O Jornal da Cidade

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Através de um post no Twitter, a equipe jurídica da vacina Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya da Rússia, anunciou que irá processar a Agência Nacional de Vigilância Santinária (Anvisa).

Na última segunda-feira (26), o órgão regulador reprovou o pedido de importação e uso do imunizante, que já foi adquirido pelo governador da Bahia, Rui Costa. O relator Alex Machado Campos destacou a "falta de documentação" e os possíveis riscos do imunizante à saúde como critérios determinantes para a negativa.

O próprio órgão, no entanto, admitiu que não testou os replicantes virais encontrados na vacina. Por conta disso, a Sputnik V, quer processar o órgão.

Antes, os representantes da vacina já argumentavam que a proibição da Anvisa ocorreu por motivos políticos. Um relatório dos Estados Unidos mostrou que, no ano passado, o país norte-americano pressionou autoridades brasileiras a não usarem a Sputnik por medo da Rússia aumentar sua influência no país.

O imunizante já foi aprovado em 62 países, incluindo a Argentina. De acordo com o Instituto Gamaleya, a Sputnik V tem eficácia de 91,2%.

O forrozeiro Del Feliz foi vítima de um assalto a mão armada enquanto gravava um clipe no Cristo da Barra, em Salvador, nesta quarta-feira (28). Na ação criminosa, ocorrida por volta das 8h da manhã, o assaltante levou os celulares do cantor e de seu produtor.

Em entrevista ao CORREIO, o cantor revelou que conseguiu recuperar os aparelhos pouco tempo depois. Enquanto o produtor tentou perseguir o assaltante, que correu em direção à Ondina, Del localizou policiais, que interceptaram o ladrão na altura do Vila Galé, em Ondina.


"Foi um susto. O celular é algo material, que a gente recupera depois, mas o maior medo é a vida, pois você nunca sabe o desfecho de um assalto. Alguém que coloca uma arma na cintura e vai assaltar não tem apego a vida, pois ele sabe que pode matar ou morrer durante o crime", relata o forrozeiro.

Outra preocupação do cantor também eram os arquivos armazenados no aparelho. Del Feliz está gravando uma série de videoclipes por cidades do Nordeste em parceria com artistas como Dudu Nobre, Falamansa e Emanuelle Araújo.

Boa parte do material gravado estava arquivado no próprio celular e seria perdido durante o assalto, pois não foi feito um back-up.

Um dos lançamentos de Del foi, inclusive, um jingle em homenagem à Polícia Militar da Bahia. "Curiosamente 30 dias após eu lançar a música, pude contar com a ajuda deles que, como sempre, estavam prontos para atender o cidadão", diz.


"É importante saber que temos profissionais como os policiais e médicos, por exemplo, à postos para nos ajudar durante essa pandemia. É um momento difícil, onde as pessoas estão perdendo vidas, empregos, ficando sem educação", analisa o cantor.

Um proprietário de empresas supermercadistas em Irecê foi preso na manhã desta quinta-feira (29), após deflagração da Operação Marca-Passo. O comerciante é acusado de sonegar cerca de R$ 12 milhões em impostos. Nas buscas, foram encontrados na residência dele quatro armas sem registros, diversas munições e documentos.

O empresário já acumula passagens na polícia pelos crimes de furto qualificado, formação de quadrilha e receptação - pelo qual cumpriu pena em regime fechado por oito meses.

A ação foi realizada pela Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor-LD/Dececap) do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), pelo Ministério Público Estadual e pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia.

Os cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela comarca de Irecê, foram cumpridos nos estabelecimentos comerciais do proprietário. "O resultado da busca foi muito exitosa: conseguimos encontrar documentos que permitirão aprofundar a investigação. Além do mais, foi possível a localização de um importante armamento, sem o registro devido, razão pela qual o investigado será autuado em flagrante por posse ilegal dessas armas", relatou o diretor do Draco, delegado José Alves Bezerra Júnior.

Já a delegada Nayara Brito, Núcleo Fiscal da Dececap, conta como o crime se baseava. "O investigado principal utilizou a estratégia de criar de forma sucessiva empresas com razões sociais diferentes em nome de terceiros, 'laranjas', mas com nomes fantasias e endereços similares, para manter a mesma clientela, o mesmo fundo de comércio, crédito com fornecedores, valor da marca e ponto comercial. Inclusive, o investigado principal e a esposa passaram a ser registrados como empregados dos estabelecimentos, sendo que são os verdadeiros proprietários", explicou.

O boletim extraordinário do Observatório Covid-19, divulgado nesta quarta-feira (28 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta queda no número de casos e de óbitos e redução das taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos.

