O Jornal da Cidade

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,1% no trimestre encerrado em março, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou bem perto do piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,0% e 11,7%, com mediana de 11,4%

Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,9%. No trimestre encerrado em fevereiro de 2022, a taxa de desocupação estava em 11,2%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.548 no trimestre encerrado em março. O resultado representa queda de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 237,673 bilhões no trimestre até março, alta de 0,2% ante igual período do ano anterior, segundo o IBGE.

No trimestre terminado em março, faltou trabalho para 26,812 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 24,3% no trimestre até dezembro de 2021 para 23,2% no trimestre até março.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até março de 2021, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 29,6%.

A população subutilizada caiu 5,4% ante o trimestre até dezembro, 1,532 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até março de 2021, houve um recuo de 20,3%, menos 6,843 milhões de pessoas.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é calculado pelo IBGE e funciona como uma prévia da inflação oficial, ficou em 0,97% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em abril. Número abaixo do registrado em março (1,06%) que fez da região a única a mostrar redução entre as 11 áreas que foram pesquisadas de forma separada em todo o país. Em janeiro e fevereiro, a RMS tinha registrado inflação de 1,08% e 0,91% respectivamente.

A desaceleração, no entanto, não reduziu também o volume de gastos no orçamento dos moradores da RMS. Seja no aluguel, no valor do condomínio, no mercado ou na hortfruti, Inara Almeida, 21 anos, só pensa em uma frase na hora de quitar os pagamentos mensais: "Está tudo absurdamente caro", reclama.

Ela vê seus gastos crescerem desde 2019, quando saiu de Feira de Santana para morar em Salvador e estudar na Universidade Federal da Bahia (Ufba). Porém, nunca sofreu tanto para arcar com as contas como em 2022. Nos últimos meses, a estudante viu aluguel, taxa de condomínio, laticínios, verduras e legumes machucarem seu bolso.

"Esse ano está impossível. Me mudei com minhas colegas de casa para um apartamento pior e pagamos R$ 600 reais a mais do que em 2019. O condomínio aumentou uns R$ 100. [...] No mercado, nem se fala. Até no hortfruti, estou sofrendo. Tomate e cenoura dispararam, está muito mais caro", conta ela, que passou a abrir mão de itens que faziam parte da sua feira e acredita que os preços estão mais altos do que nunca.

Aumento para todo lado

A percepção de Inara não é à toa. A mesma pesquisa do IBGE que registrou a desaceleração do IPCA-15 verificou que nenhum grupo de produtos dos nove analisados registrou redução. Oito deles, inclusive, apresentaram preços mais caros. Alimentação e bebidas com aumento de 2,02%, panificados com 5,39%, tubérculos, raízes e legumes com 7,28% e habitação com 1,70% são os principais vilões do orçamento de quem vive na RMS. A cenoura, citada pela estudante, é o produto que mais disparou, com 19,49% de aumento.

A doméstica Márcia Ribeiro, 60 anos, também sente na pele os preços nas alturas nessas áreas de consumo. "Aumentou foi tudo! Só o tomate está saindo por R$ 10 o quilo, a batatinha saindo por R$ 11. Pobre já não estava podendo comer carne, agora a verdura também saiu do cardápio. O aluguel ia aumentar R$ 300. Tive que conversar com o proprietário para que não subisse tanto porque não teria condições", conta ela, que cita também aumentos no pão, que subiu 5,98%, e no gás, com alta de 5,91%, segundo o IBGE.

Associada fundadora da Associação das Donas de Casa da Bahia, Marinelma Gomes afirma que o cenário é dos mais complicados na RMS e no estado como um todo. "Estamos vivenciando um momento bastante crítico. As famílias não estão conseguindo garantir os produtos básicos na mesa. [...] A cesta básica e o gás são os produtos que mais subiram e desafiam as famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social", afirma ela.

