O Jornal da Cidade

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Está liberado. Desde o dia 21 de março, quando as primeiras praias começaram a ser interditadas em Salvador por conta da pandemia, os baianos se perguntavam quando elas seriam liberadas novamente. Foram quase oito meses sem poder tomar banho de mar aos fins de semana, mas a maré virou. Nesta sexta-feira (13), a prefeitura anunciou a reabertura desses espaços aos sábados, sem restrição de horário.

As medidas começam a valer a partir desta segunda-feira (16) e, portanto, ainda não estarão em vigor neste fim de semana. O anúncio também não vale para os domingos e feriados - ou seja, nesses dias, as praias ainda estarão fechadas. A informação foi divulgada pelo prefeito ACM Neto durante a entrega de uma obra no bairro de Periperi, no Subúrbio Ferroviário.

Em seu anúncio, o prefeito informou que as praias do Porto da Barra, Buracão e Paciência voltarão a poder ser frequentadas, mas com restrições. O porto, por exemplo, uma das praias favoritas dos soteropolitanos, abrirá apenas de terça a sábado. Já as praias do Buração e da Paciência estão liberadas de segunda a sábado.

As demais praias que já não abriam às segundas-feiras, como São Tomé de Paripe, Tubarão, Ribeira, Amaralina e Itapuã, seguirão interditadas no primeiro dia útil da semana.

Segundo ACM Neto, como o Porto da Barra normalmente ser uma praia muito procurada, não será permitido o uso de cadeiras, mesas e sombreiros, para evitar aglomeração.

"Especificamente sobre o Porto da Barra, como tem uma faixa de areia muito estreita e uma das praias mais demandadas da cidade. Então, ainda não vamos permitir sombreiros, cadeiras, mesas e banquetas nesse primeiro momento. Nas outras, poderá ter esse serviço seguindo os protocolos, medidas e regras que já anunciamos".

A reabertura é um alívio para os comerciantes que estavam sem poder vender os produtos nas praias e um teste para a população. Neto frisou que se o cuidado para impedir a contaminação, como evitar aglomerações e usar máscara, forem negligenciados, e os números da pandemia voltarem a subir, tudo pode ser fechado novamente.

A onda de reabertura das praias começou no dia 21 de setembro, quando a maioria delas foi autorizada a funcionar de segunda à sexta-feira.

Outras mudanças
O prefeito também fez outros anúncios, todos também com validade a partir de segunda (16). O Elevador Lacerda terá seu horário de funcionamento estendido e passará a funcionar de segunda a sábado, até 22h.

Teve novidade também para o setor da alimentação: os bares poderão abrir aos sábados nos clubes, para ficar em sintonia com as praias. Além disso, todos os restaurantes estão liberados para ofertar rodízios.

Na área da saúde, clínicas odontológicas e de estética podem abrir das 8h às 19h, mesmo horário autorizado para as autoescolas. No setor da educação, cursos livres podem ser feitos das 7h às 22h.

No âmbito esportivo e de lazer, os clubes sociais, recreativos e esportivos também poderão reabrir, mas receberão no máximo 30% dos sócios em suas dependências. Já nas academias de ginástica, que tinham tempo máximo de 1h por aluno, a regra deixa de valer, sendo o acesso liberado por tempo ilimitado.

 

A Bahia voltou a apresentar crescimento no seu Produto Interno Bruto (PIB) após três anos. O levantamento é realizado pelo IBGE, que divulgou os dados nesta sexta-feira (13).

Segundo o instituto, o PIB baiano para o ano de 2018 foi estimado em R$ 286,24 bilhões - deste total, R$ 250,53 bilhões equivalem ao valor adicionado bruto (renda líquida gerada pelas atividades econômicas) e R$ 35,7 bilhões são de impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos.

Os números apontam um avanço de 2,3% para a economia baiana, entre 2017 e 2018, voltando a crescer após três anos sem apresentar um resultado positivo. Foram dois anos consecutivos de recuo: de 2014 para 2015, o recuo foi de -3,4%, e de 2015 para 2016, de -6,2%. Depois, houve um ano de estabilidade, de 2016 para 2017.

