O Jornal da Cidade

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A Prefeitura de Salvador continua avançando a faixa etária apta para aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19. Desta vez, os jovens de 19 anos ou mais poderão ser imunizados nesta quinta-feira (19).

Das 8h às 12h, será a vez dos nascidos até 19 de fevereiro de 2002. À tarde, das 13h às 16h, entra também o público nascido até 19 de agosto de 2002. Não haverá vacinação à noite.

"Além disso, também terá 1ª dose para gestantes e puérperas e aplicação das 2ª doses: Oxford e Pfizer para pessoas com retorno até 24/8 e Coronavac para retorno até 20/8", informou o prefeito. "Bora vacinar".

(19/08 - Quinta-Feira) - Pontos de vacinação para 1ª dose:

08 às 16H

Drivers
5º Centro de Saúde (Barris)
Faculdade Universo (Avenida ACM)
Shopping Bela Vista
Faculdade Bahiana de Medicina - Cabula
Atakadão Atakarejo
Vila Militar (Dendezeiros)
Arena Fonte Nova
Universidade Católica (Pituaçu)
Unijorge (Paralela)
Barradão

Pontos Fixos
5º Centro de Saúde (Barris)
USF Federação
CSU Pernambués
USF Plataforma
USF Cajazeiras V
USF Pirajá
Universidade Católica (Pituaçu)
USF João Roma Filho (Jardim Nova Esperança)
Unijorge (Paralela)
Barradão
UBS Eduardo Mamede (Mussurunga)

(19/08 - Quinta-Feira) - Pontos de vacinação para 1ª dose de gestantes e puérperas:

08H às 16H

Drivers
Atakadão Atakarejo
Universidade Católica de Salvador (Pituaçu)

Pontos Fixos
Universidade Católica de Salvador (Pituaçu)
USF Vila Matos - Rio Vermelho (EXCLUSIVO PARA ESSE PÚBLICO)
USF Federação

(19/08 - Quinta-Feira) - Pontos de vacinação para 2ª dose:

OXFORD - 08H às 16H

Drivers
PAF Ondina
Shopping da Bahia

Pontos Fixos
USF Vale do Matatu
USF Fernando Filgueiras (Cabula VI)
USF Teotônio Vilela II (Fazenda Coutos II)
USF Vista Alegre
UBS Nelson Piauhy Dourado (Águas Claras)
Clube dos Oficiais (Dendezeiros)
UBS Virgílio de Carvalho (Bonfim)
USB Ramiro de Azevedo (Campo da Polvóra)
USF Vila Nova de Pituaçu

CORONAVAC - 08H às 16H

Drivers
Uninassau

Pontos Fixos
USF Curralinho
USF Tubarão

PFIZER - 08H às 16H

Drivers
Faculdade Bahiana de Medicina - Brotas
Parque de Exposições

Pontos Fixos
Faculdade Bahiana de Medicina - Brotas
USF Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas)
USF Colinas de Periperi
UBS Sergio Arouca (Paripe)
USF Imbuí
USF Cajazeiras X
Parque de Exposições

Vacinação nesta quarta (18)
Para os jovens de 20 anos ou mais, a aplicação da primeira dose segue a todo vapor nesta quarta-feira (18). Das 8h às 12h, foram imunizadas as pessoas de 21 anos (nascidas até 18/08/2000). Das 13h às 16h, foi a galera de 20 anos nascida até 18/02/2001. E agora à noite, das 17h às 21h, será a vez dos nascidos até 18/08/2001.

Antes de comparecer aos postos, as pessoas devem conferir se o nome está na lista disponível no site da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no endereço www.saude.salvador.ba.gov.br. No ponto de vacinação, basta apresentar um documento de identidade com foto - no caso das gestantes e puérperas, são necessários outros documentos, conforme estratégia abaixo.

Mesmo com a vacina anticovid disponível em toda a Bahia, 21% dos idosos do estado ainda não tinham tomado as duas doses até o domingo (15), não completando o esquema de imunização. São 1.299 milhão de pessoas com 60 anos ou mais que tomaram as duas doses frente a 1.637 milhão de idosos que não concluíram o processo. Os dados são do Painel Vacinação COVID-19, iniciativa do Laboratório de Estatística e Ciência de Dados da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), dentro do projeto ModCovid19.

