérperas não foram incluídas nos estudos clínicos para a confecção da vacina. “A vacina Astrazeneca foi estudada em um número muito pequeno de gestantes para determinar o aparecimento de reações nesse grupo. Eram mulheres que estavam grávidas e não sabiam ou engravidaram depois. No entanto, a gente não imagina que vá agir de uma forma diferente nas grávidas, que ela vai ser menos eficientes ou causar mais efeitos”, explica Fernanda.

A imunologista relembra que as grávidas, quando contraem covid-19, desenvolvem sintomas graves. “Elas apresentam várias alterações, e é um risco extremamente alto para a mulher e o bebê, inclusive associado a aborto espontâneo. A gravidez altera muito a homeostase, mas todas as três vacinas aplicadas no Brasil são seguras”, assegura Grassi.

O imunologista e professor da UniFTC Celso Sant’Ana defende que a Anvisa agiu corretamente em suspender a vacinação do grupo, mas reforçou que as vacinas são extremamente seguras. “Não existe nenhuma vacina ou medicamento que seja 100% isento de efeitos colaterais, mas a maioria deles são leves, desprezíveis, como dores no local, vermelhidão, febre baixa, dor de cabeça, e passam rapidamente. Colocando na balança, é preciso continuar confiando nas vacinas, elas são extremamente seguras e eficazes e são uma das únicas armas, além das outras medidas, capazes de combater essa terrível doença”, defende Sant’Ana.

Segundo ele, somente cinco casos de trombose foram registrados no Brasil até então. O risco é entre 0,001% e 0,004%. Já para as mulheres que tomam anticoncepcional, por exemplo, essa taxa é de 0,005%. O que ocorre é uma redução do número de plaquetas por uma resposta imune contra à vacina, fazendo com que se formem coágulos. O que chamou a atenção dos pesquisadores foram os lugares incomuns das tromboses, no cérebro e abdômen, explica Celso.

“É uma reação inesperada, imprevista, que nem sequer foi descrita na bula como efeito colateral. Só se foi conhecer agora, quando você amplia a aplicação da vacina para um universo de milhões de pessoas”, completa. O imunologista ainda diz que não são só as grávidas que podem ter complicações, mas qualquer outra pessoa. As puérperas também não são grupo de risco para desenvolver trombose. “Elas oferecem um efeito protetor para a criança”, garante Celso.

O Ministério da Saúde não respondeu antes do fechamento desta matéria.

Ao menos 11 pessoas morreram durante um ataque a tiros a uma escola em Kazan, na região central da Rússia, nesta terça-feira, 11. Agências de notícias russas apontam que um dos atiradores foi morto pelas forças de segurança, enquanto o outro foi detido. "O segundo agressor que atacou a escola em Kazan e que estava entrincheirado no edifício foi morto", declarou uma fonte policial à agência de notícias Tass. Um adolescente, suspeito de ser um dos autores dos tiros, foi detido pela polícia. A identidade dos criminosos não foi informada ao público até o momento.

O governador da República do Tartaristão, que tem Kazan como capital, Rustam Minnikhanov, afirmou que sete estudantes da oitava série, quatro do sexo masculino e três do sexo feminino, estão entre os mortos. Outras 12 crianças e quatro adultos foram hospitalizados.

Segundo ele, uma investigação está em andamento, mas não foram identificados outros cúmplices até o momento. Ainda não está claro qual foi o motivo do ataque.

Testemunhas relataram que ouviram uma explosão dentro da escola, seguida por muita fumaça. Uma professora confirmou que estava na aula, quando ouviu a explosão e o barulho de tiros.

Imagens exibidas por emissoras de televisão mostram dezenas de pessoas do lado de fora do centro de ensino, que foi isolado por policiais e bombeiros. Oficiais de polícia disseram que algumas crianças foram retiradas do prédio imediatamente, mas algumas foram mantidas no local. Medidas de segurança adicionais foram implementadas em todas as outras escolas de Kazan e dos arredores, segundo autoridades.

O Kremlin se pronunciou após o ataque à escola de Kazan. O porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, afirmou que o presidente Vladimir Putin ordenou que as regras de porte e posse de armas no país passem por uma revisão.

"O presidente ordenou que se elabore urgentemente um novo marco sobre o tipo de armas autorizadas para circulação entre a população civil, tendo em conta o modelo", disse Peskov.

