O Jornal da Cidade

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Em seu boletim epidemiológico semanal, a Organização Mundial da Saúde fez um alerta para uma das variantes do novo coronavírus encontrada inicialmente na Colômbia, em janeiro de 2021.

A variante B.1.621 foi batizada de Mu e classificada como variante de interesse, termo utilizado para designar tipos do vírus que devem ser monitorados por autoridades de saúde, com análise sobre risco para a saúde pública.

“A variante Mu tem uma constelação de mutações que indicam propriedades potenciais de escape imunológico. Dados preliminares apresentados ao Grupo de Trabalho sobre Evolução do Vírus mostram uma redução na capacidade de neutralização dos pacientes similar à registrada na variante Beta, mas isso ainda precisa ser confirmado por novos estudos”, diz o documento.

Desde o primeiro registro da variante, em janeiro deste ano, foram notificados casos esporádicos na Colômbia, com notícias de contaminações em outros países da América do Sul e da Europa.

Em agosto, foram informados casos por 39 países. Na Colômbia e no Equador, a incidência da variante cresceu, chegando, respectivamente, a 39% e 13%. “Mais estudos são necessários para compreender as características clínicas dessa variante”, recomendou a OMS.

A título de comparação, a variante Delta está em 170 países, a Beta em 141 e a Gamma em 91.

 

As mulheres que trabalhavam na casa de prostituição no bairro do Itaigara cobravam R$ 300 por programa e davam 50% do valor para a administradora do local, uma mulher identificada como Cinthia Bueno que foi presa na noite da quarta-feira (1º) pela Polícia Civil. Segundo a delegada Simone Moutinho, da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), a mulher presa já teve casas de prostituição em outros bairros nobres.

Apesar de ser uma operação da Dercca, nenhuma menor de idade foi encontrada no local, mas a investigação ainda vai continuar, acrescenta a delegada. A casa, uma mansão com vários quartos no Itaigara, tinha quartos alugados para as garotas. Às vezes, elas chegavam a fazer quatro programas por dia e do dinheiro que conseguiam tiravam a metade para pagar a hospedagem e alimentação, cobradas por Cinthia.

A grande maioria das moças vinha de bairros periféricos, precisando muito do dinheiro. Além disso, uma rede foi construída em que uma jovem aliciava a outra. Aquela que conseguia trazer outra para o esquema ganhava um bônus de R$ 50. Na casa, o tempo de permanência variava. Às vezes ficavam dias, uma semana ou até um mês no local.

"A garota de programa que recruta outras mulheres, geralmente de bairros periféricos. A maioria era de jovem que estava na situação por causa da situação financeira", declarou a delegada Simone Moutinho.

Cinthia, que é do Ceará, divulgava as festas e rifas usando um perfil no Instagram, onde também estava um WhatsApp em que as pessoas podiam pedir mais informações. No perfil, que é privado, o Mansão Cinthia Bueno anunciava funcionamento de segunda a domingo, das 14h às 3h. O imóvel era alugado, confirmou a delegada. Não há informação do que valor Cinthia pagava por ele.

Na noite de ontem, haveria uma festa em que as garotas seriam rifadas. A rifa seguia a Loteria Federal e oferecia combos em que as mulheres eram equiparadas a bebidas. Havia rifa para um programa mais um uíque, por exemplo, ou um programa mais uma cerveja.

Quando a polícia chegou, seis garotas estavam trabalhando, além de funcionários, clientes e a gerente. Algumas das meninas estavam fazendo programa e outras conversavam com clientes.

Cinthia foi autuada em flagrante por exploração sexual de mulheres.

Operação
Os investigadores encontraram mais de R$ 32 mil, € 100 e U$ 277, em dinheiro, além de folhas de cheque. Maquinetas de cartão de crédito, cadernos com anotações sobre a prática delituosa e alguns documentos, que configuraram a exploração sexual das mulheres, também foram localizados no interior da casa.

“Elas eram ‘coisificadas’ ao serem tratadas como objetos, negociadas em ‘rifa’ e niveladas a bebidas alcoólicas, além da própria exploração sexual. Encontramos seis garotas de programa no imóvel, que confessaram a atividade naquele local”, explicou a delegada.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos nesta quinta-feira, 2, a Lei nº 14.197/2021 que revoga a Lei de Segurança Nacional (LSN), remanescente da ditadura militar. Criada em 1983 e pouco aplicada após a Constituição de 1988, a LSN voltou a ser usada com maior frequência pelo atual governo. Conforme o Estadão mostrou em março passado, foram 77 inquéritos abertos pela Polícia Federal (PF) com base na legislação entre 2019 e 2020 - aumento de 285% em relação aos governos anteriores.

