O Jornal da Cidade

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Sem energia elétrica, moradores de cidades do Amapá enfrentam borrachudos e bombas de efeito moral. Uma onda de revoltas pelo apagão, que entrou ontem no 6.º dia, ocorre nas periferias. O governo federal disse no domingo, 8, que 76% da energia foi restabelecida, com um sistema de rodízio. Moradores, porém, dizem que o serviço não voltou em vários pontos de Macapá e do entorno. Na noite de sábado e na madrugada de domingo, um protesto no bairro Remédios II, na cidade de Santana, a 20 quilômetros da capital, foi reprimido pela tropa de choque do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar. Os agentes dispersaram a manifestação, que bloqueou com fogo e pneus uma das vias de acesso à cidade, de 120 mil habitantes.

Protestos de moradores pela falta de uma solução para a interrupção da rede elétrica e de água, que depende de bombas, acontecem desde a última terça-feira em pontos diferentes do Estado, incluindo a capital. Uma subestação de energia pegou fogo na terça, o que deu origem ao apagão.

A cúpula da polícia amapaense deu aval ao uso do Choque contra os atos, que não têm lideranças definidas. Nos dias anteriores, houve manifestações menos tensas em São José, Pedrinhas e Muca. Todos são bairros de população de baixa renda na região sul de Macapá.

Em Santana, moradores reclamavam da expectativa frustrada de restabelecimento temporário nos bairros situados a partir da Rua Cláudio Lúcia Monteiro, na entrada do município, via onde funciona o Fórum de Santana. A promessa era a de que teriam energia durante seis horas do sábado. Em menos de 60 minutos, o fornecimento caiu.

A mesma oscilação foi registrada em outros pontos da cidade. É uma realidade que contrasta com a aparência de normalização que o governo federal procura demonstrar. Nas comunidades, a escuridão completa potencializa o medo da violência.

A queixa mais comum nas ruas dos bairros é sobre a impossibilidade de usar ventiladores e ar-condicionado. Com isso, os carapanãs, mosquitos borrachudos da Amazônia, aproveitam as janelas abertas para tornar as noites quentes desagradáveis.

Os moradores não têm informações sobre os critérios do rodízio para escolha dos bairros que serão religados, nem sobre os períodos em que a energia estará disponível nas tomadas. "Estamos reivindicando porque não aguentamos mais. Não sabemos mais o que fazer. Estamos sem luz, sem internet, sem comunicação Isso não é justo. Para uns tem (energia), para outros não tem", disse a dona de casa Marta Lúcia Moraes, de 47.

O relógio marcava 22h50 de sábado quando manifestantes cercaram a equipe de reportagem do Estadão. Homens e mulheres, jovens e adultos, do Remédios II, se atropelavam, em desabafos. Não tem comunicação, dizia um. Não tem energia para refrigerar a carne cara, reclamava outro. Não tem água para tomar banho. Não tem água para limpar privadas. "A gente não pode se calar. Não podemos aceitar isso que estão querendo impor. Temos de ir para a rua manifestar, atrás dos nossos direitos. Nossos alimentos estão acabando, estragando", esbravejou Juliana de Jesus, de 28 anos.

Embate
Quatro jovens apareceram com rostos cobertos por camisas. À equipe de reportagem, disseram que PMs haviam ameaçado prendê-los arbitrariamente, mas sem dar detalhes. "Reportagem? Pode colar, na humildade. Queremos respostas, não queremos quebrar nada", disse um deles. A tropa de choque chegou sem fazer barulho. Sob comando de um tenente, partiu para cima do grupo com a munição de efeito moral. Manifestantes revidaram arremessando paus e pedras.

Ao progredirem em direção às barricadas, recomendaram à reportagem cautela no cruzamento com ruas transversais: a população local costuma ter espingardas e, protegidos pelo escuro, poderiam radicalizar. O acirramento se estendeu por mais uma hora. Não houve registros de feridos até o início do dia. Policiais confidenciaram preocupação com a escala das revoltas, caso a situação não volte ao normal em breve. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A operação da Polícia Federal contra suspeitos de fraudar auxílios emergenciais, deflagrada nesta segunda-feira (9) em São Paulo, Bahia e Tocantins, cumpre três mandados de prisão e sete de busca e apreensão em Simões Filho, região metropolitana de Salvador. Ao todo, a ação cumpre 14 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária.