Para piorar, 83 mil pessoas com 60 anos ou mais na Bahia não tomaram sequer a 1ª dose. Ou seja, 5% do total dessa população ou um em cada 20 idosos baianos. Dos que tomaram a 1ª dose, 16,42% não retornaram para completar o esquema, cerca de 255 mil baianos.

Professor da Ufal, o doutor Krerley Oliveira também reponsável por coordenar o estudo, explicou que a estimativa populacional utilizada é a do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2020, disponibilizada no Ministério da Saúde através do Datasus. É daí que são coletados, também, os dados com o número de pessoas vacinadas. A equipe do projeto atualiza a base de dados pelo menos duas vezes por semana.

Os dados preocupam os cientistas, uma vez que os idosos fazem parte do grupo de risco da doença. Tanto que, no início da vacinação, em janeiro desse ano, foram os primeiros beneficiados junto com os profissionais de saúde. A prefeitura de Salvador, por exemplo, começou a vacinar os adultos de 59 anos em abril. Como os imunizantes possuem, no máximo, três meses de intervalo entre as doses, houve tempo para que todos os idosos estivessem imunizados.

“Cada pessoa que não se vacina contribui para que a doença continue existindo. Mas, no caso dos idosos, o perigo é ainda maior, pois eles têm mais chance de sentir os efeitos perversos da doença, já que são grupo de risco. Isso também vale para quem tem comorbidades. Não se vacinar, portanto, é colocar a vida em risco”, argumenta o professor Gesil Sampaio Amarante, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e membro do Portal Geocovid MapBiomas.

“Nosso país já começa a ter problemas com a variante Delta e essas pessoas não vacinadas estão mais vulneráveis. Essa cepa, até onde mostram os estudos, pode ser barrada pelo esquema vacinal completo. No entanto, quanto mais o vírus for propagado, maior será a chance de surgir variantes, inclusive alguma que aí sim possa tornar as vacinas inúteis. Precisamos correr com a vacinação antes que isso aconteça”, defende.

Bahia vacinou 70% da população de 18 anos ou mais com 1ª dose

A Bahia já aplicou a primeira dose do imunizante em quase 70% da sua populaçã, segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Até às 16h dessa quarta-feira (18), eram 7,541 milhões de pessoas com 18 anos ou mais vacinadas frente a população adulta de 11,149 milhões de habitantes.

No entanto, alguns especialistas não acham que ainda seja hora de comemorar algo. O cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19, explica que o correto é calcular o percentual de vacinados referente a população total daquela região, não apenas da população adulta.

“Todos contraem e transmitem (inclusive bebês). Então, não podemos deixá-los de fora da contagem, mesmo que hoje ainda não seja possível vaciná-los, pois se contraem e transmitem, fazem parte do cálculo do limiar da imunidade comunitária”, argumenta.

Levando isso em consideração e como a população baiana estimada é de 14,931 milhões de pessoas, de acordo a última projeção realizada em 2020 pelo IBGE, o percentual de baianos vacinados com a primeira dose é de 50,5%. Mas Isaac ainda pondera que a imunização só ocorre com as duas doses.

“Fora a Janssen, os estudos clínicos das vacinas foram feitos para duas doses. Qual o motivo de se estampar "100% da população adulta vacinada com uma dose"? É tipo dizer que 100% das pessoas chegaram a 50% do caminho?”, questiona. Até o momento, 3,456 milhões de baianos completaram a imunização, o que equivale a apenas 31%.

Para o professor Krerley Oliveira, com esse percentual de imunização, ainda não é possível prever quando o estado terá 70% da população vacinada com as duas doses. Ele explica que a estimativa do painel não pode ser tratada como certeza porque há uma série de variáveis que podem mudar o ritmo de vacinação no país. Essas variáveis passam desde a quantidade de vacinas disponibilizadas até a própria adesão das pessoas à vacinação. Segundo Oliveira, o Painel analisa o ritmo de vacinação em duas doses nos últimos 30 dias.