O texto sancionado por Bolsonaro foi aprovado pelo Senado no último dia 10 de agosto. Três décadas decorreram entre a apresentação do projeto de lei de revogação, em 1991, e a aprovação pela Câmara dos Deputados, em maio deste ano.

Além de revogar a LSN, a proposta aprovada pelos parlamentares acrescenta artigos ao Código Penal para definir crimes contra o Estado Democrático de Direito. Na publicação feita no Diário Oficial da União nesta quinta-feira, quatro artigos foram vetados pelo presidente.

Bolsonaro vetou integralmente o capítulo relativo aos crimes contra a cidadania e dois artigos do capítulo relativo a crimes contra o funcionamento das instituições democráticas no processo eleitoral.

Com isso, foram vetados os dispositivos que criminalizam a comunicação enganosa em massa e o atentado ao direito de manifestação.

Também foi vetado o dispositivo que prevê ação penal privada subsidiária, "de iniciativa de partido político com representação no Congresso Nacional", nos casos em que o Ministério Público não atuar no prazo estabelecido em lei, "oferecendo a denúncia ou ordenando o arquivamento do inquérito", para os crimes de interrupção do processo eleitoral, violência política e comunicação enganosa em massa.

Assim como o dispositivo que prevê aumento de pena se os crimes listados pela legislação forem cometidos por funcionários públicos ou militares, ou ainda com "violência ou grave ameaça exercidas com emprego de arma de fogo."

Fake news
O presidente é investigado no Supremo Tribunal Federal no chamado inquérito das fake news, que apura a divulgação de informações falsas. Para vetar o trecho que trata do tema, Bolsonaro justificou que o dispositivo contraria o interesse público "por não deixar claro qual conduta seria objeto da criminalização, se a conduta daquele que gerou a notícia ou daquele que a compartilhou (mesmo sem intenção de massificá-la), bem como enseja dúvida se o crime seria continuado ou permanente, ou mesmo se haveria um 'tribunal da verdade' para definir o que viria a ser entendido por inverídico a ponto de constituir um crime punível" pelo Código Penal.

Além disso, segundo o governo, "a redação genérica tem o efeito de afastar o eleitor do debate político, o que reduziria a sua capacidade de definir as suas escolhas eleitorais, inibindo o debate de ideias, limitando a concorrência de opiniões, indo de encontro ao contexto do Estado Democrático de Direito, o que enfraqueceria o processo democrático e, em última análise, a própria atuação parlamentar."

Militares
Bolsonaro vetou também a parte que aumentava pela metade, com perda de patente ou graduação, a pena para militares que cometerem crimes contra o Estado de Direito. "A despeito da boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público, uma vez que viola o princípio da proporcionalidade, colocando o militar em situação mais gravosa que a de outros agentes estatais, além de representar uma tentativa de impedir as manifestações de pensamento emanadas de grupos mais conservadores", diz a razão do veto encaminhada ao Congresso. grupos mais conservadores."

Ao longo dos próximos 30 dias, o Congresso Nacional em sessão conjunta da Câmara com o Senado deve analisar os vetos do presidente, podendo manter ou derrubar as negativas de Bolsonaro à nova lei.

Enquanto o ritmo de produção da indústria dos automóveis zero km não consegue acompanhar a demanda, a venda dos seminovos está em alta na Bahia. Houve um aumento de 46,5% de janeiro a julho de 2021, quando comparado ao mesmo período de 2020, segundo último levantamento da Associação de Revendedores de Veículos Seminovos do Estado da Bahia (Assoveba).

Como rege a lei da oferta e procura, os preços dos usados também subiram. Tem gente que está até lucrando com os modelos antigos, se desconsiderarmos a inflação acumulada. É o caso de uma administradora que não quis se identificar, que comprou, em 2017, um Corolla ano 2014 por R$ 49 mil e conseguir vender o mesmo veículo por R$ 57 mil, sem ter feito reparos. Em 7 anos de uso, o preço do carro valorizou 16,3%.

“Decidi trocar para não ficar tanto tempo com o carro e tive a oportunidade de vender por um preço maior que comprei, então preferi vender”, conta a administradora.

Ela ainda está incerta sobre qual modelo comprará, mas pensa no HB20, ou usado ou zero, a depender do valor. Desde que se mudou para Abrantes, na cidade de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS), passou a usar menos o automóvel, pois teve uma filha e decidiu dar uma pausa no trabalho.

