O Jornal da Cidade

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A cidade de São Paulo cancelou a festa de réveillon de 2021, devido à variante ômicron. A prefeitura também decidiu manter a obrigatoriedade do uso de máscara. As medidas foram anunciadas nesta quinta-feira (2).

O governo do estado de São Paulo também recuou e desistiu de liberar o uso do equipamento ao ar livre. O uso permanecerá obrigatório em todos os ambientes, seja externos ou em áreas internas e no transporte público, inclusive dentro das estações e terminas de ônibus.

"Atendendo recomendação do Comitê Científico, o Estado de SP vai manter a exigência do uso de máscara em espaços abertos. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução", anunciou João Doria, em publicação no Twitter nesta manhã. "O nosso maior compromisso é com a saúde da população", emendou.

A desobrigação do uso de máscaras no Estado estava prevista para ocorrer a partir do dia 11. No entanto, com o descobrimento da variante Ômicron e a confirmação de três casos no Estado de São Paulo, Doria pediu uma reavaliação do Comitê Científico sobre o assunto.

Na recomendação feita ao governo de São Paulo, o comitê apontou que há incertezas quanto ao impacto da variante Ômicron às vésperas do fim de ano. Os períodos de Natal e do Réveillon costumam provocar grandes aglomerações, o que facilita a transmissão de doenças respiratórias como a covid-19.

O governador de São Paulo, junto ao prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), cumpre agenda em Nova York, nos Estados Unidos, onde deve dar mais detalhes sobre as novas medidas. O prefeito de São Paulo, ainda, deve fazer um anúncio sobre o cancelamento das festas de Réveillon e seguir, também, com a recomendação sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos.

O preço do tomate salgou o tempero dos baianos. O produto aumentou de 50% a 133% entre 1 de outubro e 29 de novembro deste ano, segundo o Centro de Abastecimento da Bahia (Ceasa), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE). O que mais encareceu foi o tomate de segunda, de menor qualidade, cuja caixa de 20 a 22 quilos, saltou de R$ 30 para R$ 70 (+133,3%).

Nos mercados de Salvador, o preço do tomate chegou a R$ 8,98 o quilo, na rede Hiper Ideal. Em um mercado na Baixa de Quintas, o produto ainda é encontrado por R$ 5,20/kg. Para driblar o aumento, os baianos passaram a consumir menos a fruta. Macarronada ao sugo e à bolonhesa terá molhos menos vermelhos, já que o ingrediente está mais raro nas receitas.

A assistente administrativa Sarah Fonseca, 19, consumia de 1,5 kg a 2 kg de tomate por semana. Agora, compra essa mesma quantidade a cada 30 dias. Ou seja, seu consumo reduziu mais de 75%. “Só sei cozinhar com tomate, cebola e pimentão. É a base da minha comida. Então, continuo comendo todo dia, mas reduzi a quantidade”, conta Sarah.

Em um almoço com uma amiga, ela modificou uma receita para não gastar tanto. “A gente foi fazer macarrão à bolonhesa. Eram muitos tomates para fazer o molho, não me recordo quantos, mas a gente só usou dois, porque não dá para cozinhar sem tomate”, explicou a assistente administrativa.

O aumento de preço do tomate rasteiro, que foi de 50% no último mês, tem diminuído a margem de lucro dos restaurantes italianos de Salvador. É o caso do restaurante Bottino, no Rio Vermelho. Em outubro, a cantina pagava R$ 2,60/kg. Agora, o mesmo produto passou a custar R$ 4 - uma alta de 53,8%. “Toda vez que existe aumento de alguma matéria-prima, principalmente, que a gente usa em abundância, a gente perde margem”, reconhece Claudio Bottino, dono do restaurante. Ele pontua que não repassou o preço para os clientes nem fez alterações no cardápio.

Aumento geral

Não foi só em Salvador que o preço do tomate disparou. Várias outras capitais tiveram alta, de acordo com o último levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Ipca), de outubro. Em Belo Horizonte (MG), o aumento foi de 36%; em Vitória (ES), 48%; e na cidade de Goiânia (GO), 33%. “A média de preços foi muito elevada em praticamente todas as regiões do Brasil, não foi algo específico de Salvador”, afirma Guilherme Dietze, economista da Federação do Comércio do Estado da Bahia (Fecomércio-BA).