No entanto, os níveis permanecem em patamares críticos, e a taxa de letalidade preocupa. Os dados comparativos mostram que, no fim do ano passado, esse indicador em 2%, mas aumentou para 3% na Semana Epidemiológica 11 (14 a 20 de março) e, na última semana, subiu para 4,4%. A análise do boletim é referente à Semana Epidemiológica 15, período entre 18 e 24 de abril.

Segundo o boletim, o número de casos confirmados diminuiu à taxa de 1,5 % ao dia, enquanto o de óbitos pela doença caiu 1,8 % ao dia, “mostrando tendência de ligeira queda, mas ainda não de contenção, da epidemia”.

Quanto à taxa de ocupação de leitos, chamam a atenção a queda nos estados de Rondônia (de 94% para 85%) e do Acre (de 94% para 83%), ainda que ambos continuem na zona de alerta crítico; a passagem de Alagoas da zona de alerta crítico para a de alerta intermediário (de 83% para 76%); e a saída da Paraíba da zona de alerta (de 63% para 53%).

De acordo com os pesquisadores do Observatório Covid-19, o quadro atual pode representar uma desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, como o ocorrido em meados de 2020, porém com números muito mais elevados de casos graves e de óbitos, que revelam a intensa circulação do vírus no país. “Esse conjunto de indicadores, que vêm sendo monitorados pelo Observatório Covid-19 Fiocruz, mostram que a pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo das próximas semanas.”

Diante desse cenário, os responsáveis pelo estudo alertam que a flexibilização sem um controle rigoroso das medidas de distanciamento físico e social pode retomar o ritmo de aceleração da transmissão, com a “produção” de novos casos, vários deles graves, e elevação das internações e taxas de ocupação de leitos.

“A integração entre atenção primária à saúde e a vigilância em saúde deve ser intensificada para otimizar os processos de triagem de casos graves, seu encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos para medidas de proteção e quarentena. Além disso, a reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares”, acrescentam os pesquisadores.

Em uma reunião por videoconferência com o alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), nesta quarta-feira (28), o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 divulgou a segunda versão do livro de regras do evento, chamado de Playbook, que é um código de conduta com diretrizes a serem seguidas antes, durante e após a competição.

Entre as novas medidas estão a confirmação de testes diários nos atletas e em todos os envolvidos diretamente durante todo o período de disputa, além da proibição do uso de transporte público para evitar o contato com residentes no país.

A primeira versão do livro de regras, publicada em fevereiro deste ano, foi revisada e atualizada nesta quarta-feira diante do surgimento de novas cepas do novo coronavírus e da evolução da pandemia da covid-19 no Japão. Até os Jogos Olímpicos, de 23 de julho a 8 de agosto, novas regras poderão ser incorporadas ou atualizadas.

Entre as principais medidas anunciadas estão: todos os participantes devem fazer dois testes covid-19 antes do voo para o Japão; em princípio, os atletas e todos aqueles em proximidade com os atletas serão testados diariamente para minimizar o risco de casos positivos não detectados que podem transmitir o vírus.

As datas e horários serão definidos de acordo com a programação dos eventos esportivos; todos os outros participantes dos Jogos serão testados diariamente por três dias após sua chegada. Após os primeiros três dias e ao longo de sua estada, serão testados regularmente, com base na natureza operacional de sua função e nível de contato com os atletas.

Também nesta quarta-feira (28), a organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 resolveu adiar para junho a decisão sobre a presença ou não de torcedores locais para assistir aos eventos esportivos devido às incertezas ligadas a pandemia de covid-19. Os organizadores buscam alternativas para viabilizar a presença de espectadores, considerando que a presença de público estrangeiro já foi proibida.

O Japão entrou na semana passada em um novo estado de emergência por conta do avanço da covid-19 no país, com aumento de casos e mortes. O "lockdown" decretado na última sexta-feira impõe que as atividades esportivas aconteçam de portas fechadas, sem torcida.

Inicialmente, a fase emergencial está prevista para durar até o dia 11 de maio, em Tóquio e nos distritos de Osaka, Kyoto e Hyogo. A decisão permitirá que as autoridades solicitem o encerramento temporário de restaurantes, de bares e de centros comerciais com uma área superior a mil metros quadrados, de acordo com um plano elaborado pelo governo.

 

Desde o início da pandemia do coronavírus, os mais diversos setores da economia têm buscado soluções para criar um ambiente seguro e manter a produção em alta. Hoje, com uma série de protocolos instituídos, a rotina da indústria não se assemelha em nada com o cenário de um ano atrás, quando pouco se sabia sobre o vírus. No caso da construção civil, setor que movimenta diariamente um grande número de pessoas, a única forma de combater o temor de empresários e funcionários foi correr para se adequar aos protocolos de segurança e saúde.