O gastrônomo Esmeraldo Camurugi, 30 anos, foi outro que lucrou com o carro velho. Ele vendeu o Nissan March, adquirido em 2020, por R$ 3 mil a mais que o valor de compra. Agora, ele tem um Caoa Chery Tiggo 5x, comprado por R$ 87 mil. “Quis mudar de categoria, queria um SUV”, explica Camurugi. O veículo, na verdade, será usado por sua esposa, Andreza.

“Ela usa para trabalhar, no dia-a-dia. Como moro em Lauro de Freitas e trabalho em Salvador, prefiro ir de metrô porque é mais barato. Pago R$ 300 por mês e o carro é em torno de R$ 800 só de gasolina, porque o deslocamento, por dia, gira em torno de 50km ida e volta. Quando pega engarrafamento, o carro bebe mais”, esclarece o gastrônomo.

Crescimento
Todos os cenários mostram como o mercado de usados e seminovos está aquecido. No comparativo julho e junho deste ano, ainda de acordo com a pesquisa da Assoveba, o crescimento das vendas foi de 11,6%. Já na comparação julho de 2021 com julho de 2020, a alta foi de 11,1%. Dos nove estados do Nordeste, a Bahia ficou em sexto lugar em julho de 2021.

Os veículos mais vendidos são os mais velhinhos, com tempo de uso superior a 13 anos (43%). Em segundo lugar, são usados entre 9 e 12 anos (22,7%). Já os seminovos, com até três anos de uso, tiveram queda nas vendas em julho, na comparação com junho de 2021 (-16%). Ou seja, a preferência do público baiano é pelos mais rodados.

Justamente o que o militar Danilo Azevedo, 35, gosta de comprar: sempre entre os anos 2008 e 2011. Para fazer uma renda extra, ele compra veículos bem usados, reforma, e vende mais caro. Só neste ano, ele fez isso com seis carros. “Não sou revendedor, mas estou sempre comprando e revendendo. Ajeito eles para ganhar algo em cima. Normalmente, pago R$ 20 mil na compra, mais R$ 3 mil de conserto, e vendo por uns R$ 30 mil”, narra Azevedo.

O militar afirma que o preço dos usados está em torno de R$ 4 mil acima da tabela FIPE. Antes da pandemia da covid-19, eles eram vendidos R$ 4 mil abaixo da tabela.

“Com a pandemia, muita gente preferiu não vender o carro, então ficou escasso o mercado. Os valores aumentaram muito também, cerca de 20%”, acrescenta.

Seminovos em falta
Segundo o presidente da Assoveba, Ari Pinheiro Júnior, os carros usados estão em falta, tamanha a procura. “A falta de fabricação do carro zero fez com que o carro seminovo vivesse esse momento de alta nas vendas. Não estamos conseguindo repor o estoque com velocidade. Como não tem carro zero, não tem seminovo, porque é um ciclo: quando você compra o zero, você dá o seminovo de entrada. Como esse ciclo não está acontecendo, estamos tendo dificuldade de achar”, relata Júnior.

Essa é uma dificuldade para o empresário Daniel Júnior, proprietário da Danautos. “Estamos com dificuldade de comprar carro, principalmente carro bom. O estoque de usados consigo manter em apenas 70% do estoque normal. Mas o problema é que as fábricas ainda estão voltando aos poucos a produção e isso fez o preço subir demais, até 25%. E o seminovo acompanhou”, pontua Daniel Júnior.

O presidente da Assoveba também relata a subida de preços. “A gente está comprando mais caro, porque a tabela FIPE está aumentando todo mês, pelo menos 2 a 3%, coisa que nunca tinha visto antes”, afirma. Os modelos de seminovos mais difíceis de serem encontrados, por agora, são o HB20 e o Ônix, que aumentaram cerca de R$ 8 a 10 mil, isto é, 20% em relação ao valor de 2018 e 2019.

Mesmo com os valores altos, o gerente de seminovos da Guebor, na Bonocô, Marco Aurélio, diz que consegue manter o estoque. Os custos, no entanto, estão mais altos.

“Estamos com muita dificuldade de encontrar veículos, mas estamos conseguindo manter o estoque Estamos pagando mais caro, para não deixar faltar, só que a escassez está geral”, conta.