O objetivo da ação é identificar e desarticular a atuação de organizações criminosas que cometeram fraudes para obter ilicitamente valores do benefício concedido pelo Governo Federal aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados durante a pandemia de Covid-19.

Na Bahia, além dos cumprimentos dos mandados, foi autorizada a quebra do sigilo bancário das contas dos investigados e o bloqueio dos valores ali depositados, bem como o sequestro de veículos usados pelos integrantes do grupo criminoso.

De acordo com a investigação, os suspeitos teriam cadastrado 59 contas de forma fraudulenta, somente em Simões Filho, e nelas, desviado cerca de R$ 33 mil do auxílio. O órgão acredita que o número total é bem maior, já que esses dados apresentados se referem a apenas uma semana, que são casos em que as vítimas formalizaram a contestação junto à Caixa.

Segundo a Polícia Federal, a partir de cruzamento de informações em bases de dados, os investigadores chegaram em suspeitos de fraudar o recebimento do benefício de forma organizada e estruturada. Os criminosos conseguem os dados pessoais de terceiros para solicitar e receber o dinheiro.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A ação, denominada Primeira Parcela, em alusão ao pagamento das parcelas do auxílio emergencial, é a primeira feita por meio de uma força-tarefa formada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Receita Federal, Controladoria-Geral da União, Caixa Econômica Federal e Tribunal de Contas da União para identificar fraude no auxílio.

O dia das eleições é um momento de bastante trabalho para a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb). Isso por conta da quantidade de lixo produzido por apoiadores de candidatos e eleitores, que costuma ser maior principalmente quando o pleito é municipal.

Em 2016, por exemplo, a quantidade de lixo recolhido no dia do primeiro turno da votação da disputa para prefeito e vereador foi de 125 toneladas, contra 81 toneladas de 2018, quando a eleição foi para deputado, senador, governador e presidente.

“Isso já é histórico. A quantidade de lixo produzido em uma eleição municipal é sempre superior. Acredito que em função da grande quantidade de postulantes a vereador, que é aquele candidato com atuação mais direta no município. O material recolhido é papel, as propagandas impressas dos candidatos, que acabam circulando na cidade entre os apoiadores e muitas vezes são jogadas de forma indevida no chão”, diz o presidente da Limpurb, Leonardo Oliveira.

Para proporcionar um ambiente limpo no próximo domingo (15), dia do primeiro turno da eleição, a Limpurb vai intensificar as ações de limpeza na cidade. A operação especial irá contemplar ações de coleta e varrição, com aumento do efetivo e número de equipamentos.

O trabalho será dividido em dois turnos: matutino (com início às 6h) e vespertino (a partir das 16h). A operação contará com 1.474 agentes de varrição, 121 agentes de coleta e 663 que atuam nas equipes especiais.

Além disso, serão disponibilizados 69 equipamentos como caminhões, compactadores e caçambas, para auxiliar os agentes de limpeza urbana. A limpeza será realizada em toda cidade, principalmente nas áreas com colégios eleitorais de maior movimento.

“A nossa recomendação é que as pessoas utilizem do bom senso, principalmente pelo período de pandemia que estamos vivenciando. No momento de fazer um lanche, que faça de maneira segura e descarte os seus resíduos de maneira adequada em uma lixeira”, afirma o presidente da Limpurb.

O destino do personagem Louro José ainda é incerto após a morte do ator Tom Veiga, que interpretava o papagaio ao lado de Ana Maria Braga, no Mais Você. Em entrevista exibida nesse domingo (8) pelo Fantástico, a apresentadora falou que o personagem é eterno.

"São entidades que nunca se misturaram. Então, agora, nesse momento, eu perdi o grande amigo, o Tom, e o meu filho, o Louro. Mas você olhando pra isso de frente, na verdade o Louro José existe. Ele pode não existir na interpretação magnífica do artista Tom Veiga, né? Que deu vida a esse personagem. Mas o personagem vai continuar existindo. Porque não tem como, se você pegar os grandes personagens aí, de qualquer... Da nossa vida, né? De Mickey Mouse a... Eles fazem aniversário e são eternos, né? E o Louro vai ser eterno pra sempre, né?", disse Ana.