O momento crítico também afeta a estudante Carol Freitas, 23, que, de um tempo para cá, não consegue comprar o básico com valor que usava para fazer "compras completas". "Antes, com R$ 400 ou R$ 500 a gente fazia uma feira completa, com direito a tudo. Hoje, você deixa R$ 1.000 no mercado para trazer só o básico. É impressionante como café, arroz, feijão e outras coisas simples estouraram de preço", fala Carol.

Por que o preço não cai?

Economista da Fecomércio-Ba, Guilherme Dietze explica porque, mesmo com a redução da inflação de maneira geral, os consumidores não observam queda nos valores das contas. "Uma desaceleração não significa queda de preço, que está subindo quase 1% na região e ficou muito próximo do registrado em março. Ainda está aumentando muito para os consumidores. Houve crescimento nos valores do que mais pesa para o consumidor: alimentação, transporte, habitação. Por mais que outros grupos desçam, não tem como sentir alívio em abril", diz.

Ainda de acordo com Dietze, por conta do momento de altos preços em diversos setores de consumo, seria preciso uma redução relevante na inflação para ver o resultado disso nos principais grupos de produtos. "Mesmo com uma acomodação ou uma redução pequena, estamos falando de um patamar muito elevado [na inflação]. Se você tiver essas pequenas variações, não muda muito no bolso do consumidor porque já está tudo muito caro. Precisaria de uma redução maior, mas o cenário não indica isso", afirma o economista, fazendo uma projeção.

O alívio não chegou no bolso muito porque, mesmo com o resultado de abril, o IPCA-15 acumula alta de 4,09% no ano de 2022 na RMS. Isso porque, até março, a RMS registrou um acumulado de 4,31% na inflação, o maior do Brasil. Com o resultado atual, a região metropolitana deixa ser a que tem o acúmulo mais alto, caindo para a 3º dentre as 11 RM pesquisadas, ficando atrás apenas das regiões metropolitanas de Curitiba/PR (5,32%) e do Rio de Janeiro/RJ (5,03%) e o município de Goiânia/GO (4,87%).

No acumulado de 12 meses encerrados em abril, o IPCA-15 da RM Salvador seguiu acelerando e chegou a 12,36%. O resultado faz com que o número regional continue acima da média nacional de 12,03%. Agora, a RMS é a 4º região com acúmulo mais elevado dentre os locais pesquisados, abaixo da RM Curitiba/PR (15,16%), de Goiânia (13,09%) e da RM Recife/PE (12,43%). Nesse indicador, apenas Brasília/DF (9,98%) ainda mantém aumento menor que 10,00%.

Os professores das universidades estaduais baianas paralisaram suas atividades e fizeram um ato público na Praça da Piedade, em Salvador, nesta quarta-feira (27), como parte do calendário de lutas da campanha salarial da categoria. O movimento também pede a retomada da mesa de negociação permanente com o governador Rui Costa.

Participaram do movimento professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual da Bahia (Uneb).

"Estamos num ato na Praça da Piedade como mais uma das inúmeras tentativas que fazemos para que o governador Rui Costa nos receba e negocie conosco os nossos direitos, porque desde 2015, nós não temos reajuste salarial e nossos direitos têm sido atacados", explica Ronalda Barreto, professora da Uneb e coordenadora do Fórum das Associações Docentes.

Segundo ela, os professores fizeram outra greve em 2019 pelas mesmas reivindicações e a paralisação foi finalizada com um acordo assinado pelo governo que estabelecia uma mesa permanente de negociação. "Isso não foi feito. Tivemos algumas reuniões e, mesmo antes da pandemia, o governo interrompeu as reuniões, não nos deu nenhuma satisfação", declara a professora.

Perda salarial
A categoria alega ter uma perda salarial de mais de 50%, sem reajuste há sete anos. "O governo não tem priorizado, não tem respeitado e não tem dialogado com o movimento docente das quatro universidades estaduais. Estamos aqui em luta com as três categorias, técnicos, estudantes e professores no movimento", finalizou.