A Bahia é o 10º estado brasileiro com melhor desempenho em relação a crescimento do PIB. Entre 2017 e 2018, o Brasil apresentou seu segundo avanço consecutivo (1,8%), com crescimentos em 26 estados. O único negativado foi Sergipe (-1,8%), que também registrou retração da economia. Por outro lado, o PIB teve grande crescimento no Amazonas (5,1%), Roraima (4,8%) e Mato Grosso (4,3%).

Com o crescimento verificado em 2018, a Bahia manteve sua participação de 4,1% no valor do PIB nacional, ostentando a 7ª maior economia do país e a maior do Norte/Nordeste.

Ainda segundo o IBGE, o Rio de Janeiro foi o estado que mais ganhou participação no PIB nacional entre 2017 e 2018, passando de 10,2% para 10,8%. Há também um bom registro no Espírito Santo, que passou de 1,7% para 2,0% do PIB do Brasil, no período. Santa Catarina (de 4,2% para 4,3%), Rio Grande do Sul (de 6,4 para 6,5%) e Mato Grosso (de 1,9% para 2,0%) também ganharam participação.

No outro extremo, São Paulo, que historicamente possui o maior PIB do país, caiu de 32,2% para 31,6%. Também registraram retração Rondônia (de 0,7% para 0,6%), Pará (de 2,4% para 2,3%), Pernambuco (de 2,8% para 2,7%), Paraná (de 6,4% para 6,3%), Goiás (de 2,9% para 2,8%) e o Distrito Federal (de 3,7% para 3,6%), que perderam participação no PIB nacional entre 2017 e 2018.

Sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram para manter a comissão especial formada para avaliar o impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC). O julgamento de um recurso de Witzel está sendo feito no plenário virtual da Corte, uma ferramenta digital que permite que os ministros analisem casos sem se reunirem pessoalmente ou por videoconferência. A discussão deve ser encerrada às 23h59 desta sexta-feira, 13.

Até a publicação deste texto, o relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, e os ministros Rosa Weber, Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Gilmar Mendes votaram para rejeitar um recurso de Witzel.

O sexto voto, que garantiu a maioria na Corte contra o recurso de Witzel, veio de Nunes Marques, que foi indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, adversário político do governador afastado.

O presidente do STF, Luiz Fux, se declarou suspeito e não votou. O ministro Dias Toffoli, por outro lado, votou para que a comissão especial formada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) seja desconstituída.

O recurso de Witzel foi levado ao plenário virtual por determinação de Alexandre de Moraes e contesta uma decisão do próprio ministro que, em agosto, autorizou a continuidade do procedimento que apura se o governador cometeu crime de responsabilidade. A defesa do governador afastado insiste em questionamentos sobre o rito utilizado pela Assembleia Legislativa do Rio para conduzir o processo de impeachment.

Em seu voto, assim como indicou na decisão monocrática, Alexandre de Moraes voltou a defender que a Alerj não cometeu irregularidades.

"O Ato do Presidente da Assembleia Legislativa não desrespeitou o texto constitucional ou mesmo a legislação federal, pois refletiu o consenso da Casa Parlamentar ao determinar que cada um dos partidos políticos, por meio de sua respectiva liderança, indicasse um representante, garantindo ampla participação da maioria e da minoria na Comissão Especial. Basta verificar que não houve irresignação por parte de nenhum dos partidos políticos representados na Assembleia Legislativa", observou.

O processo de impeachment de Witzel foi aprovado por ampla maioria na comissão e no plenário da Assembleia Legislativa. Agora, está nas mãos de um Tribunal Especial Misto, formado por deputados e desembargadores, o destino político do governador afastado.

As vendas de ingresso para festas de réveillon de 2021 no Sul da Bahia estão em alta, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. E, agora, esses eventos de final de ano ganharam o aval dos órgãos públicos para acontecer. Por meio de um decreto, a prefeitura de Porto Seguro autorizou que aconteçam grandes festas de final de ano, que podem chegar até 4 mil pessoas.

