A agência de regulação de drogas e medicamentos da Europa divulgou nesta quarta-feira (7) que encontrou uma ligação entre a vacina contra a covid-19 produzida pela Oxford/AstraZeneca e raros problemas de coagulação do sangue em adultos. No Brasil, as doses são produzidas pela FioCruz e aplicadas em todo o país. Os acidentes vasculares relatados são considerados um "efeito colateral possível".

“Uma explicação plausível para a combinação de coágulos sanguíneos e plaquetas sanguíneas baixas é uma resposta imunológica, levando a uma condição semelhante à observada às vezes em pacientes tratados com heparina”, disse a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

A agência diz que o imunizante deve continuar sendo usado para prevenir a covid-19, já que os efeitos superarm e muito os riscos desse efeito colateral registrado. A EMA é responsável por autorizar a comercialização de remédios em 30 países europeus, além de recomendar seu uso. A decisão final, contudo, cabe aos governos nacionais.

Segundo Peter Arlet, chefe de farmacovigilância da EMA, há relatos também de acidentes vasculares raros entre imunizados com a Pfizer, Moderna e Janessen, mas o número de vacinados é menor. "Avaliação de risco farmacológico exige uma abordagem calma e baseada em dados, na qual casos suspeitos sejam investigados e pesados contra as milhares de vidas salvas pela vacina", diz. O epidemiologista Danny Altmann compara com o uso de anticocepcionais, que podem causar coágulos em 1 a cada 100 mil pessoas que tomam. Agora, foram 30 acidentes vasculares entre 18 milhões de britânicos que tomaram a vacina - 1,6 caso por milhão.

O Reino Unido suspendeu a aplicação da vacina de Oxford em adultos menores de 30 anos por conta do risco relatado. A possibilidade é de oferecer outros fabricantes para essa população.

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A Pfizer anunciou nesta terça-feira, 31, que sua vacina contra a covid-19 desenvolvida junto à BioNTech é 100% eficaz para adolescentes de 12 a 15 anos. Por isso, os laboratórios, nas próximas semanas, vão solicitar à Agência de Alimentos e Drogas (FDA, na sigla em inglês) e à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) autorização para uso do imunizante na faixa etária agora testada.

"Compartilhamos a urgência de expandir a autorização de nossa vacina para uso em populações mais jovens e somos encorajados pelos dados de ensaios clínicos de adolescentes com idades entre 12 e 15 anos", diz Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer, em nota. "Planejamos enviar esses dados ao FDA como uma emenda proposta à nossa autorização de uso emergencial nas próximas semanas e a outros reguladores em todo o mundo, com a esperança de começar a vacinar essa faixa etária antes do início do próximo ano letivo", acrescenta.

De acordo com o comunicado disponibilizado à imprensa, o ensaio com adolescentes de 12 a 15 anos envolveu 2.260 pessoas. Delas, 1.129 foram do chamado grupo de placebo, com 18 confirmações de covid-19. No grupo vacinado, com 1,131 adolescentes, ninguém contraiu a doença. Os efeitos colaterais relatados foram "geralmente consistentes" com aqueles observados em participantes de 16 a 25 anos de idade.

A vacina contra o novo coronavírus da Pfizer em parceria com a BionNTech é a única a ter autorização para uso definitivo no Brasil, mas, até o momento nenhuma dose do imunizante foi administrada no País. Nos Estados Unidos, o laboratório tem autorização apenas de uso emergencial.

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O papa Francisco decidiu cortar os salários de cardeais e clérigos em razão do agravamento da crise econômica no Vaticano causada pela pandemia de coronavírus. Um alto prelado do Vaticano disse à agência Reuters que esta seria a primeira vez que a medida foi tomada.

Em uma carta apostólica publicada nesta quarta, 24, o papa anunciou que a partir de 1.º de abril o salário dos cardeais será reduzido em 10%, e o dos chefes e secretários de ministérios em 8%. Clérigos e religiosos terão o pagamento reduzido em 3%. "Um futuro economicamente sustentável requer hoje, entre outras decisões, a adoção de medidas relativas aos salários dos funcionários", escreveu o papa.

