O Bahia deu o penúltimo passo para a transformação em SAF e venda das ações para o Grupo City. Na noite desta segunda-feira (21), o Conselho Deliberativo do tricolor aprovou por unanimidade os pareceres apresentados pelo comissão da SAF e pelo Conselho Fiscal sobre a proposta apresentada pelo fundo investidor.

A partir de agora, a decisão sobre a venda do Bahia ou não está nas mãos dos sócios do clube. A votação será realizada no próximo dia 3 de dezembro, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que já foi convocada pelo Esquadrão.

A proposta do Grupo City foi apresentada oficialmente no dia 24 de setembro, em uma reunião entre a diretoria executiva do Bahia e os conselheiros. CEO do fundo estrangeiro, Ferran Soriano participou do encontro.

Na oferta, o Grupo City planeja aportar R$ 1 bilhão no Bahia e controlar 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) a ser criada, em um contrato de 15 anos. O valor será dividido para o pagamento de dívidas, montagem do elenco, investimento em estrutura, categorias de base e outros.

A divisão prevista em contrato está assim:

R$ 500 milhões para a compra de jogadores;
R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas;
R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros.

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A Copa do Mundo do Catar está oficialmente aberta. A cerimônia de abertura aconteceu no final da manhã deste domingo (20), no estádio Al Bayt, com participação do ator norte-americano Morgan Freeman e do influencer catari Ghanim Al Muftah, que tem síndrome de regressão caudal.

O espetáculo teve duração de 30 minutos numa mistura de modernidade e tradição. Contou com projeções, show pirotécnico e discursos com tom inclusivos. "Ouvia algo lindo. Não apenas música, mas também o chamado para celebrar tudo que ouvi. Uma terra que vivia em turbulência com famílias esquecidas. Eu parei para ouvir essa voz", disse Freeman em um dos momentos.

"Não tenho certeza. Sou bem-vindo?", perguntou Ghanim, dando continuidade ao diálogo. "Todos são bem-vindos. Esse é um convite para todo o mundo" respondeu Freeman.

A mensagem ocorre como uma resposta da Fifa e do país-sede às críticas pelas acusações de direitos humanos da nação muçulmana, a primeira do Oriente Médio a sediar um Mundial na história.

A ideia principal dos organizadores foi dar foco num discurso pacífico e que abrace todos os povos em um país acusado de violação de direitos humanos, de discriminar mulheres e homossexuais e de manter em condições precárias os trabalhadores imigrantes que trabalharam nas obras do Mundial. "Com tolerância e respeito podemos viver em harmonia juntos", discursou Morgan Freeman, com um ar de sobriedade.

O espetáculo uniu modernidade, com efeitos visuais e um show de luzes, com a tradição da cultura árabe, apresentando a música catariana do cantor Fahad Al-Kubaisi. A outra estrela musical convidada a se apresentar foi o sul-coreano Jeon Jung-kook, astro da banda BTS, famoso grupo do k-pop. Também participaram do evento o embaixador da Copa do Mundo, Ghanim Al Muftah, e a cantora Dana, que, como Fahad, é nascida no Catar.

Todas as 32 nações foram representadas com bandeiras e camisas. No fim, também tocaram outras famosas músicas de Mundiais anteriores, como Waka Waka, da cantora colombiana Shakira, considerado o maior hit da história das Copas.

Os mascotes de outros mundiais também foram relembrados durante o espetáculo. Mascote da Copa do Catar, La'eeb apareceu em destaque. O nome dele significa "jogador super habilidoso" e seu formato se refere ao dos tradicionais lenços árabes.

Segundo a Fifa, o tema da cerimônia de abertura foi "um encontro para toda a humanidade, unindo diferenças através da humanidade, respeito e inclusão", de modo que o futebol permite que as nações se unam "como uma tribo" e a terra "é a tenda em que todos vivemos".