Aurélio diz que não há previsão de os valores voltarem ao normal antes de 2022. “Não tem previsão, até porque todo mês os preços estão tendo reajuste do carro zero e, consequentemente, aumenta a FIPE e os preços dos usados”, explica. Os modelos mais procurados, agora, são os mais baratos. “Como todos os preços aumentaram, todo mundo quer carro barato, de R$ 30 mil. Mas, seminovo não acha por esse preço, só de, no mínimo, R$ 35 mil”, acrescenta o gerente.

Ari Pinheiro Júnior pontua, contudo, que essa alta de vendas registrada em 2021 é fruto do comparativo com 2020, que foi um ano atípico, devido à pandemia da covid-19. “Em 2020, a gente passou muito tempo com a loja fechada e agora a gente está recuperando esse tempo perdido. Ainda não está normal que nem 2018, 2019, mas está melhor. Se compararmos com esses anos, teremos queda de cerca de 10% nas vendas”, completa.

Produção de veículos cai mais de um terço em 2020
Em 2020, a produção de veículos novos teve o pior ano da indústria desde 2003, quando 1.428.270 carros foram fabricados. Ano passado, esse número foi de 1.607.175, cerca de 34% a menos que em 2019, quando 2.448.490 exemplares foram produzidos. Consequentemente, o número de licenciamento de veículos também caiu: saiu de 76.008, em 2019, para 57.202, em 2020, o que representa uma queda de 24,8%. Os dados são do anuário de 2021 da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

De acordo com Gleidemilton Campos, gerente de vendas da Hyundai da Avenida Paralela, algumas fábricas pararam por falta de insumos. “Temos várias fábricas paradas, como a GM [General Motors], que ficou quatro meses sem produzir e deixamos de ter o Ônix, que é um veículo de entrada. Isso afetou uma grande fatia do mercado. A própria Ford, em Camaçari, que fechou, e lá se vai o Ford KA e Fiesta; a Hyundai, que parou por duas semanas por falta de insumos; e a Volkswagen, que está com produção bem limitada, diria que 30%”, alerta Campos.

O gerente conta que, no caso da Hyundai, a produção está 60% do que era em 2020. Os principais produtos em falta são os de eletroeletrônicos.

“Os semicondutores, que são os chips, acabaram indo para os eletrônicos e os veículos ficaram em segundo plano. Na pandemia, se vendeu muito mais videogame, celular, computador e tablet, então as fábricas não deram conta. Acabou faltando para os carros”, esclarece Campos.

O gerente da Hyundai também fala da dificuldade de encontrar veículos seminovos na praça. Em um ano, os preços subiram, segundo ele, no mínimo, 18%. O preço de um HB20 zero, por exemplo, que custava R$ 44 mil há três anos, é o mesmo hoje para um usado. “Os usados estão com preço de carro zero. Cheguei até a fazer campanha aqui na loja, para o pessoal trazer seu seminovo e a gente paga o mesmo valor da nota fiscal, porque a tabela FIPE subiu demais”, afirma.

Modelos mais vendidos em julho 2021 (fonte: Assoveba)
Gol - 9,53%
Palio - 7,22%
Uno - 6,63%
Celta - 4,84%
Siena - 3,72%
Ka - 3,65%
HB20 - 3,62%
Ônix - 3,42%
Fiesta - 3,17%
Corolla - 3,08%

A Bahia ultrapassou nesta quarta-feira (1°) a marca de 80% da população adulta vacinada com a primeira dose ou dose única da vacina contra Covid-19. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).

Segundo informações da Sesab, o vacinômetro do Estado registrou 8.671.555 de pessoas que receberam a primeira aplicação e outras 254.964 que foram imunizadas com a vacina de dose única. Somados, os números representam 80,51% da população baiana adulta, estimada em 11.087.169.

Para a secretária da Saúde da Bahia em exercício, Tereza Paim, o número deve ser celebrado, mas os esforços devem ser reforçados para que toda a população seja vacinada.

“Principalmente com a chegada da variante Delta ao nosso estado, é essencial que as estratégias de vacinação sejam reforçadas pelos municípios. Os gestores devem criar meios para facilitar o acesso ao imunizante, como horários estendidos e vacinação de domingo a domingo”, afirmou.

Tereza Paim também pontuou a importância de completar o esquema vacinal para garantir a proteção contra a Covid-19.

“As pessoas que tomaram a primeira dose precisam buscar os postos para a segunda dose, que completa a eficácia da vacina. Já iniciamos também a aplicação de terceira dose para pessoas com 80 anos ou mais e idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência. Todos os baianos devem se vacinar”, ressaltou a gestora.