Ele considera que as despesas devem ser contidas e por isso decidiu intervir "segundo critérios de proporcionalidade e progressividade" com ajustes que afetam especialmente os clérigos, os religiosos e os níveis mais altos de remuneração, informou o site Vaticano News.

Acredita-se que cardeais que trabalham no Vaticano e vivem lá ou em Roma recebem cerca de € 4 mil a € 5 mil (R$ 26.520 a R$ 33 150) por mês, e muitos moram em apartamentos grandes com aluguéis abaixo do mercado.

Francisco, de 84 anos, vem de família da classe trabalhadora e sempre insistiu que não quer despedir pessoas em tempos econômicos difíceis. A decisão foi tomada em razão do "déficit que há vários anos marca a gestão econômica da Santa Sé" e, sobretudo, pela situação provocada pela pandemia, "que afetou negativamente todas as fontes de receitas da Santa Sé", explicou o papa no documento.

Os aumentos salariais por tempo de serviço também estão suspensos por dois anos para todos os funcionários de nível 4 e superiores. As contas do Vaticano estão no vermelho pela queda nas doações (25%), à perda líquida de receita dos Museus do Vaticano (85%) e às reduções que teve de aplicar em 2020 aos aluguéis de suas instalações para empresas em crise após o ano sombrio causado pela pandemia.

A Cúria Romana, administração central da Igreja Católica que agrupa 60 entidades ao serviço do papa, registrou um buraco "da ordem dos € 90 milhões" (cerca de R$ 600 milhões), nas suas contas de 2020, em comparação a um déficit de € 11 milhões (cerca de R$ 73 milhões) em 2019. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um homem abriu fogo contra clientes de um supermercado em Boulder, Colorado, nesta segunda-feira, 22, deixando ao menos dez mortos - entre eles, o policial Eric Talley, de 51 anos, o primeiro a chegar ao local - e vários outros feridos. Um suspeito está sob custódia, mas ainda não há informações sobre a motivação do crime.

Dezenas de veículos policiais ocuparam as ruas ao redor da loja, enquanto os agentes tentavam deter o atirador, que ficou ferido durante a ação. Vídeos exibiram o homem, algemado e com uma perna ensanguentada, mancando enquanto caminhava.

Testemunhas descreveram uma cena caótica, com clientes correndo para as saídas depois que os tiros foram disparados. Uma pessoa disse o jornal The Denver Post que o atirador não falou nada - "ele apenas entrou e começou a atirar". Imagens gravadas por uma testemunha mostraram pelo menos duas pessoas feridas e móveis no chão do lado de fora do mercado e uma terceira entre as portas da frente.

As autoridades do Departamento de Polícia de Boulder não confirmaram quantos agressores estavam envolvidos ou quantas pessoas ficaram feridas.

Pouco depois das 17h (20h, horário de Brasília), a corporação informou que estava respondendo a outro chamado envolvendo um "indivíduo armado e perigoso". Não ficou claro se a atividade policial no segundo local estava relacionada ao ataque no supermercado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi informado ainda na noite de segunda-feira sobre o tiroteio e receberá atualizações sobre novos desdobramentos, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

Em comunicado, o governador do Colorado, Jared Polis, lamentou a ocasião, e afirmou que "todos os recursos públicos estão disponíveis" para estabelecer a segurança. "Meu coração está partido enquanto assistimos a este evento indescritível se desdobrar em nossa comunidade de Boulder", afirmou.

O deputado Joe Neguse enviou suas orações para a comunidade de Boulder, socorristas e agentes da lei que responderam ao "terrível incidente", escreveu no Twitter.

Pânico
Um homem disse ao 9 News que seus netos estavam na loja durante o ataque. Eles se esconderam em um armário enquanto o incidente se desenrolava. Já Daniel Douglas estava na loja, comprando comida e flores para sua namorada quando os tiros começaram. "Ninguém sabia o que estava acontecendo, então começamos a gritar: 'Deite no chão'", contou à Fox 31 Denver. Em algum momento, disse ele, o atirador deslocou-se para a frente da loja, enquanto Douglas e outros clientes correram para a parte de trás do prédio, onde muitos outros se escondiam e tentavam escapar. Segundo o rapaz, um colega de trabalho chutou a porta de saída de emergência para que as pessoas pudessem sair. "Muitas pessoas ficaram petrificadas. Muitas pessoas choraram."