Segundo ele, houve uma redução da produção do tomate, o que fez encarecer os preços. “Tivemos uma estiagem muito grande e, logo na sequência, uma geada. Isso complicou a safra e o plantio de alguns produtos como o tomate. Daí vem uma produção bem mais baixa, que acarreta um preço mais elevado”, esclarece o economista.

Contudo, ele acredita que a situação deva se normalizar no próximo mês. “Voltamos a ter período chuvoso e isso, de certa forma, melhora a produção. Pode ser um indicativo de que o aumento foi pontual e não uma inflação geral”, estima Dietze.

Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), explicou, por meio de nota, que, em outubro, houve pouca disponibilidade do produto no mercado, por conta de vários fatores, e isso afetou o preço do tomate em novembro.

“As geadas de julho provocaram perdas na lavoura e necessidade de replantio, postergando a disponibilidade do produto no mercado. Além disso, as temperaturas um pouco mais amenas seguraram o amadurecimento do fruto, reduzindo ainda mais sua oferta. As chuvas também contribuíram com o cenário, na medida em que dificultam o andamento da colheita”, esclarece a Conab.

A companhia ainda afirmou que o nível de oferta atual deriva da diminuição da área plantada na safra de inverno e que os dados oficiais do Ceasa/BA ainda não foram repassados para o governo federal.

A Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) confirma que houve redução da área plantada. "O aumento do valor do tomate é devido à redução de área plantada, reflexo dos aumentos dos custos de produção, como alta dos insumos. Além disso, esse período é de safra em Pernambuco e Paraíba, mas é um período de plantio do hortifruti aqui na Bahia", pontua a Federação.

O coordenador de Estudos e Projetos Agrícolas da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Marcelo Libório, acrescenta ainda que o ciclo da cultura do tomate é curto e isso influencia diretamente no preço. "Se a lavoura for bem conduzida, com cerca de seis a sete meses ela se esgota.

Essa característica de ser uma cultura rápida faz com que o produtor se planeje em função do preço. Quando ele percebe que o mercado está demandando o fruto ele planta, ele deixa de plantar ou reduz a área", explica Libório.

Na Bahia, a região que se produz tomate é, principalmente, a Chapada Diamantina, nos municípios de Mucugê e Ibicoara. "Nessa região, se encontram os grandes produtores. Já no entorno desses municípios, estão os pequenos e médios produtores", informa Marcelo Libório.

Como economizar

Uma forma de se esquivar dos altos preços é fazer como Sarah Fonseca, lá do começo da reportagem: comprar menos. Ao menos, a estratégia deve ser adotada até que o preço dê uma aliviada, orienta a presidente do Movimento de Donas de Casa e Consumidores da Bahia (MDCCB), Selma Magnavita.

“O consumidor pode deixar de usar até que baixe o preço, porque é a demanda que faz o preço. Se você não consome, o tomate vai ficar na prateleira. E vão ter que desovar baixando o preço ou jogando fora”, aconselha Selma.

Ela pontua que os aumentos de preço estão cada vez maiores. “Tudo que está aumentando de preço, está aumentando desastrosamente. Não são mais 20, 50 centavos. Agora são R$ 3 ou mais. O consumidor precisa observar isso para driblar a carestia, substituindo, trocando de marca, ou não comprando. Se tiver a necessidade absoluta de comprar aquele produto, compre menos. Porque se não fizer isso, vai sempre abalar o bolso”, recomenda.

Selma Magnavita ainda diz que é mais vantajoso, em vez de comprar a fruta, optar pelos molhos de tomate já prontos. Além disso, vale até mesmo substituí-lo por alimentos de coloração semelhante, como cenoura, abóbora, caqui, melancia e goiaba, e abusar de temperos como páprica e cúrcuma. “É preciso deixar de ser radical no uso do tomate nas receitas, trazendo a criatividade”, conclui.