"Digamos que Salvador tenha 3 milhões de pessoas com mais de 20 anos. 80% disso é o correspondente a 2,4 milhões de pessoas. O que a gente calcula é: no ritmo atual de vacinação de Salvador, quantos dias são necessários para completar as duas doses desse público? É uma estimativa, não é algo que a gente pode garantir que vai ocorrer ou sequer se vai ocorrer, já que tudo é dinâmico nesse processo. Agora, por exemplo, temos a expectativa de entrar uma terceira dose, que já mudaria completamente as coisas", explica.

Bahia ainda não começou a vacinar adolescentes
A insistência no cálculo com base na população vacinável é devido ao fato do estado não ter iniciado a vacinação no público menor de 18 anos, o que equivale a cerca de 3,8 milhões de pessoas. Outros estados brasileiros estão com a imunização mais avançada e já aplica doses em menores de idade. É o caso de Roraima, Amapá, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Maranhão, além do Distrito Federal

Na Bahia, Salvador será a primeira cidade a avançar para o público de 12 a 17 anos. Segundo a Sesab, nenhum outro município concluiu a vacinação do público de 18 anos ou mais - requisito para que se avance à próxima etapa –, o que a prefeitura de Salvador espera fazer já nessa semana. Além disso, a Sesab informa que o Ministério da Saúde ainda não enviou doses específicas para essa faixa etária.

Para isso, os jovens terão que realizar o recadastramento do SUS no site da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e, no caso das crianças com comorbidades, é possível fazer um outro cadastro. Quem realiza, nesse caso, é um médico, com a mesma senha usada no Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb). Até então, 3 mil jovens com comorbidades estão cadastrados no sistema da SMS.

Lista das 10 cidades que mais vacinaram pessoas com a primeira dose de acordo com o portal Geocovid:
Maetinga – 131,31%
Jussiape – 97,71%
Guajeru – 78,62%
Ibicuí - 77,63%
Mortugaba – 76,17%
Catolândia - 74,8%
Palmeiras – 72,44%
Contendas do Sincorá - 72,26%
Barro Preto – 69,09%
Cristópolis - 68,35%

As cidades de Maetinga e Jussiape chamam a atenção pelo elevado índice de vacinação, chegando até mesmo a ultrapassar os 100% no caso de Maetinga, que é o menor município baiano com apenas 2,8 mil habitantes, de acordo com a projeção mais atualizada do IBGE. No entanto, a prefeitura contesta o cálculo do órgão e afirma que, só de cadastros feitos nas unidades de saúde, são quase 8 mil.

Essa diferença nos dados faz com que a cidade receba menos vacina. Atualmente, eles estão imunizando com a primeira dose quem tem 23 anos ou mais. “Nós estamos cobrando um novo censo. A Sesab está ciente dessa situação. Inclusive, a prefeita já cobrou ao governador o envio de uma maior quantidade de vacina”, disse Sabrina Souza, secretária de Saúde de Maetinga.

Lista das 10 cidades que mais vacinaram pessoas com a segunda dose de acordo com o portal Geocovid:
Jussiape – 48,73%
Catolândia - 39,09%
Contendas do Sincorá - 37,4%
Abaíra - 34,89%
Piatã - 32,67%
Mortugaba – 31,98%
Maetinga – 31,58%
Rio de Contas – 31,46%
Banzaê - 31,17%
Mulungu do Morro – 30,34%

Mais de 290 mil pessoas ainda não tomaram 2ª dose na Bahia

Em toda a Bahia, são 290 mil o número de pessoas que não retornaram aos postos de saúde para tomar a segunda dose da vacina, segundo a Sesab. A situação também preocupa as autoridades de saúde, que lançaram uma campanha nas redes sociais para estimular a adesão a vacinação. "Reforce, segunda dose já. Vamos todos estar vacinados, conto com vocês", disse a secretária da Saúde em exercício, Tereza Paim, num dos vídeos publicados em rede.