Situado em Al-Khor, cidade a 35 km de Doha, o Al Bayt estava cheio, mas não lotado. Foi possível notar cadeiras vazias na arena com capacidade para 60 mil pessoas e que terá assentos removidos depois da Copa. Embora fossem maioria, assim que acabou o espetáculo, a torcida anfitriã foi ofuscada pelos equatorianos, muito barulhentos atrás de um dos gols.

Catar e Equador abrem a Copa do Mundo. É tradição que a seleção do país-sede faça o primeiro jogo da competição. Por isso a Fifa antecipou a data de abertura em um dia. Desde a primeira Copa do Mundo, em 1930, o anfitrião não perdeu seu jogo de estreia. O Equador chegou ao Catar desbancando na América do Sul rivais como Chile e Colômbia. O Grupo A da Copa do Mundo ainda tem Senegal e Holanda, que se enfrentam na segunda-feira (21).

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As pessoas que ainda estão chegando no Catar, vão se surpreender com a notícia que os organizadores da Copa do Mundo do país catalão farão nesta sexta-feira (18). As bebidas alcoólicas estão proibidas dentro dos estádios.

De acordo com uma fonte da agência de notícias Reuters, a reviravolta deve mexer com o público e, principalmente, com a principal patrocinadora do Mundial: a Budweiser. A empresa investiu US$ 75 milhões na Copa do Mundo após fazer o contrato com a FIFA.

A cervejaria já sofreu censura há alguns dias, como vender a bebida dentro do perímetro de oito arenas, três horas antes e uma hora depois de cada jogo. Ainda tiveram a informação, uma semana antes do início da copa, que teriam que realocar as lojas de concessão para que não ficassem tão exposto a venda de álcool nas ruas.

A cerveja ainda estará disponível em suítes de luxo reservadas para os integrantes da FIFA e outros convidados com condições financeiras boas. Vale lembrar que o preço das cervejas foram divulgadas e chocou o mundo pelo valor: um copo de 500 ml custaria US$13.73, em reais valeria R$ 73.

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O apito final do árbitro no jogo entre Bahia e CRB, no estádio Rei Pelé, veio em tom de alívio para os tricolores. O triunfo por 2x1 garante ao clube baiano o retorno à primeira divisão um ano depois da queda. É a primeira vez que o Esquadrão consegue o bate-volta de uma divisão para a outra.

Na história do tricolor, o clube nunca havia conseguido voltar à divisão de origem no ano seguinte ao rebaixamento. Em 1998, ano em que jogou a Série B pela primeira vez, o Bahia por muito pouco não foi rebaixado para a Série C.

Na temporada seguinte, o time liderado pelo ídolo Uéslei bateu na trave na busca pelo acesso. Na fase final da Série B, o tricolor foi terceiro colocado em um grupo de quatro times no qual os dois primeiros subiram. A equipe só voltou à primeira divisão em 2000, após uma "virada de mesa" que culminou na disputa da Taça João Havelange, que reuniu na elite times das três divisões nacionais existentes na época.

Em 2004, um ano após ter sido rebaixado novamente, o Bahia amargou outra vez a frustração na reta final do torneio, quando foi derrotado em casa pelo Brasiliense e perdeu a chance de subir. Para piorar, na temporada seguinte o time foi rebaixado à Série C e ficou ainda mais distante da primeira divisão.

Nem mesmo no terceiro escalão o tricolor conseguiu retornar no ano seguinte à queda. Em 2006, mais uma vez nadou e morreu na praia. A eliminação veio no octogonal final, o que garantiu uma segunda temporada no que na época era a última divisão do futebol brasileiro.

Com o acesso para a Série B em 2007, o Bahia ficou por lá de 2008 a 2010, quando conquistou o acesso para a Série A. Em 2014, após quatro edições seguidas entre os 20 melhores do país, o Esquadrão foi mais uma vez rebaixado. E outra vez não conseguiu o bate-volta. O time até fez boa campanha no Brasileirão de 2015, mas perdeu fôlego na reta final e ficou pelo caminho, voltando à elite apenas no fim de 2016.