Imagens e vídeos compartilhados nas redes sociais mostram supostamente a escola momentos após o ataque, com veículos do serviço de emergência estacionados em frente ao local e pessoas correndo em direção ao prédio. Outros vídeos mostram escombros dentro do edifício e supostos estudantes pulando das janelas em meio ao tiroteio.

Tiroteios em escolas são raros na Rússia. Um dos últimos grandes episódios desse tipo ocorreu em 2018 na Crimeia, anexada à Rússia, quando um estudante de uma faculdade matou 19 pessoas antes de apontar sua arma contra si mesmo.

Kazan é a capital da República do Tartaristão, região de maioria muçulmana que integra a Federação da Rússia, e está localizada a cerca de 725 km a leste de Moscou. (Com agências internacionais).

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta segunda-feira (10) que a pasta adquiriu 4,5 milhões de medicamentos do chamado kit intubação, usado em pacientes que desenvolvem formas graves da covid-19. Segundo o ministro, os insumos foram comprados com apoio da Organização Panamericana da Saúde (Opas), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), ao custo de US$ 17 milhões.

O governo também contou com a colaboração da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. A primeira remessa dos kits, totalizando 850 mil unidades, chegará ao país nesta terça-feira (11) e o restante, em até 15 dias.

"Sabemos que muitos indivíduos com covid-19 desenvolvem síndromes respiratórias agudas graves. E esses indivíduos, parte deles, precisam de intubação orotraqueal. Por isso, é estratégico termos insumos que são usados para esses pacientes, que são anestésicos, sedativos, bloqueadores neuromusculares", afirmou o ministro em vídeo publicado nas redes sociais.

Cinemas, clubes sociais, recreativos e esportivos vão poder voltar a funcionar em Salvador a partir da próxima quinta-feira (13). A novidade foi anunciada pelo prefeito Bruno Reis, durante entrevista coletiva nesta terça-feira (11). Os estabelecimentos estavam fechados desde 19 de fevereiro.

Para os clubes, o horário de funcionamento será das 6h às 22h. Aos sábados, o horário de funcionamento será até as 18h e, aos domingos, até às 14h. Já os cinemas podem funcionar das 10h às 22h.

Os centros de eventos também podem funcionar, mas apenas para eventos científicos para até 50 pessoas. Com as mudanças, o prefeito explicou que a cidade está ativando, parcialmente, a fase amarela de retomada das atividades econômicas.

“Cabe frisar que não estamos livres da pandemia, portanto, devemos manter todos os cuidados, respeitar os protocolos, fazer o distanciamento, usar máscara e álcool gel. Não estamos livres, mas pensando nos empregos estamos autorizando a retomada de algumas atividades econômicas”, afirmou Bruno Reis.

Confira os fatores permitiram a reabertura:

1. Média móvel de novos casos vem caindo há 15 dias consecutivos;
2. A média móvel de casos ativos está em queda há seis dias;
3. Taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 75%;
4. Foram vacinadas 600 mil pessoas em Salvador: 30% do público alvo (pessoas acima de 18 anos), e 20% da população.

Na noite desta segunda (10), a Anvisa emitiu nota técnica onde recomenda a suspensão imediata do uso da vacina contra covid-19 da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz em mulheres gestantes. A recomendação ocorre após uma investigação do Ministério da Saúde sobre a morte de uma grávida no Rio de Janeiro, após ter sido imunizada com a vacina Astrazeneca.

"A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). A orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país. O uso 'off label' de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica", diz o comunicado divulgado no site da agência.

Em nota enviada à colunista Camila Mattoso, da Coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o Ministério da Saúde afirma que investiga o caso da grávida morta no Rio e recomenda a manutenção da vacinação em gestantes, mas afirma reavaliar a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades.

"O Ministério da Saúde informa que foi notificado pelas secretarias de Saúde Municipal e Estadual do Rio de Janeiro e investiga o caso. Cabe ressaltar que a ocorrência de eventos adversos é extremamente rara e inferior ao risco apresentado pela Covid-19. Neste momento, a pasta recomenda a manutenção da vacinação de gestantes, mas reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades", disse o ministério.

A coluna ainda cita um possível caso de morte de gestantes na Bahia, mas na resposta do Ministério da Saúde, apenas a notificação feita no caso Rio de Janeiro foi respondida.