Restaurantes italianos sofrem com escassez de tomate pelati

Os restaurantes italianos de Salvador que trabalham com o tomate pelati - do tipo enlatado, sem casca - relatam a escassez do produto. Importado, o produto chega à capital de navio, transportado direto da Itália pelo Atlântico. “Além do aumento do preço, a falta do tomate, principalmente enlatado, tem atrapalhado bastante. O preço está só aumentando. Em outubro, a gente pagava R$ 24 por uma caixa de 2kg. Agora, estamos fazendo cotação e está R$ 33”, conta a supervisora de compras do restaurante Di Liana, Tábata Polecco.

Em breve, Tábata diz que será preciso fazer um reajuste no preço dos pratos. “A gente não consegue achar com nenhum fornecedor e estamos tentando achar onde tem, comprando pelo preço de mercado, tentando negociar. Mas o valor está muito alto. Por enquanto, não estamos tendo prejuízo, porque essa falta tem só 15 dias. Mas vamos reajustar o cardápio”, afirma a supervisora de compras, que não sabe ainda de quanto será o reajuste.

Já no restaurante Bela Napoli, no Caminho das Árvores, foi feito um estoque de tomate pelati, quando se soube que o setor ia ter problemas com o abastecimento. “Quando vi que estava tendo isso, pela experiência, a gente já saiu buscando no mercado. Comprei antes da alta da procura e fiz estoque até dezembro, porque a gente não pode deixar que isso afete o preço ou repassar para os clientes”, esclarece Gian Angelino, dono do Bela Napoli. O preço normal que ele pagava em uma caixa de 20 kg de tomate pelati era R$ 45 a 50. No final de outubro, ela chegou a custar R$ 140. Agora, está em torno de R$ 100.

Para as baianas de acarajé, a situação também está difícil. Se o tomate continuar a subir de preço, o vinagrete da baiana vai sumir, segundo a presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam), Rita Santos.

“Não temos como repassar os preços dos insumos para os clientes, porque os clientes também estão sem dinheiro”, explica Rita. “O que vai acontecer é não colocar a salada, se continuar no preço que está”, alerta. Ela comprava, há um mês, o quilo de tomate por R$ 2,95. Hoje, a mesma quantidade está por R$ 5,99 - um aumento de 103%.

Preço do tomate:
G Barbosa: R$ 7,95
Big Bompreço: R$ 8,19/kg
Hiper Ideal: R$ 8,98/kg
Rede mix (Pituba): R$ 5,98/kg
Mercado Acupe de Brotas: R$ 5,89/kg
Mercado Super Barato (Baixa de Quintas): R$ 5,20/kg

Aumento do tomate de outubro para novembro*:
Tomate Extra - R$70 para R$120 (+71,4%)
Tomate Primeira - R$60 para R$90 (+50%)
Tomate rasteiro - R$60 para R$110 (+83,3%)
Tomate segunda - R$30 para R$70 (+133,3%)
*Caixa de 20 a 22kg

Fonte: Ceasa/SDE

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) lidera as intenções de votos para o governo da Bahia, revela uma pesquisa do Intituto Paraná Pesquisas em parceria com o Bahia Notícias, divulgada nesta quinta-feira (2). Ele aparece com 54,8% das intenções de votos.

O senador Jaques Wagner, ex-governador do estado, aparece em segundo lugar, com 23,1%.

Os eleitores que não souberam ou não responderam equivalem a 5% e os que votariam branco, nulo ou não escolheria nenhum dos nomes 9,3%.

Na pesquisa espontânea, a maior parcela não sabe responder (63,6%). Entre os nomes citados, o de ACM Neto soma o maior percentual: 12,2%. O governador Rui Costa, que está no segundo mandato, foi citado por 10,6%. Já Jaques Wagner foi citado por 3,2%.

O levantamento BN/ Paraná Pesquisas foi feito por intermédio de entrevistas pessoais por telefone, não robotizadas, em 200 municípios baianos. Foram ouvidos 2002 eleitores entre os dias 24 e 28 de novembro.