Com o retorno à Série A em 2023, o clube aumenta a expectativa por conquistas nos próximos anos. O tricolor tem negociação avançada para constituir uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) a ser vendida para o Grupo City, que controlaria 90% das ações. O fundo árabe se compromete a investir cerca de R$ 1 bilhão ao longo de 15 anos.

A definição sobre a venda ou não do Bahia para o Grupo City será tomada no dia 10 de dezembro, em votação dos sócios durante uma Assembleia Geral a ser convocada. Antes, o Conselho Deliberativo emitirá seu parecer sobre a proposta.

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Um dos traços da cultura baiana é o hábito de vestir a cor branca às sextas-feiras, e o Bahia não fará diferente hoje. O time usará uniforme todo branco contra o Guarani, no jogo que vale o acesso do Esquadrão à Série A do Campeonato Brasileiro. A partida começa às 19h, na Arena Fonte Nova.

Por ser o mandante da partida, o Bahia tem a preferência na escolha do kit. E depois de jogar com o modelo "couro" (bordô) no empate com o Vila Nova, desta vez o elenco vai de branco. Não só a camisa; short e meiões também – como adotado nas vitórias sobre o Vasco e Ituano, por exemplo.

A reportagem apurou junto ao staff do clube que esse componente de fé, religiosidade e superstição foi levado em consideração para a escolha. Trata-se do último jogo em casa na temporada, e o elenco espera terminar como começou: na estreia tricolor na Série B, que também caiu numa sexta-feira, o time venceu o Cruzeiro por 2x0, jogando todo de branco, no dia 8 de abril.

O hábito de vestir branco neste dia da semana tem raízes religiosas e se dissipou na cultura baiana. A começar pelos malês, africanos muçulmanos que viveram em Salvador no início do século XIX e carregavam esse costume da religião islâmica. Mas o uso do branco às sextas-feiras seguiu intimamente ligado a duas religiões de forte penetração na capital baiana atualmente: é associado a Oxalá, orixá reverenciado especialmente neste dia, e no catolicismo, ao Senhor do Bonfim.

O Esquadrão está em 4º lugar, com 58 pontos, e precisa de um triunfo para conquistar o acesso sem depender de outros resultados. Caso empate, depende que o Sport não ganhe do Operário e que Londrina e Ituano empatem.

Esta é a penúltima rodada da Série B. A última será disputada no dia 6 de novembro, quando o Bahia enfrentará o CRB em Maceió.

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O jogo que pode confirmar o acesso do Bahia à Série A do Brasileirão, sexta-feira (28), às 19h, contra o Guarani, teve os ingressos esgotados. O anúncio foi feito pelo Esquadrão no final da manhã desta quarta-feira (26).

"Última esperança são eventuais desistências de quem comprou online - se houver, apenas pelo site da Arena. No Sócio Acesso Garantido, entre todos os setores, restam apenas 10 vagas para o Lounge. Associações exclusivamente pelo WhatsApp (71) 99900-5988, Call Center (71) 3034-3003 ou na CAS/Fonte Nova", escreveu o clube em postagem nas redes sociais.

A comercialização dos ingressos teve início nesta segunda-feira (24). Diante do Vila Nova, no último sábado, mais de 48 mil pessoas estiveram na Fonte Nova.

Para garantir o acesso já na sexta-feira, o Bahia precisa apenas vencer o Guarani. Em caso de empate, o tricolor terá que torcer por tropeço do Sport contra o Operário e empate entre Londrina e Ituano (confira aqui todos os cenários que colocam o Esquadrão na primeira divisão).

Com 58 pontos, o Bahia é o 4º colocado na tabela de classificação da Série B. O Ituano soma 54 e ocupa o 5º lugar. Adversário da vez, o Guarani acumula 47 pontos e está na 11ª posição.

