O Jornal da Cidade

O Jornal da Cidade

O presidente Jair Bolsonaro gravou um áudio onde pede aos caminhoneiros que liberem as estradas do país. Na gravação, o presidente diz que a ação "atrapalha a economia" e "prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres".

Caminhoneiros que são a favor do governo Bolsonaro e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) promovem manifestações e bloqueiam rodovias de, até às 22h30, ao menos 16 estados do país nesta quarta-feira (8).

"Fala para os caminhoneiros aí, que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação e prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres. Então, dá um toque nos caras aí, se for possível, para liberar, tá ok? Para a gente seguir a normalidade. Deixa com a gente em Brasília aqui e agora. Mas não é fácil negociar e conversar por aqui com autoridades. Não é fácil. Mas a gente vai fazer a nossa parte aqui e vamos buscar uma solução para isso, tá ok? E aproveita, em meu nome, dá um abraço em todos os caminhoneiros. Valeu", disse o presidente na gravação.

O ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, confirmou a autenticidade do áudio.

Protestos no Oeste da Bahia e em outros 15 estados

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um dos atos ocorre no Oeste da Bahia, um na saída da cidade de Luís Eduardo Magalhães, sentido Barreiras, enquanto um outro acontece na saída de Barreiras, sentido Salvador. Parte do grupo informou que o movimento era em apoio às recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro contra a Constituição Federal - o presidente do país pede a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) -, enquanto outros afirmaram que tinha ligação com a alta do combustível.

Segundo o representante da Cooperativa De Caminhoneiros Da Bahia, Wellington Machado, a paralisação da categoria se deve ao alto preço dos combustíveis e a categoria está lutando pelo ajuste dos créditos. Ele prevê que a tendência para as manifestações é aumentar com a eventual possibilidade de virar uma greve. "A partir de amanhã teremos certeza de tudo, estamos aguardando o nosso Sindicato Nacional".

Jorge Carlos Da Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado da Bahia, entretanto, diz que as manifestações acontecem em apoio aos atos que ocorreram na terça-feira (7), que defenderam pautas antidemocráticas e contra a Constituição Federal, como a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Estão dizendo que os atos são protestos contra os preços de combustíveis, mas não. Eu não entendo porque a classe está fazendo isso, inclusive, já que não recebeu nada do Governo Federal, só recebeu alta de combustível", diz Jorge.

Em nota, o Ministério da Infraestrutura, com base em informações da PRF, informou que, até às 22h30 do dia 08 de Setembro de 2021, foram registrados pontos de concentração em rodovias federais em 16 estados, sendo 13 com abordagem a veículos de cargas. São esses: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará.

A pasta ainda afirma que os 2 pontos de bloqueio total registrados no Rio Grande do Sul foram liberados, restando apenas aglomeração no local. A região Sul concentra neste momento 55% das ocorrências registradas. Apenas uma interdição de pista foi notificada, no estado de São Paulo.

A Seleção Brasileira vai nesta quinta-feira (9) em busca da oitava vitória nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. Quatro dias depois de ter a partida contra a Argentina suspensa, a equipe do técnico Tite volta a entrar em campo às 21h30, dessa vez contra o Peru, na Arena Pernambuco, em duelo válido pela 10ª rodada da competição.

Se o clássico contra os hermanos botaria, frente a frente, as seleções líder e vice-líder do torneio, o jogo contra a Blanquirroja tem um cenário bem diferente. Enquanto o Brasil é líder isolado, com 21 pontos e 100% de aproveitamento, os peruanos aparecem na 7ª posição, com oito pontos.

Não é só na tabela que a equipe canarinha leva vantagem. Nos últimos três encontros, três vitórias brasileiras. O mais recente aconteceu há pouco mais de dois meses, na semifinal da Copa América, com triunfo por 1x0 no Engenhão. Antes, pela fase de grupos da competição, o estádio no Rio de Janeiro já havia sido palco da goleada por 4x0 sobre a rival.

Na atual edição das Eliminatórias, as duas seleções também já se enfrentaram, mas no Nacional de Lima. E o Brasil também se deu melhor, com triunfo por 4x2, de virada. A última vitória do time de Ricardo Gareca foi há quase um ano, em um amistoso em Los Angeles, por 1x0.

“Foram muitos Brasil x Peru e, apesar da gente ter vencido a maioria, sempre foram jogos complicados. Além de serem aguerridos, taticamente são muito bem organizados. Dificultam nosso jogo”, afirmou o lateral direito Danilo.

Escalações
Na última quarta-feira (8) pela tarde, a Seleção encerrou a preparação para a partida de hoje. Na Arena Pernambuco, Tite comandou um treino em campo reduzido, com duas equipes com 11 jogadores. Não houve divisão entre reservas e titulares.

Na sequência, o técnico orientou um trabalho tático com os atletas que iniciarão a partida, mas esta parte da atividade não foi exibida pela CBF TV.