O ator Renato Góes usou as redes sociais nesta quarta-feira, dia 1º, para anunciar o nascimento do filho Francisco, fruto do relacionamento com a também atriz Thaila Ayala. "Seja bem vindo meu filho. Francisco nasceu. Eu tenho a mulher mais forte do mundo ao meu lado! Obrigado meu amor!", escreveu o ator na legenda da foto em que mostra o braço direito dele com a marca do pezinho do bebê.

Recentemente, Thaila contou aos seguidores que estava fazendo repouso absoluto a partir de oito meses de gestação, pois os médicos disseram que Francisco estava se preparando para nascer em um parto prematuro. "Está tudo sob controle agora, mas é repouso eterno", desabafou. Em outubro, a atriz contou sobre os abortos que sofreu e que teve de fazer uma cirurgia de retirada de trompa por causa de uma gravidez tubária.

A notícia do nascimento do filho do casal foi comentada por familiares e amigos, como a atriz Fiorella Mattheis: "meu afilhado! O melhor presente foi você chegar. Francisco, eu tenho o pacto de estar pra sempre do seu lado. Te amo, menino". "Meu Deus! Que maravilha! Que venha com saúde e com o pãozinho embaixo do braço! Beijo na família", escreveu o ator Rodrigo Lombardi.

Na segunda-feira, 29, Thaila Ayala publicou um vídeo no Instagram em que Renato aparece acariciando a barriga de grávida e contando histórias para Francisco. "Enquanto mamãe repousa…papai conta histórias pra Francisco! Se tem coisa mais fofa, desconheço", escreveu a atriz na legenda das imagens.

A Caixa, responsável pelo pagamento das parcelas do programa Auxílio Brasil, já disponibilizou o calendário de pagamentos para o mês de dezembro. De acordo com a instituição, famílias que já recebiam o Bolsa Família e estão com os dados atualizados no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) não precisam fazer nenhum novo cadastro para receber os valores.

O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e o aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

O calendário de recebimento segue o padrão do antigo Bolsa Família, e usa o último dígito do NIS para definir a data do crédito.

Confira abaixo a tabela atualizada:

NIS final 1 -  10 de dezembro
NIS final 2  - 13 de dezembro
NIS final 3  - 14 de dezembro
NIS final 4  - 15 de dezembro
NIS final 5  - 16 de dezembro
NIS final 6  - 17 de dezembro
NIS final 7  - 20 de dezembro
NIS final 8  - 21 de dezembro
NIS final 9  - 22 de dezembro
NIS final 0  - 23 de dezembro

A Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador, amanhece hoje sob comando da Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação da unidade. Ontem, a Petrobras anunciou a conclusão da venda da refinaria para o Mubadala, fundo de investimento dos Emirados Árabes. Anunciou também que o empreendimento agora passa a se chamar Refinaria de Mataripe.

Segundo a estatal brasileira, o fundo árabe, após o cumprimento de todas as condições precedentes, cumpriu a última etapa da negociação pagando o valor de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões) para a Petrobras, valor que reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que se espera seja apurado nos próximos meses. A refinaria baiana é a primeira dentre as oito que estão sendo vendidas pela Petrobras a ter o processo finalizado.

Para o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, a conclusão da venda reflete a importância da gestão de portfólio e fortalece a estratégia da companhia. “Esta venda é um marco importante para a Petrobras e o setor de combustíveis no país. Acreditamos que, com novas empresas atuando no refino, o mercado será mais competitivo e teremos mais investimentos, o que tende a fortalecer a economia e gerar benefícios para a sociedade", avaliou. "Do ponto de vista da companhia, é um avanço na sua estratégia de realocação de recursos. No segmento de refino, a Petrobras vai se concentrar em cinco refinarias no Sudeste”, complementou.

Já o presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren, afirmou:

“a nossa prioridade é garantir excelência na produção e operação da refinaria, além de uma transição estruturada, serena e sem ruptura. É criar valor com atenção especial às pessoas e ao meio ambiente. Enfatizamos sempre o compromisso de longo prazo que temos com o país e as regiões onde atuamos. Este é certamente um dos objetivos da Acelen”.