 

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Quis o destino que fosse nos Aflitos, assim como em 2005, na batalha que leva o nome do estádio do Náutico. Mas, neste domingo (23), foi bem menos complicado para o tricolor gaúcho, que venceu, convenceu e subiu para a Série A do Brasileirão depois dos 3x0 contra o já rebaixado Timbu no Recife. Bitello marcou duas vezes e Lucas Leiva anotou um gol.

O resultado empurrou o Bahia para a quarta colocação da Série B, com 58 pontos - quatro a mais do que o quinto colocado Ituano. O tricolor também poderia ter garantido seu acesso nesta 36ª rodada, mas empatou contra o Vila Nova dentro de casa e frustrou a expectativa da torcida.

Confira como ficou a classificação da Série B:

#TIMEPJVEDGPGCSG%
1 Cruzeiro CRUZEIRO 72 36 21 9 6 50 23 27 67
2 Grêmio GRÊMIO 61 36 16 13 7 45 24 21 56
3 Vasco VASCO 59 36 16 11 9 45 33 12 55
4 Bahia BAHIA 58 36 16 10 10 40 27 13 54
5 Ituano ITUANO 54 36 14 12 10 40 33 7 50
6 Londrina LONDRINA 53 36 14 11 11 35 33 2 49
7 Sport SPORT 53 36 14 11 11 32 30 2 49
8 Sampaio Corrêa S. CORRÊA 52 36 14 10 12 43 39 4 48
9 Criciúma CRICIÚMA 52 36 13 13 10 40 30 10 48
10 CRB CRB 49 36 13 10 13 34 41 -7 45
11 Guarani GUARANI 47 36 12 11 13 31 35 -4 44
12 Vila Nova VILA NOVA 46 36 9 19 8 28 30 -2 43
13 Ponte Preta PONTE PRETA 45 36 11 12 13 32 35 -3 42
14 Tombense TOMBENSE 44 36 10 14 12 36 43 -7 41
15 Chapecoense CHAPECOENSE 42 36 10 12 14 36 38 -2 39
16 Novorizontino NOVORIZONTINO 41 36 10 11 15 40 45 -5 38
17 CSA CSA 39 36 8 15 13 26 34 -8 36
18 Operário-PR OPERÁRIO-PR 34 36 7 13 16 30 45 -15 31
19 Brusque BRUSQUE 33 36 8 9 19 21 35 -14 31
20 Náutico NÁUTICO 30 36 8 6 22 32 63 -31 28
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O Bahia conta as horas para confirmar o retorno à primeira divisão. Depois de uma temporada em que ocupou o G4 da Série B desde a primeira rodada, a comemoração pelo acesso pode acontecer no sábado, diante do Vila Nova, na Fonte Nova. Para isso acontecer, é necessário combinar alguns cenários.

O Bahia não depende das próprias forças para subir já no sábado. Além de vencer o Vila Nova em casa, o tricolor precisa secar dois ou três concorrentes. Basicamente, tem que torcer para que Sport, Criciúma e Sampaio Corrêa não vençam as suas partidas. Todos os três jogam fora de casa e no sábado.

Com 53 pontos, o Sport, 5º colocado, visita o Londrina. Sampaio Corrêa e Criciúma, 6º e 7º colocados com 52 pontos cada, enfrentam Ituano e Vasco, respectivamente. No cenário de tropeço do trio e triunfo do Bahia na Fonte Nova, o Esquadrão garante matematicamente a classificação, já que chegaria aos 60 pontos com 17 vitórias. O Sport até iria a 60, considerando um empate com o Londrina e vencendo as duas últimas partidas, mas teria um triunfo a menos.