Questionada se o personagem não sairia do ar, ela explicou que ainda não sabe. "Eu acho que é muito cedo pra se dizer qualquer coisa, né? Mas obviamente o Tom é inigualável", completou.

Abalada pela morte precoce do amigo, Ana Maria disse que vai sentir mais falta da parceria nesta semana, visto que, na semana passada, o programa fez diversas homenagens ao personagem e ao ator.

"Eu sinto a falta dele desde segunda-feira, quando eu voltei a trabalhar. Mas essa semana, como a gente tá fazendo uma semana especial, né? A gente tá fazendo uma semana de homenagens a ele, ele tá no programa, né? Em todos os momentos. Aí eu rio e choro ao mesmo tempo. Então eu ainda não... Sabe quando você ainda não caiu na real? De que mesmo sabendo de tudo isso, da realidade, eu acho que a partir da próxima semana é que a gente começa a fazer o programa. Vai ser um novo recomeço, eu acho. Tão difícil quanto", desabafou.

A apresentadora disse que o compromisso com o trabalho foi o que lhe deu força para conseguir apresentar o Mais Você logo no dia seguinte à morte de Tom. "Eu fiquei preocupada comigo mesmo. Mas também, o sentimento de respeito pelo meu trabalho, acho, por tudo aquilo que já representou e todos os problemas que eu já passei na minha vida, eu sempre soube que eu tinha essa capacidade de enfrentá-los de verdade. A gente tem que se superar e superar os medos. Eu fiquei arrasada com a notícia. Eu não queria acreditar. Essa é a primeira reação que você tem, é a negação", contou.

A vacina experimental Pfizer tem mais de 90% de eficácia, afirma um estudo preliminar divulgado pela empresa nesta segunda-feira (9). A vacina está na fase 3 e é desenvolvida em parceira com a alemã BioNTech.

Segundo a Pfizer, a análise provisória foi conduzida após 94 participantes do estudo desenvolverem a Covid-19 e examinar quantos deles receberam a vacina em comparação com o placebo. Para confirmar a taxa de eficácia, a empresa vai continuar o estudo até que haja 164 casos de covid-19 entre os participantes.

De acordo com Bill Gruber, que acompanha os estudos, esse número pode ser alcançado no início de dezembro. "Estou quase em êxtase", afirmou Gruber. "Este é um grande dia para a saúde pública e para o potencial de nos tirar a todos das circunstâncias em que estamos agora."

As farmacêuticas que estão desenvolvendo a vacina informaram que até o momento não encontraram nenhuma preocupação séria de segurança e esperam obter autorização de uso emergencial nos EUA ainda neste mês. "Hoje é um grande dia para a ciência e a humanidade", afirmou Albert Bourla, CEO da Pfizer, em um comunicado oficial da empresa.

"Estamos alcançando esse marco crítico de desenvolvimento do nosso programa de vacina no momento em que o mundo mais precisa, com taxas de infecção atingindo novos recordes, hospitais quase excedendo a capacidade e as economias lutando para reabrir", afirmou Bourla.

Parte de uma organização criminosa que movimentava R$ 2 milhões por mês foi desmontada pela Operação Ícaro, nesta segunda-feira (9). O principal alvo da operação foi o preso Fagner Souza da Silva, conhecido como Fal, fundador da facção Tropa do A, que agia em Salvador e Lauro de Freitas, na Região Metropolitana.

Fal está preso no Conjunto Penal de Lauro de Freitas, onde recebeu visita de equipes das polícias Civil e Militar e confirmou que continuava dando ordens para as ações criminosas, mesmo detido. Ao todo, quartorze mandados de prisão foram cumpridos contra integrantes da facção.