Até esta quarta-feira, a Bahia recebeu 16.720.858 doses de vacinas, sendo 6.384.718 da Coronavac, 6.751.580 da AstraZeneca/Oxford, 3.323.460 da Pfizer e 261.100 da Janssen.

Boletim epidemiológico
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 805 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,07%) e 765 recuperados (+0,06%). O boletim epidemiológico desta quarta-feira também registrou 10 óbitos.

Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados nesta quarta. Dos 1.221.597 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.192.234 já são considerados recuperados, 2.866 encontram-se ativos e 26.497 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico contabilizou ainda 1.501.633 casos descartados e 231.030 em investigação. Na Bahia, 51.871 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

 

O presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou que o Brasil não busca no próximo presidente da República alguém com o perfil do ex-presidente Lula (PT) e nem do gestor atual, Jair Bolsonaro (sem patrtido). O ex-prefeito de Salvador fez a declaração durante um almoço promovido pelo site Alô Alô Bahia em um restaurante da capital baiana, na terça feira (31).

“Ainda temos alguns longos meses pela frente. Esse tabuleiro ainda será muito mexido, não tenho dúvida. Quando você pergunta ao brasileiro qual o perfil desejado por ele para líder do país, de alguém que possa ser o próximo presidente da República, quando olhamos o pensamento da maioria dos brasileiros, definitivamente, esse perfil apontado pela média dos brasileiros não é o de Lula, nem o de Bolsonaro”, disse ACM Neto.

A farmacêutica Pfizer divulgou nesta quarta-feira (1º) uma pesquisa inédita que aponta que a situação financeira difícil e o acúmulo de dívidas têm impactado a saúde mental dos moradores de Salvador, durante a pandemia da Covid-19.

A pesquisa foi feita por entrevista com duas mil pessoas, nas regiões das cidades de Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. Desse total, 47% dos entrevistados foram do gênero masculino e 53% do gênero feminino.

A situação financeira difícil e o acúmulo de dívidas impacta 22% dos baianos entrevistados, sendo o maior destaque da entrevista. Outro ponto que preocupa é o medo de pegar Covid-19, relatado por 18% dos entrevistados. Confira:

Imagem: Divulgação Pfizer

A pesquisa foi feita com pessoas a partir dos 18 anos, e apontou ainda que 29% dos moradores da região de Salvador tiveram algum amigo diagnosticado com qualquer tipo de problema relacionado à saúde mental em meio à pandemia.

Outros 17% têm alguém na família impactado, enquanto 10% têm colegas de trabalho sofrendo com problemas de saúde mental. Ainda 53% dos entrevistados relatou que não conhece ninguém diagnosticado com a saúde mental afetada.

 

O brasileiro toma banho em média 8,5 vezes na semana, o que dá mais de 1 por dia. Já os americanos, em comparação, se banham 6,5 vezes na semana. No uso de desodorante, o brasileiro se destaca ainda mais. Enquanto aqui se usa em média duas vezes por dia, nos EUA o uso é de 1,2.

Os dados são da Procter&Gamble, empresa americana do setor de higiene, dona de marcas como Oral B, e foram divulgados por O Globo.

Levando em conta a higiene bucal, o brasileiro tem média de escovação de dentes de três vezes por dia, o dobro da média global.

Em 2020, as vendas na indústria de higiene e cuidados pessoais cresceram 5,8%, segundo os dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). No primeiro semestre desse ano, houve novo aumento, agora de 4%.

A pandemia fez o brasileiro querer se cuidar ainda mais, parecem indicar os números. Produtos na categoria de higiene bucal venderam mais. As vendas de lâminas de barbear, que caíram em países como Colômbia e México no perído, se mantiveram estáveis por aqui.

"O brasileiro é um povo muito limpo. Os dados mostram isso. São traços da nossa cultura e da nossa sociedade que se acentuaram na pandemia", acredita Juliana Azevedo, presidente da Procter & Gamble (P&G) no Brasil.

A realização de shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes, segue suspensa em todo território do estado da Bahia até 10 de setembro. Até esta data, estão autorizados apenas eventos e atividades com público de até 500 pessoas, como cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais em logradouros públicos ou privados, circos, parques de exposições, solenidades de formatura, passeatas, funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins.

Nos municípios integrantes de Regiões de Saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 se mantiver superior a 50%, por cinco dias consecutivos, os eventos e atividades devem acontecer com público de até 100 pessoas. O decreto não estabelece restrição de locomoção noturna, medida que também não estava estabelecida na versão original do decreto.

