A Fifa informou nesta quinta-feira que abriu um processo disciplinar contra Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), em razão do beijo sem consentimento dado por ele na atacante Jenni Hermoso, durante a celebração do título da Espanha na Copa do Mundo Feminina. Na quarta, a jogadora quebrou o silêncio e se manifestou sobre o episódio, por meio do sindicato FUTPRO, e pediu "medidas exemplares" contra o dirigente.

De acordo com a Fifa, está sendo apurado se o beijo de Rubiales constitui violações do artigo 13, parágrafos 1 e 2, do Código Disciplinar da entidade. Os itens versam sobre comportamento ofensivo e violação dos princípios do fair play.

No parágrafo 2, são listadas as condutas que podem render punição: violar as regras básicas de conduta decente; insultar alguém com gestos, sinais ou palavras; usar eventos esportivos para demonstrar uma natureza antidesportiva; agir de forma que coloque o futebol ou a Fifa em descrédito; alterar a idade de jogadores. Não há nenhuma descrição específica sobre assédio.

"O Comitê Disciplinar da Fifa só fornecerá mais informações sobre estes processos disciplinares depois de emitir uma decisão final sobre o assunto. A Fifa reitera o seu compromisso inabalável de respeitar a integridade de todos os indivíduos e condena veementemente qualquer comportamento contrário", diz o comunicado da entidade.

PRONUNCIAMENTO

De férias em Ibiza com companheiras da seleção espanhola, Hermoso tem evitado se expor. Em suas redes sociais, faz apenas publicações referentes à viagem, ainda comemorando a conquista do Mundial. Para se preservar, decidiu ser representada pelo Futpro. "O meu sindicato FUTPRO, em coordenação com a minha agência TMJ, encarregam-se de defender os meus interesses e serão os interlocutores deste assunto", diz a declaração da atacante na nota publicada pelo sindicato na quarta-feira.

O FUTPRO começa o comunicado condenando "condutas que atentem contra a dignidade das mulheres" e pedindo à RFEF que "implemente protocolos necessários, garanta os diretos das jogadoras e adote medidas exemplares". Também faz um apelo ao Conselho Superior do Esporte (CSD, na sigla Espanhol) para que haja "prevenção e intervenção frente ao assédio ou abuso sexual, ao machismo e ao sexismo". O nome de Rubiales não é citado em nenhum momento, mas o trecho final faz referência ao episódio do beijo.

"O FUTPRO rejeita qualquer atitude ou conduta que viole os direitos de atletas de futebol e do sindicato onde trabalhamos para que atos como o que vimos nunca fiquem impunes, sejam sancionados e sejam adotas as medidas pertinentes para proteger atletas de ações que acreditamos ser inaceitáveis", diz o texto.

O posicionamento com aval de Hermoso reforça a maior contradição do caso. Depois da repercussão negativa da imagem do beijo, a RFEF divulgou um texto atribuído à jogadora, no qual ela dizia que entendia o episódio como "um gesto mútuo e totalmente espontâneo" afirmava ter "uma ótima relação" com Rubiales.

Na terça-feira, o site Relevo publicou uma matéria dizendo que a federação teria produzido uma declaração falsa da atleta sobre o tema, uma vez que ela não quis se pronunciar após o ocorrido. Antes disso, Hermoso havia feito um breve comentário, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais logo após a conquista. "Não gostei, o que posso fazer?", disse.

PRESSÃO

O caso tomou grande repercussão e até o governo espanhol tem se posicionado. Félix Bolaños, ministro da Presidência da Espanha, disse, durante uma visita oficial a Paris, que há a possibilidade de uma intervenção. "Estamos acompanhando de muito perto, porque as coisas não podem ficar assim. Estamos esperando medidas, mas, se nada acontecer, o Governo irá atuar", afirmou.

A Anistia Internacional, por sua vez, publicou nesta quinta-feira um nota de apoio a Hermoso, após o comunicado divulgado pela FUTPRO. "A ação de Luis Rubiales é violência sexual no ambiente de trabalho e parte de um superior hierárquico. A RFEF deve tomar medidas urgentes, investigando adequadamente o ocorrido, colocando o foco na proteção da jogadora e cumprindo seu protocolo frente à violência sexual", posicionou-se a organização.