Além de tráfico, roubos a bancos, porte ilegal de arma, homicídios e corrupção de menores, o grupo lavava dinheiro comprando imóveis e veículos. Um desses apartamentos, no edifício CItta, no Imbuí, foi comprado à vista. O imóvel teve sequestro judicial determinado a pedido da polícia, que localizou nele R$ 140 mil em dinheiro em um cofre e 50 celulares. Ao todo em toda ação, foram apreendidos R$ 300 mil em espécie, além de 300 kg de maconha, cocaína e crack, uma espingarda calibre 12, carregadores, munições, seis veículos, 55 celulares, um cofre e embalagens plásticas.

"Solicitamos e conseguimos, com apoio da Justiça e Ministério Público Estadual, o bloqueio de 32 contas bancárias. Através delas os criminosos faziam transferências e lavavam dinheiro", explica a titular da Coordenação de Narcóticos, delegada Andréa Ribeiro.

Entre os presos está o traficante baiano Carlos Augusto dos Santos Cruz Júnior, conhecido como Penga. que estava em Ribeirão Preto (SP). "Estamos diante de um grupo organizado, com ramificação em São Paulo. Na cidade de Ribeirão Preto prendemos um traficante baiano, responsável pelas remessas de armas e drogas para Salvador e RMS. Nosso efetivo estava monitorando essa facção há seis meses", destacou o diretor do Draco, delegado Marcelo Sansão.

O comandante do CPR-Central, coronel Paulo Coutinho, disse que o patrulhamento continuará intensificado no bairro de Sussuarana, região em que o tráfico é comandado pelo grupo criminoso. "O cerco está fechado contra esta facção. A população pode ajudar denunciando", diz.

A Operação Ícaro foi conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e Comando de Policiamento Regional (CPR) Central, com apoio da Superintendência de Inteligência da SSP. Participaram da operação equipes do Draco, CPR-Central, COE, Rondesp Central, Polinter, 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), Departamento de Polícia Técnica e MPE.

Após oito meses de suspensão por causa da pandemia do novo coronavírus, está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (9) uma Portaria do Departamento Penitenciário Nacional ( Depen) que autoriza o retorno gradual de visitas presenciais em presídios.

De acordo com o documento, que entra em vigor hoje, a retomada será feita de forma gradual e pode ser reavaliada a qualquer momento. Pelas regras cada preso terá direito a uma visita presencial por mês, com duração de até 1 hora. Será permitida a entrada de um adulto, que poderá estar acompanhado de uma criança ou adolescente.

Grupo de risco
No caso de pessoas que fazem parte do grupo de risco ou vulnerável, como idosos acima de 60 anos, gestantes, lactantes, pessoas com doenças crônicas, doenças respiratórias, ou que apresentem sinais e sintomas de síndrome gripal, as visitas continuam suspensas.

Advogados
De acordo com o texto, os atendimentos presenciais de advogados nas penitenciárias federais continuam limitadas a quatro agendamentos por dia, com duração máxima de 30 minutos.

As visitas continuam virtuais para presos custodiados nas Penitenciárias Federais por intermédio das respectivas unidades da Defensoria Pública da União.

Atividades
As atividades presenciais de educação, de trabalho, de assistência religiosa e as escoltas dos detentos presos em penitenciárias federais permanecem suspensas, exceto quando se tratar de escolas requisitadas judicialmente, inclusões emergenciais ou daquelas que, por sua natureza, precisem ser realizadas em atendimento ao interesse público.

A assinatura do contrato definitivo da obra para a construção da Ponte Salvador-Itaparica será assinado no dia 12 de novembro pelo Governo do Estado e o consórcio chinês que irá realizar a obra, formado pelas estatais chinesas China Communications Construction Company (CCCC Ltd), CCCC South America Regional Company (CCCCSA) e China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20).

A data inicial de assinatura era no início do ano, mas foi prorrogada por conta da pandemia de Covid-19. Com o documento assinado, as empresas terão um ano para elaborar o projeto e outros quatro para executar o equipamento.

De acordo com as previsões a ponte terá uma extensão de 12,4 quilômetros, com acessos em Salvador, por túneis e viadutos, e em Vera Cruz, com a ligação à BA-001. Também deverá ser realizada uma nova rodovia expressa e a interligação com a Ponte do Funil, que será revitalizada. A concessão do projeto executado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) será de 35 anos. O concessionário terá prazo de cinco anos para a realização de estudos e construção do sistema viário, os demais 30 anos serão de gestão e administração do sistema. O investimento será de R$ 5,4 bilhões e o aporte do Estado será de R$ 1,5 bilhão.