As medidas estão previstas na atualização do decreto nº 20.658, que o Governo do Estado publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (31), prorrogando até 10 de setembro de 2021 todas as medidas estabelecidas na primeira versão do documento, publicado originalmente em 20 de agosto de 2021. As medidas contra a pandemia do novo coronavírus foram estabelecidas de acordo com a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 nos municípios baianos.

Salvador já começou a aplicar a terceira dose contra a covid-19 desde a segunda-feira (30), nos idosos acima de 80 anos. O vacinômetro da prefeitura mostrou que 509 pessoas receberam a injeção no primeiro dia. Os principais critérios para tomar o novo reforço é ter no mínimo seis meses que recebeu a segunda dose e o nome na lista do site da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No entanto, muita gente procurou os postos achando que já estava na sua vez de turbinar a vacinação e não conferiram a lista. Nesta segunda, no 5º Centro de Saúde (Barris), ao menos 16 idosos tiveram de voltar para casa sem vacinar porque ainda não haviam completado os seis meses de prazo mínimo.

Nesta terça-feira (31) a estratégia de vacinação municipal continuará englobando a aplicação da terceira dose nos idosos com 80 anos ou mais que completam os seis meses da segunda injeção até 2 de setembro. A vacinação será das 8h às 16h, nos drive-thrus do Atakadão Atakarejo (Fazenda Coutos); Shopping Bela Vista e 5º Centro (Barris); ou nos pontos fixos do 5º Centro (Barris), USF Vista Alegre, USF Cajazeiras V, UBS Virgílio de Carvalho e USF Santa Luzia (Eng. Velho de Brotas).

Segundo orientação do Ministério da Saúde (MS), a terceira dose deveria ser oferecida a partir de 15 de setembro para as pessoas a partir de 70 anos e os imunossuprimidos. Salvador se antecipou porque, segundo a SMS, a norma do MS já está publicada e, portanto, é oficial. Ainda segundo a pasta municipal, com a chegada de mais ampolas os imunossuprimidos serão incluídos. Ao antecipar a vacinação, o município também conseguiu aumentar o número de beneficiados.

Muitos idosos e seus familiares permanecem com dúvida sobre a terceira dose. Uma senhora que não quis se identificar tomou a injeção, mas está preocupada. "Não queria tomar essa Pfizer, pois minha primeira e segunda doses foram de CoronaVac”, relatou.

Ela queria continuar usando o mesmo imunizante, o que não é possível, uma vez que, de acordo com a orientação federal, a terceira injeção precisa ser de outro laboratório justamente para aumentar a imunidade contra as variantes do coronavírus. O reforço será preferencialmente feito com a Pfizer e, na ausência desta, Janssen ou AstraZeneca.

“Para que o MS tomasse essa decisão, isso foi baseado em estudos científicos e foi evidenciado que não há prejuízo na resposta imune das pessoas e nem mesmo evidências de eventos adversos”, garante Doiane Lemos, coordenadora de imunização da SMS.

Sem injeção

Walkyria Garrido de Alencar, 90 anos, foi uma das pessoas que compareceu ao 5º Centro e não conseguiu se vacinar porque ainda não era a sua vez. Ela tomou a segunda dose no dia 10 de março e a aplicação da terceira dose, nesta segunda (30), aconteceu em pessoas que tomaram o imunizante até o dia 5 de março. “Como eu moro aqui perto, no Garcia, não perdi muito tempo. Foi até bom eu ter vindo, pois agora já sei como é o procedimento e aviso para a minha irmã não cometer o mesmo erro”, disse.

Dona Helena Santana, 83, pensa da mesma forma. “Eu entendo que não tem como eles se organizarem de uma hora para outra. Não é fácil para eles ter que esperar vacina, não ver ela chegar e ter que controlar todo esse processo”, argumenta.

Já seu filho Carlos Santana, que é motorista de aplicativo e perdeu algumas horas de trabalho para acompanhá-la, não ficou muito feliz em sair do posto sem a vacina. “A gente quer ver logo ela vacinada com esse reforço e eu quero agilizar o máximo possível. Eles deveriam ter comunicado melhor”, aponta.

Segundo os agentes de imunização que estavam no local, muitas pessoas entenderam que todos os idosos com mais de 80 anos seriam vacinados com o reforço, independe de quando eles tomaram a segunda dose. "São muitas as pessoas que estão se atrapalhando nisso. Alguns são como dona Helena e entendem que erraram ou que não é bom tomar a vacina antes do prazo determinado, mas outros querem burlar a regra, dar uma carteirada. É complicado”, lamentou um agente de imunização, que preferiu não ser identificado.