DENÚNCIA

Após o beijo sem consentimento, Rubiales foi denunciado ao Conselho Superior de Esportes da Espanha. A denúncia foi movida por Miguel Galán, presidente da Escola Nacional de Treinadores de Futebol. Galán classificou a atitude de Rubiales como um "ato sexista intolerável no esporte" e se baseou na Lei 39/2022 do Esporte, legislação recente na qual é determinado que "qualquer ação que possa ser considerada discriminação, abuso ou assédio sexual e/ou assédio por razão de sexo ou autoridade deve ser levada ao conhecimento do órgão sancionador do Conselho Superior de Esportes, para ser sancionada como infração grave".

A denúncia também cita o protocolo interno da Federação Espanhola de Futebol contra a violência sexual. No artigo 14, há um item específico que versa sobre "beijo à força" e considera tal comportamento como "conduta inaceitável que acarretará em consequências imediatas". Galán pede que a denúncia seja transferida ao Tribunal Administrativo do Esporte. Diante da crise causada pela imagem, a Federação convocou um Assembleia Geral Extraordinária para sexta-feira. Durante o encontro, o presidente, que cumpre mandato com encerramento previsto para o final 2024, terá de dar explicações sobre seu comportamento.

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Cuiabá levou a melhor sobre Recife e o segundo jogo da seleção brasileira como mandante nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 acontecerá na Arena Pantanal, com capacidade para 44 mil torcedores. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou n6a segunda-feira (21) que o estádio será o Placo do duelo com a Venezuela.

A Conmebol ainda não divulgou as datas desmembradas dos jogos da segunda rodada dupla das Eliminatórias, mas vai ocorrer entre 12 e 17 de outubro. Possivelmente o Brasil recebe a Venezuela um dia após o feriado de Nossa Senhora Aparecida, no dia 13 de outubro. Depois, sai para visitar o Uruguai.

De acordo com a CBF, a escolha da Arena Pantanal ocorreu após visitas técnicas de equipes da entidade "analisarem todos os quesitos necessários para que o estádio pudesse receber a seleção brasileira masculina de futebol."

Foram levados em conta a qualidade do gramado, além de toda a infraestrutura para atendimento aos atletas, imprensa e, principalmente, aos torcedores. A CBF informou, ainda, que "também foram determinantes na escolha a logística de deslocamento dos jogadores, com a menor distância entre os locais das partidas, para que haja menos desgaste dos atletas."

"A equipe técnica da seleção brasileira esteve vistoriando de perto a Arena Pantanal. Ao final das análises, a CBF considerou que, dentro dos critérios prioritários, como o menor tempo de deslocamento para o segundo jogo no Uruguai, de cerca de três horas, conforto, infraestrutura e segurança para a delegação, torcedores e imprensa, o estádio está dentro dos parâmetros desejados", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

"Com certeza, teremos um grande espetáculo, mais uma vez aproximando a seleção brasileira de seus torcedores, com jogos em território nacional", finalizou o dirigente. O primeiro compromisso nas Eliminatórias, já com os 23 atletas convocados, será no dia 8 de setembro, contra a Bolívia, no Mangueirão, Em Belém-PA. NO dia 12, a equipe dirigida por Fernando Diniz visita o Peru, em Lima.

Com a escolha de Cuiabá para o segundo jogo em solo nacional das Eliminatórias, o clássico com a Argentina, dia 21 de novembro, pela sexta rodada, deve ser disputado no Recife. Antes, a equipe joga na casa da Colômbia.

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Quem segura o Vitória? Nesse momento, ninguém. Líder da Série B do Brasileiro, o rubro-negro é apontado pelos matemáticos como principal candidato ao acesso à elite do futebol nacional.

De acordo com os especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que estudam as estatísticas do esporte, o Leão tem 87.8% de probabilidade de comemorar o retorno à Série A ao final desta temporada.

O time comandado ao longo de toda a competição pelo técnico Léo Condé tem 47 pontos, após 24 jogos, 15 vitórias, dois empates e sete derrotas. O aproveitamento é de 65%.

O Leão só não somou pontos diante de Atlético-GO (3x2), Mirassol (2x0), Criciúma (1x0), Guarani (2x0), Juventude (1x0) e Vila Nova (1x0), no primeiro turno, além de Londrina (2x0), já no returno. Os empates foram com Avaí (1x1) e Ponte Preta (2x2), ambos longe de Salvador.