A pasta também reforça que a imunização só acontece após a segunda dose da vacina e quem não toma as duas doses fica vulnerável. “Por isso, acompanhe o cronograma, confira o local e data da sua segunda dose e complete o seu esquema vacinal contra a covid-19", pediram.

172 municípios registraram mortes por covid em agosto
As consequências da não vacinação são a permanência de casos e óbitos de covid. Até às 16h dessa quarta-feira, 172 das 417 cidades baianas tinham registrado mortes pela doença. Os dados são da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde, site mantido pela Sesab com dados da covid-19.

A cidade de Nova Soure, no nordeste da Bahia, não registrou morte em agosto, mas só em julho foram dois óbitos por covid, o que abalou o município de 27 mil habitantes que já está sendo vacinado, mas num ritmo mais lento do que outros locais. Por lá, a imunização ainda é em quem tem 23 anos ou mais, enquanto outras cidades da Bahia já vacinam a população de 18 anos.

Para o secretário de Saúde de Nova Soure, Ernesto da Costa Lima Junior, é a vacinação que impedirá que novos óbitos ocorram na cidade. Ele explicou que a demora em diminuir a idade do público alvo está relacionada com o cuidado da secretaria em buscar todos os que podem tomar a vacina.

“A maioria dos municípios estão avançando sem buscar as pessoas que são cadastradas na unidade de saúde. A gente faz um levantamento fiel das pessoas atendidas pela secretaria e vamos atrás deles para tomar as doses. É um processo de busca ativa. Vamos nas casas, informamos que a vacina está disponível... é algo até complicado, pois temos que ir na zona rural, mas o importante é que todos sejam imunizados”, defende.

 

O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, anunciou que suspendeu a permissão da realização de eventos com até 500 pessoas na cidade. De acordo com a gestão municipal, a decisão ocorre por conta da "falta de comprometimento de promotores de eventos e empresários deste setor, somado à irresponsabilidade de alguns cidadãos".

Um novo decreto com a oficialização da suspensão foi publicado nesta quarta-feira (18). Além disso, medidas de segurança contra o coronavírus foram anunciadas.

Uma das principais mudanças é a alteração no horário das atividades econômicas.

Os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia-crime ao procurador-geral da República, Augusto Aras, por prevaricação.

De acordo com o portal Metrópoles, a manifestação é dirigida à ministra Cármen Lúcia, a quem os parlamentares pedem que seja encaminhada ao Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF).

Na avaliação dos senadores, Aras prevaricou ao se omitir durante os ataques de Bolsonaro e seu clã ao sistema eleitoral brasileiro. Os parlamentares também entendem que o procurador teria se omitido e recusado a atuar em relação ao “dever de defender o regime democrático brasileiro”.

Outra acusação que pauta a notícia-crime é de suposta omissão do PGR na atuação de fiscalização do cumprimento da lei no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

“O comportamento desidioso do PGR fica evidente não só pelas suas omissões diante das arbitrariedades e crimes do presidente da República, mas também pelas suas ações que contribuíram para o enfraquecimento do regime democrático brasileiro e do sistema eleitoral e para o agravamento dos impactos da Covid-19 no Brasil, além de ter atentado direta e indiretamente contra os esforços de combate à corrupção no país”, defendem os senadores.

Ainda de acordo com os congressistas, Aras “procedeu de modo incompatível com a dignidade e com o decoro de seu cargo”.

A Polícia Militar informou nesta quarta-feira (18) que iniciou uma operação especial no bairro de Valéria e adjacências, sem previsão de fim. A região vive momentos de tensão com vários tiroteios sendo registrados em meio a uma disputa entre facções criminosas.

Em nota, a PM diz que a determinação partiu do comandante geral, coronel Paulo Coutinho. A operação vai reforçar o policiamento em toda região, com presença da Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) do Batalhão de Choque, da Operação Gêmeos, do Grupamento Aéreo (Graer), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), dos Pelotões de Emprego Tático Operacional (Peto) do Comando de Policiamento Regional da Capital (CPRC) – Baía de Todos os Santos (BTS), além das guarnições da 31ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), que faz a segurança na área.