Os maiores eventos vão acontecer em Caraíva, Arraial d’Ajuda e Trancoso. A estimativa dos secretários de turismo e saúde é de que pelo menos 30 eventos com mais de 1 mil pessoas ocorram na cidade na noite da virada. A condição é de que eles não promovam aglomeração e que utilizem 60% da capacidade dos espaços. Como as festas serão realizadas em grandes terrenos, que têm mais de 8 mil m², os gestores acreditam que o distanciamento de 1,5 m será respeitado.

“Autorizamos o pessoal a abrir a venda dos ingressos e hoje a prefeitura assinou um decreto regulamentando os protocolos. Eles vão poder fazer as festas”, disse o secretário de turismo de Porto Seguro, Paulo Magalhães. Segundo ele, as normas sanitárias são fruto de uma discussão em conjunto com os realizadores dos eventos.

“Entramos em uma discussão para estabelecer a quantidade de pessoas por espaço. Então fizemos o cálculo de 1,5 m² por pessoa e em cima disso existe uma redução de 60% da capacidade. Se você pegar uma casa de 10 mil m² e aplicar um percentual de 60%, vai caber até 4 mil pessoas”, explicou Magalhães.

As barracas de praia, hotéis, meios de hospedagem, bares, restaurantes e clubes também estão autorizados a fazer as próprias comemorações para o réveillon, desde que já tenham o selo do programa Porto Mais Seguro. Os eventos específicos da festa ainda precisarão de um alvará específico da vigilância sanitária do município para que possam acontecer. Todos os serviços terceirizados, como de alimentação e bebidas, que normalmente existem nos grandes festivais, também devem cumprir o protocolo de higiene.

De acordo com o secretário de saúde de Porto Seguro, Kerry Ruas, a decisão da prefeitura em permitir que essas festas de final de ano aconteçam corrobora com a diminuição do número de casos e óbitos pela covid-19 na cidade.

“Estamos na fase seis do processo de reabertura, temos poucos casos novos e poucos óbitos, o que permitiu seguir para essa etapa dos eventos. Essa decisão está de acordo com o cenário epidemiológico e com as normas técnicas para manter a segurança do ambiente das pessoas que vão frequentar”, afirmou Ruas.

A respeito da fiscalização no dia dos shows, o secretário de saúde explicou que já vem fazendo um trabalho de conscientização com os empresários, para que cada um fiscalize os próprios empreendimentos. Além disso, ele informou que equipes da Guarda Civil Municipal, da Polícia Militar e da vigilância sanitária estarão a postos no dia 31 de dezembro para fiscalizar o cumprimento das regras do decreto. O estabelecimento que descumprir as normas poderá responder por crime contra saúde pública e contra a administração em geral. Quem não usar máscaras nos espaços públicos poderá receber multa de R$ 100 (conheça todos os itens no final da matéria).

Atualmente o decreto do governador da Bahia, Rui Costa, só permite que eventos de até 200 pessoas sejam realizados. Contudo, como explicado pelo setor jurídico do governo estadual, se um município baiano emitir um decreto sobre o tema, prevalece a regulamentação do município, pois ele tem autoridade para legislar sobre o assunto.

Um dos maiores eventos que acontece em Porto Seguro é a festa Uiki Parracho, no Arraial d'Ajuda. A programação já está fechada e contará com DJs como Pedro Sampaio e Vintage Culture. A festa é open bar e terá duração de 7 dias - dos dias 27 a 31 de dezembro e no dia 2 de janeiro de 2021 (a ressaca).

Os horários são de 19h às 2h e, no réveillon, de 22h às 8h. A capacidade total do espaço é de 9000 pessoas, divididos em 8 m², como consta no site do Arraial d’Ajuda. Portanto, pelo protocolo da prefeitura, a festa poderá ter até 5400 pessoas. Procurada, a produção do evento não quis informar a quantidade de ingressos que já tinha sido vendida e tampouco confirmou a capacidade de pessoas.

Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia de quinta-feira (12), Porto Seguro tem 3.607 casos de covid-19, com 68 óbitos.

Regras do protocolo para os eventos em Porto Seguro, segundo decreto

Venda de ingressos preferencialmente pela internet
Capacidade máxima de 60%, respeitando distanciamento de 1,5m entre pessoas
Todas as festas só poderão ser realizadas com autorização prévia da vigilância sanitária após Solicitação Especial para Eventos
Todos os serviços terceirizados (alimentação, bebidas, assistência médica, banheiros químicos, etc) deverão apresentar o selo "Porto Mais Seguro", ou alvará sanitário ou autorização equivalente emitida pela Vigilância Sanitária local
Os estabelecimentos deverão manter mínimo de 70% de contratação local de serviços terceirizados
As festas realizadas do dia 11/12 a 26/12 deverão encerrar às 4h da manhã
As festas realizadas a partir do dia 27/12 deverão encerrar às 6h da manhã
Hotéis, pousadas, meios de hospedagem, bares, restaurantes e barracas de praia e clubes que tenham Selo Porto Mais Seguro podem realizar festas e eventos de final de ano
Festas de final de ano podem excepcionalmente podem funcionar com mais de 8 pessoas no grupo musical, além de 8 pessoas na equipe
A apresentação musical não poderá gerar aglomeração de pessoas
Uso de máscaras obrigatório, sujeito a multa de R$ 100
Quem descumprir o decreto poderá responder por crime contra saúde pública e contra administração em geral

Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou nesta quinta-feira (12), três novos casos da doença de Haff, todos residentes no município de Camaçari, com relato de consumo de pescado.

O Centro Informação Estrategica em Vigilância em Saude da Bahia (CIEVS) alerta que a doença de Haff é uma sindrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação, e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, além da urina cor de café, associada a elevação sérica de da enzima CPK, associada a ingestão de pescados. A doença pode evoluir rapidamente com insuficiência renal e, se não adequadamente tratada, levar ao óbito.

Em agosto de 2020, o municipio de Entre Rios registrou a ocorrencia de três casos suspeitos de doença de Haff com relato de ingestão de pescado. Houve consumo do peixe conhecido como “olho de boi”, onde cinco pessoas da mesma familia fizeram a ingestão do peixe e aproximadamente sete horas depois, o primeiro caso, indivíduo de 53 anos, apresentou sintomas de fortes dores no corpo, tontura, náuseas e fraqueza. Outros familiares apresentaram os mesmos sintomas.

Em Salvador, nos meses de setembro e outubro, duas unidades hospitalares notificaram a ocorrência de casos da doença de Haff, totalizando seis pacientes que apresentaram início súbito de dor muscular de origem não determinada.

Em 2016, a Bahia também registrou casos da síndrome, o que afetou a venda de pescados em Salvador e Região Metropolitana. Na época, os casos foram registrados na capital, Valença e em Guarajuba (Camaçari).

Orientações gerais à população:

• Aos primeiros sintomas, busque uma unidade de saúde imediatamente e identifique outros individuos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possiveis novos casos da doença.

Aos profissionais de saúde:

• Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiolise, pois neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 a 72 horas.
• Evitar o uso de antiinflamatórios.
• Na ocorrência de casos suspeitos, recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK), TGO e monitorização da função renal;

O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou nesta quinta-feira (12) que se houver uma segunda onda de contaminações pelo novo coronavírus no Brasil, o governo voltará a conceder o auxílio emergencial aos brasileiros em situação de vulnerabilidade econômica.

“Se houver uma segunda onda, não é uma possibilidade, é uma certeza [que o governo vai pagar novamente auxílio emergencial]”, disse, no evento do Dia Nacional do Supermercado, organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Mas ele enfatizou que considera a probabilidade de nova onda de contaminações “baixa”. De acordo com Guedes, o plano do governo é retirar o auxílio aos poucos até o final do ano. “Estamos retirando os estímulos, de R$ 600 [valor inicial das parcelas do auxílio] baixa pra R$ 300 [auxílio emergencial residual] e depois aterriza ali na frente numa versão Renda Brasil ou na própria Bolsa Família. Temos as duas possibilidades, é uma escolha política”, disse.