Para evitar que isso aconteça, é importante verificar se o nome está na lista de habilitados para vacinação, disponível no site www.saude.salvador.ba.gov.br. “Só quem está apto a se vacinar é quem está com o nome no site. Por isso, é importante as pessoas conferirem antes de se dirigirem aos postos de vacinação”, pediu Doiane Lemos.

Idosos que tomaram reforço saíram contentes

Quem conseguiu ser vacinado comemorou o momento. Presidente da Liga Bahiana Contra o Câncer (LBCC) e filho do renomado professor Aristides Maltez, o médico Aristides Maltez Filho, 88 anos, deu bom exemplo. “A grande arma que a gente tem para enfrentar a pandemia é a vacina e eu sou feliz em ser alcançado pela terceira dose. Meu desejo é que continue ocorrendo a imunização e que não nos faltem lotes de vacina, o que atrapalha o êxito da campanha”, diz.

Já Agnelo de Oliveira Silva, 70, levou sua mãe Maria Mercês, 92 anos, para ser imunizada. “Eu fiquei até feliz, pois os estudos mostraram que duas doses ainda não são suficientes. Se precisar tomar três, quatro, nós vamos tomar. Eu me sinto seguro é sendo vacinado”, disse o idoso, já esperando seu momento de também ser imunizado.

Para ajudar quem vai se vacinar a entender a 3ª dose, montamos um guia baseado nas informações da SMS, Sesab, Ministério da Saúde e em evidências científicas, confira:

1 - Quais são os critérios para tomar a 3ª dose?
Ter 80 anos ou mais; seis meses do recebimento da 2ª dose e o nome constar no site da SMS - www.saude.salvador.ba.gov.br. Com esses três critérios confirmados, o idoso pode ir ao ponto de vacinação;

2 – Em Salvador, a 3ª dose será aplicada somente nos idosos?
A determinação do MS é referente a idosos e imunossuprimidos. Ainda não há previsão de quando as outras faixas etárias serão imunizadas com esse reforço. As aplicações de 1ª e 2ª doses, no entanto, seguem normalmente conforme a divulgação diária da SMS;

3 – O MS fala em vacinar com 3ª dose idosos com 70 anos. Por que Salvador começou a partir de 80 anos?
O MS estabeleceu acima de 70 anos, mas a nível de CIB – Comissão Intergestora Bipartide -, Salvador iniciou a partir de quem tem 80 anos ou mais. Com mais doses de vacina os outros grupos serão beneficiados;

4 – Toda a população tomará as três doses?
Ainda não há evidências de que a indicação da 3ª dose vai ser extensiva para todos. O MS, baseado em estudos e por questão de logística, está favorecendo os grupos prioritários;

5 - Vai ser uma única vacina aplicada como 3ª dose?
A nota técnica diz que tem que ser usada, preferencialmente, a vacina da Pfizer ou, de maneira alternativa, Janssen e Oxford/AstraZeneca. Salvador começou com a Pfizer;

6 - Quem tomou CoronaVac não pode tomar 3ª dose de CoronaVac?
As evidências são de que essa 3ª dose estimula o sistema imunológico da pessoa para que, caso a titulação de anticorpos tenha caído ao longo do tempo, seja dado um outro ‘start’, ou seja, que ela venha a ter novamente um nível alto de proteção. Pesquisas mostram que o ‘start’ é mais eficiente com intercambialidade de vacinas;

7 - Não faz mal tomar a 3ª dose de um imunizante diferente da 1ª e 2ª?
O MS se baseou em estudos científicos para tomar a decisão de intercambiar as vacinas e os estudos mostravam que não há prejuízo na resposta imune das pessoas e nem mesmo evidências de eventos adversos;

8 – De onde está sendo tirada a vacina para a 3ª dose?
Salvador já está vacinando pessoas a partir de 18 anos para cima e adolescentes de 12 a 17 anos portadores de doenças crônicas. Com o saldo de vacina disponível, tirando as doses necessárias para esses grupos, a cidade começou a aplicar a 3ª dose. Além disso, a cidade também está usando as doses que não foram procuradas por pessoas de 18 anos ou mais;

9 – Por que são seis meses de intervalo entre a 2ª e 3ª dose?
A análise de titulação de anticorpos mostra que o indivíduo começa a produção de anticorpos e eles ficam em alto nível em determinado período de tempo. No período de seis meses, foi configurado que a pessoa desenvolveu e permaneceu com a proteção ideal contra a covid. A partir dos seis meses, pode haver decréscimo dos anticorpos. Por isso é usado esse período;