“No princípio, não tínhamos normativas nem protocolos e o setor tinha obras importantes em andamento, que não podiam parar, como hospitais, postos de saúde e a própria manutenção da cidade”, afirma Alexandre Landim, vice-presidente do Sinduscon/BA e sócio-diretor da Conie Empreendimentos

“Assim, tivemos que buscar parceiros que pudessem nos ajudar nessa adequação e o trabalho do SESI foi fundamental para trazer e reforçar os protocolos de forma que o funcionamento do setor fosse mantido”, explica.

O sócio da Concreta Incorporação, Vicente Mattos, aponta a Blitz Contra a Covid-19, criada pelo SESI, como uma ação fundamental para a atividade da construção civil no país. “Esse trabalho aplicado aos canteiros de obras foi imprescindível. Foi criado um checklist completo das ações corretas e as que precisavam ser ajustadas, incluindo orientação aos trabalhadores para evitar que eles acabassem colocando as próprias famílias em risco, e o resultado foi brilhante”, avalia.

A ação também foi realizada na Avatim, empresa situada da região sul do estado. "A blitz aconteceu logo no início da pandemia, quando tínhamos 40% dos nossos funcionários trabalhando presencialmente na fábrica, enquanto os demais estavam em home office ou de férias. Foi um encontro muito esclarecedor que serviu de alerta e também de alento para todos. Na ocasião, além das orientações em relação à Covid, o SESI também disponibilizou serviço de aferição de temperatura da nossa equipe", destaca Mônica Burgos, sócia-fundadora da Avatim.

A Blitz Contra a Covid-19, realizada desde o ano passado, é um dos principais eixos do Programa SESI e Indústria Juntos Contra a Covid-19, que já realizou mais de duas mil visitas a empresas em todo o estado, levando orientações sobre a prevenção da doença para cerca de 70 mil trabalhadores. De acordo com o gerente Executivo de Saúde e Segurança na Indústria do SESI Bahia, Amélio Miranda, a iniciativa foi uma resposta rápida à necessidade que o setor industrial teve de manter as atividades presenciais durante a pandemia.

“O programa intensificou um trabalho que o SESI já desenvolvia no campo da Saúde e Segurança na Indústria. Porém, com o desafio de manter a produção, buscamos levar os protocolos atualizados para que a empresa pudesse cumprir o seu papel de forma segura”, disse Amélio Miranda, gerente Executivo de Saúde e Segurança na Indústria do SESI Bahia

Ele também aponta que trabalho do SESI buscou oferecer um olhar individualizado sobre a atividade de cada empresa, desenhando formas de adequar os protocolos às diferentes realidades deste amplo setor.

No caso da Alimentos Tia Sônia, a implantação de escalas de trabalho e testagens em massa foram fundamentais para aumentar o sentimento de segurança entre os trabalhadores. “Tivemos que nos adequar a uma série de mudanças como as escalas no ‘chão de fábrica’ e o administrativo em home office. Além disso, os exames disponibilizados pelo próprio SESI (testagem e RT-PCR) foram fundamentais para que pudéssemos identificar casos assintomáticos e aumentar a segurança. Hoje, temos uma sensação de tranquilidade maior”, afirma a gerente de RH da empresa, Jamaica Cabral.

Além das blitzes e testagens, Amélio Miranda relata que o programa ainda inclui os serviços de monitoramento e plano de manutenção das atividades. Entre eles está a assessoria/reinspeção remota das práticas implementadas pela empresa, a gestão de afastamentos e o teleatendimento para tirar dúvidas sobre a Covid e monitorar os trabalhadores em isolamento domiciliar ou com sintomas. “O feedback que temos recebido é extremamente positivo. Nosso maior papel continua sendo a parceria junto à Indústria e seguimos sensíveis e motivados a cumprir esta missão”, conclui.

 

Fonte: Correio*

Tomar apenas uma dose da vacina contra a covid-19 não é recomendado e nem sensato. O alerta vem de especialistas preocupados com a situação brasileira de atraso na vacinação. De acordo com dados científicos, só quando 70% da população inteira do país tomar as duas doses é que será possível frear o avanço da covid-19 e reduzir a circulação do coronavírus.

Quem toma apenas uma dose da vacina corre o risco de não ter a imunidade completa para casos graves e, por isso, não entra na categoria dos 70% de brasileiros imunizados. É por isso que pode acontecer de uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina ser infectada pelo vírus e até morrer.