Eles destacam ainda que após sete anos de espera, o Governo do Estado aplicou um reajuste abaixo da inflação do ano de 2021, assim, com salários congelados desde 2015, quase metade do salário desses profissionais foi corroído pela inflação.

A manifestação contou com a presença de docentes de várias cidades do interior baiano, além de representações sindicais de outras categorias do funcionalismo público estadual e movimentos sociais solidários à causa.

A defesa das Associações Docentes é que valorizar professores e universidades não é gasto, é investimento. Eles destacam que as universidades estaduais são um patrimônio do povo baiano e no enfrentamento à pandemia provam, mais uma vez, a importância do trabalho docente das estaduais no que tange a sua produção científica regionalizada.

Com pesquisa e extensão, a categoria afirma que os professores da Uneb, Uefs, Uesb e Uesc colaboram com o poder público, produzindo EPIs, monitoramentos, ofereceram atendimento às pessoas infectadas, formação e outros insumos estratégicos voltados para sociedade civil e profissionais da saúde.

A paralisação foi aprovada democraticamente pelas assembleias docentes e é uma ação organizada pelo Fórum das associações, instância que reúne as Associações Docentes das quatro universidades. Os quase 280 cursos de graduação, 180 cursos de pós-graduação e 50 mil estudantes que são abarcados pelas universidades estaduais baianas tiveram as atividades acadêmicas paralisadas por um dia.

Investimentos
O governo do estado argumenta que, mesmo diante do cenário de crise econômica instalada no país nos últimos anos, a Bahia se manteve entre os três estados que mais investiram em educação superior e que grande parte desse investimento se voltou para o objetivo de promover melhorias na qualificação dos seus cursos de nível superior, com reflexo direto na valorização dos professores universitários.

“Ao longo dos anos, os avanços nas carreiras dos docentes são significativos, expressando o compromisso do Governo do Estado com a categoria”, afirma o secretário da Administração do Estado, Edelvino Góes.

O gestor da pasta ressalta, por exemplo, que o número de professores com dedicação exclusiva – considerado um indicador importante de qualificação do ensino - cresceu de forma significativa ao longo dos últimos anos nas instituições estaduais de ensino superior, tendo saltado de 1.569 em dezembro de 2006 para 2.666 em março de 2022. Hoje, mais da metade do quadro (62,5%) é composto por professores dedicados exclusivamente às universidades, enquanto, em 2006, este percentual era de 43,3%.

O secretário lembra ainda que em 2017 a categoria foi uma das primeiras beneficiadas com a retomada da política de concessão de promoções e progressões, logo após a suspensão das restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Só naquele ano, foram concedidas 861 promoções e progressões a professores das quatro universidades estaduais. Já a partir de 2019, os docentes de nível superior do Estado foram contemplados com outras 1.624 promoções e progressões.

Já com relação ao reajuste salarial, a pasta alega que os professores das universidades estaduais tiveram ganhos superiores aos de outros servidores, oscilando entre 7,09% e 9,79%. Visto que, além do reajuste de 4% concedido em janeiro, os docentes estiveram entre as categorias contempladas no mês de março com um acréscimo de R$ 300 aos seus vencimentos básicos.

"Além do esforço de caixa empreendido diante do quadro de dificuldades financeiras por conta do fraco desempenho da economia brasileira, o Estado precisa levar em conta ainda as limitações às possibilidades legais para incremento na remuneração geral dos servidores públicos em ano eleitoral, como prevê a Lei Federal 9.504/1997, segundo a qual não é permitido que a revisão geral da remuneração dos servidores públicos exceda a recomposição da perda de poder aquisitivo, ou seja, representa aumento real acima da inflação estimada para o ano da eleição", acrescentou a pasta.

A pasta também ressaltou que, de acordo com a Secretaria de Planejamento (Seplan), em valores históricos, o total orçado nessas universidades estaduais passou de R$ 1,190 bilhão, em 2015, para R$ 1,766 bilhões, em 2022, correspondendo a um crescimento de 48,4%.