O poder de fogo do Vitória também é parte responsável por esse ímpeto do time na Série B. O rubro-negro tem o melhor ataque da competição, com 36 gols marcados. A média é de 1,5 por jogo.

A defesa também tem feito bonito. É a terceira melhor da competição, com 19 gols sofridos, ao lado de Guarani e Criciúma. O Vila Nova teve a rede vazada apenas 12 vezes e o Novorizontino deixou os adversários comemorarem em 17 oportunidades, por isso, aparecem na frente no ranking.

O fator casa tem sido um grande trunfo do Vitória no caminho que vem traçando rumo ao acesso. Foram 30 pontos conquistados no Barradão após 10 vitórias e duas derrotas. Restam ainda sete partidas dentro do estádio, o que mais recebeu público na Série B até aqui. Mais de 200 mil pessoas já foram ao santuário rubro-negro ao longo da competição.

CAMPEÃO

Os matemáticos da UFMG também apontam o Vitória como principal candidato ao título. Segundo eles, a probabilidade do rubro-negro se sagrar campeão da Série B é de 45%. Mais do que o dobro da chance que tem o vice-líder Sport: 24.4%.

De 2006 para cá, quando o Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, o Vitória participou de sete edições da Série B. Conseguiu o acesso em três delas, mas nunca o título. Em 2007 e 2012, o Leão subiu na 4ª colocação. Em 2015, a comemoração foi pela 3ª posição.

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Neymar está próximo de oficializar sua ida ao Al-Hilal após seis temporadas no Paris Saint-Germain. De acordo com veículos europeus, o atacante e o clube francês aceitaram a proposta milionária da Arábia Saudita. No Oriente Médio, o brasileiro vai receber 80 milhões de euros por ano (R$ 430 milhões) - o que significa mais de R$ 1 milhão por dia e R$ 60 mil a cada hora.

Os valores foram adiantados pelo periódico francês L’Équipe. Na transação, o clube saudita pagará 90 milhões de euros (R$ 485 milhões) ao PSG para contar com o atacante brasileiro em seu elenco pelas próximas duas temporadas. Ao todo, o craque brasileiro receberá R$ 860 milhões, valor próximo daquele que o time francês pagou para contratá-lo junto ao Barcelona - R$ 880 milhões em 2017. Neymar tem 31 anos.

Considerando as cifras adiantadas - os 80 milhões de euros -, Neymar receberá salário diário de R$ 1,17 milhão; por minuto, isso significa R$ 818, o que equivale a R$ 13 a cada segundo que estiver na Arábia Saudita. Em sua última renovação contratual com o Paris Saint-Germain, que vale até 2027, o atacante recebe 50 milhões de euros por ano. Por ser um dos maiores salários do futebol mundial, poucos clubes da Europa estão dispostos a arcar com os gastos do brasileiro.

De acordo com reportagem do RMC, o técnico Luis Enrique e o diretor esportivo Luis Campos explicaram ao camisa 10 que ele não estaria mais nos planos no clube parisiense, o que fez com que as negociações acelerassem. Neymar não esteve nem nas arquibancadas do jogo da equipe neste sábado na abertura do Campeonato Francês.

As recentes notícias apontavam para o retorno do brasileiro ao Barcelona. As partes, inclusive, teriam acertado questões salariais, com uma drástica redução nos ganhos do jogador. Mas o técnico Xavi Hernandez teria barrado a contratação por motivos extracampo, o que gerou dúvidas sobre o futuro do craque.

Nas últimas temporadas, Neymar foi alvo de protestos de torcedores do PSG. Isso também pesou em sua decisão de sair. Em diversos momentos, como ele conta no documentário "Neymar: O Caos Perfeito", da Netflix, esteve próximo de retornar ao Barcelona, principalmente no início da temporada 2019/2020. O sucesso esportivo da equipe, que chegou à final da Liga dos Campeões naquele ano, estendeu seu vínculo com o clube.

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As seleções da Inglaterra e da Austrália se classificaram para as quartas de final da Copa do Mundo feminina nesta segunda-feira. Nos pênaltis, as inglesas derrotaram a Nigéria em jogo que contou com a expulsão de Lauren James. Já as anfitriãs não tiveram dificuldades e, no contra-ataque, construíram a vantagem que eliminou a Dinamarca.