Em agosto deste ano, o presidente Jair Bolsonaro disse que a proposta de criação do programa Renda Brasil estava suspensa. O programa pretendia expandir o Bolsa Família. A proposta da equipe econômica era retirar o abono salarial para quem ganha até dois salários mínimos para financiar o novo programa.

Contribuição sobre transações digitais
Guedes voltou a defender a criação de uma contribuição sobre transações digitais, como forma de substituir a desoneração da folha de pagamentos. Segundo o ministro, o governo tem o compromissão de não aumentar a carga tributária.

“Esse compromisso de não aumentar imposto significa que vamos fazer um programa de substituição de carga tributária. Não queremos criar um imposto, queremos a desoneração da folha de pagamentos”, afirmou. Ele acrescentou que para desonerar a folha de pagamentos e estimular a criação de emprego formal no país, é preciso encontrar uma “forma de financiamento” para essa redução dos impostos sobre os salários.

Guedes disse ainda que “não haverá aumento de imposto para quem paga imposto”. “Mas quem nunca pagou, vai aumentar”, disse. De acordo com o ministro, haverá imposto sobre dividendos e se houver tributação das transações digitais, “quem não pagava vai começar a pagar”. E acrescentou que essas mudanças dependem de momento político adequado.

Inflação e recuperação da economia
O ministro reforçou que a “economia brasileira está voltando com força”. Ele disse que foi considerado muito otimista quando a crise gerada pela pandemia começou. “Me surpreendeu a velocidade xcom que a economia está voltando, bem acima da minha visão que era considerada otimista”, disse. Segundo Guedes, os sinais da rápida recuperação da economia brasileira estão na arredação de impostos neste mês que “está extraordinária” e há dados de aumento do consumo de energia elétrica, de óleo diesel, além de as novas fiscais eletrônicas estarem “subindo em alta velocidade” e aumento do emprego.

Sobre a inflação, Guedes afirmou que muita gente fica com “raiva dos supermercados” quando vê os preços dos alimentos mais caros, mas os estabelecimentos são apenas “uma plataforma de distribuição”. “Se esse produto já chega caro porque subiu o câmbio ou a demanda foi forte e os preços subiram, temos que deixar a engrenagem do mercado funcionar”, disse.

Para o ministro, com os preços altos, o setor agrícola brasileiro vai aumentar a produção e em “dois, três, quatro meses a frente os preços começam novamente a se estabilizar”. Guedes acrescentou que o governo pode reduzir tarifas de importação quando houver “abusos” nas altas dos preços para estimular a competição e assim segurar a inflação.

A Bahia registrou 23 mortes e 1.590 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quinta-feira (12). No mesmo período, 1.407 pacientes foram considerados curados da doença (0,4).

Dos 369.259 casos confirmados desde o início da pandemia, 354.813 já são considerados recuperados e 6.564 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,54%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (8.979,89), Itabuna (6.692,05), Madre de Deus (6.689,42), Almadina (6.661,79), Aiquara (6.567,70).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 760.605 casos descartados e 87.993 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quinta-feira (12/11).

Na Bahia, 29.836 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 23 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.882, representando uma letalidade de 2,13%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,10% ocorreram no sexo masculino e 43,90% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,38% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,09%, preta com 14,96%, amarela com 0,75%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,72% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,80%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,54%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou, nesta quinta-feira, 12, que o adiamento da eleição municipal em Macapá foi tomado após autoridades eleitorais e de segurança pública afirmarem não haver "condições de segurança e tranquilidade" para realização do pleito na capital do Amapá. Em entrevista ao Jornal Eldorado, da Rádio Eldorado, o ministro disse ter sido informado que até mesmo a ação de facções criminosas estava fora de controle durante a crise energética e social vivida pelo Estado.

