A expectativa para ganhar a Copa do Mundo foi grande para a seleção brasileira, mas o time acabou perdendo no mata-mata. O ex-técnico do grupo, Tite, saiu para o vestuário arrasado com mais uma derrota, visivelmente abatido com toda a situação.

A CBF, sem psicólogo desde 2014, estaria analisando a possibilidade de retornar com o profissional em tempos de jogos, segundo o colunista Cosme Rimoli, do R7.

Com a chegada do novo técnico, que ainda não há confirmações se será Jorge Jesus, Luís Castro ou Abel Ferreira, a seleção brasileira vai receber o treinador e também o psicólogo para cuidar da mente dos jogadores e comissão técnica.

Nas redes sociais, alguns jogadores compartilharam as tristezas. Éverton Ribeiro foi o único a falar publicamente sobre a derrota. "São momentos difíceis, a gente tenta se confortar com palavras, mas é difícil, foi um baque total. Ainda estamos digerindo isso, essa ferida vai ficar aberta por um bom tempo", disse.

Neymar, que saiu do Catar em um jatinho particular, comentou nas redes sociais sobre a vivência com o técnico Tite durante os oito anos em que esteve à frente da seleção.

"Eu te conhecia como treinador e já sabia que era muito bom, mas como pessoa você é MUITO MELHOR! Você me conheceu e sabe quem eu sou e isso é o que importa pra mim… Venho aqui abertamente te agradecer por tudo, todos os ensinamentos que o senhor nos deu", escreveu.

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O departamento de futebol do Bahia tem um novo diretor. Nesta quinta-feira (8), o tricolor anunciou que Carlos Santoro vai substituir Eduardo Freeland no setor. Santoro faz parte do grupo City e foi o principal responsável por comandar a transição entre associação e SAF. Desde que a proposta do gruo árabe foi apresentada oficialmente, ele está trabalhando no planejamento do clube para 2023.

O Bahia agradeceu os serviços prestados por Eduardo Freeland, que chegou ao clube em março e conquistou o acesso à Série A. De acordo com o Esquadrão, a escolha por Carlos Santoro foi tomada para acelerar o processo de implementação da SAF. No último sábado (3), a venda do tricolor para o Grupo City foi aprovada pelos sócios. Enquanto a parte burocrática não é resolvida, o fundo toma as decisões por meio de uma co-gestão com a associação.

Carlos Santoro tem experiência de nove anos no Grupo City. Até então ele ocupava a Direção de Scouting e Recrutamento do grupo na América Latina, após exercer a mesma função para a América do Sul e também a Gerência de Scout na região.

No currículo, Santoro acumula a participação direta na decisão de mais de 30 contratações do Manchester City como Gabriel Jesus, Douglas Luiz, Kayky, Diego Rosa e Yan Couto. Além disso, participou da montagem dos elencos do Yokohama Marinos campeão japonês em 2019 e 2022; do New York City campeão da Major League Soccer em 2021; e do Bolívar campeão boliviano em 2022.

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Anunciado como novo técnico do Bahia, o português Renato Paiva disse que está animado com a chance de trabalhar no Brasil e afirmou que quer conhecer de perto a força da torcida tricolor. O treinador é esperado em Salvador nesta quarta-feira (7) para assinar contrato por dois anos com o Esquadrão.

"Não vejo a hora de conhecer a famosa Nação Tricolor, a Arena Fonte Nova e toda a intensidade e efervescência que cercam um dos clubes com maior torcida e das mais apaixonadas do Brasil", disse Paiva aos canais oficiais do Bahia.

O treinador é a primeira contratação do Esquadrão na gestão do Grupo. A venda do Bahia ao fundo árabe foi aprovada pelos sócios em Assembleia no último sábado (3). Desde então, o City começou a tirar do papel o planejamento do futebol para a próxima temporada.

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O time reserva do Brasil não se mostrou suficiente diante de Camarões, mas o objetivo foi cumprido. Já classificada, a Seleção poupou seus titulares, foi castigada por não definir o jogo e perdeu por 1x0 no estádio Lusail, nesta sexta-feira (2). Resultado que, ainda assim, manteve a equipe canarinho no primeiro lugar do Grupo G da Copa do Mundo, no Catar.