Ryan Borowski, outro sobrevivente, expressou choque com o ataque "Boulder parece uma bolha e essa bolha estourou", disse à CNN na noite de segunda-feira. "Parece que nenhum lugar é seguro." Ele contou que estava dentro do supermercado comprando um saco de batatas fritas e um refrigerante quando os tiros começaram.

O ataque marcou o segundo tiroteio em massa nos Estados Unidos em uma semana. No último dia 16, oito pessoas foram baleadas e mortas - incluindo seis mulheres asiáticas - em episódios registrados em três locais diferentes - uma casa de massagem e dois spas - em dois condados do Estado americano da Geórgia. Um suspeito, identificado como Robert Aaron Long, de 21 anos, foi detido. (Com agências internacionais).

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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) emitiu um comunicado nesta segunda-feira, 22, desaconselhando o uso de ivermectina no tratamento e na prevenção de covid-19. Ela concluiu que os dados que estão à disposição não confirmam a necessidade de utilização desse fármaco criado na década de 70 contra o coronavírus - ele é indicado para tratar infestações de parasitas como piolho e sarna.

"Na União Europeia, os comprimidos de ivermectina são aprovados para o tratamento de algumas infestações de vermes parasitas, enquanto fórmulas preparadas com ivermectina são aprovadas para o tratamento de doenças de pele como a rosácea. A ivermectina também está autorizada para uso veterinário em uma ampla gama de espécies animais para parasitas internos e externos. Os medicamentos com ivermectina não estão autorizados para uso na covid-19 na União Europeia e a EMA não recebeu nenhum pedido para esse uso", disse a agência.

No Brasil, um grupo de médicos que defende o tratamento precoce contra a covid-19, que implica o consumo de medicamentos mesmo como profilaxia e sem que a pessoa esteja sentindo qualquer sintoma, colocou a ivermectina como um dos remédios que deveria ser utilizados contra a covid-19. Ele está no mesmo grupo de outros, sem eficácia comprovada, como a cloroquina, e ambos são defendidos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

"Após recentes relatórios de publicações sobre o uso de ivermectina, a EMA revisou as evidências publicadas mais recentes de estudos de laboratório, estudos observacionais, ensaios clínicos e meta-análises. Estudos de laboratório descobriram que a ivermectina pode bloquear a replicação do SARS-CoV-2 (o vírus que causa o COVID-19), mas em concentrações de ivermectina muito mais altas do que as alcançadas com as doses atualmente autorizadas", disse a EMA. "Os resultados dos estudos clínicos foram variados, com alguns estudos mostrando nenhum benefício e outros relatando um benefício potencial. A maioria dos estudos revisados pela EMA era pequena e tinha limitações adicionais, incluindo diferentes regimes de dosagem e uso de medicamentos concomitantes. A EMA concluiu, portanto, que a evidência atualmente disponível não é suficiente para apoiar o uso de ivermectina para covid-19 fora dos ensaios clínicos", continuou.

A EMA reforça que o uso indiscriminado de ivermectina pode levar a efeitos colaterais indesejados e reitera que sua declaração de saúde pública é endossada também pela Força Tarefa contra a Covid-19 (COVID-ETF).

No Brasil, a utilização de ivermectina como profilaxia tem provocado problemas no fígado de muitos pacientes, alguns inclusive com a necessidade de transplante devido à alta dosagem de medicamente ineficaz contra a covid-19 que consumiu.

Por causa do problema, a Merck, fabricante do remédio, informou em comunicado em fevereiro que não há dados que sustentem o uso dele contra a covid-19 e que não existe base científica para a recomendação do vermífugo contra a covid-19.