LAUREN JAMES É EXPULSA, MAS INGLATERRA AVANÇA NOS PÊNALTIS

O jogo não foi dos melhores, mas a Inglaterra bateu a Nigéria nos pênaltis e avançou para as quartas de final. As nigerianas, no entanto, não venderam sua eliminação barata. Valentes, elas chegaram a ser superiores às favoritas ao Mundial e só não abriram o marcador por falta de precisão.

Em dia pouco inspirado, as europeias viram suas chances de vitória ruírem quando a atacante Lauren James foi expulsa após pisar nas costas de Alozie no final da segunda etapa. Elas se seguraram na defesa e, nas penalidades, garantiram um 4 a 2 para passarem de fase. Agora, a Inglaterra enfrentará nas quartas de final a vencedora do confronto entre Colômbia e Jamaica.

AUSTRÁLIA VENCE A DINAMARCA EM ESTÁDIO LOTADO

Se a máxima de que seleções anfitriãs costumam desempenhar bons resultados em Copas do Mundo é verdadeira, a Austrália está seguindo roteiro de forma perfeita. Com o apoio de um estádio lotado, com mais de 75 mil pessoas presentes, as "Matildas" fizeram bonito e despacharam a Dinamarca com propriedade.

As australianas apostaram no contra-ataque e, com gols de Raso e Foord, construíram a vantagem que as garantiu nas quartas de final. Além da vaga conquistada, a outra ótima notícia para a torcida de casa é o retorno de Sam Kerr, principal jogadora da seleção.

Acionada somente nos minutos finais da segunda etapa, a atacante do Chelsea pouco produziu, mas seu retorno é um ótimo indicativo para os sonhos australianos de um título. Agora, a Austrália aguarda o vencedor de França e Marrocos.

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A Copa do Mundo de futebol feminino deste ano, disputada na Austrália e na Nova Zelândia, já levou mais torcedores aos estádios em sua primeira fase do que toda a edição anterior do torneio, realizada na França, em 2019. De acordo com relatório divulgado pela Fifa nesta sexta-feira, após duas semanas e 48 partidas, a competição em território oceânico teve 1,2 milhão de espectadores até agora, enquanto a disputa na França teve o total de 1,1 milhão.

Há o detalhe de que houve um aumento de 24 seleções participantes para 32 de uma edição para outra, o que fez o número de jogos subir de 52 para 64. De qualquer forma, a Fifa avalia que o balanço parcial "superou as expectativas em vários aspectos". Quando comparadas as primeiras 48 partidas de 2019 com as primeiras 48 de 2023, houve um aumento de 29% na presença do público. Até o momento, foram vendidos 1.715.000 ingressos, superando a meta inicial de 1,3 milhão.

A Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia já teve três partidas com mais de 45 mil torcedores. Durante toda a disputa na França, apenas duas partidas conseguiram atrair um público de tal número. O maior público da atual edição foi o de 75.784 torcedores que estiveram no Austrália Stadium, em Sydney, durante a vitória por 1 a 0 das australianas sobre a Irlanda.

Em 2019, dez partidas em todo o torneio atraíram mais de 25 mil espectadores. Em comparação, a fase de grupos deste ano já viu vinte e uma partidas ultrapassarem a marca de 25 mil. Com isso, atual edição do mundial terminou a fase de grupos com uma média de público de 25.476 torcedores.

"Esta Copa do Mundo Feminina tem sido simplesmente única. Vimos um número recorde de gols, um número recorde de público, um número recorde de espectadores de todo o mundo. Estes são todos os ingredientes necessários para um torneio como esse, e somados a isso, a alegria, a paixão, e o coração. São grandes jogos e despertam todas as emoções", disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em publicação nas redes sociais.

Audiência

A Fifa também apontou para um crescimento positivo da audiência das transmissões do torneio. A China, por exemplo, produziu a maior audiência para uma única partida em qualquer lugar do mundo, com 53,9 milhões de espectadores acompanhado sua seleção em duelo com a Inglaterra. Nos Estados Unidos, mais torcedores viram seleção americana enfrentar Holanda do que em qualquer outra partida anterior da fase de grupos na história. Foram 6,4 milhões de pessoas sintonizadas na partida.