"Na segunda-feira, eu conversei com o presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amapá, que me disse que estava tudo sob controle, com a perspectiva de regularização do fornecimento de energia elétrica. Ontem (quarta), porém, ele me ligou com uma narrativa diferente, que a situação estava fugindo de controle, que as facções estavam operando à insatisfação das pessoas, que já tinha havido quebra-quebra, ameaça de cercar o palácio, que a PM não tinha contingente suficiente para conter as manifestações e monitorar as inquietações", relatou Barroso.

Com as informações repassadas e documentadas pelo presidente do TRE do Amapá, Barroso disse ter contactado por telefone os diretores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal, bem como a direção do Estado-maior na região. O relato unânime, disse o ministro, foi de que o quadro mais grave era restrito à capital, apesar da crise energética afetar todo o Estado.

"A verdade é que eu estou em Brasília. A brincadeira que se faz é que Brasília é muito longe do Brasil, às vezes. E, portanto, eu preciso confiar nas informações de fontes seguras que me vem dos tribunais regionais eleitorais e das autoridades públicas locais", disse o presidente do TSE. E completou: "todos me disseram que havia um risco grave da situação escapar de controle e se ter violência e impedimento das pessoas votarem normalmente em Macapá, só em Macapá."

A nova data para a eleição, contudo, só deve ser definida quando a situação no Amapá for regularizada. "Eleições devem ser realizadas em um quadro de segurança e tranquilidade. Evidentemente, na maior extensão possível, nós queremos marcar ainda para esse ano, para não haver prorrogação de mandato, mas eu dependo de informações do TRE-AP (...). Eu imaginaria fazer assim que o TRE e as autoridades de segurança pública me disserem que há condições."

Quatro em cada dez moradores da Bahia (40,4% da população) estavam abaixo da linha da pobreza em 2019, segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2020, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo IBGE. Pouco mais de 1 em cada 10 (12,5%) estavam abaixo da linha da extrema pobreza. Com isso, a Bahia tem o segundo maior número absoluto de pobres do país (6,006 milhões) e o maior número de extremamente pobres (1,853 milhão).

Houve uma leve melhora no índice de pessoas abaixo da linha da pobreza em relação a 2018, a segunda seguida. Em um ano, o número de pobres na Bahia caiu 5,3% e em Salvador 4,1%. O ano com menor patamar de pobreza tanto no estado quanto na capital foi 2014 - 37,5% da população do estado e 13,6% em Salvador.

A linha para considerar a pobreza monetária é de US$ 5,50 por dia em paridade de poder de compra (PPC). O IBGE utiliza esse critério definido pelo Banco Mundial para países de renda média, já que o Brasil não tem uma linha oficial para a classificação.

Em 2019, essa linha de pobreza correspondia a rendimento médio domiciliar per capita de R$ 428 em Salvador e na Bahia. Mais de 6 milhões de baianos viviam com menos do que isso, incluindo 611 mil soteropolitanos - 21,3% da população da capital.

Em todo Brasil, em 2019, 51,7 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza (R$ 436), 24,7% da população.

Extrema pobreza
A extrema pobreza teve um leve recuo também no estado, mas um pequeno aumento em Salvador, indica o estudo. Para essa classificação, é considerado o valor de US$ 1,90 diário per capita em PPC. Isso equivalia, aqui, em 2019, a uma renda domiciliar per capita média de R$ 148.

No ano passado, 1,853 milhõs de pessoas viviam com menos que isso na Bahia em 2019, o que significa 12,5% da população. A redução foi de 3,2% em relação a 2018. Mesmo assim, a Bahia continuou com o maior número de extremante pobres do país, posto que ocupa desde ao início da série histórica, em 2012.

A proporção de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza na Bahia é praticamente o dobro do nacional. No Brasil como um todo, no ano passado, 6,5% da população (13,7 milhões de pessoas) viviam com renda domiciliar per capita inferior a R$ 151 (valor da linha nacional).