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Depois de Itália, França, Alemanha e Espanha suspenderem a vacina da AstraZeneca nesta segunda-feira, dia 15, Portugal se juntou à lista de países que temem a relação das doses com coágulos sanguíneos, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha recomendado manter sua utilização. Até o momento, já são 10 países europeus a terem adotado esta suspensão, já que Irlanda, Holanda, Dinamarca, Noruega e Bulgária já haviam anunciado o feito.

De acordo com o jornal português "O Observador", o presidente do Infarmed, Rui Ivo, anunciou a recomendação para a "interrupção temporaria" do processo de vacinação da AstraZeneca no país, justificando a decisão por ser medida de "precaução em saúde pública". A suspeita de haver ligaçao entre os casos reportados de reações adversas com a vacina será avaliada em Portugal, segundo Ivo.

Henrique Gouveia e Melo, coordenador da força-tarefa para a vacinação contra a Covid-19 no país lusitano disse ao "Observador" que 200 mil doses de AstraZeneca permenecerão armanezadas até sair o resultado sobre sua segurança. Ele afirmou que 400 mil doses já foram distribuídas.

Mais de 373 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus foram administradas em todo o mundo. A da AstraZeneca, uma das mais baratas, é crucial para as nações mais pobres, mas na Europa vários países (também Irlanda, Holanda, Dinamarca, Noruega e Bulgária) suspenderam sua aplicação por medo de que ela provoque trombos, o que não foi comprovado.

Apesar de seus níveis de contágio de Covid-19 permanecerem elevados, Itália, França, Alemanha e Espanha aderiram, juntos nesta segunda, à medida por precaução.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) insistiu nesta segunda, porém, que essa vacina deve continuar a ser usada e anunciou que seus especialistas se reunirão na terça-feira para analisar a situação do imunizante.

— Não queremos que as pessoas entrem em pânico e, por enquanto, recomendamos que os países continuem a vacinar com a AstraZeneca — disse a cientista-chefe da instituição, Soumya Swaminathan.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que vai realizar uma "reunião extraordinária" nesta quinta-feira sobre essa vacina, mas garantiu que seus benefícios ainda superaram os riscos.

O diretor do grupo de vacinas da Universidade de Oxford, Andrew Pollard, garantiu que "há evidências muito tranquilizadoras de que não há aumento no fenômeno de trombos aqui no Reino Unido, onde a maioria das doses da Europa foram administradas até agora".

Embora as campanhas de vacinação avancem, a ameaça do vírus persiste.

Na Itália, quase 40 milhões de pessoas iniciaram um novo confinamento nesta segunda devido ao aumento das infecções por variantes do coronavírus, com Roma e Milão desertas e divididas entre a tristeza e a esperança.

— Estou muito triste. Não esperava. Passar da zona amarela, com o café aberto, para a zona vermelha foi algo inesperado — confessa Ana Cedeño, do popular café e bar Cinque, no bairro de Trastevere, em Roma.

As medidas incluem o fechamento de escolas, restaurantes, estabelecimentos comerciais e museus em três quartos do país. Os italianos foram incentivados a permanecer em casa, exceto para trabalhar, procurar um médico, ou por motivos de causa maior.

Na Alemanha, onde o governo flexibilizou recentemente algumas restrições, a associação de médicos de unidades de terapia intensiva pediu o retorno "imediato" de medidas severas para enfrentar a terceira onda da pandemia

A França, que espera evitar outra quarentena nacional, tenta descongestionar as UTIs da região de Paris, saturadas com a alta de casos de covid-19. Pacientes devem ser transferidos para outras áreas do país por via aérea e de trem.

A pandemia de coronavírus matou mais de 2,6 milhões de pessoas em todo mundo, e a maior parte da humanidade está submetida a restrições, de maior ou menor nível, contra a Covid-19.

Portugal, que teve de impor um segundo confinamento geral em janeiro após a explosão de casos durante o Natal, reabriu nesta segunda creches, escolas, salões de beleza e livrarias, como parte de um plano de flexibilização gradual que prosseguirá até maio.

Por sua vez, a Rússia anunciou nesta segunda acordos de produção da vacina anticovid Sputnik V com empresas da Itália, Espanha, França e Alemanha, à espera de sua homologação na União Europeia (UE).