O início do Bahia na Série B tem deixado os torcedores animados. O triunfo sobre o Sampaio Corrêa, por 1x0, na Fonte Nova, fez o Esquadrão chegar aos 10 pontos e manteve o clube na liderança isolada do Brasileirão depois de quatro rodadas. A boa fase da equipe pode ser explicada pela solidez defensiva, algo característico dos times treinados por Guto Ferreira.

Nas quatro partidas, o Bahia chamou a atenção pelo forte poder de marcação. Contra o Sampaio Corrêa, o tricolor até deu algumas brechas em falhas individuais que poderiam ter originado gols do adversário. Mas no todo, a equipe se manteve equilibrada e conseguiu neutralizar o ataque rival.

A prova de que o bom momento passa pela defesa está nos números na competição. O time sofreu apenas um gol na Série B, no empate em 1x1 com o CSA, fora de casa. O desempenho coloca o Bahia como o menos vazado do torneio, ao lado de Chapecoense e Sport.

“A marcação começa lá na frente, com centroavante, o 10... E o trabalho de área, embora a gente tenha tomado um gol contra o CSA, embora tenha sido um erro de encaixe, tem sido o nosso forte, esse encaixe dentro da área. Eles colocam a bola na área e não conseguem finalizar. O nosso comportamento na linha, a nossa equipe tem fechado bem. Acho que o posicionamento tem sido muito positivo”, analisou Guto.

O treinador, no entanto, reconhece que a equipe ainda precisa de alguns ajustes. Enquanto o miolo de zaga conseguiu boa evolução com a dupla formada por Ignácio e Luiz Otávio, nas laterais Douglas Borel e Luiz Henrique apresentam certa fragilidade defensiva. Mesmo assim, o início de campeonato com poucos gols sofridos dá sinais de que a equipe não deve repetir as últimas temporadas, quando figurou entre as piores defesas da Série A.

“A gente tem trabalhado bastante. Quando precisamos marcar mais alto, temos conseguido roubar mais bolas. Só que, com o passar do tempo e sequência dos jogos, estamos baixando a linha de marcação. E aí o contra-ataque fica longo e começamos a desgastar os jogadores”, completou Guto Ferreira.

Cara do treinador
Nos dois jogos em que atuou em casa, o Bahia não sofreu gols na Série B e, até aqui, o time vai seguindo à risca o perfil característico de Guto Ferreira: solidez defensiva e eficiência no ataque.

A exemplo de comparação, em 2016, quando conquistou o acesso à Série A, o Bahia de Gordiola levou apenas sete gols em 13 jogos como mandante. Uma média de 0,53 por partida. Em toda a campanha sob o comando do treinador, foram 20 tentos sofridos em 26 confrontos.

O mando de campo, por sinal, foi fator preponderante para a arrancada tricolor naquele ano. Dos 63 pontos que deixaram o Esquadrão na 4ª colocação, 47 foram conquistados como mandante. O time venceu todos os nove jogos que disputou nos seus domínios no segundo turno.

Nesta sexta-feira (29), o Bahia tem mais um compromisso. Encara o Ituano no estádio Novelli Júnior, na cidade de Itu, em São Paulo, às 21h30, pela 5ª rodada. Será mais uma chance para somar pontos e seguir na ponta da tabela.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27) o texto-base da Medida Provisória 1076/21, que institui um benefício extraordinário para complementar o valor do Auxílio Brasil, até chegar ao valor fixo de R$ 400 por família. O complemento será permanente.

O Auxílio Brasil foi criado em agosto de 2021 para substituir o Bolsa Família, com valor médio de R$ 217.

A matéria segue agora para o Senado. A apreciação deve ser concluída até o dia 16 de maio. Parlamentares de oposição tentaram subir para R$ 600, mas o valor foi rejeitado pelo relator.