O resultado tirou a invencibilidade dos pentacampeões, que estacionaram nos seis pontos, mas o Brasil avançou às oitavas de final na liderança graças ao saldo de gols melhor do que a Suíça (2 contra 1), que ganhou da Sérvia por 3x2 e ficou com a segunda posição. Camaroneses e sérvios foram eliminados e voltam para casa.

Agora, a Seleção se prepara para enfrentar a Coreia do Sul nas oitavas de final. A partida será segunda-feira, às 16h, no estádio 974, em Doha. Quem avançar terá pela frente o vencedor de Croácia x Japão nas quartas de final.

A maior preocupação do jogo foi a lesão de Alex Telles, que deixou o campo chorando durante o segundo tempo, com dor no joelho direito após um choque com o camaronês Andre-Frank Zambo. Imagens da câmera de transmissão mostraram o lateral esquerdo no banco de reservas já iniciando tratamento com gelo.

Após a lesão de Alex Telles, o zagueiro Marquinhos foi quem entrou no jogo. O problema deve forçar o Brasil a acelerar a recuperação de Alex Sandro para as oitavas. Entre os laterais, apenas Daniel Alves, o mais velho (39 anos), não teve problemas físicos até agora.

Primeiro tempo
Como esperado, o Brasil foi escalado por Tite apenas com reservas. Todos os titulares começaram no banco, com exceção dos lesionados Danilo, Alex Sandro e Neymar. Mais cedo, o camisa 10 trabalhou com bola no hotel da Seleção, enquanto os laterais foram ao CT. Depois, os três acompanharam a partida in loco, no estádio Lusail.

Os reservas do Brasil até queriam mostrar serviço, e dominaram as ações no primeiro tempo. Antony, Martinelli e Rodrygo lideraram a Seleção, com o atacante do Arsenal sendo quem mais deu trabalho ao goleiro Epassy.

A primeira grande chance de Martinelli veio aos 13 minutos: Fred recebeu de Daniel Alves na intermediária, e mandou na medida para o camisa 26, na segunda trave. Ele deu a cabeçada, mas Epassy fez uma grande defesa.

Aos 20, Camarões viu Choupo-Moting acionar Tolo na esquerda, e o lateral cruzou, forte. Mas Ederson estava atento, se esticou e espalmou. Foi uma das pouquíssimas chances dos africanos, que só voltaram a aparecer com perigo no fim da etapa inicial.

Enquanto isso, o Brasil teve chance com Fred, com Fabinho, com Gabriel Jesus. Em um intervalo de quatro minutos, a Seleção ainda ganhou duas cobranças de falta, mas Rodrygo mandou na barreira, enquanto Daniel Alves chutou por cima do gol. Aliás, a comissão técnica brasileira reclamou de faltas pesadas do time camaronês no primeiro tempo, e os jogadores do Brasil reclamaram entre eles das entradas do rival.

Aos 37, Martinelli apareceu mais uma vez: avançou no meio-campo e sofreu falta de Fai (e até perdeu a chuteira), mas Fred ficou com a bola, e o árbitro deu a vantagem. O volante acionou Antony, que cortou e bateu colocado, para a defesa de Epassy.

O próprio Martinelli ficou com sobra na entrada da área, aos 45, e bateu firme no gol, só que o goleiro de Camarões salvou de novo. Na sequência, Antony cobrou escanteio ajeitando para Rodrygo, que chutou de primeira na rede, mas pelo lado de fora.

No fim, aos 47, Ederson foi obrigado a trabalhar de verdade. Mbeumo recebeu cruzamento, livre na segunda trave, e mandou de cabeça. A bola quicou no chão antes de ir ao gol, e o goleiro do Brasil fez uma defesaça.

Segundo tempo
Querendo a vitória para ter a chance de avançar, Camarões voltou do intervalo dando susto. Aos 5 minutos do segundo tempo, Aboubakar recebeu a bola ajeitada e bateu cruzado, com muito perigo.

Depois de Camarões incomodar, o Brasil voltou a tomar conta do duelo, por volta dos 10 minutos. A Seleção passou a acumular chances, com oportunidades de Gabriel Jesus, Gabriel Martinelli e Militão. Mas o goleiro Epassy fez defesas importantes, e impediu o gol canarinho.

Tite começou a fazer mudanças, e colocou Bruno Guimarães, Everton Ribeiro, Marquinhos, Pedro e Raphinha. O Brasil tinha alto volume, mas não conseguia definir as jogadas.