O relatório da entidade também traz alguns dados sobre as transmissões em território brasileiro. Destaca as 8,5 milhões de pessoas que acompanharam a primeira semana do torneio pela Cazé TV, no YouTube e na Twitch, e também os 13,9 milhões que a Globo e a SporTV atraíram, somando o número dos do canais, durante a partida de estreia do Brasil, contra o Panamá.

Apesar disso, a audiência no Brasil foi menor do que a contabilizada na Copa da França, em 2019. A Fifa não divulgou os números, mas atribui isso ao horário das partidas, disputadas no início da manhã brasileira na atual edição e no período da tarde durante a disputa de quatro anos atrás.

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O atletismo brasileiro foi surpreendido nesta sexta-feira (28) com a suspensão provisória de Thiago Braz por doping. O campeão olímpico no salto com vara nos Jogos do Rio em 2016, e grande esperança de nova medalha em Paris-2024, testou positivo para a substância ostarina, a mesma que tirou Tandara da Olimpíada do Japão e antecipou sua aposentadoria após quatro anos de suspensão - ainda cumpre a pena.

O brasileiro teria ingerido a substância que é considerada proibida pela WADA, a Agência Mundial de Antidoping, por ser um modulador hormonal que influencia no aumento muscular, dando mais força e melhorando a performance de atletas.

A suspensão preventiva foi aplicada pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês), que explicou o motivo da penalidade em seu site oficial: "Presença/Uso de Substância Proibida (Ostarine Glucuronide/Ostarine) (Artigo 2.1 e Artigo 2 2)". O brasileiro não se manifestou sob o caso e ainda poderá se defender antes de uma audiência da Federação Internacional de Atletismo.

De acordo com a AIU, o caso permanecerá em investigação e constará na lista de Processos Pendentes de Primeira Instância. A suspensão provisória é obrigatória de acordo com as Regras Antidoping do Atletismo Mundial. Essa punição inicial "não anula de forma alguma a presunção de inocência e não é uma determinação antecipada de culpa. Pelo contrário, é uma ordem feita por precaução para salvaguardar os interesses do esporte "

Não foi revelado em qual competição Thiago Braz testou positivo para a ostarina. Ele participou recentemente algumas etapas da Diamond League e agora está impossibilitado de novas disputas até um julgamento. Caso seja considerado culpado, ele pode pegar os mesmos quatro anos de suspensão de Tandara.

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O Brasil fez uma estreia impecável na Copa do Mundo Feminina. Candidata ao título, a Seleção não tomou conhecimento do Panamá e atropelou: 4x0, na manhã desta segunda-feira (24), em Adelaide, na Austrália. A goleada, aliás, teve nome e sobrenome: Ary Borges. Em seu primeiro jogo no torneio da Fifa, a meia deu show e aplicou um hat-trick. Bia Zaneratto também deixou o dela.

Mais do que o resultado elástico, chamou a atenção a ótima atuação canarinha no estádio Hindmarsh. Domínio total, intensidade durante a partida inteira e repertório extenso no ataque. Atual campeã da Copa América, a Amarelinha cumpriu o favoritismo diante do estreante Panamá e mostrou que tem reais condições de brigar pelo inédito título mundial.

A goleada levou o Brasil aos três pontos, garantindo a liderança isolada do Grupo F. Na próxima rodada, a Seleção encara a França, no sábado (29), às 7h, em Brisbane. A rival europeia, aliás, tropeçou em sua estreia e só empatou em 0x0 com a Jamaica. As duas aparecem na tabela com um ponto. Já o Panamá, com a derrota, está zerado.

O jogo

Como era esperado, a rainha Marta começou sua sexta Copa do Mundo Feminina no banco de reservas. A histórica camisa 10 vinha fazendo os treinos preparatórios em separado por conta de um desgaste na coxa esquerda. A grande novidade na escalação da técnica Pia Sundhage foi a presença de Bia Zaneratto, que ganhou a concorrência com Geyse. Na zaga, a jovem Lauren, de apenas 20 anos, entrou na vaga de Kathellen, que sentiu uma fisgada e foi poupada.

Favorito para o confronto, o Brasil dominou totalmente o primeiro tempo. Com 75% de posse de bola, controlou com tranquilidade um Panamá que não ameaçou em qualquer momento da partida - e praticamente não passou do meio de campo. Mais que isso, a Seleção mostrou repertório extenso para levar perigo.