Neste próximo embate, é esperado que o comandante faça algo inédito nestas sete partidas - e seis minutos do jogo anulado - das Eliminatórias: repetir uma escalação. Até aqui, o único jogador presente em todas as partidas foi Danilo.

Para enfrentar o Peru, é provável que o treinador escolha os mesmos 11 titulares que atuariam contra a Argentina, no último domingo. Gerson e Everton Ribeiro são as principais novidades no meio de campo da equipe. Na zaga, Lucas Veríssimo entra no lugar de Marquinhos. O jogador foi liberado pela CBF já que não teve garantias que a suspensão tinha sido cumprida no jogo contra os hermanos.

Assim, Tite deve optar por: Weverton, Danilo, Lucas Veríssimo, Éder Militão e Alex Sandro; Casemiro, Gerson, Everton Ribeiro e Lucas Paquetá; Neymar e Gabigol.

O Peru, por sua vez, terá o desfalque do centroavante Paolo Guerrero, do Internacional. O jogador recebeu cartão amarelo na vitória sobre a Venezuela, no domingo passado (5), e estará suspenso diante do Brasil.

Uma provável escalação tem: Gallese, Advíncula, Santamaría, Callens e Marcos López; Tapia, Yotún, Carrillo, Cueva e Édison Flores; Lapadula.

Um homem envolvido em uma chacina, que teve como vítimas sete pessoas da mesma família, no município de Viana, no Espírito Santo, no ano de 1997, teve o mandado de prisão cumprido por equipes da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) e da 1ª Delegacia Territorial (DT), de Porto Seguro, na Orla Norte da cidade, na noite da última segunda-feira (6). Acusado de também fazer parte de uma associação criminosa com mais de 20 integrantes, responsável por roubo de gado, grilagem de terras e pistolagem, ele era procurado pela Polícia Civil do Estado do Espírito Santo.

O homem também foi autuado por falsidade ideológica, após ser flagrado portando documento com nome falso. O coordenador da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis), delegado Moisés Damasceno, informou que o criminoso estava sendo monitorado. “Após o contato com a polícia capixaba, foi feito o acompanhamento por equipes da Deltur. Ele transitava em seu veículo quando foi interceptado”, afirmou. O criminoso segue preso, à disposição do Poder Judiciário.

A pousada Sobrado da Vila, em Praia do Forte, distrito de Mata de São João, teve todos os 27 apartamentos ocupados durante o feriadão da Independência. “Estamos voltando ao normal e, finalmente, conseguindo pagar as dívidas de quando a ocupação estava baixa”, diz Firmo de Azevedo, 75 anos, dono do espaço. Esse é o reflexo do momento vivido pelo turismo baiano. Depois de ser um dos mais impactados pela pandemia, o setor retoma as atividades com toda força, impulsionada pela queda dos casos de covid-19 e aceleração da vacinação.

“As pessoas estão se sentindo mais seguras, pois foram vacinadas. Tem agora uma terceira dose que começou a ser aplicada e tudo isso é esperança para os clientes, que querem sair, e para mim, que já espera um bom verão, se Deus quiser”, projeta, esperançoso, o empresário. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Regional Bahia (ABIH-BA), esse foi o melhor desempenho do turismo desde o Réveillon de 2021, quando o país estava nas vésperas da chegada da segunda onda de contaminações e a rede hoteleira baiana teve ocupação média de 82,5%.

“A gente teve no final do ano passado uma ocupação elevada, pois Réveillon é uma data que muita gente viaja e os índices de contaminação estavam reduzidos. Alguns projetavam até o fim da pandemia naquele momento”, diz Luciano Lopes, presidente da entidade. Segundo o mesmo, a média de ocupação nos hotéis baianos foi de 79,5% neste feriadão, chegando a atingir o pico de 90% no sábado (4).

"Temos percebido uma movimentação muito grande por ser um feriado prolongado e as pessoas, aos poucos, estão retomando a prática do turismo na medida em que a covid-19 tem sido mais controlada", conta Lopes, ressaltando que, antes de pandemia, um feriado como esse representaria uma taxa de ocupação entre 95% e 100%. Por outro lado, no ano passado, apenas 36,5% dos leitos disponíveis estavam ocupados no Sete de Setembro.

Já Silvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Turismo e Hospitalidade do Estado da Bahia (Fetur-BA), disse que a ocupação média do feriadão foi de 70%, com pico de 77% no sábado. “Antes da crise, a gente atingia 85% e ano passado não chegamos a 50%”, lamenta. Para o representante da categoria, essa foi uma das melhores ocupações de toda a pandemia.