Aos 46 minutos, o placar foi aberto... por Camarões. Mbekeli recebeu a bola na direita, e cruzou na medida para Aboubakar. Ele cabeceou no cantinho de Ederson, sem dar chances para o goleiro brasileiro. O atacante tirou a camisa na comemoração e, como já tinha um cartão amarelo, foi expulso.

O Brasil foi para cima nos minutos finais, querendo manter a invencibilidade. Mas a equipe finalizou mal, e acabou derrotada no estádio Lusail.

FICHA TÉCNICA

Camarões 1x0 Brasil - Copa do Mundo (3ª rodada)

Camarões: Epassy, Fai, Wooh, Ebosse e Tolo; Anguissa, Kunde (Ntcham) e Ngamaleu (Mbekeli); Mbeumo (Toko Ekambi), Choupo-Moting e Aboubakar. Técnico: Rigobert Song.

Brasil: Ederson, Daniel Alves, Militão, Bremer e Alex Telles (Marquinhos); Fabinho, Fred (Bruno Guimarães) e Rodrygo (Everton Ribeiro); Antony (Raphinha), Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus (Pedro). Técnico: Tite.

Local: estádio Lusail, no Catar
Gol: Aboubakar, aos 46 minutos do segundo tempo;
Cartão amarelo: Tolo, Kunde e Fai, de Camarões; Militão e Bruno Guimarães, do Brasil;
Cartão vermelho: Aboubakar, de Camarões;
Público: 85.986 torcedores pagantes;
Arbitragem: Ismail Elfath, auxiliado por Kyle Atkins e Corey Parker (trio dos Estados Unidos);
VAR: Alejandro Hernandez (Espanha)

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A camisa amarela vai ficar guardada. No terceiro jogo da Copa do Mundo do Catar, o Brasil entrará em campo vestindo azul. Depois de usar o uniforme principal nas vitórias contra Sérvia e Suíça, a Seleção Brasileira precisará adotar a segunda opção nesta sexta-feira (2), às 16h, no estádio Lusail, quando enfrenta Camarões, no encerramento da fase de grupos.

Como a equipe africana é a mandante do jogo, tem o direito de escolher o uniforme que vai utilizar. Camarões jogará com sua camisa principal, que tem a cor verde como predominante, além de amarelo e vermelho em detalhes. Por isso, o Brasil vai estrear a camisa azul na Copa do Catar.

O Brasil já está classificado às oitavas de final do Mundial. Mesmo que não estivesse, não haveria problema com superstição, já que o retrospecto da camisa azul é bastante positivo.

Diante de Camarões, a Seleção Brasileira vai usar o uniforme azul em Copas do Mundo pela 12ª vez. Com ela, a equipe acumula até aqui oito vitórias, um empate e duas derrotas. Foram 25 gols marcados e 17 sofridos.

Dentre os triunfos com a camisa azul em Copas do Mundo, o maior destaque vai para a final do Mundial de 1958 contra a anfitriã Suécia, quando a Seleção Brasileira comemorou o primeiro título mundial brasileiro: 5 x 2.

Vale registrar também a vitória diante da Holanda (3x2), nas quartas de final, e contra a Suécia (1x0), na semifinal, do tetracampeonato de 1994, na Copa do Mundo disputada nos Estados Unidos. Teve também a vitória contra a Inglaterra (2x1), nas quartas de final do pentacampeonato em 2002.

Confira a seguir todos os jogos disputados pelo Brasil em Copas do Mundo com a camisa azul:

Brasil 6 x 5 Polônia - Copa do Mundo de 1938

Brasil 5 x 2 Suécia - Copa do Mundo de 1958

Brasil 2 x 1 Argentina - Copa do Mundo de 1974

Brasil 0 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 1974

Brasil 3 x 1 Polônia - Copa do Mundo de 1978

Brasil 1 x 1 Suécia - Copa do Mundo de 1994

Brasil 3 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 1994

Brasil 1 x 0 Suécia - Copa do Mundo de 1994

Brasil 2 x 1 Inglaterra - Copa do Mundo de 2002

Brasil 1 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 2010

Brasil 2 x 0 Costa Rica - Copa do Mundo de 2018

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A alegria está estampada no rosto da torcida brasileira. No primeiro jogo do Brasil sem Neymar na Copa do Mundo do Catar, o volante Casemiro surgiu como herói improvável e garantiu a vitória por 1x0 sobre a Suíça, nesta segunda-feira (28), no estádio 974. O resultado colocou a equipe nas oitavas de final com uma rodada de antecedência.