As canarinhas podiam ter marcado ainda no primeiro minuto, quando Bia Zaneratto recebeu de Debinha, disparou e encontrou Adriana na área. A camisa 11 finalizou, mas a goleira Bailey defendeu. A pressão continuou, com finalizações de Bia, Antônia e Debinha. A camisa 9, aliás, tirou tinta da trave aos 17, em uma bela cobrança de falta.

Em um jogo de ataque x defesa, o gol parecia ser questão de tempo. E foi. No minuto seguinte, Debinha recebeu de Tamires, cortou para o meio e cruzou com perfeição para Ary Borges cabecear e colocar a bola no fundo do gol: 1x0, aos 18 do primeiro tempo.

Aos 30, o Brasil podia ter chegado ao segundo. Em rápido contra-ataque, Debinha encontrou Bia Zaneratto na área. Mas a atacante do Palmeiras dominou mal, e a goleira conseguiu mandar a bola pela linha de fundo. A arqueira panamenha voltou a aparecer aos 35, em uma incrível defesa. Após levantamento na área, Debinha deu uma bicicleta e colocou a bola no meio. Zaneratto ajeitou para Luana finalizar, mas Bailey impediu.

Explorando muito pelos lados, o Brasil ampliou em um lance parecido com o primeiro gol: cruzamento da esquerda para a artilheira do dia, Ary Borges. Dessa vez, a jogada foi construída por Tamires, com perfeição. Mandou para Ary, que cabeceou e obrigou a defesa da goleira. Mas Bailey espalmou para frente e a camisa 17, com frieza, empurrou a bola para a rede, garantindo o 2x0 aos 38 minutos.

O segundo tempo mal havia começado e veio o terceiro gol canarinho. E em um golaço. Tamires encontrou Debinha na esquerda, a atacante tabelou com Adriana e cruzou na área. Ary Borges, na frente do gol, ajeitou de calcanhar para Bia Zaneratto soltar a bomba, aos 2 minutos.

A primeira finalização do Panamá veio apenas aos 12. Baltrip-Reyes recebeu na ponta esquerda, cortou para o meio e chutou, para a defesa firme de Letícia. A goleira foi mais uma vez acionada aos 18, em um lance de Tanner.

Com a vantagem do 3x0, Pia Sundhage aproveitou para fazer mudanças. Tirou Bia, Debinha e Antônia, para as entradas de Gabi Nunes, Geyse e Bruninha. Mas o dia era mesmo de Ary Borges. Aos 24 minutos, Geyse cruzou com perfeição para a atacante cabecear debaixo das pernas da goleira e fazer o hat-trick na estreia brasileira na Copa do Mundo Feminina.

Aos 29 minutos, veio um dos momentos mais esperados para o Mundial: Marta em campo, no lugar da artilheira Ary Borges. Não à toa, levou o estádio à loucura. A rainha teve ótima chance aos 47, em cobrança de falta. Bateu colocado, mas a goleira panamenha defendeu com tranquilidade.

Antes, Geyse havia aparecido bem aos 35, após tabelinha de Kerolin com Gabi Nunes, mas finalizou perto da trave esquerda. No fim, Duda Sampaio tentou deixar o dela, em um chute com força, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora.

Ficha técnica

Brasil 4x0 Panamá - 1ª rodada da Copa do Mundo Feminina (Grupo F)

Brasil: Letícia, Antônia (Bruninha), Lauren, Rafaelle e Tamires; Luana (Duda Sampaio), Kerolin, Adriana e Ary Borges (Marta); Debinha (Geyse) e Bia Zaneratto (Gabi Nunes). Técnica: Pia Sundhage.

Panamá: Bailey, Castillo, Pinzón, Vargas (Montenegro), Baltrip-Reyes e Jaén (Wendy Natis); Mills (Emily Cedeño), Quintero (Salazar), Gonzáles e Cox (Lineth Cedeño); Riley (Tanner). Técnico: Ignacio Quintana.

Estádio: Hindmarsh, em Adelaide, na Austrália

Gols: Ary Borges, aos 18 minutos e aos 38 minutos do primeiro tempo; Bia Zaneratto, aos 2 minutos, Ary Borges, aos 24 minutos do segundo tempo;

Arbitragem: Cheryl Foster (País de Gales), auxiliada por Micelle O'neill (Irlanda) e Franca Overtoom (Holanda).