Cenário 1

Bahia vence o Vila Nova
Sport não vence o Londrina
Criciúma não vence o Vasco*
Sampaio Corrêa não vence o Ituano

Aqui cabe uma explicação, por isso o asterisco no jogo entre Criciúma e Vasco. É que o resultado dessa partida pode levar a uma outra configuração, na qual o Bahia sobe sem depender do placar entre Sampaio Corrêa e Ituano, que se enfrentam às 16h30, mesmo horário de todos os concorrentes. Para isso acontecer, é necessário que Vasco e Criciúma empatem, além do Bahia vencer e o Sport não.

Nesse caso, o Sampaio Corrêa até poderia ultrapassar o Esquadrão se vencesse todos os jogos, mas como um deles é confronto direto com o Vasco, na 37ª rodada, o clube carioca só chegaria aos 60 pontos com 16 triunfos. Logo, atrás do tricolor baiano na tabela de classificação (veja no fim do texto).

Cenário 2

Bahia vence o Vila Nova
Sport não vence o Londrina
Criciúma empata com o Vasco

“O Bahia lutou muito. Desde que cheguei aqui, notei claramente que estes jogadores estão muito focados em entregar o objetivo para o clube”, disse o técnico Eduardo Barroca, valorizando a campanha do time na Série B, que começou sob comando de Guto Ferreira nas primeiras 14 rodadas e passou por Enderson Moreira em outras 18.

Restando mais três rodadas para o fim da Série B, o Bahia ainda tem fôlego caso não confirme o acesso sábado. Na sexta-feira seguinte, dia 28, a equipe voltará a jogar na Fonte Nova, dessa vez contra o Guarani, às 19h, pela 37ª rodada. E no dia 6 de dezembro, um domingo, fechará a participação contra o CRB, às 18h30, em Maceió.

Se vencer dois jogos, o time alcançará 63 pontos e estará matematicamente garantido na primeira divisão de 2023, sem depender de nenhum outro resultado.

De acordo com os cálculos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o tricolor tem neste momento 96,1% de chance de subir para a Série A. Em combinações mais remotas, fica com a vaga até mesmo se somar apenas somente um ponto dos nove que tem em disputa, mas nesse cenário o acesso é mais improvável.

Vice-líder com 58 pontos, o Grêmio tem 97,1% de chance de subir, enquanto o Vasco fecha o G4 com 77,9%. Entre os times que estão fora da zona de classificação, o Sport aparece com 8,5%, seguido de Ituano (7,4%), Criciúma (6,7%), Sampaio Corrêa (5,2%) e Londrina (1,1%), de acordo com a UFMG.

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O jogo será longe de Salvador, mas os torcedores do Vitória poderão acompanhar o último jogo do quadrangular da Série C do Brasileiro no Barradão. A diretoria do Leão anunciou nesta quarta-feira (21) que colocará um telão no estádio para os torcedores que quiserem acompanhar a decisão contra o Paysandu. A partida será disputada no sábado (24), às 17h, no estádio da Curuzu, em Belém.

O ingresso custa R$ 10 e só poderá ser comprado no sábado, nas bilheterias do Barradão. O preço é único para sócios e não sócios. Às 11 horas, O portão do estacionamento estará aberto a partir das 11h e o do estádio às 15 horas.

Com oito pontos, o Vitória é o segundo colocado do Grupo C e depende apenas das próprias forças para garantir o acesso à Série B de 2023. Lanterna com apenas três pontos, o Paysandu já está eliminado. O ABC é o líder, com 11 pontos e acesso garantido. O Figueirense está em terceiro lugar, com seis pontos. Apenas os dois primeiros colocados sobem.

 

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Se dentro de campo a luta do Bahia é pelo acesso, fora dele o tricolor vive situação preocupante na parte administrativa e financeira. O exame das contas do Esquadrão no segundo trimestre de 2022 (abril, maio e junho), elaborado pelo Conselho Fiscal, revela que o clube deixou de cumprir obrigações no pagamento de dívidas e recolhimento de impostos no período.