O Brasil passou sufoco contra os suíços, mas se manteve na liderança do grupo G, com seis pontos em duas partidas. A Suíça aparece em segundo, com três, seguido por Sérvia e Camarões, que têm um ponto cada.Na próxima sexta-feira (2), a Seleção fecha a participação na primeira fase contra Camarões precisando de um empate para garantir o primeiro lugar da chave.

Nas ausências de Danilo e Neymar, Tite optou por improvisar o zagueiro Eder Militão na lateral direita e promoveu o retorno do volante Fred ao time, avançando Lucas Paquetá para a função de armador.

As equipes apresentaram propostas completamente diferentes. A Suíça fez um jogo de paciência. Isolado, o centroavante Embolo praticamente não tocou na bola e pouco incomodou o goleiro Alisson.

Diante do ferrolho suíço, a Seleção usou da superioridade técnica para tentar quebrar as linhas. Com toques rápidos, os homens de meio-campo tentavam encontrar Richarlison e Vinícius Júnior em boa condição. Mas tava difícil. Com características diferentes, Paquetá não conseguiu dar a mesma dinâmica de drible que Neymar apresenta e que seria importante para superar a marcação.

Na melhor chance brasileira no primeiro tempo, Raphinha cruzou da direita e Vinícius Júnior sozinho mandou de primeira. O goleiro Sommer evitou o gol. Bastante marcado, o atacante do Real Madrid teve muita dificuldade para fazer as jogadas em velocidade. A primeira etapa terminou sem bola na rede.

Percebendo a dificuldade brasileira para criar, Tite não pensou muito e mudou o time no intervalo. O meia-atacante Rodrygo foi para o jogo na vaga de Lucas Paquetá. Quem esperava um Brasil mais incisivo com a alteração, se enganou. Lenta, a equipe trabalhava a bola com pouca objetividade.

Para piorar, a Suíça começou a gostar do jogo. Widmer recebe livre do lado direito do ataque suíço, invadiu a área e cruzou rasteiro. Marquinhos tirou com um carrinho providencial. Na sequência, Vargas tentou o chute, mas a bola se perdeu em escanteio.

O Brasil voltou a mudar o time. Bruno Guimarães entrou no lugar de Fred. Quando conseguiu colocar a bola no chão com lucidez, a jogada saiu. Na roubada de bola, Casemiro lançou Vinicius Júnior. O atacante ganhou da marcação, invadiu a área e tocou no cantinho de Sommer. Mas a arbitragem flagrou impedimento de Richarlison na origem da jogada e anulou o lance.

O gol anulado ligou o Brasil. Mais presente no campo de ataque, a Seleção começou a pressionar. De tanto insistir, o gol saiu. Aos 37 minutos, Vinicíus Júnior iniciou a jogada, Rodrygo tocou de primeira, e Casemiro, no melhor estilo atacante, pegou de primeira dentro da área. Sem chances para o goleiro Sommer. Foi o gol que garantiu a Seleção nas oitavas de final da Copa do Mundo.

FICHA TÉCNICA

Brasil 1x0 Suíça - Copa do Mundo (2ª rodada)

Brasil: Alisson, Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro (Alex Telles); Casemiro, Fred (Bruno Guimarães) e Paquetá (Rodrygo); Raphinha (Antony), Richarlison (Gabriel Jesus) e Vinícius Júnior. Técnico: Tite.

Suíça: Sommer, Widmer (Frei), Akanji, Elvedi e Ricardo Rodríguez; Freuler, Sow (Aebischer) e Xhaka; Rieder (Steffen) , Embolo (Seferovic) e Vargas (Edimilson Fernandes). Técnico: Murat Yakin.