“Em janeiro, auge do verão, não atingimos 50% de ocupação. Só agora os números tão começando a crescer, mas de forma lenta. Nós só recebemos turistas locais e nacionais. Os internacionais não estão vindo e, infelizmente, vão demorar para chegar”, relata. O lamento de Silvio é por causa de alguns países, como o Reino Unido, por exemplo, considerarem o Brasil como local de alto contágio da covid-19, o que desestimula o turismo internacional na Bahia.

Empresários comemoram ocupação

Localizada em Lençóis, na Chapada Diamantina, a pousada Vila Almm vive o melhor momento na pandemia. Dos 16 leitos do espaço, todos já estavam reservados para serem ocupados no Sete de Setembro desde o início de agosto. “Teve muita gente que ligou querendo reservar, mas não tinha mais espaço e tivemos que recusar”, lembra Liliane da Silva Sodré, proprietária do espaço.

“Eu estou muito feliz com essa nossa realidade, pois está voltando tudo ao normal, estamos conseguindo pagar as contas e está dando até para contratar alguém para ajudar no serviço, ou seja, ganha todo mundo com essa retomada”, aponta.

Já Andilma Cardoso, gerente do hotel Costa dos Coqueiros, localizado em Imbassaí, distrito de Mata de São João, teve as expectativas superadas nesse feriadão e também viveu o melhor momento desde o início da pandemia. A previsão era que, no domingo (5), a ocupação chegasse em 92%, mas acabou atingindo os 100%.

“Imbassaí lotou de um jeito que não tinha visto nessa pandemia. Na segunda, nossa ocupação caiu para 90% e só hoje que o povo começou a ir embora, mas de manhã ainda estavam nas praias”, relata.

Embora ainda estejamos no inverno, ela já considera que a Bahia está no Verão por causa do desempenho observado no turismo. “Eu acho que o verão começou nesse Sete de Setembro. A sensação é essa, pois o sol está forte, a cidade está cheia e, a cada final de semana, a tendência é observarmos isso”, justifica.

Rodrigo Lima, dono da pousada Charme do Dido, em Boipeba, distrito de Cairu, também atingiu os 100% de ocupação desde domingo. No entanto, lá ele afirma que isso não tem sido incomum na pandemia. “O movimento no último verão foi bom e a gente já estava sentindo que ia ser assim. Recebemos muita gente de fora da Bahia. Só agora tem pessoas de Goiás, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro”, afirma.

Hotéis em Salvador também ficaram lotados

De casa cheia e com o maior número de quartos ocupados desde o início da pandemia. É assim que esteve o Casa Di Vina Boutique Hotel durante o feriadão da independência. Localizado em Salvador, no bairro de Itapuã, o espaço teve 100% de ocupação no sábado e domingo.

"Isso é resultado da mistura da vacinação com o sol forte. As pessoas estão se sentindo mais seguras e têm procurado mais os hotéis, sobretudo para lazer”, acredita Renata Proserpio, sócia gerente do local.

Só o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, teve ocupação também de 100% no local. No entanto, o desempenho desse feriadão foi melhor por gerar mais de um dia seguido de casa cheia. “E a maioria do nosso público é de pessoas da Bahia. Só 40% é gente de estados próximos, mas nossas garagens estão cheias. Tem gente vindo de carro para fazer turismo, o que antes não era tão comum”, aponta.

No Deville Prime Salvador, também localizado em Itapuã, a ocupação atingiu os 100% nos dias mais disputados do feriadão. “Dentro da pandemia, essa é o maior índice porque temos dois dias com 100%, o que é um recorde desde a reabertura. O cenário de busca dos hotéis tem melhorado por causa dos indicadores da pandemia", informa Álvaro Garcia, gerente geral.

Expectativa alta

Não é só da Independência que viverá o trade turístico baiano em 2021. Em outubro, no dia 12, também uma terça-feira, é feriado nacional por causa das comemorações dos 304 anos da aparição de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a padroeira do país. Em novembro, no dia 2, outra terça-feira, é Dia de Finados, e no dia 15, uma segunda-feira, comemora-se a Proclamação da República, outros dois feriados nacionais que chegam antes do Natal e Réveillon.

Tudo isso deixa animado até quem não atingiu os 100% nesse feriadão. Marcos Gallani é gerente operacional do Porto Seguro Praia Resort, que teve 80% de ocupação neste feriado. A expectativa para os próximos são os 100%. “Nós já estamos nos preparando para isso, pois a quantidade de turistas aumenta gradativamente. Nosso setor tem percebido que os indicadores em queda da pandemia e o avanço da vacinação são informações que refletem positivamente na busca por reservas em nossos hotéis”, diz.

Karina Militão é gerente operacional do Hit Hotel, localizado no Porto da Barra. Ela afirma que o local teve 80% de ocupação nesse feriadão, o mesmo atingido no Dia dos Namorados.

“A expectativa está em alta, pois o verão está vindo aí. A localização do nosso espaço ajuda muito e o atendimento é maravilhoso. Já vínhamos de um agosto em que houve uma melhora e apostamos tudo para essa reta final de 2021", relata.