Não há previsão para retirada da tropa, que ficará sob coordenação do coronel Paulo Guerra, comandante da CPRC-BTS. O objetivo é "manter a ordem pública e tranquilizar a comunidade local". diz a PM.

“A ocupação não tem prazo. A demanda do nosso comandante-geral é que nós ocupemos de forma objetiva e permaneça até o estado de segurança. Estamos ocupando a partir de agora a área de Valéria fazendo frente a esses marginais que tentam desequilibrar a sociedade com intransigência e intolerância pela briga dos pontos de droga do bairro", diz o coronel Guerra.

Segundo ele, a operação vai ocupar pontos estratégicos da região. “Será uma atividade pautada num planejamento feito pelo Comando Regional Baía de Todos-os-Santos, ao qual eu comando, através de uma sessão de planejamento técnico, dentro das nossas normas técnicas de emprego de tropa. E vamos fazer frente a essa ocupação em pontos estratégicos aqui na área, onde há os índices estatísticos, para a retomada da tranquilidade”. Ele acrescenta: “Certamente daremos a sociedade uma resposta altura com a altura, com a captura desses marginais".

Na manhã de hoje, com mais relatos de tiroteios na região da Rua das Palmeiras, na localidade do Penacho Verde, a maioria dos comerciantes optou por fechar as portas. Ônibus também pararam de circular na região.

O comércio local voltou a abrir as portas quando a situação foi controlada pela polícia. Os ônibus continuam sem circular nessas localidades e, por conta disso, moradores estão andando o Largo de Valéria até Nova Brasília. são cerca de 2,5 km de percurso.

O Brasil chegou nesta terça-feira, 17, a 1.051 casos confirmados da variante Delta do novo coronavírus, apontam dados reunidos pelo Ministério da Saúde. Houve alta de 84% em relação aos 570 diagnósticos positivos para a cepa divulgados em balanço de terça-feira da semana passada, 10. Ao todo, são 41 vítimas da Delta no País, número que, por sua vez, é 13% maior do que os 36 óbitos registrados até uma semana atrás. Identificada originalmente na Índia, a cepa é mais transmissível e tem colocado especialistas em alerta.

O Estado com o maior número de mortes segue sendo o Paraná, com 19, mas outros sete Estados também já contabilizam vítimas para a cepa: Rio Grande do Sul (8), Rio de Janeiro (7), Goiás (1), Maranhão (1), Pernambuco (1), Minas Gerais (1) e Santa Catarina (1). Além do Distrito Federal, com duas vítimas.

O Estado do Rio continua liderando no número de diagnósticos positivos para Delta, com 431. Segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), essa cepa já é responsável por 56,6% dos casos sequenciados geneticamente no Rio, o que pode resultar em alta de internações.

Um estudo da Fiocruz divulgado pelo Estadão/Broadcast nesta terça-feira revela que os indicadores de casos e mortes pela covid-19 entre idosos estão subindo no Estado.

Além do Rio, casos da Delta também foram registrados em: Alagoas (2), Ceará (16), Distrito Federal (87), Espírito Santo (7), Goiás (14), Maranhão (7), Mato Grosso (12), Minas Gerais (20), Pará (3), Paraná (56), Pernambuco (7), Rio Grande do Sul (119), Santa Catarina (38), São Paulo (231) e Tocantins (1).

De acordo com o Ministério da Saúde, os dados são atualizados com base em notificações das secretarias estaduais de saúde e são dinâmicos. "Os números podem sofrer alterações após investigação feita pelas gestões locais", explicou a pasta.

O ministério reforçou ainda que o avanço da vacinação é "essencial para reduzir o caráter pandêmico" da covid-19. Nesta terça-feira, o Brasil atingiu 117.699.389 pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19, o equivalente a 55,58% da população total. Já aqueles com imunização completa são 51,5 milhões, o que representa 24,36% da população.