Segundo a Agência Câmara, estimativas citadas pelo autor da emenda, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), indicam a necessidade R$ 41 bilhões ao ano para bancar o benefício, quase o mesmo valor usado para pagar o Auxílio Brasil (R$ 47,5 bilhões). O relator da MP é deputado João Roma (PL-BA).

Inicialmente editada para o mês de dezembro de 2021, a MP dependia da aprovação pelo Congresso da PEC dos Precatórios para que o pagamento desse adicional pudesse ser estendido durante o ano de 2022. Com a transformação da PEC na Emenda Constitucional 114, o Decreto 10.919/21 prorrogou o pagamento do benefício de janeiro a dezembro de 2022.

O benefício complementar integrará o conjunto de benefícios criados pela Lei 14.284/21. Segundo o relator, a inclusão tem o objetivo de aumentar o valor de empréstimo que o beneficiário pode obter dando como garantia os valores a receber na modalidade de crédito consignado, permitida pela MP 1106/22.

Seguro defeso
João Roma incluiu um trecho que limita a 30% os descontos do valor pago mensalmente às famílias que recebem o seguro defeso durante os seis primeiros meses de operação do Auxílio Brasil.

“Pelas regras atuais, essas famílias vulneráveis poderiam ter 100% dos valores de benefício mensal retido para essa finalidade, o que julgamos conveniente evitar neste difícil momento”, explicou o deputado.

O prefeito Bruno Reis assinou, nesta quarta-feira (27), a ordem de serviço para demolição e reconstrução da Escola Clériston Andrade, localizada na Rua Djalma Sanches, 106, em São Marcos. Com investimento de R$16,9 milhões, o novo prédio terá mais de 5 mil m² de área construída. Será um imóvel novinho, de qualidade, que substituirá a antiga estrutura, cujos problemas a tornam inadequada para atividades escolares.

Até o final das obras, os estudantes serão remanejados provisoriamente para o Espaço Axé, na entrada do Conjunto Colina Azul. “A estrutura atual da Escola Clériston Andrade cumpriu o seu papel, mas já não estava mais oferecendo o padrão de qualidade que queremos para a educação de Salvador”, declarou Bruno Reis.

Na ocasião, o prefeito ressaltou ainda que a capital baiana passa, neste momento, pelo maior investimento da história da cidade na requalificação da rede física escolar. “São R$300 milhões investidos em reformas, ampliações, reconstruções e construções de novas escolas. De novembro para cá, já foram reformadas e ampliadas 168 unidades, como a Escola Municipal Orlando Imbassahy, que está completamente renovada. Esta é a realidade de quase todas as 428 unidades da rede”, disse.

Atualmente com 800 alunos matriculados, a escola Clériston Andrade atende o Ensino Fundamental II. De acordo com o diretor da unidade de ensino, Jorge Antônio de Oliveira, com a obra, a capacidade passará a ser de 3 mil alunos e oferecerá também turmas do Ensino Fundamental I, abrangendo assim toda a comunidade de São Marcos.

O novo prédio terá 34 salas de aula, sala multiuso, auditório, sala de leitura e duas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE). As atividades de lazer e educação física terão espaços próprios, como recreio coberto, recreio descoberto e quadra poliesportiva coberta.

Outros ambientes são as salas de acolhimento, diretoria, secretaria, coordenação e de professores, copa, depósito de material didático, depósito de material de limpeza, cozinha, triagem, depósito de merenda, área de serviço, refeitório, sanitários de alunos, sanitários PCD masculino e feminino, sanitários de funcionários, sanitários de professores, vestiários, guarita com sanitário, subestação, elevador, casa de gás, casa de lixo reciclado e orgânico, área técnica e estacionamento.