Para o Wish Hotel, a ocupação também foi animadora. Alejandro Vilá Geis, gerente geral do hotel, afirma que o número é resultado de um aumento progressivo das reservas no setor. "A taxa foi de 60%. Essa é, dentro da pandemia, a nossa segunda maior performance, atrás apenas do Dias dos Namorados, quando chegamos a 70%. A busca por hospedagens fica bem melhor a cada fim de semana e feriado", explica.

Outros hotéis, de um perfil diferente, não registraram tanta ocupação. O Pisa Plaza, por exemplo, que é mais voltado para eventos e negócios segundo o gerente de operações Fernando Araújo, ficou em 57% de 4 a 7 de setembro. O Grande Hotel da Barra recebeu 65% dos hóspedes que poderia. Já o Fera Palace, localizado na Rua Chile, ficou com 50% dos quartos reservados, de acordo com Tereza Pires, gerente de reservas e receitas do local.

De acordo com Luciano Lopes, da ABIH, são justamente os feriados como o de Sete de Setembro que têm dado a chance para os empresários e hotéis tentarem uma recuperação econômica depois de um período difícil. "Não é só Salvador. O litoral e interior também apresentam uma alta procura. Isso tanto no Baixo Sul, como no Litoral Norte e na região de Morro de São Paulo. Nesses locais, a média também está entre 85% e 90%. A situação tem demonstrado o aumento do interesse turístico", ressalta.

Marcos Gallani, do Porto Seguro Praia Resort, concorda com o colega e específica o impacto dessas datas para o seu hotel.

"Os feriados prolongados têm um impacto significativo na ocupação, principalmente, por causa de hóspedes que estão num raio de 700 quilômetros e aproveitam esses dias para descansar. Então, com um feriado na semana, essa rentabilidade aumenta em torno de 25% a 30%", calcula.

Para Rodrigo Lima, dono da pousada Charme do Dido, isso está acontecendo em plena pandemia devido a tendência do turismo ser realizado em locais próximos da natureza, ao ar livre e sem aglomerações, como é o caso do litoral baiano e da Chapada Diamantina. “As pessoas têm essa necessidade de viajar, de conhecer novos lugares. E, se é para fazer isso, que seja num local tranquilo e seguro”, diz.

 

Um terremoto de magnitude 7,0 atingiu o sudoeste do México, na região próxima ao balneário de Acapulco, no Estado de Guerrero, na noite da terça-feira, 7. O tremor provocou danos a prédios e deslizamentos de terra, bloqueando estradas.

Até o momento, uma morte foi notificada. Segundo as autoridades locais, um homem morreu esmagado por um poste.

Os reflexos do terremoto também foram sentidos na capital do país, Cidade do México, localizada a cerca de 370 km do epicentro.

Com medo do tremor, pessoas deixaram suas casas e apartamentos durante a noite.

Segundo a prefeita Claudia Sheinbaum não há registros de danos graves no local, mas alguns pontos da capital registram falta de luz.

Em comunicado, a concessionária mexicana de energia afirmou que 1,6 milhão de usuários foram afetados pelo terremoto por todo o país, incluindo moradores da capital e de cidades vizinhas, além de residentes dos Estados de Guerrero, Morelos e Oaxaca.

O sismo de magnitude 7,0 foi inicialmente medido como 7,4 pelo Instituto de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

De acordo com o instituto, por ter sido registrado muito próximo à superfície, cerca de 12,5 km abaixo do solo, o efeito de agitação do tremor foi amplificado. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os ataques do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações de 7 de Setembro mobilizaram PSDB, PSD, Solidariedade e MDB a discutirem um apoio ao impeachment do chefe do Executivo. Os tucanos marcaram uma reunião já para esta quarta-feira, 8. O movimento chama atenção porque é a primeira vez que a executiva tucana é convocada para discutir o tema. Integrantes do partido dizem que é preciso interditar os avanços antidemocráticos de Bolsonaro antes que seja tarde demais. Além disso, os atos de Bolsonaro fizeram a discussão ganhar força para além das legendas de oposição.

Até a próxima semana, a possibilidade de engrossarem a defesa pelo impedimento de Bolsonaro antes do fim do mandato será discutida internamente em cada sigla. Dirigentes partidários ouvidos pelo Estadão/Broadcast afirmam ainda não haver consenso e nem decisão consolidada nas bancadas do Congresso. O aumento do tom de Bolsonaro, no entanto, provocou pressão por uma resposta mais dura no Legislativo.

A possibilidade de as cúpulas das legendas apoiarem o afastamento, mesmo sem apresentar um pedido formalmente, no entanto, cresceu após as manifestações de ontem. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), único que tem o poder de pautar pedidos de impeachment, afirmou à interlocutores que iria ouvir os partidos. Na gaveta dele tem 124 pedidos de cassação do mandato de Bolsonaro. Aliado de Bolsonaro, suas declarações tem sido de que não há clima para abertura de um processo.