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A Copa do Mundo Feminina começa na madrugada desta quinta-feira (20). A partida de abertura da competição será disputada às 4h, entre a Nova Zelândia, uma das anfitriãs, e a Noruega. Já o Brasil só entrará em campo a partir da semana que vem. A Seleção fará sua estreia na segunda-feira (24), diante do Panamá.

A equipe da rainha Marta está presente no Grupo F, que também tem França e Jamaica. Todos os jogos da Amarelinha na fase de grupos serão na Austrália, o outro país-sede.

Datas e horários dos jogos do Brasil na fase de grupos:

Brasil x Panamá - 24 de julho (segunda-feira), às 08h - Hindmarsh Stadium, em Adelaide
França x Brasil - 29 de julho (sábado), às 07h - Brisbane Stadium, em Brisbane
Jamaica x Brasil - 2 de agosto (quarta-feira), às 07h - Melbourne Rectangular, em Melbourne

O regulamento da Copa feminina será o mesmo da versão masculina da competição. As duas melhores equipes de cada grupo da primeira fase avançam para as oitavas de final. A partir daí, todos os confrontos serão decididos em duelos únicos e eliminatórios - quem perder está fora do Mundial.

Caso o Brasil se classifique em primeiro lugar, vai disputar as oitavas no dia 8 de agosto, em Adelaide, contra o segundo colocado do Grupo H. Já se a Seleção avançar na segunda colocação na fase de grupos, pega o país que ficar em primeiro na chave H. A partida será mesmo dia, 8 de agosto, mas em Melbourne. Alemanha, Colômbia, Coreia do Sul e Marrocos estão no grupo H.

Veja as datas e horários dos jogos da Seleção até uma eventual final em caso de classificação em primeiro lugar no grupo:

Oitavas de final: 08/08 (terça-feira), 08h
Quartas de final: 12/08 (sábado), 04h
Semifinal: 16/08 (quarta-feira), 07h
Disputa de terceiro lugar: 19/08 (sábado), 05h
Final: 20/08 (domingo), 07h

Veja as datas e horários dos jogos da Seleção até uma eventual final em caso de classificação em segundo lugar no grupo:

Oitavas de final: 08/08 (terça-feira), 05h
Quartas de final: 12/08 (sábado), 07h30
Semifinal: 16/08 (quarta-feira), 07h
Disputa de terceiro lugar: 19/08 (sábado), 05h
Final: 20/08 (domingo), 07h

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Não foi dessa vez que o Bahia fez história e avançou a uma inédita semifinal da Copa do Brasil. O tricolor ia conquistando a classificação até os 26 minutos do segundo tempo, mas levou o empate do Grêmio por 1x1 no tempo normal, perdeu por 4x3 nos pênaltis e deu adeus ao torneio, na noite desta quarta-feira, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

O Esquadrão ficou em vantagem com o lindo gol marcado por Everaldo, aos 49 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, Villasanti aproveitou a bobeira da defesa e deixou tudo igual. Nas cobranças de pênaltis, Cicinho, Acevedo e Gabriel Xavier perderam.

Agora, o Bahia foca apenas no Campeonato Brasileiro. Já o Grêmio avança para a semifinal contra o Flamengo, que venceu o Athletico-PR por 2x0 em Curitiba - já havia vencido no Rio por 2x1.

EM VANTAGEM

Inicialmente previsto para começar às 19h, o jogo sofreu atraso por causa da forte chuva na capital gaúcha, que deixou o gramado alagado. Após sucessivas vistorias e adiamentos, o árbitro Wilton Pereira Sampaio autorizou o início do confronto às 20h.

Renato Paiva escalou o tricolor com praticamente o mesmo time que empatou por 1x1 na ida, na Fonte Nova. A única mudança foi a entrada de Ryan no lugar do suspenso Chávez na lateral esquerda. O meia Cauly, recuperado de lesão, jogou. No Grêmio, o uruguaio Luis Suárez, que era dúvida, começou entre os titulares.

Apesar de algumas poças, o gramado permitiu o jogo com a bola no chão e a articulação das jogadas. O time baiano apostava na correria dos atacantes, esticando bola, principalmente, para Ademir. Do outro lado, precisava também ficar atento na defesa.

O Grêmio tinha muita liberdade para trabalhar na entrada da área. Livre, Suárez furou o voleio. Minutos depois, Marcos Felipe fez defesa salvadora em cabeçada após o escanteio. Foi a primeira de muitas na noite inspirada do goleiro tricolor.