Local: estádio 974 (Catar)
Gols: Casemiro, aos 37 minutos do 2º tempo
Cartão amarelo: Fred (Brasil); Rieder (Suíça)
Arbitragem: Ivan Barton (El Salvador), auxiliado por David Moran (El Salvador) e Zachari Zeegelaar (Suriname)
VAR: Drew Fischer (Canadá)

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Richarlison foi o grande nome da estreia do Brasil na Copa do Mundo do Catar. O atacante anotou os dois gols na vitória por 2x0 sobre a Sérvia, com direito a uma pintura, de voleio, no segundo. Para comemorar, o jogador do Tottenham, da Inglaterra, fez a famosa comemoração de 'pombo' no estádio de Lusail. Mas, afinal, como surgiu isso?

O apelido surgiu em setembro de 2018. Na época, a música Dança do Pombo, de MC Faísca e os Perseguidores, viralizou. Richarlison gravou um vídeo fazendo a coreografia, postou nas redes sociais e as visualizações e curtidas explodiram.

Assim, o atacante aproveitou o sucesso e passou a comemorar seus gols pelo Everton, da Inglaterra - seu clube à época - fazendo a dança. Não teve volta. A celebração se tornou a marca registrada do jogador, que inclusive solta um "pruuu". Em suas redes sociais, Richarlison usa sempre um emoj de pombo.

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O caminho para o hexa começou da melhor forma possível. No estádio de Lusail, palco que abrigará a final da Copa do Mundo, o Brasil estreou diante da Sérvia e mandou a zebra trotar longe daquele gramado. Ao contrário das rivais Argentina e Alemanha, a Seleção Brasileira venceu por 2x0, nesta quinta-feira (24), e mantém firme os planos de passar sem sustos da fase de grupos no Catar.

E para quem nunca havia disputado uma partida de Copa do Mundo, Richarlison fez da vitória sobre a Sérvia um belo cartão de visitas. O atacante do Tottenham, da Inglaterra, balançou as redes duas vezes, uma no oportunismo e outra no puro talento, e mostrou por que Tite não abriu mão de sua escalação no time titular.

O treinador foi a campo com uma escalação ofensiva. Colocou Vinícius Jr. em campo, sacando Fred, volante, e recuando Lucas Paquetá para a posição. Com isso, o ponta do Real Madrid atuou pelo lado esquerdo do ataque, enquanto Neymar ficou na posição clássica de um camisa 10.

Essa escalação pode ser considerada inédita porque, apesar da formação do meio-campo já ter sido testada, a linha de defesa estava diferente. Em setembro, no amistoso contra Gana, o penúltimo antes do Mundial, as laterais foram ocupadas por Éder Militão e Alex Telles, enquanto hoje Alex Sandro e Danilo preencheram suas posições habituais.

E a escolha por Vini Jr. tinha um principal objetivo: apostar na boa fase do jovem jogador, que estreou em Copas do Mundo, e, taticamente, abrir espaços na defesa sérvia. Como era esperado, o adversário impôs à Seleção algumas dificuldades. A começar pela estatura da equipe europeia, que tem média de 1,88m e dificulta na movimentação de bola aérea tanto ofensiva quanto defensiva. A saída era, de fato, buscar jogadas em velocidade para quebrar a linha de marcação armada pelo técnico Dragan Stojkovic, com cinco homens.

Nos dez primeiros minutos, o jogo foi muito disputado no meio-campo, sem chances para qualquer um dos lados. Dali em diante a Seleção cresceu, minou as investidas da Sérvia e passou a ter a bola, chegando a bater mais 60% de posse em quase toda a primeira etapa.

Com a bola, a equipe tinha dificuldades para passar da linha de marcação, tanto que a primeira finalização próxima do gol saiu apenas aos 34 minutos e foi fácil para o goleiro Vanja Milinkovic-Savic encaixar.

Antes disso, outra oportunidade de dentro da área saiu com uma infiltração de Vini Jr. nas costas da defesa sérvia, mas Vanja saiu do gol para tirar a bola rasteira e levou a melhor mais uma vez. De fora da área, as chances saíram dos pés de Neymar, que tentou gol olímpico, e Casemiro, ambos sem levar perigo à meta adversária.

Na defesa, Alisson pouco tocou na bola e a cobertura pelas laterais também funcionou. A Sérvia não finalizou nenhuma bola na meta brasileira

O segundo tempo voltou com o Brasil em cima, buscando sempre o gol. Raphinha perdeu de cara com o goleiro logo no primeiro minuto. Em outro lance, Neymar recebeu cruzamento da esquerda e finalizou para fora. Alex Sandro arriscou de fora da área e carimbou a trave.