De acordo com informações da Coluna Satélite, de Jairo Costa Júnior, publicada nesta terça-feita (17), no Jornal Correio*, um relatório elaborado recentemente pela Polícia Federal a partir da perícia sobre aparelhos celulares do casal Adailton e Geciane Maturino, pivô do esquema investigado pela Faroeste, revela a existência de uma rede especializada em produzir empréstimos fictícios para justificar dinheiro ilícito oriundo de grilagem e venda de sentenças no Judiciário baiano. "A análise do celular apreendido em poder de Geciane trouxe diversas conversas entre ela e seus contadores, os quais, juntamente com Adailton Maturino, operam sistemática produção serial de dezenas de contratos de empréstimos falsos para dar aparência de legalidade, por exemplo, a R$ 14 milhões recebidos no esquema criminoso em apuração", diz o relatório.

Sinal de perigo
A devassa da PF sobre os smartphones do casal mostra ainda a preocupação de um contador dos Maturino com o fato de que valores milionários estavam sendo movimentados antes mesmo de qualquer decisão judicial favorável sobre a posse de terras griladas no Oeste baiano.

São mais de 80 anos de história acabados em menos de dois anos de pandemia. Isso é o que sente colaboradores, passageiros e até sindicalistas sobre a saída da Santana Transportes das linhas intermunicipais operadas na Bahia. A empresa, que já vinha em crise financeira, não conseguiu equilibrar as contas com o embarque da covid-19 no estado. As quase 40 linhas intermunicipais sob sua responsabilidade, que cortam 45 cidades baianas, foram transferidas para a Cidade Sol. A nova empresa já começa a atuar no dia 1º de setembro de 2021.

Até lá, cerca de 270 trabalhadores da Santana serão desligados, totalizando quase 550 demissões de funcionários somente durante a pandemia, segundo a estimativa do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes de Feira de Santana (Sintrafs). Ficarão apenas 18 trabalhadores responsáveis pelo fretamento e turismo, os únicos serviços que continuarão sendo mantidos pelo grupo.

“É muito pouco. São 18 trabalhadores que rodam para o polo e o turismo praticamente não existe com a pandemia. A empresa não acaba totalmente, mas, para o que vai ficar, sobra praticamente nada”, lamenta José de Souza, vice-presidente do Sintrafs. O sindicato intermediou a negociação com a empresa, que garantiu pagar tudo o que os trabalhadores têm direito na rescisão.

“É multa, aviso prévio, FGTS, férias vencidas, a vencer... nessa questão, não tem problema, pois a empresa não quebrou”, explica José, que só consegue falar coisas boas da Santana.

“A gente não tinha o que falar mal! Eles sempre cumpriam as obrigações, sempre honraram até agora na reta final, quando vão sair sem dar calote, sem deixar o nome sujo como tantas fazem”, diz

Santana é uma das pioneiras no transporte intermunicipal na Bahia
O sentimento do sindicalista é explicado, em partes, pela história da empresa de transportes. A Santana foi fundada no ano de 1937, sendo uma das pioneiras no estado no transporte intermunicipal, chegando em cidades que antes não tinham linhas de ônibus, principalmente no Recôncavo baiano, como São Félix e Cachoeira. “Ela abriu os roteiros diretos de Salvador para essas cidades”, explica o busólogo Felipe Pessoa.

De acordo com o site de busólogos Ônibus Paraibanos, a empresa teve dois donos diferentes antes de ser comprada, em outubro de 1985, pela Auto Viação Camurujipe, representada pelos sócios Pedro de Freitas Barros Junior e José de Luís Barros. Em fevereiro de 1999, a Santana se desvinculou da Camurujipe e passou a ser administrada pelo Grupo Pedro Barros, hoje comandada pelos herdeiros Izabella Barros e Décio Barros, com quem entramos em contato, mas não tivemos retorno.

“É um grupo familiar. O perfil deles e até a postura que eles tinham era de ser uma família. Pedro Barros, que todos chamavam de seu Pedrinho, fazia com que fosse assim”, disse o jornalista Bruno Leite, natural de Feira de Santana e usuário frequente dos ônibus da empresa. O busólogo Felipe Pessoa afirma que essa relação familiar era vista no comportamento dos trabalhadores e na qualidade do serviço prestado.