Aos 25 minutos, o Bahia teve sua primeira grande chance: Ademir recebeu lançamento, disparou pela direita e achou Everaldo na entrada da área. O centroavante se precipitou e chutou fraco em vez de posicionar melhor o corpo antes de finalizar.

A resposta do Grêmio veio pouco depois, em um chute de Bitello que bateu na coxa de Acevedo e em seguida no cotovelo do uruguaio, dentro da área. O árbitro marcou pênalti, o VAR confirmou. Aos 39 minutos, Cristaldo cobrou forte, Marcos Felipe foi na bola e espalmou para fora.

A primeira etapa caminhava para o empate, mas no finalzinho Everaldo decidiu aparecer. O centroavante acertou um chutaço de fora da área e fez 1x0 aos 49 minutos.

O Bahia voltou do intervalo com a mesma postura, apostando no jogo pelos lados do campo. Aos poucos, o Grêmio começou a chegar ao ataque e fazer a pressão esperada.

O time da casa passou a empilhar chances. Em uma delas, Suárez viu Marcos Felipe adiantado e cabeceou por cobertura; o goleiro se recuperou e tirou para escanteio. Diante do domínio gaúcho, o Bahia se viu em dificuldade para puxar o contra-ataque.

Quando reapareceu na frente, Ademir experimentou de fora e Gabriel Grando salvou. O tricolor conseguia de certa forma controlar o Grêmio, mas, de tanto insistir, o adversário empatou.

Aos 26, Ferreira fez jogada individual na ponta esquerda, passou por Cicinho e cruzou rasteiro para Villasanti, livre na área, mandar para a rede. O resultado de 1x1 levava a decisão para os pênaltis.

A virada gaúcha poderia ter saído logo depois, mas Suárez perdeu um gol incrível na linha do pênalti. Para tentar retomar o controle do duelo, Renato Paiva sacou Kayky e colocou Mugni em campo.

O final do jogo ganhou contorno dramático. O Bahia acertou duas bolas na trave, com Mugni e Ademir. Do outro lado, Marcos Felipe fez mais uma defesa salvadora na finalização de Bitello. Aos 43, o goleiro do Bahia salvou um outro chute, dessa vez de Suárez. A bola ainda tocou na trave e, na volta, a defesa cortou. Com o 1x1 definido, a decisão foi para os pênaltis.

Nas cobranças, Reinaldo, Cauly, Ferreira e Everaldo fizeram até que o gremista Bruno Alves bateu no travessão. Cicinho teve a chance de colocar o Bahia na frente e perdeu, com o goleiro Gabriel Grando defendendo.

Na sequência, Villasanti fez e Acevedo bateu para fora. Com 3x2 no placar, o Grêmio venceria se Bitello marcasse, mas ele também chutou para fora. Yago Felipe empatou, o que forçou a sexta cobrança de cada time. André converteu para o Grêmio e Gabriel Xavier perdeu e deu fim ao sonho do Esquadrão, eliminado pela oitava vez nas quartas de final.

FICHA TÉCNICA

Grêmio 1x1 Bahia - Copa do Brasil (Quartas de final - volta)

Grêmio: Gabriel Grando, Bruno Uvini, Bruno Alves e Kannemann (Ferreira); João Pedro (Gustavo Martins), Villasanti, Carballo (Nathan) e Reinaldo; Cristaldo (Vina), Suárez (André) e Bitello. Técnico: Renato Gaúcho.

Bahia: Marcos Felipe, Cicinho, Gabriel Xavier, Kanu e Ryan (Matheus Bahia); Rezende, Acevedo e Cauly; Ademir (Yago), Everaldo e Kayky (Mugni). Técnico: Renato Paiva.

Estádio: Arena do Grêmio, em Porto Alegre

Gols: Everaldo, aos 49 minutos do 1º tempo, Villasanti, aos 26 minutos do 2º tempo

Cartão amarelo: Carballo, Gustavo Martins (Grêmio); Everaldo, Acevedo, Ryan, Ademir e Kanu (Bahia)

Público: 33.777 pagantes

Renda: R$ 3.109.743,00

Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio, auxiliado por Bruno Raphael Pires e Leone Carvalho Rocha (trio de GO)

VAR: Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC)

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