"Há outras conversas em curso para aumentar a produção na UE. Isso permitirá começar a abastecer o mercado único europeu com a Sputnik V, assim que a EMA aprovar", afirmou em comunicado o presidente do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), Kirill Dmitriev.

Até o momento, a EMA autorizou o uso de quatro vacinas: Pfizer-BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson.

O imunizante da AstraZeneca constitui a maior parte das doses enviadas para países pobres por meio do programa Covax, apoiado pela OMS, para garantir a vacinação em todo o mundo. Na América Latina, quatro países receberam doses por meio desse sistema: Guatemala, El Salvador, Peru e Colômbia, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Os Estados Unidos também pisaram no acelerador e já administraram mais de 107 milhões de doses.

O país, o mais afetado pela pandemia com mais de 534.000 mortos, aplicou mais de dois milhões de doses por dia na semana passada, de acordo com os Centros de Controle de Doenças (CDC). Até o momento, 21% dos americanos receberam ao menos uma dose.

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Pesquisadores britânicos constataram que as vacinas contra covid-19 desenvolvidas pela Pfizer e pela AstraZeneca reduziram o riscos de internação hospitalar pela doença em mais de 70% entre pacientes idosos e frágeis, após uma única dose. Os dados preliminares ainda precisam ser avaliados por outros cientistas. No entanto, trata-se de mais uma evidência de que os imunizantes são altamente eficazes na redução de doenças associadas à covid-19.

Cientistas da Universidade de Bristol e de dois hospitais da região observaram 434 pacientes com sinais de doença respiratória grave entre meados de dezembro de 2020 e fim de fevereiro. Todos os incluídos no estudo estavam prestes a completar 80 anos ou mais no fim de março. A pesquisa foi parcialmente financiada pela Pfizer.

Ao comparar os diagnósticos dos que foram vacinados com os dos que não foram imunizados, os pesquisadores estimaram a eficácia das doses em prevenir sintomas de covid-19 suficientemente graves para exigir internação.

Foi descoberto que uma única dose da Pfizer tem eficiência de 71,4% em evitar internações 14 dias após a aplicação. No caso do imunizante da AstraZeneca, a eficácia foi de 80,4%. A idade média dos que receberam a dose da Pfizer era de 87 anos e da AstraZeneca, de 88 anos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O Conselho Europeu destaca em comunicado, nesta quinta-feira, 25, que as novas cepas da covid-19 representam um "desafio", e pede que sejam mantidas "restrições rígidas" para conter o vírus, enquanto também se ampliam os esforços para acelerar a oferta de vacinas na União Europeia.

"Por ora, viagens não essenciais devem ser evitadas", diz o órgão da UE, complementando que o fluxo de bens e serviços dentro do mercado comum "precisa ser garantido". O comunicado aponta que é "urgente" acelerar a autorização, produção e distribuição de vacinas, bem como a própria vacinação contra a covid-19. Também destaca a necessidade de reforçar o monitoramento e a capacidade de detecção, a fim de descobrir variantes do vírus o mais rápido possível e conter sua disseminação. O Conselho Europeu diz apoiar os esforços adicionais da Comissão Europeia para trabalhar com o setor e com os países membros a fim de aumentar a capacidade atual de produção de vacinas, bem como ajustá-las a novas cepas, quando necessário.

A nota destaca ainda os esforços em andamento para acelerar a disponibilidade de matérias-primas, facilitar acordos entre fabricantes na cadeia de suprimento e reforçar a produção. Também pede que continue a haver uma abordagem comum nos chamados "certificados de vacina" e diz que voltará a analisar o assunto.

O Conselho Europeu pede ainda que as companhias garantam a previsibilidade dos acordos para a produção e entrega de vacinas contra a covid-19, além de reafirmar seu apoio para que se melhore o acesso aos imunizantes para grupos prioritários pelo mundo, por meio do instrumento Covax com essa finalidade.

O órgão da UE diz ainda que a crise da covid-19 "não terminou", mas argumenta que é preciso fortalecer o setor de saúde no bloco agora, com melhor coordenação e prevenção. "Cooperação multilateral global é essencial para lidar com ameaças de saúde atuais e futuras", afirma o Conselho Europeu.