De acordo com o documento, as dívidas de curto prazo tiveram um aumento de 30,3%. O principal indicador que puxa o crescimento são as ações trabalhistas, que cresceram R$ 17,3 milhões em relação ao mês de março.

Ainda segundo o parecer, o Bahia deixou de recolher FGTS, contribuições previdenciárias e o imposto de renda retido na fonte (IRRF) dos funcionários no primeiro semestre do ano - o que, pela Lei 8.137/1990, em seu artigo 2º, constitui crime contra a ordem tributária. O Conselho Fiscal também detectou atrasos nas parcelas dos PERSE (um programa de renegociação de dívidas tributárias com a Receita Federal) nos meses de abril, maio e junho. Por outro lado, o clube segue honrando o Acordão Trabalhista, firmado em maio, com novos termos em relação ao anterior.

Em relação ao PERSE, o governo federal prorrogou para outubro o pagamento das parcelas. Logo, mesmo com o atraso registrado pelo Conselho, o clube ainda está dentro do prazo para fazer os repasses.

"A análise das peças contábeis até junho de 2022 indica que o Balanço Patrimonial permanece em situação preocupante com relação ao Patrimônio Líquido negativo (passivo a descoberto) em R$ 156,6 milhões, com elevada participação de passivos judiciais (parcelamentos, acordos trabalhistas, processos cíveis e trabalhistas)", diz trecho do documento.

Essa não é a primeira vez que o Conselho Fiscal do Bahia demonstra preocupação com as finanças do clube. Em março deste ano, durante a apresentação das contas de 2021, o órgão chamou atenção para aspectos negativos.

Na ocasião, o Conselho apontou que o Bahia deixou de recolher encargos trabalhistas incidentes na folha de pagamento de 2021, incluindo o 13º salário e IRRF dos colaboradores.

Na época, o Conselho Fiscal fez um alerta sobre a operação do clube em 2022. Entre as ênfases destacadas pelo órgão estavam os atrasos recorrentes no recolhimento de encargos, o que pode levar a processos trabalhistas, e débitos na ordem de R$ 10,3 milhões com a Receita Federal e R$ 9,6 milhões com a Caixa Econômica Federal, referente à migração do Profut para o PERSE. Mesmo assim, as contas tiveram parecer positivo e posteriormente foram aprovadas.

Procurado pelo CORREIO, o Bahia afirmou, em nota (leia abaixo na íntegra), que está em dia com salário e direito de imagem. O clube argumentou que em 2022 já pagou quase R$ 20 milhões em dívidas antigas e lembrou de acordos recentes firmados com o Banco Opportunity e a BWA.

"Os reflexos da pandemia e do descenso à Série B tornaram esse trabalho um desafio diário, mas o clube pode assegurar ao seu torcedor que o pior já passou", diz o clube.

Em relação ao PERSE, o argumento é que a situação está controlada e que a diretoria espera a compensação dos créditos relativos à Timemania para quitar os valores em aberto.

Confira a nota do Bahia na íntegra:

"O Bahia informa que já pagou R$ 20 milhões em dívidas antigas apenas em 2022 e se encontra em dia com salário, direito de imagem, acordão trabalhista, acordo do Oportunity, acordo da BWA, entre outras obrigações, e cada vez mais próximo de finalmente equilibrar as contas.

Os reflexos da pandemia e do descenso à Série B tornaram esse trabalho um desafio diário, mas o clube pode assegurar ao seu torcedor que o pior já passou.

A situação do Perse também está ajustada, sem risco. Neste momento o Bahia aguarda a compensação dos seus créditos relativos à Timemania para quitar os valores em aberto, que inclusive são superiores ao débito em questão. Os repasses, além disso, já aconteceram no dia 5 de agosto.

O cenário encontra amparo no artigo 7º do parágrafo 6º da Lei 11.345, de 14 de setembro de 2006".

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