Tudo isso antes de finalmente furar o bloqueio sérvio. Vinícius Júnior a todo momento chamava jogadas individuais pelo lado esquerdo, e foi de lá que saíram os gols.

No primeiro, Neymar carregou pela meia-lua e tocou na área para Vini Jr, que bateu de chapa, Vanja deu rebote e Richarlison, que não tinha finalizado no jogo até então, fez valer a máxima do centroavante: no lugar certo e na hora certa. O camisa 9 só precisou deixar a perna, a bola bateu e entrou na rede. Brasil 1x0 aos 16 minutos.

Daí em diante a Seleção passou a encontrar muito mais facilidade de chegar ao ataque, ao passo em que a Sérvia fez duas substituições imediatas decorrentes da necessidade de abrir o time para buscar o ataque. E então só deu Brasil.

Vini Jr. teve a chance de fazer o segundo, mas escorregou na hora de chute e bateu para fora. Depois fez tabelinha com Neymar, só que a defesa estava atenta. Na jogada seguinte dele, saiu o gol. Aliás, o golaço.

O atacante do Real Madrid adentrou a área pela esquerda, cruzou para o centro e Richarlison fez o gol mais bonito da primeira rodada da Copa do Mundo, encerrada hoje.

Foi um gol para apresentar Richarlison àquele torcedor que só vê futebol de quatro em quatro anos. O camisa 9 aparou a bola, girou e acertou o voleio no canto: 2x0 no placar e caminho aberto para a vitória.

Tite aproveitou a vantagem para mexer no time e colocou em campo outros atacantes, como Gabriel Jesus, Rodrygo, Antony e Martinelli. Além de Fred, que entrou no meio-campo no lugar de Paquetá.

Àquela altura, a Sérvia estava entregue - o pouco que assustou foi enquanto o jogo esteve 1x0. Casemiro, com categoria, acertou o travessão e quase fez um golaço. Fred teve sua oportunidade e parou no goleiro.

A partida mostrou a força coletiva do Brasil, muito equilibrado entre defesa e ataque e com individualidades que podem desequilibrar um jogo. O próximo é contra a Suíça, na segunda-feira (28), às 13h (de Brasília).

Preocupação com Neymar

Apesar da vitória, nem tudo terminou bem para o Brasil no Estádio Lusail. Neymar saiu machucado no tornozelo. Em um dos lances de ataque no segundo tempo, ele recebeu um carrinho em uma dividida que acabou tirando o atacante do campo nos minutos finais.

Na saída para os vestiários, o jogador passou mancando, sem a chuteira do pé direito e com o tornozelo inchado. Ainda não há informações sobre a gravidade da lesão, que deve afastá-lo do jogo contra a Suíça.

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O Brasil começa sua jornada na Copa do Mundo do Catar nesta quinta-feira (24). A Seleção entra em campo às 16h para enfrentar a Sérvia, no estádio Lusail. O rival é, em teoria, o mais complicado do Grupo G - que também tem Suíça e Camarões. Mas, quando se trata de estreia na competição, o retrospecto é muito favorável.

A equipe canarinha não perde o primeiro jogo de um Mundial desde 1934. Naquela época, não havia fase de grupos. O Brasil estreou nas oitavas e enfrentou a Espanha, em Turim. Os europeus levaram a melhor por 3x1. A Seleção também perdeu a estreia na primeira Copa, em 1930, no Uruguai: derrota por 2x1 para a Iugoslávia.

Mas, há 88 anos, os resultados vem sendo bons, com 16 vitórias e três empates na partida inaugural. A mais recente foi na edição de 2018, disputada na Rússia. Ali, a equipe canarinha empatou por 1x1 com a Suíça - o gol do Brasil foi marcado por Philippe Coutinho.

Os outros empates em estreia vieram em 1974, com o 0x0 com a Iugoslávia, e em 1978, com o 1x1 com a Suécia.

Em todos os cinco anos em que o Brasil foi campeão, venceu na estreia. Em 1958, aplicou 3x0 na Áustria. Na sequência, em 1962, a equipe fez 2x0 em cima do México. Na Copa de 1970, o primeiro jogo terminou com triunfo de 4x1 sobre a Tchecoslováquia. A campanha do tetra começou com um 2x0 sobre a Rússia, em 1994. E a conquista do penta, em 2002, iniciou com o 2x1 sobre a Turquia.