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Uma equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira, 8, que as primeiras infecções pelo novo coronavírus em humanos, provavelmente, foram transmitidas por um animal. A missão ainda considerou que a possibilidade de o surto ter surgido de um acidente em um laboratório é "muito improvável". A tese era defendida pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump e seus aliados, mas eles nunca apresentaram provas.

A equipe, que investiga na China as origens da pandemia, não determinou qual espécie teria transmitido o vírus a humanos e disse que não há evidências da presença da covid-19 na cidade de Wuhan antes de dezembro de 2019. "Todo o trabalho que foi feito sobre o vírus para identificar sua origem continua apontando em direção à vida animal", disse Peter Ben Embarek, especialista em segurança alimentar que lidera a equipe da OMS em Wuhan.

"A hipótese de um acidente em laboratório é extremamente improvável para explicar a introdução do vírus no homem", declarou Embarek. O Instituto de Virologia de Wuhan, onde a missão esteve, armazena muitas amostras de vírus diferentes, o que deu margem para alegações de que o local pode ter sido a fonte do surto, que teria começado propositalmente ou acidentalmente. Segundo o especialista, inspeções da missão apontaram que o vírus não existia em nenhum laboratório do país antes do primeiro caso da doença.

Wuhan é considerado o marco zero da pandemia por ter registrado os primeiros casos de coronavírus. Desde então, a pandemia matou mais de 2,3 milhões de pessoas no mundo.

Segundo Embarek, apesar de a transmissão por um animal intermediário ser a hipótese mais provável, a teoria precisa de "investigações mais específicas e precisas". Ele disse que as descobertas iniciais sugerem que o caminho mais provável seguido pelo vírus foi de um morcego para outro animal, que pode ter sido um pangolim ou um rato de bambu, e depois para humanos. A transmissão direta de morcegos para humanos ou por meio do comércio de produtos alimentícios congelados também são possibilidades investigadas.

Pesquisa
A equipe da OMS não encontrou evidências de que a doença estava se espalhando antes do surto inicial, na segunda metade de dezembro de 2019, em Wuhan. "Não fomos capazes de fazer a pesquisa completa, mas não há indicação de que havia casos antes do que vimos acontecer em Wuhan", disse Liang Wannian, chefe da equipe da OMS do lado chinês. Pouco mais de um ano depois dos primeiros casos, os moradores Wuhan têm uma vida normal, assim como o restante do país.

A missão da OMS é considerada extremamente importante para a luta contra epidemias futuras, mas teve dificuldades por causa da relutância do governo chinês em permitir a entrada no país de especialistas internacionais de diferentes áreas, como epidemiologia e zoologia.

A visita é politicamente delicada para a China, que está preocupada em ser responsabilizada por supostos erros em sua resposta inicial ao surto. Uma investigação da agência de notícias Associated Press descobriu que o governo chinês impôs limites às pesquisas sobre o surto e ordenou aos cientistas que não falassem com os repórteres.

A missão levou meses para ser negociada. A China só concordou com a inspeção depois de muita pressão durante a reunião da assembleia da OMS, em maio do ano passado - Pequim, no entanto, continuou a resistir aos apelos por uma investigação estritamente independente.

Ainda assim, um membro da equipe da OMS, o zoólogo britânico Peter Daszak, disse que a missão teve um nível de abertura maior do que havia previsto e recebeu acesso total a todos os locais e pessoas que solicitou.

A cientista dinamarquesa Thea Koelsen Fischer disse, porém, que não conseguiu ver os dados brutos produzidos pelo governo chinês e teve de confiar em uma análise dos dados que foi apresentada a ela. No entanto, segundo Fischer, isso não é incomum em missões científicas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um incêndio atingiu o Terminal do "Serum Institute of India" na cidade de Pune. O laboratório é considerado o maior fabricante de vacinas do mundo e é responsável pela fabricação da Covishield, desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, que podem ser exportadas ao Brasil.

Segundo o site The Times Of India, as chamas atingiram um prédio em construção. Com isso, as doses das vacinas, tal qual sua produção, não foram afetadas.

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