10 – Os profissionais da saúde poderão tomar 3ª dose?
Os demais grupos a serem inseridos dependem das deliberações do Ministério da Saúde;

11 – A 3ª dose pode ser aplicada em casa para pessoas acamadas?
Sim. Se o indivíduo já pode tomar a 3ª dose, basta fazer agendamento no serviço Vacina Express da SMS. Independente dela ter feito a 1ª ou 2ª dose presencialmente, é possível fazer o agendamento para tomar a 3ª em casa;

12 - Quem tomou a 1ª e 2ª dose em outra cidade, pode tomar a 3ª em Salvador?
É preciso saber o motivo da pessoa ter tomado as outras doses em outro local que não Salvador. O município recebe doses com base em quem aplicou primeira e segunda na capítal. Então, é preciso que a pessoa justifique adequadamente o motivo de não ter recebido essas doses na cidade e será verificado se há saldo de doses para atender essa demanda. A justificativa pode ser feita pelo telefone 156 ou na Ouvidoria do Município;

13 - Precisa fazer algum novo cadastro para tomar 3ª dose?
Se a pessoa tomou a 1ª e 2ª em Salvador, estará no banco de dados da SMS, por isso é importante checar se o nome aparece na lista antes de ir aos postos;

14 – Qual é o percentual de eficácia da 3ª dose?
As evidências vêm dos estudos de Israel, principalmente, na qual verificou-se a redução de vulnerabilidade dos grupos beneficiados. O objetivo é que esses idosos não venham a contrair a doença mesmo estando vacinados. Mas ainda não há porcentagem de eficácia;

15 - É esperado que a 3ª dose também cause alguma reação?
Segundo o MS, não houve diferença ou incremento em relação aos eventos adversos em quem recebeu 3ª dose, em relação às injeções anteriores;

16 - Como fica quem tomou Janssen, que é dose única?
Na imunização dessa faixa etária dos idosos, Salvador ainda não tinha recebido a Janssen e sim CoronaVac e AstraZeneca;

17 - A campanha de 3ª dose impacta ou afeta a oferta de 1ª e 2ª dose?
O Ministério da Saúde, uma vez estabelecida a dose de reforço, faz o planejamento em relação ao fornecimento das doses, tanto que a programação de 1ª e 2ª dose segue normalmente;

18 - O MS já começou a enviar vacina para 3ª dose ou disse quando vai enviar?
A pasta ainda não enviou as remessas, mas a resolução CIB do sábado, 28, determinou que na Bahia, inicialmente, só serão vacinados idosos com 80 anos ou mais com mais de seis meses que tomou a 2ª dose, independente da vacina. O MS deve enviar remessas em setembro;

19 - A Sesab orienta que os municípios apliquem logo ou aguardem a remessa específica?
A Bahia já começou a vacinação dos adolescentes e os municípios que tem saldo de doses da Pfizer, como Salvador, já aplicam a 3ª dose;

Ministério da Saúde pede que estados e municípios sigam PNI

Para avançar de forma homogênea na imunização dos brasileiros contra a covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu na quarta-feira (25) que estados e municípios cumpram as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo Queiroga, o trabalho em conjunto fará com que 75% da população adulta esteja vacinada com as duas doses até o fim de outubro.

“O segredo para avançarmos na imunização de todos os brasileiros é seguirmos firme falando a mesma língua. Então, é fundamental que os estados e municípios deem os braços ao Ministério da Saúde e ao Programa Nacional de Imunizações. Assim, chegaremos mais rápido no nosso objetivo de imunizar, com as duas doses da vacina, até 75% da população adulta até outubro”, afirmou Queiroga.

A declaração foi dada durante a assembleia do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Em sua participação no encontro, o ministro reforçou a importância de gestores estaduais e municipais estarem alinhados com o que é pactuado semanalmente entre a União, os estados e municípios.

O ministro também destacou que, com a coordenação do Programa Nacional de Imunizações da pasta, o país já vacinou mais de 70% da população adulta com a primeira dose, e mais de 34% dessa população com as duas doses. “Se nos unirmos, teremos a maior campanha pública de vacinação do mundo”, reforçou o ministro da Saúde.

Foi nesse encontro virtual que o ministro comunicou aos secretários estaduais de saúde que, a partir da segunda quinzena de setembro, a pasta inicia o envio das doses de reforço para idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos. Além do reforço na imunização, o Ministério da Saúde também irá reduzir o intervalo entre as doses da Pfizer e Astrazeneca de 12 para 8 semanas.