“A vacina foi mostrada com eficiência de 100% de cobertura de casos graves com duas doses e após mais 14 dias. Essa é a dita imunidade completa, que não livra do vírus e sim de casos graves. Se não completar o processo de imunização, não há garantia de que a dose recebida vai responder com o mesmo percentual de segurança”, explica Adielma Nizarala, médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS).

Os dois imunizantes que estão sendo aplicados no país são o CoronaVac, desenvolvido pela farmacêutica chinesa SinoVac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, e a da AstraZeneca, envasado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Cada um possui intervalo diferente entre a primeira e a segunda dose: 14 a 28 dias para a CoronaVac e três meses para a AstraZeneca.

“Tem outras vacinas aplicadas fora do Brasil que tem apenas uma dose só, mas esse não é nosso caso”, lembra o infectologista e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Claudilson Bastos. O especialista também concorda que é necessário que seja observada a aplicação de duas doses.

“A eficácia da vacina na primeira dose não é alta. Dependendo do tipo, varia de 50% a 70% com apenas a primeira etapa. Com o reforço, a segurança aumenta consideravelmente. Os riscos de ter covid grave, em estado crítico, que precisa de hospitalização, diminui. E é essa a função da vacina, evitar mortes”, diz.

E isso já está sendo observado nos números da pandemia. Um levantamento feito pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) mostra que, até o dia 24 de abril deste ano, 99,9% dos cerca de 2,2 milhões de vacinados contra a covid não contraíram a doença ou, se infectados, não precisaram de hospitalização.

Apenas 382 pacientes imunizados chegaram ao ponto de serem internados, o que representa 2,14% das 17.786 notificações de internações por covid ocorridas em 2021. Dos 382 pacientes, 281 tinham tomado somente a primeira dose e 99 também a segunda. Em apenas duas notificações não constavam a informação de quantas doses tinham sido aplicadas.

Demora
Atualmente, a prefeitura de Salvador vive um momento complicado na sua etapa de vacinação, pois as doses da CoronaVac disponíveis são suficientes apenas até esta quinta-feira (29). Segundo o Instituto Butantan, um novo lote só estará disponível a partir da próxima semana. Isso significa que as pessoas que precisam tomar a segunda dose nesse final de semana vão ter que atrasar a data de aplicação da vacina.

Mas Adielma Nizarala não vê isso como motivo de pânico. “O problema mesmo é deixar de completar a imunização, deixar de tomar a segunda dose. Se passar alguns dias do prazo estabelecido pelo fabricante, não acontece nada. Não tem nenhum estudo que mostre que vai trazer algum maleficio esse atraso. Baseado no ritual de outras vacinas, a gente consegue perceber que não há problema”, diz.

O infectologista Claudilson concorda. “Não é o ideal. O correto é tomar no prazo correto. Eventualmente, se passar um tempo, o que não deve acontecer, tem que tomar de qualquer jeito e o mais rápido possível”, explica. Em Salvador, atualmente, 16.231 pessoas estão habilitadas para receber a segunda dose e ainda não compareceram aos postos de vacinação, segundo a SMS. Na Bahia, na última quinta-feira (22), eram 21.628 pessoas que não foram tomar a segunda dose da vacina, segundo a Sesab, que não enviou os números atualizados até o fechamento do texto.

Já o professor Celso Sant'Anna, médico imunologista e docente da Rede UniFTC, é mais crítico. Ele explica que a demora prolongada poderia causar até mesmo uma nova forma do coronavírus, mais resistente aos imunizantes e, consequentemente, mais perigosa à população.

"As consequências das pessoas não receberem as duas doses são trágicas. As vacinas foram programadas para serem aplicadas em duas doses, sendo aplicada uma só, não garante coisa nenhuma. A pessoa vacinada apenas com uma dose pode, inclusive, ser transmissora de uma forma de vírus mais forte e mais resistente. Caso haja um grande atraso, minha orientação é que se reinicie o processo de imunização do início, ou seja, mais duas doses", sustenta

A infectologista Fernanda Grassi, da Rede Covida, também defende que a vacinação seja feita de forma completa, com duas doses aplicadas no intervalo de tempo estipulado pelos fabricantes. "Ainda não sabemos o tempo exato que é aceitável um atraso. A CoronaVac tem uma melhor eficácia quando a segunda dose é aplicada 28 dias após a primeira. Podemos imaginar que uma ou duas semanas não tenha efeitos tão grandes, mas mais que isso, não podemos garantir que a segunda resposta será ótima", finaliza.