O Solidariedade deve encaminhar na próxima semana uma decisão para assinar um pedido de impeachment contra Bolsonaro na Câmara Ao Estadão/Broadcast, o presidente da sigla, deputado Paulinho da Força (SP), revelou que a estratégia é "aumentar a pressão para cima do Arthur Lira".

Entre líderes ouvidos pela reportagem, há um certo consenso sobre os atos pró-Bolsonaro: o número de apoiadores nas ruas não foi pequeno, mas é menor do que aliados de Bolsonaro esperavam; e qualquer decisão agora passará pelo filtro do processo eleitoral.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, anunciou ontem mesmo a convocação de uma reunião extraordinária para tratar da posição do partido em relação ao possível processo de impeachment de Bolsonaro. Os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), concorrentes entre si pela vaga de presidenciável do partido em 2022, declararam-se favoráveis ao processo de impedimento.

"Defendo a abertura do processo de impeachment por entender que até as eleições estão ameaçadas. Ontem foi o 7 de Setembro, amanhã é o Conselho da República e depois?", disse o ex-ministro de Relações Institucionais do governo Michel Temer e ex-deputado Antonio Imbassahy. "O PSDB finalmente resolveu mostrar a cara. Precisa começar a discutir os temas que importam", complementou o deputado Danilo Forte (PSDB-CE).

MDB
O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), se manifestou nas redes sociais e também sugeriu uma resposta mais dura contra Bolsonaro, sem citar diretamente um pedido de impeachment. "São inaceitáveis os ataques a qualquer um dos poderes constituídos. Sempre defendo a harmonia e o diálogo. Contudo, não podemos fechar os olhos para quem afronta a Constituição. E ela própria tem os remédios contra tais ataques", escreveu o dirigente da sigla. A nota foi submetida ao ex-presidente Michel Temer e ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

Ao Estadão/Broadcast, Baleia confirmou que o impeachment será discutido. "A marca do MDB é o diálogo. Por isso sempre discutimos e consultamos os temas nacionais com as bancadas, o que não será diferente neste caso", afirmou.

"Não podemos simplesmente avançar em um pedido de impeachment para jogar para a torcida. Deveríamos estabelecer desde já uma coalizão, um grupo de partidos para estar junto em uma terceira via. Estamos perdendo o momento de fazer essa definição", afirmou o ex-ministro Carlos Marun, que integra a Executiva do MDB.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, reforçou em mensagem ao grupo de WhatsApp do partido que a sigla já aprovou a defesa do impeachment. "Outros partidos e atores políticos estão começando a enxergar igual caminho, mesmo os que sempre tiveram dificuldades de entender o processo em momentos como esse. Sabemos qual é o desenlace que queremos para o país. É preciso que a bancada na Câmara dos Deputados se integre a esse esforço", escreveu.

Crime
Para o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao afrontar instituições durante as manifestações. "No final dessa história, o maior prejuízo foi dele. Ele unificou todo o campo democrático contra ele e empurrou para o impeachment partidos como MDB, PSDB, Solidariedade e Cidadania. Sob a lógica autoritária, ele não demonstrou a força necessária para dar um golpe e, sob a lógica democrática, só perdeu."

Um dos fatores que pode colocar deputados contra Bolsonaro, na avaliação de caciques partidários, é a manifestação do próximo dia 12, que tem o impeachment na pauta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No mês em que é realizada a campanha “Setembro Amarelo”, dedicada à prevenção ao suicídio, especialistas alertam sobre o mau uso da internet e das redes sociais como forma de potencializar questões emocionais.

Diversos casos são divulgados na mídia sobre jovens que pensam em tirar a própria vida ou acabam cometendo o ato por não saber lidar com as repercussões geradas na web.

Segundo a psicóloga e professora do curso de psicologia da Faculdade Santa Casa, Cristiana Kaipper, a internet é um lugar que promove muita visibilidade, por isso, é importante que os pais estejam atentos ao comportamento dos filhos e tenham vigilância para evitar que eles se coloquem em situações difíceis de serem contornadas.

“Se pessoalmente a pessoa lidava com o julgamento de um grupo pequeno de amigos ou colegas, na internet, o número de pessoas em que se interage se torna exponencial. Para um adulto essas reações já podem ser difíceis de sustentar, imagine para um adolescente que ainda está se estruturando emocionalmente e formando a identidade”, compara.

De acordo com a psicóloga, existem alguns sinais que podem ser observados em pessoas que apresentam o risco para o suicídio.

“Se a pessoa tem sinais depressivos ou o próprio diagnóstico, pode ser um indicativo. É comum que a tendência ao suicídio seja acompanhada de rigidez do pensamento, comportamentos impulsivos e ambivalência. Frequentemente a pessoa comunica que pensa sobre o assunto ou chega a ter comportamentos autodestrutivos, como se machucar, se cortar ou se envolver em atividades que ponham a vida em risco”, pontua.