Veja os resultados de todas as estreias do Brasil em Copa do Mundo:

Copa do Mundo 1930 (Uruguai)
Estreia: Brasil 1 x 2 Iugoslávia
Gol brasileiro: Preguinho;

Copa do Mundo 1934 (Itália)
Estreia: Espanha 3 x 1 Brasil
Gol brasileiro: Leônidas;

Copa do Mundo 1938 (França)
Estreia: Brasil 6 x 5 Polônia na prorrogação (a estreia era já nas oitavas de final)
Gols brasileiros: Leônidas (3), Perácio (2) e Romeu;

Copa do Mundo 1950 (Brasil)
Estreia: Brasil 4 x 0 México
Gols brasileiros: Ademir (2), Jair e Baltazar;

Copa do Mundo 1954 (Suíça)
Estreia: Brasil 5 x 0 México
Gols brasileiros: Pinga (2), Julinho, Didi e Baltazar;

Copa do Mundo 1958 (Suécia)
Estreia: Brasil 3 x 0 Áustria
Gols brasileiros: Mazzola (2) e Nilton Santos;

Copa do Mundo 1962 (Chile)
Estreia: Brasil 2 x 0 México
Gols brasileiros: Zagallo e Pelé;

Copa do Mundo 1966 (Inglaterra)
Estreia: Brasil 2 x 0 Bulgária
Gols brasileiros: Pelé e Garrincha;

Copa do Mundo 1970 (México)
Estreia: Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia
Gols brasileiros: Jairzinho (2), Pelé e Rivellino;

Copa do Mundo 1974 (Alemanha)
Estreia: Brasil 0 x 0 Iugoslávia

Copa do Mundo 1978 (Argentina)
Estreia: Brasil 1 x 1 Suécia
Gol brasileiro: Reinaldo;

Copa do Mundo 1982 (Espanha)
Estreia: Brasil 2 x 1 União Soviética
Gols brasileiros: Sócrates e Éder;

Copa do Mundo 1986 (México)
Estreia: Brasil 1 x 0 Espanha
Gols brasileiros: Sócrates;

Copa do Mundo 1990 (Itália)
Estreia: Brasil 2 x 1 Suécia
Gols brasileiros: Careca (2);

Copa do Mundo 1994 (Estados Unidos)
Estreia: Brasil 2 x 0 Rússia
Gols: Romário e Raí;

Copa do Mundo 1998 (França)
Estreia: Brasil 2 x 1 Escócia
Gols: César Sampaio e Boyd (contra);

Copa do Mundo 2002 (Coreia do Sul)
Estreia: Brasil 2 x 1 Turquia
Gols: Ronaldo e Rivaldo;

Copa do Mundo 2006 (Alemanha)
Estreia: Brasil 1 x 0 Croácia
Gols: Kaká;

Copa do Mundo 2010 (África do Sul)
Estreia: Brasil 2 x 1 Coreia do Norte
Gols: Elano e Maicon;

Copa do Mundo 2014 (Brasil)
Estreia: Brasil 3 x 1 Croácia
Gols: Neymar (2) e Oscar;

Copa do Mundo 2018 (Rússia)
Estreia: Brasil 1 x 1 Suíça
Gol brasileiro: Coutinho;

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A Copa do Mundo do Catar precisou de três dias de bola rolando para conhecer a primeira grande zebra desta edição - quiçá, uma das maiores da história da competição. Nesta terça-feira (22), a Arábia Saudita venceu a Argentina, do craque Lionel Messi, atual campeã sul-americana, por 2 a 1, de virada, no Estádio Lusail.

O duelo foi o primeiro do Grupo C do Mundial, que ainda tem Polônia e México. Europeus e norte-americanos se enfrentam mais tarde nesta terça, às 13h (horário de Brasília), no Estádio 974, na capital Doha.

Foi a primeira vez que os Falcões Verdes estrearam com vitória em uma Copa - nas cinco participações anteriores, foram quatro derrotas e um empate. A Albiceleste, por sua vez, não tropeçava na rodada de abertura de um Mundial desde 1990, quando perdeu de Camarões, por 1 a 0, na Itália.