“A Santana foi a primeira empresa na Bahia a disponibilizar ar-condicionado para viagens de até duas horas de duração. Alguns ônibus já tinham televisão, água a bordo, wifi e poltronas com espaçamento numa época em que isso não era comum”, lembra.

Em 2016, quando já era conhecida pelos veículos de forte tom azul, a Santana lançou o Ônibus Rosa, em prol da campanha Outubro Rosa. Na época, parte do valor das passagens foram revertidos para o Hospital Aristides Maltez, para fortalecer a luta contra o câncer de mama.

Apesar das ações, na última década, já era perceptível que a empresa enfrentava uma crise. “Antes da pandemia já era notável que ela não renovava a frota das linhas intermunicipais. Além disso, há algum tempo já era perceptível que os colaboradores não trabalhavam mais com aquele sorriso no rosto característico dos empregados da Santana”, afirma Pessoa.

Crise econômica e aumento do transporte irregular foram fatores determinantes
O anúncio da saída da Santana foi feito na última quinta-feira (12), em comunicado interno. No texto, assinado por Izabella e Décio Barros, a empresa afirma que a crise econômica gerada na pandemia e o aumento do transporte irregular foram fatores determinantes para a decisão de passar as linhas para a Cidade Sol.

“A redução de passageiros transportados, o crescimento da concorrência pelo transporte informal, tem comprometido a capacidade de pagamento e de investimento por parte, principalmente, das empresas de pequeno e médio porte do setor”, disseram.

A Cidade Sol também emitiu um comunicado para seus colaboradores confirmando que vai assumir as operações da Santana. “Diante da necessidade de equilibrar o faturamento das empresas, a Cidade Sol, que já possui toda a estrutura física e de gestão para operação na cidade de Salvador e região, irá enfrentar mais um desafio, assumindo as linhas que operam nos municípios de Feira de Santana, Itacaré, Valença, Santo Amaro e São Félix”, disseram.

Ambas empresas não divulgaram detalhes das negociações e valores envolvidos, mas o busólogo Felipe Pessoa acredita que não se trate de algo barato. “Com certeza, foi um valor muito expressivo, pois a Santana passou uma das linhas mais disputadas no Nordeste, que é Salvador-Feira de Santana. Então, o valor deve ter sido bem generoso, na casa das dezenas de milhões”, aponta.

A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) foi procurada, mas não respondeu até o fechamento da reportagem. Alguns funcionários da Santana também foram procurados, mas não quiseram falar sobre o assunto, pois preferiram aguardar o posicionamento oficial da empresa de como vai ficar a situação deles. Nós não conseguimos o contato da empresa Cidade Sol.

Passageiros relatam relação de carinho com a Santana
Uma das lembranças mais antigas que o jornalista Bruno Leite, 23 anos, tem é dele indo com a família de Feira de Santana para Cachoeira visitar a tia num ônibus da Santana. Na época, nem passava por sua cabeça que, anos depois, ele iria fazer aquele mesmo trajeto diariamente, dessa vez para estudar na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Em 2019, ele se mudou – num ônibus da Santana - para Salvador e outras duas linhas entraram de vez na sua vida: Salvador-Feira de Santana e Salvador-Cachoeira. “Eu saía de Salvador muito cedi e já levava meu almoço. Para voltar, esquentava a comida na faculdade e ia comendo dentro do ônibus. Tudo isso para conseguir chegar na capital de tarde e não faltar o estágio. A Santana sempre foi pontual e os ônibus nunca quebraram no meio do caminho”, lembra.

Também natural de Feira de Santana e estudante, mas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Maria Lara, 22 anos, teve sua vida cruzada com a da Santana em 2018, quando ela se mudou para estudar em Salvador. “Como eu ia visitar a família no final de semana, sempre ia de Santana. Se a saída deles fosse a um tempo atrás, iria me atrapalhar muito, pois eu não pego os carros irregulares, os chamados ligeirinhos, e sou muito acostumado com a empresa”, diz.