Segundo Cristiana, algumas doenças como depressão, transtorno bipolar ou transtorno borderline também são indicativos que é preciso ligar o sinal de alerta.

“Estes transtornos em níveis mais graves comumente levam a pessoa a pensar em suicídio ou mesmo a cometê-lo como forma de se livrar da dor emocional”, avisa.

A psicóloga também cita como fator de risco algum problema familiar. “O suicídio também pode refletir uma questão sistêmica familiar. Um trauma que é experimentado transgeracionalmente e não é resolvido pode criar uma tensão no sistema e trazer uma grande carga emocional em um dos membros da família, capaz de gerar algum transtorno ou mesmo levá-la ao suicídio, mesmo que ela, pessoalmente, não tenha experimentado um grande trauma”, observa.

Busca por ajuda

A psicóloga explica que familiares e amigos podem ajudar o indivíduo que apresenta pensamentos suicidas ficando atendo aos sinais e oferecendo ajuda através da escuta e empatia.

“É importante estar atento às necessidades da pessoa e levar em consideração quando ela falar sobre suas dificuldades em lidar com questões da vida ou comunicar pensamentos suicidas. Geralmente a família tem muita dificuldade em lidar com sofrimentos desse tipo, ou desconsidera os pedidos de socorro por interpretar como drama ou tentativa de chamar atenção”, diz.

Buscar auxílio terapêutico também é importante, caso a família perceba que há algum tipo de sofrimento emocional acontecendo ou algum comportamento disfuncional. “Frequentemente as pessoas banalizam o sofrimento emocional que, às vezes, com ajuda profissional poderiam ser resolvidos, manejados ou amenizados”, conclui.

Afetada pela escassez de alguns insumos enfrentada pelas montadoras, a venda de veículos novos teve queda de 5% em agosto. No acumulado do ano, o setor ainda registra alta de 27,83% frente ao mesmo período de 2020. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

“O ritmo dos emplacamentos está sendo ditado pela capacidade de entrega das montadoras, que ainda sofrem com a escassez, especialmente, de semicondutores”, afirma o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior. ““Parte dos veículos registrados em agosto são de vendas realizadas em julho. Este prazo de entrega se tornou mais longo por conta das dificuldades da indústria”.

Para o executivo, a situação tende a se normalizar. A Fenabrave espera que, em todo o ano, o setor registre uma alta de 13,6%.

Neste ano, o segmento de Caminhões comercializou 82.189 unidades, num resultado abaixo, apenas, do registrado em 2014 (87.789 veículos, no mesmo período). Em função dessa falta de insumos, o segmento opera com agendamento de entregas a partir de 2022.

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga até esta sexta-feira, 3, um pedido para reabrir as inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021, após a prova registrar queda de 46,2% no número total de candidatos inscritos. Até o início da noite desta quinta, cinco ministros do Supremo já haviam proferido voto favorável à reabertura das inscrições para conceder isenção na taxa paga pelos candidatos. A redução no número de inscritos é puxada pela diminuição na presença de jovens negros entre os candidatos, o que é atribuído à cobrança de taxa de inscrição dos alunos ausentes na edição passada.

A participação de pretos entre os inscritos nesta edição do exame é a menor desde 2011. A ação no STF pede a reabertura de prazo para conceder isenção aos candidatos. A prova está marcada para os dias 21 e 28 de novembro deste ano. O Enem 2020, realizado em janeiro deste ano em meio à pandemia, teve recorde de abstenção de estudantes. Mais de metade dos inscritos faltou, por medo de contaminação, dificuldade de se preparar para a prova ou necessidade de trabalhar. Os estudantes ausentes na edição passada tiveram dificuldades para pedir isenção da taxa de inscrição neste ano, já que o Ministério da Educação (MEC) exigiu documento com justificativa para o não comparecimento na prova passada.

Em 2020, o Enem concedeu 3,6 milhões de isenções por declaração de carência. Em 2021, só foram 822.854 declarações de carência aceitas. A taxa para participar da prova é de R$ 85. A edição passada do exame, principal porta de entrada para o ensino superior, teve 5,7 milhões de inscritos. Já a deste ano registrou 3,1 milhões de inscrições, o que significa uma redução de 46,2%.

A diminuição é mais acentuada entre os jovens pobres e negros, segundo um levantamento realizado pelo Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil. O estudo mostrou que o número de alunos inscritos não pagantes teve queda de 77,44% e o de inscritos pagantes subiu 39,2%. Também apontou que, entre os estudantes pretos, a diminuição de inscritos foi de 53%, porcentual semelhante ao verificado entre os alunos pardos (51,7%) e indígenas (54,8%). Já entre os brancos, a redução do número de inscritos foi bem menor: de 35,7%.