O resultado negativo encerrou uma invencibilidade de 36 jogos oficiais da Argentina e impediu que a equipe sul-americana igualasse a maior sequência sem derrotas do futebol de seleções. A marca segue com a Itália, que ficou 37 partidas sem perder de 2018 a 2021. O último tropeço dos hermanos tinha sido para o Brasil, por 2 a 0, no Mineirão, em Belo Horizonte, na semifinal da Copa América de 2019.

Apesar do revés, o jogo também foi histórico para Messi. Só por estar em campo, o craque se isolou como o argentino com mais Copas disputadas (cinco), além de igualar o ex-volante Javier Mascherano como segundo jogador do país com mais partidas em Mundiais (20), atrás somente do ídolo Diego Armando Maradona (21).

As seleções retornam a campo neste sábado (26), pela segunda rodada. Os sauditas jogam às 10h, contra a Polônia, no Estádio Cidade da Educação, em Al Rayyan. Às 16h, novamente no Lusail, a Argentina mede forças com o México.

Argentina à frente, mas....

Bastou um minuto de jogo para Messi dar o primeiro susto à defesa saudita. Uma batida chapada, no canto direito, da entrada da área, obrigou o goleiro Muhammed Al-Owais a se esticar para evitar o gol argentino, mas era questão de tempo. Aos sete minutos, o árbitro eslovaco Slavko Vincic foi chamado ao vídeo para analisar um puxão do lateral Yasser Al-Shahrani no volante Rodrigo De Paul, dentro da área. O pênalti foi assinalado e coube à Messi, aos oito, deslocar Al-Owais na cobrança e colocar os hermanos à frente.

Após a ducha de água fria com menos de dez minutos, a Arábia se arrumou em campo, subindo as linhas de marcação e "convidando" os argentinos a buscarem lançamentos, apostando em uma linha de impedimento bem sincronizada para neutralizar o ataque rival. A estratégia, embora arriscada, funcionou, deixando a equipe sul-americana fora de jogo sete vezes em 20 minutos. Messi e o também atacante Lautaro Martínez até balançaram as redes, mas os lances foram invalidados por centímetros.

A sequência de impedimentos aguçou a ansiedade no time argentino, que errou mais passes que o normal e praticamente não deu mais sustos à meta saudita no primeiro tempo. Não que os asiáticos, porém, estivessem aproveitando. À frente, os Falcões Verdes esbarraram na falta de criatividade e insistiram em bolas aéreas, dando zero trabalho ao goleiro Emiliano Martínez. Até aquele momento, é claro.

Virada saudita

No retorno do intervalo, a ducha de água fria foi dos sauditas para cima dos argentinos. Aos dois minutos, Messi perdeu a bola no meio e "deu" o contra-ataque paa os asiáticos, finalizado em um chute cruzado de Saleh Al-Shehri, que recebeu do meia Feras Al-Brikan, ganhou do zagueiro Cristian Romero e bateu no canto de Emiliano Martínez. Cinco minutos depois, na sobra de um chute pela direita que explodiu na zaga, o também atacante Salem Al-Dawsari dominou no lado esquerdo da área, cortou para dentro, driblou De Paul e arrematou no ângulo. Virada no Lusail.

A partida se tornou um verdadeiro ataque contra defesa, com louvável entrega saudita e péssimas pontaria e inspiração argentinas. Aos 17 minutos, Al-Owais fez um milagre ao salvar um desvio do lateral Nicolás Tagliafico na pequena área, após chute do zagueiro Lisandro Martínez quase na marca do pênalti. Aos 38, o goleiro levou a melhor contra Messi e agarrou a cabeçada do astro, que estava na área, após cruzamento pela direita do atacante Ángel Di Maria.

Aos 45 minutos, Júlian Álvarez teve a oportunidade mais clara dos hermanos, ao finalizar sem goleiro, dentro da área, após uma dividida entre Al-Owais e o zagueiro Nícolas Otamendi. O chute do atacante, porém, foi salvo de cabeça, em cima da linha, pelo zagueiro Abdulelah Al-Amri. A partida terminaria aos 53, mas ganhou seis minutos a mais de acréscimos depois de um choque entre o goleiro saudita e Al-Shahrani, que caiu desacordado e teve de ser substituído, mesmo recuperado. Os sul-americanos, porém, não aproveitaram o tempo extra e a zebra passeou de vez no Catar.

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