Por causa da pandemia, Maria Lara está morando novamente em Feira de Santana. Ela espera que a próxima empresa mantenha o nível da qualidade da Santana. “Eu não sei como vai ser meu vai e vem sem a segurança da Santana. Eles são conhecidos pela pontualidade. Eu me sentia segura nos ônibus executivos, não tinha problema com a higiene do veículo ou lotação. A empresa tinha credibilidade”, garante.

O busólogo Felipe Pessoa também é cliente da Santana. Ele se desloca pelo menos duas vezes na semana para Feira de Santana por causa da sua empresa. Mesmo conhecedor do serviço prestado, ele não acredita que acontecerá algum impacto com a chegada da Cidade Sol.

“Não vai ter diferença, pois os operacionais da Santana e Cidade Sol são basicamente os mesmos. Muda apenas a empresa, mas o padrão é o mesmo. A Cidade Sol também é conhecida pela qualidade do serviço e tem a capacidade até de elevar o mesmo. Quem vai sentir impacto são os profissionais, que não sabem ainda qual será seu futuro e, com certeza, a empresa não vai conseguir manter todos”, lamenta.

Na Copa Sul-Americana, o Esquadrão frustrou os tricolores e não conseguiu avançar à segunda fase, ficando em terceiro lugar no grupo que tinha o Independiente-ARG, City Torque-URU e Guabirá-BOL. Já na Copa do Brasil, foi eliminado nas oitavas de final pelo Atlético-MG

O grande problema do treinador foi no Campeonato Brasileiro. O Bahia começou bem no torneio, somando 17 pontos nos dez primeiros jogos - o melhor início do clube nos pontos corridos -, mas embalou uma sequência negativa de seis jogos sem vencer, que ainda não foi interrompida. Foram cinco derrotas para São Paulo, Flamengo, Atlético-MG, Sport e Atlético-GO, além do empate com o Cuiabá, o que aumentou a pressão no trabalho de Dado. O início da crise coincidiu com a saída de dois titulares, o zagueiro Juninho e o meia Thaciano, negociados para times do exterior.

Após a derrota para o Atlético-GO, Dado chegou a garantir que o clima interno era bom e que tinha a confiança dos jogadores na continuidade do trabalho, mas a diretoria do Bahia decidiu por encerrar o ciclo do treinador.

A vacinação da população adulta de Salvador deve ser concluída até o próximo sábado (21). Essa é a expectativa do prefeito Bruno Reis, que faz a previsão com estimativa da chegada de mais imunizantes para a capital baiana, assim como seringas para a aplicação das vacinas.

"Estamos bem próximos de concluir a população adulta. Se chegarem as seringas ou se conseguirmos viabilizar a compra delas, vamos concluir os 20 anos. E se chegarem mais vacinas, vamos concluir toda população adulta até sábado. Mas isso depende das vacinas chegarem", explicou o prefeito, nesta terça-feira (17).

Caso isso aconteça, a cidade vai ter antecipado a previsão inicial de vacinar todos os adultos até o fim do mês. "Estaremos antecipando em 10 dias uma estimativa que fiz lá atrás que iríamos concluir a vacinação da população adulta no fim de agosto", disse o prefeito.

Após a aplicação da primeira dose em todos os adultos, serão vacinados os adolescentes entre 12 e 17 anos com comorbidades e deficiências.

O prefeito aproveitou a oportunidade para convocar quem pode se vacinar, mas ainda não o fez. "Quero ter uma conversa séria com 96 mil pessoas que não foram tomar a primeira dose, que têm acima de 21 anos e não tomaram a primeira dose, e um univeros de 46 mil pessoas que não foram tomar a segunda. São 142 mil pessoas que precisam ter compromisso consigo próprio e com os outros", apelou.

Bruno destacou que em outros países o vírus tem infectado principalmente quem não se vacinou. "O que está acontecendo em outros lugares do mundo? A pandemia continua avançando justamente nessas pessoas: quem não tomou a primeira dose ou não concluiu a vacinação", pontuou.