Na última década, o número de inscritos negros vinha aumentando ano a ano em relação ao total de candidatos no Enem. Este ano, porém, houve reversão dessa tendência. A participação de alunos pretos entre os inscritos caiu de 13,3% em 2020 para 11,7% em 2021. Este é o menor porcentual desde o ano de 2011. Em 2009, a taxa era de 6,3%, subiu para 11,7% no ano seguinte e, depois disso, vinha crescendo.

Já a presença de pardos entre os inscritos teve redução de 47% para 42,2%, o menor índice desde 2012. Por outro lado, a participação de brancos entre os inscritos subiu de 34,7% para 41,5% neste ano. Desde 2012, o Enem não tinha tantos inscritos brancos, em relação ao total de candidatos.

Exemplo
Para conseguir fazer a inscrição, alunos pobres pediram dinheiro a amigos e parentes, e entidades estudantis organizaram até mutirão de vaquinha. Apesar da mobilização, muitos perderam a chance de fazer a prova este ano. Paloma Liberato, de 19 anos, não conseguiu isenção da taxa este ano. E, sem condições de pagar, acabou de fora do Enem 2021. "Me inscrevi no Enem e tinha toda aquela instrução de não aglomerar, manter seguro quem estava na área de risco. Minha mãe tem problema cardíaco e hipertensão, faltei para não colocá-la em risco", diz a jovem, de São José, na região metropolitana de Florianópolis.

Nesta quinta, o ministro Dias Toffoli, relator do processo, votou a favor da reabertura do prazo para pedir isenção de taxa. Para Toffoli, o "contexto excepcional de agravamento da pandemia" no Enem 2020 justifica que, excepcionalmente, "se dispense a justificativa de ausência na prova para a isenção ". Na sequência, os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia acompanharam o voto de Toffoli.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Bahia Mineração (Bamin) assume oficialmente, nesta sexta-feira (3), a concessão do trecho de 537 km entre Ilhéus e Caetité da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol I). A solenidade de formalização do contrato, após o leilão ocorrido em abril, na qual a mineradora foi vencedora, será às 9h15 da manhã, na localidade de Sussuarana, município de Tanhaçu, e contará com as presenças do presidente Jair Bolsonaro, do ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, do CEO da Bamin Eduardo Ledsham, dentre outras autoridades.

“É muito importante a presença do presidente para assinar o contrato de concessão da Fiol, dada a sua relevância para a Bahia. A gente está falando do projeto mais estruturante do estado. Um projeto que vai atender o setor mineral, num primeiro momento, e que depois vai atender também ao agronegócio, que cresce a taxas impressionantes, sobretudo no Oeste”, disse o ministro.

No total, serão investidos R$ 3,3 bilhões na ferrovia, de acordo com o Ministério da Infraestrutura (Minfra). A expectativa da pasta é de que o trecho concedido a iniciativa privada entre em operação em 2025, com a capacidade de transportar mais de 18 milhões de toneladas de carga.

Em um primeiro momento, 16 locomotivas e 1,4 mil vagões estarão em operação, dos quais, pelo menos, 1,1 mil serão destinados ao escoamento de minério de ferro. Em 10 anos, ainda de acordo com o Minfra, o volume de carga deve mais do que dobrar, superando 50 milhões de toneladas em 2035 – e chegar a 34 locomotivas e 2,6 mil vagões.

“A partir do momento que houver a assinatura desse contrato, a gente vai ter o desfecho das obras, a conclusão, recuperação do que foi perdido e a preparação para o início da operação”, diz Tarcísio.

No entanto, o governo federal ainda não divulgou uma previsão para a construção dos outros trechos da Fiol, que vão ligar Caetité até o Tocantins, atravessando o oeste da Bahia.

Já a Bamin diz que a capacidade total da via é para 60 milhões de toneladas por ano e que ela utilizará até 18 milhões de toneladas anuais. “As cargas da mineradora irão demandar apenas um terço da capacidade da via. Outros dois terços serão dedicados a outros produtos provenientes do agronegócio”, disseram.

Bamin diz que ferrovia vai trazer avanços socioeconômicos para Bahia
A Bamin está comemorando a conquista da Fiol, que, para a empresa, vai consolidar a logística de seus projetos e operações, que incluem a Mina Pedra de Ferro, na região de Caetité, e o Porto Sul, em Ilhéus.

”Com a Fiol, os dois empreendimentos vão prover o fornecimento com baixo custo de um minério de ferro de alta qualidade, excepcional no mercado mundial. Por demandar menor custo de produção, com redução do consumo de energia e emissão de poluentes, também contribui para melhorar a performance da indústria”, disseram, em nota.

Segundo a empresa, os projetos irão gerar mais de 10 mil empregos diretos e 60 mil indiretos na fase de implantação e 1.500 empregos diretos e 9 mil indiretos quando entrarem em operação.