O MInistério da Saúde, por sua vez, afirmou que a população deve tomar a segunda dose da vacina mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório. “Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença”, disseram. A Sesab também foi procurada para se manifestar sobre o assunto, mas não retornou até o fechamento do texto.

Os voos entre Salvador e Lisboa serão retomadas pela companhia aérea TAP, depois de quase três meses de suspensão. Esse é o primeiro voo internacional a ser retomada a partir da capital baiana. Estão previstas duas frequências semanais entre as cidades, em dias variados, aumentando para três no mês de maio. As aeronaves chegam a Salvador e retornam a Lisboa às quartas, sextas e domingos. O retorno acontece no mês em que a TAP completa 43 anos desde que fez o primeiro voo Salvador-Lisboa.

Em junho e julho as viagens serão ampliadas para, respectivamente, quatro e cinco partidas semanais, segundo informações da VINCI Airports, responsável pela gestão do Salvador Bahia Airport.

A retomada acontece após o país europeu autorizar voos de passageiros vindos do Brasil. Além de atender os brasileiros residentes em Portugal e vice-versa, essa rota viabilizará a exportação e importação de produtos. A capital da Bahia responde sozinha por 18% do volume de carga transportada pela TAP no Brasil.

“Esse retorno rápido da rota Lisboa-Salvador demonstra, mais uma vez, que essa ligação se sustenta para além do turismo”, diz Marcus Campos, gerente de marketing e negócios aéreos do aeroporto.

Segurança sanitária
Medidas de higiene certificadas por agências como Bureau Veritas e o ACI (Conselho Internacional de Aeroportos) estão sendo adotadas pela VINCI Airports, inclusive em Salvador e Lisboa, cujo aeroporto também é administrado pela empresa.

A entrada em Portugal em está limitada a determinados tipos de viajantes, como cidadãos da União Europeia e estrangeiros com visto de residência no país. As especificações podem ser encontradas no site da Embaixada de Portugal no Brasil. Para ingressar no país é necessário apresentar no ato do embarque um teste RT-PCR negativo para covid-19 feito com até 72h de antecedência do momento da viagem. Também será necessário fazer quarentena de 14 dias ao chegar no país.

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.345 novos casos de Covid-19, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab), nesta quarta-feira (28).

O boletim também registra 104 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados nesta quarta.

Dos 893.276 casos confirmados desde o início da pandemia, 859.495 são considerados recuperados, 15.483 encontram-se ativos e 18.298 tiveram óbito confirmado, o que representa uma letalidade de 2,05%.

Dentre os óbitos, 55,44% ocorreram no sexo masculino e 44,56% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,66% corresponderam a parda, seguidos por branca com 21,92%, preta com 15,42%, amarela com 0,45%, indígena com 0,13% e não há informação em 7,43% dos óbitos.

O percentual de casos com comorbidade foi de 64,76%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,58%).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.194.701 casos descartados e 196.363 em investigação. Na Bahia, 47.122 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quarta-feira.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma online.

Outros dados
O boletim também traz dados sobre a situação da regulação de Covid-19 na Bahia. Às 12h desta quarta, 57 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação.

Outros 29 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Outro dado do boletim é sobre a vacinação no estado. A Bahia tem 2.320.481 vacinados contra o novo coronavírus, dos quais 1.022.397 receberam também a segunda dose, até as 16h desta quarta.

A Sesab realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel da vacinação.

Leitos
A Bahia tem 3.459 leitos ativos para tratamento da Covid-19. Do total, 2.413 estão com pacientes, uma taxa de ocupação geral de 70%, conforme registado no boletim desta quarta-feira.

Desses leitos, 1.578 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos e estão com taxa de ocupação de 82% (1.296 leitos ocupados).

Das UTIs pediátricas, 22 das 36 estão com pessoas internadas, o que representa uma taxa de ocupação de 61%. Já os leitos clínicos adultos têm ocupação de 59% e os pediátricos, de 60%.

Em Salvador, 1.553 leitos estão ativos, com ocupação geral de 70% (1.088 leitos ocupados). A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 77% e pediátrica 59%.

Já os leitos de enfermaria apresentam ocupação de 64% para adultos, e os leitos pediátricos estão com ocupação de 57%.

A central telefônica do SAMU 192 informou que já teve os atendimentos restabelecidos no início da tarde desta quarta-feira (28). O serviço estava fora do ar após o rompimento dos cabos de fibra ótica da empresa de telefonia que presta serviços ao município.

Por conta da suspensão, quem precisou acionar o Samu fez chamado pelo número 190, da Polícia Militar. O número do Fala Salvador, 156, também pôde ser utilizado para atendimento das ocorrências enquanto o número central do Samu não havia sido reativado.