Ex-estudante da unidade de ensino, a diarista Aitana Santos, de 35 anos, mãe de uma aluna do 9º ano, revelou que a estrutura atual sofre, principalmente, com problemas de infiltração no período chuvoso. “É uma escola antiga e há muito tempo precisava de uma intervenção. Aqui o ensino é excelente, tem professores muito bons e merece essa melhoria. Estamos bem entusiasmados com essa obra”, declarou.

Nos últimos 15 meses, a prefeitura entregou 11 novas escolas na cidade. Mais de 100 escolas foram requalificadas, recebendo obras diversas melhorias no piso telhado, instalações elétricas e hidrossanitárias. De acordo com a Smed, mais 14 novas escolas deverão ser entregues ainda neste ano de 2022.

"Temos melhorado muito a estrutura da nossa rede. É um projeto audacioso que envolve recursos vultosos, mas que dará condições muito melhores de educação para os alunos da cidade", pontuou o secretário Marcelo Oliveira.

A falta de fluência em inglês teria sido um dos motivos para o governador Rui Costa (PT) ter assinado, sem desconfiar, o contrato para comprar respiradores com a empresa Hempcare, especialista em vender medicamentos à base de maconha. Segundo a revista Veja, que teve acesso ao depoimento no inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador disse que não chamou atenção dele o nome da empresa.

Em inglês, hemp é maconha, e care é cuidado. "Não. Confesso que não e lá tinha representantes de produtos farmacêuticos. Estava essa denominação da empresa e não me chamou a atenção, no momento, pelo nome, até porque eu não tenho pleno domínio da língua inglesa. Portanto, eu não domino”, justificou Rui Costa à delegada Luciana Caires.

A delegada também questionou sobre o pagamento antecipado à empresa. O governador disse que não sabia desta transação. “Não. Tô tendo conhecimento disso agora”, afirmou Rui Costa. A delegada insistiu que o então secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, alvo da Operação da Polícia Federal, afirmara que Rui Costa acompanhava essas questões de perto. “Nesse episódio, não. De pagamento ser feito antes de eu assinar o contrato? Em hipótese nenhuma”, afirmou.

Rui também negou que tivessse uma relação próxima com Cleber Isaac. “Nenhuma relação, nem familiar, nem pessoal, nem profissional. Eu conheço ele como conheço milhares de outras pessoas”. A delegada perguntou se os dois não estariam juntos no gabinete do governador como conheço milhares de outras pessoas”. A delegada perguntou se os dois não estariam juntos no gabinete do governador caso ela analisasse os sinais de celulares. “Este ano não. A última vez que ele teve, não lembro se no meu gabinete ou em Ondina, foi para me entregar um currículo, dizendo que estava querendo entrar no mercado de trabalho”, disse.

Duas técnicas de enfermagem confessaram participação em um esquema que cobrava cerca de R$ 50 mil para entrada clandestina de celular no Complexo Penitenciário de Mata Escura, em Salvador. A polícia conseguiu chegar até elas após as 12 prisões da Operação Disciplina, realizadas na última terça-feira (26).

Durante o trabalho de inteligência, com apoios do Depom e do DIP da Polícia Civil, além da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), os investigadores da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) perceberam que quatro detentos, entre eles duas lideranças de uma organização criminosa, com passagem pelo Baralho do Crime, continuavam determinando mortes e repasses de drogas de dentro do presídio.

"As duas mulheres foram autuadas, no dia 31 de março deste ano, e com essas informações ampliamos a operação Disciplina. Vamos aprofundar as investigações, pois não podemos descartar o envolvimento de outros servidores da penitenciária", destacou o titular da DTE, delegado Yves Correia.

Em depoimento, na sede do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), as técnicas de enfermagem contaram que usavam faixas, por dentro dos sutiãs, para esconder smartphones e carregadores para os aparelhos. Explicaram que agiam de noite, pois naquele turno não tem a revista com a utilização de bodyscan (inspeção corporal).