Em Salvador, o número de pessoas extremamente pobres teve aumento de 12,9%, passando de 124 mil para 140 mil. Com isso, Salvador subiu no ranking da pobreza extrema entre capitais, passando da 5ª para 4ª em números absolutos e da 14ª à 9ª em proporção de extremamente pobres na população (4,9). A lista proporcional é liderada por Boa Vista (8,6%), Manaus (8,3%) e Rio Branco (8%).

Saneamento, educação e internet
O IBGE aponta que a Bahia, em geral, tem maiores proporções da população morando em locais com algum tipo de restrição a acesso a serviços que contribuem para melhora de vida, comparando com o Brasil como um todo. Entre os que estão abaixo da linha de pobreza, as restrições aumentam.

A restrição mais frequente para toda população baiana é no acesso simultâneo aos três serviços de saneamento (rede de água, esgoto e coleta de lixo), que atinge quase metade da população total (47,3%). Entre os pobres, a proporção dos que não têm acesso ao saneamento sobe para 63%.

A segunda restrição mais frequente é o acesso à educação, que em todo estado atinge 33,3% e entre os pobres chega a 36,4%.

A terceira restrição mais comum é o acesso à internet, que afeta 22,5% do povo baiano. Para as pessoas abaixo da linha de pobreza, 29,5% viviam em 2019 em domicílios sem nenhum tipo de acesso à rede.

Moradia inadequada
Os dados apontam também que em 2019 22,5% da população baiana e 15,8% da soteropolitana viviam em domicílios com pelo menos uma inadequação.

Os casos mais frequentes são de ausência de documentação de comprovação da propriedade do imóvel (13,8% dos baianos e 7,4% dos soteropotalianos).

A informalidade no mercado de trabalho seguiu em alta pelo quinto ano seguido em Salvador, chegando a novo recorde, segundo dados de 2019 divulgados nesta quinta-feira (12) pelo IBGE. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2020, 42,4% das pessoas de 14 anos ou mais que trabalhavam na capital no ano passado estavam informais. Isso significa 651 mil trabalhadores.

Foi um crescimento registrado de informais de 5,4% comparando com 2018, quando este número era de 587 mil, ou 40,3% da população ocupada. Houve aumento, portanto, de mais 64 mil trabalhadores informais em um ano. O número atual é o maior da série histórica da PNAD Contínua, que começou em 2012.

Com isso, Salvador subiu no raking da informalidade entre as capitais do Brasil. Passou da 11ª mais alta, em 2018, para 8ª, em 2019. As três líderes da questão são Macapá (56,4%), Belém (55,9%) e Boa Vista (50,2%), todas no norte do Brasil.

Na capital, a taxa de informalidade entre homens (42,1%) e mulheres (42,6%) ficou bem parecida. Também considerando raça a diferença não chega a ser significativa - 42,6% dos brancos ocupados eram informais, frente a 42% dos pretos ou pardos.

São considerados como empregos informais trabalhos sem carteira assinada, incluindo os domésticos, quem trabalha por conta própria ou ajudando familiares e empregadores que não contribuíram para a Previdência.

Apesar do aumento em Salvador, a informalidade na capital ainda ficou menor do que em toda a Bahia. No estado, a proporção de trabalhadores informais não mudou muito - 56,7% em 2018 e 56,6% de 2019, num total de 3,4 milhões de pessoas. Já no Brasil, 41,6% dos trabalhadores eram informais em 2019.

A Bahia ficou em 9º lugar entre as maiores taxas de informalidade entre os estados, uma pequena melhora em relação a 2018, quando ocupava a 7ª posição. O líderes são Pará (67,9%), Maranhão (65,4%) e Piauí (65,1%).

Salário
Em Salvador, os trabalhadores informais receberam em média R% 1.559 por mês em 2019, quase a metade do que receberam os formais (R$ 3.025). Em toda a Bahia, a diferença foi ainda maior. Os informais receberam uma média de R$ 936, valor abaixo do salário mínimo, e os formalizados tiveram salário médio de R$ 2.254.