A estimativa é que 24 municípios sejam beneficiados com o encurtamento da distância e redução do tempo de viagem em mais de 40%, por não mais ser necessário realizar o contorno de 100 quilômetros pela BR-101 para acessar a capital baiana. Outros 52 municípios devem ter a distância reduzida entre 20% e 40% da atual. A estimativa é que sejam gerados sete mil empregos durante a construção do equipamento e cerca de 100 mil postos de trabalho em 30 anos.

A assinatura representa um passo definitivo no processo de construção da ponte, conseguinte ao leilão que foi vencido pelas empresas que integram o consórcio responsável pela PPP no dia 13 de dezembro de 2019. De acordo com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a homologação da licitação representa a perda de objeto de uma medida cautelar, iniciada em dezembro do mesmo ano, por auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que tentava suspender o andamento do processo de continuidade da obra. A medida questionava o orçamento geral da ponte e a quantidade de material necessário para construção do equipamento.

Ainda segundo a PGE, o órgão discorda da argumentação apresentada pelos auditores, pois, conforme determina a legislação, a análise das parcerias público-privadas deve ser diferente da análise das contratações tradicionais de obras públicas, privilegiando-se, neste caso, o valor global da contratação.

O governador Rui Costa assinou na manhã desta segunda-feira (9) a ordem autorizando o início das obras da nova rodoviária de Salvador, que ficará em Águas Claras, às margens da BR-324. A estimativa é de que a obra custará cerca de R$ 120 milhões.

Rui lembrou a rodoviária que ficava na Sete Portas, até 1975, quando mudou para região do Iguatemi, dizendo que essas alterações mudam a cara da cidade. Ele afirmou que agora é um novo marco histórico. "Aqui será a maior estação de transbordo do Norte e Nordeste do Brasil", disse. "Todos os ônibus urbanos, metropolitanos, intermunicipais, não entrarão mais em Salvador", explicou. "Vão parar aqui nesse ponto para fazer o transbordo para o metrô. Com isso, mudamos o fluxo de carro, de transporte, de trânsito, dentro da cidade", avaliou.

O prazo previsto de construção é de dois anos. A área tem 200.000 m² e, como destacado, terá ligação ao transporte da capital baiana, com a estação do metrô de Águas Claras, com o terminal de transporte de ônibus metropolitano e urbano e, futuramente, com o corredor de VLT, na Avenida 29 de Março. Comparando com a atual rodoviária, a parte do terminal triplicará de tamanho de 22.000 m² para 70.000m².

Rui destacou também os empregos que serão gerados com a nova rodoviária. "Será um fluxo intenso de pessoas e o comércio, evidente, se potencializa, se fortalece, quanto maior o fluxo de pessoas num local. Aqui está projetado 10 mil m² de empreendimentos. Não existe empreendimento sem comerciários, trabalhadores. Significa que aqui centenas, para não falar milhares de pessoas, irã trabalhar", diz.

Segundo o governador, a melhoria na rodoviária beneficia não apenas os soteropolitanos. "Em geral, são moradores de outras cidades que utilizam na maior parte das vezes a rodoviária. São pessoas que têm negócios para resolver em Salvador, ou têm família. Um grande volume de pessoas que frequentam a rodoviária não são necessariamente de Salvador, e sim do interior da Bahia, é um benefício para toda população", afirmou Rui.

A Bahia registrou 23 mortes e 2.006 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta sexta-feira (6). No mesmo período, 1.776 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Dos 361.136 casos confirmados desde o início da pandemia, 347.207 já são considerados recuperados e 6.175 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,81%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (8.783,96), Almadina (6.643,48), Itabuna (6.615,61), Madre de Deus (6.504,53) e Aiquara (6.455,24).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 741.178 casos descartados e 85.586 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta sexta.

Na Bahia, 29.380 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 23 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.754, representando uma letalidade de 2,15%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,13% ocorreram no sexo masculino e 43,87% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,29% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,03%, preta com 15,05%, amarela com 0,75%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,77% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,99%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,56%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.