Assim que entravam na sala destinada aos cuidados médicos, na ala masculina, elas escondiam os celulares e acessórios embaixo de um armário. Por fim, as técnicas de enfermagem informaram também que os pagamentos foram feitos em espécie e também por pix, que participavam do esquema desde de julho de 2021 e que nove celulares entraram dessa forma no presídio.

A dupla foi autuada no artigo 349-A (ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional) do Código Penal.

Depois de cem dias de edição, Arthur Aguiar se tornou o vencedor do Big Brother Brasil 22, na noite desta terça-feira, 26. O ator teve 68,96% dos votos e conquistou o prêmio de R$ 1,5 milhão.

Paulo André é o vice-campeão. Com 29,91% dos votos, o atleta leva para casa R$ 150 mil, além dos prêmios acumulados ao longo da edição. Já Douglas Silva recebeu 1,13% dos votos. O artista ficou em terceiro lugar no reality show da Globo e, além de outros prêmios, recebeu R$ 50 mil.

No discurso que consagrou Arthur como campeão, Tadeu Schmidt disse: "Você [Arthur] é o cara mais corajoso dessa casa, imagina o quanto podia ter dado errado, mas você veio com tanta vontade, você é o símbolo do compromentimento".

Esta foi a primeira final só com participantes homens. Outro fato inédito é que essa é a primeira vez que um integrante do time camarote conquista o prêmio. Após dois anos de pandemia, a final foi marcada pela retomada de shows presenciais.

Maria, Naiara Azevedo e Linn da Quebrada se apresentaram no jardim da casa, além dos cantores Léo Santana, Xamã, Jão, Paulo Ricardo e da dupla Matheus e Kauan.

A cidade do Rio de Janeiro revogou a exigência da comprovação de vacina contra a covid-19 para acesso e permanência em locais fechados, como academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento, clubes, estádios, vilas olímpicas, cinemas, teatros, circos, salas de concerto, museus, recreação infantil, pontos turísticos e feiras comerciais. A determinação está no Decreto nº 50.672, publicado hoje (26) no Diário Oficial do Município.

A cobrança do passaporte vacinal foi anunciada em 27 de agosto do ano passado e passou a valer no dia 15 de setembro. Ontem (25), o Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19 (CEEC) do município, conhecido como Comitê Científico, recomendou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) suspenda temporariamente a cobrança.

A norma publicada hoje revoga os decretos nº 49.894, de 1º de dezembro de 2021 e o artigo 1º, do Decreto Rio nº 50.308, de 7 de março de 2022, que estipulavam as restrições e determinavam que o passaporte deixaria de ser exigido apenas quando a cidade atingisse o índice de 70% da população maior de 18 anos vacinada com a dose de reforço.

O índice atingido no momento é de 62,4%, mas o decreto considera que a situação epidemiológica atual “aponta para a manutenção do cenário de estabilidade, com queda do número de casos leves, casos graves e óbitos” no município.

Situação epidemiológica
De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde, o registro de novos casos de covid-19 está abaixo de 100 na média móvel de sete dias desde o dia 7 de abril. Nas últimas 24 horas foram lançados no sistema 22 casos graves da doença e 12 óbitos. Na média móvel, o indicador de óbitos está abaixo de cinco casos desde março.

No momento, 10 pessoas estão internadas com a doença na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade, o que corresponde a 0,2% do total de internações.

Vacinação
A segunda dose de reforço, que começou a ser aplicada no dia 4 em idosos acima de 80 anos, começa a atender amanhã (27) também o público a partir dos 70 anos. A partir do dia 4 de maio podem tomar o reforço extra as pessoas a partir de 65 anos e quem tem 60 anos ou mais pode comparecer aos postos a partir de 11 de maio.

A vacinação mais atrasada é a das crianças de 5 a 11 anos. Ainda faltam 24% dessa faixa receber a primeira dose, o que representa a estimativa de 133 mil crianças. Do total, 222,5 mil já receberam as duas doses da imunização contra a covid-19 e 204,4 mil tomaram a primeira dose.