A Fiol foi leiloada em abril, durante a Infra Week, evento ocorrido na B3, a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. O leilão teve apenas um lance válido, justamente o dado pela Bamin. A companhia arrematou o ativo com outorga de R$ 32,7 milhões, valor mínimo proposto.

A assinatura do contrato de concessão também faz parte do Setembro Ferroviário, que foi lançado ontem (2), pelo governo federal, durante o envio da Medida Provisória 1.065/2021, a MP das Ferrovias, para o Congresso. A ideia do governo é colocar em prática diversas iniciativas ligadas ao modal, como as obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste, que devem começar no dia 17 deste mês.

CBPM espera que Fiol gere desenvolvimento econômico no estado
Além da Bamin, ouras empresas mineradoras e de diferentes segmentos, que atendem ao mercado nacional e têm interesse em levar seus produtos para o exterior, poderão utilizar a Fiol. A ideia é que a ferrovia possibilite oportunidade de desenvolvimento de empresas que já estão no seu trajeto e de novas, que poderão se instalar.

“Uma série de outras jazidas estão prontas para saírem, mas não tem investimento por causa da falta de logística, que será dada pela Fiol. Tem uma jazida em Jequié que vai sair agora com a Fiol. Tem muito projeto pronto para andar. Produção de madeira na área de Conquista e o agronegócio vão utilizar a ferrovia”, diz Antônio Carlos Tramm, presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), que considera o evento de hoje uma conquista da Bahia.

“A liberação dessa concessão é uma vitória da Bahia. Se a gente não tivesse se mobilizado, não ia ter licitação. O processo estaria preso no Tribunal de Contas. Foi a nossa mobilização que levou o Ministério a se interessar em concluir a Fiol, que representa para a Bahia cerca de R$ 600 milhões em arrecadação do governo. Cerca de 60% disso vai direto para as prefeituras da região”, aponta.

As obras desse primeiro trecho da Fiol foram iniciadas em 2011, mas paralisadas por falta de recursos federais em 2014. A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) foi procurada, mas não respondeu até o fechamento do texto.

Em nota, a Federação das Indústrias da Bahia (Fieb) diz que a Fiol será um importante equipamento de infraestrutura trazendo um benefício socioeconômico fundamental: a integração do território baiano, sobretudo do oeste do estado com o litoral. Por sua vez, fará também a integração da Bahia com oeste do país.

A Fieb destaca ainda a viabilização de negócios superiores a R$ 5 bilhões, entre a construção da ferrovia, do Porto Sul e da exploração de minério de ferro e outras cargas; a viabilização de negócios ao longo da passagem da ferrovia, como escoamento de outros minérios do sudoeste da Bahia, bem como do Norte de Minas Gerais.

Obras iniciais no Porto Sul já estão 40% concluídas
Também administrada pela Bamin, as obras iniciais que antecedem a construção do Porto Sul, em Ilhéus, estão 40% concluídas. Nessa quarta-feira (1º), mais uma etapa desse projeto foi entregue, a ponte sobre o Rio Almada, que conecta a BA-001 à futura área industrial. Ela se junta a outras construções como rotatórias, desvios e trabalhos de sinalização, além de ações socioambientais, que estão sendo executadas antes da implantação do Porto Sul.

O governador do Estado da Bahia, Rui Costa, esteve presente na inauguração. “Nos orgulha muito dar mais um passo na execução deste grande projeto de infraestrutura logística não só para o Litoral Sul, mas para a Bahia inteira. A Fiol é um horizonte para o futuro da Bahia pelo qual trabalhamos há anos e vamos seguir com todo o interesse de acelerar a chegada da ferrovia ao São Francisco”, disse.

A construção da ponte foi executada com tecnologia cantitraveller, que permite o cravamento de estacas em áreas de rios com redução de impacto ambiental. Ela é formada por nove vãos com 26 metros e 234 metros de comprimento em pavimento rígido e seguro à circulação de veículos de grande porte.

“O Porto Sul significa a integração das regiões sul e oeste da Bahia, trazendo mais oportunidades para a economia baiana e o desenvolvimento do estado. A obra, que foi viabilizada ainda na gestão do governador Jaques Wagner, vem garantindo a geração de muitos postos de trabalhos, assegurando geração de renda e uma vida digna para centenas de trabalhadores”, destaca Rui.

“O Porto Sul será um novo e importante corredor logístico e de exportação para o Brasil. Por ele, serão escoados, todos os anos, milhões de toneladas de minérios, produtos agrícolas e outros. Chegarão pelo terminal outros itens de importância para a região e para o país. Além de gerar milhares de empregos, é um empreendimento que vai trazer riqueza e prosperidade ao povo da Bahia e do Brasil”, afirma Benedikt Sobotka, CEO da Eurasian Resources Group (ERG).