Quem acompanha o Bahia no Campeonato Brasileiro parece viver um looping com as campanhas do time. Pelo segundo ano consecutivo, o Esquadrão chega na reta final da Série A lutando para evitar um rebaixamento.

A derrota de 2x1 para o Atlético-GO, com direito a gol sofrido aos 47 minutos do segundo tempo, tornou a vida do tricolor mais difícil. A equipe foi ultrapassada pelo Juventude, que venceu o Red Bull Bragantino ontem, caiu para 17º lugar e agora não depende somente das próprias forças para escapar da Série B 2022.

Restando apenas mais três jogos para o fim do Brasileirão, o drama atual do Bahia é o mesmo que os torcedores viveram há menos de um ano. O clube iniciou 2021 travando luta na parte de baixo da tabela pelo Brasileirão de 2020 - o torneio foi estendido por causa da pandemia da covid-19 e só foi finalizado em fevereiro deste ano.

Ao fim da 35ª rodada, o Bahia era o 16º colocado, mas com três pontos a menos do que tem hoje. Na ocasião, o Vasco era o primeiro time dentro da zona, com a mesma pontuação do clube baiano. O cruzmaltino acabou rebaixado, enquanto o tricolor se livrou da queda após empatar com o Atlético-MG e golear o Fortaleza, ambos fora.

O caminho para o Bahia conseguir se salvar desta vez é bem parecido, mas o desafio será muito maior do que foi na temporada passada. Nesta quinta-feira (2), o Esquadrão encara o Atlético-MG, às 18h, em casa. O alvinegro é o líder do Brasileirão e pode conquistar em Salvador a taça de campeão. Por isso, vencer na Fonte Nova não vai ser nada fácil.

Na sequência, o time baiano enfrenta o Fluminense, domingo, também na Fonte Nova, e encerra a participação na quinta-feira da próxima semana, contra o Fortaleza, na capital cearense. Em comum entre os dois últimos adversários está a briga por uma vaga na Copa Libertadores. Logo, todos os rivais do tricolor até o fim do torneio têm objetivos dentro da competição - isso pode mudar caso o Fortaleza garanta a vaga antes.

Pela matemática, o Bahia precisa ainda de seis pontos em nove que vai disputar. Este ano, a linha de corte será maior do que a da temporada passada, quando o Fortaleza conseguiu se manter com os mesmos 41 pontos do rebaixado Vasco.

“O momento é de buscar fazer o melhor nos três jogos. Esse jogo passou. Esse a gente não vai, expondo aqui o que erramos, fazer com que reverta a situação. A reversão da situação são os próximos três jogos. Neles que podemos somar pontos”, analisou o técnico Guto Ferreira após a derrota em Goiânia.

Drama constante
Desde que voltou a disputar a Série A, em 2017, o clube convive quase sempre com a luta contra o rebaixamento. Os únicos “momentos de paz” foram no segundo turno de 2017, ainda no mandato de Marcelo Sant’Ana, e durante o primeiro turno de 2019, já na gestão de Guilherme Bellintani, quando terminou os 19 primeiros jogos na sétima colocação. Mas no segundo turno o rendimento caiu de forma drástica e o time não foi rebaixado graças ao desempenho da primeira parte.

Para a atual temporada, a diretoria prometeu uma reformulação significativa no elenco, mas abusou dos erros nas contratações, o que explica a posição que o clube ocupa na classificação.

Além de marcar o início do mês de dezembro, esta quarta-feira (1º) vai inaugurar também a exigência do comprovante de vacinação contra covid-19 para acesso aos atendimentos realizados no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).

Na mesma data, também fica condicionada à apresentação do comprovante a visitação social às unidades de saúde e às unidades prisionais baianas. A medida, divulgada pelo governo da Bahia em 19 novembro, já foi publicada em decreto no Diário Oficial do Estado.

Para comprovar a vacinação, o cidadão deve apresentar o documento fornecido no momento da imunização ou do Certificado Covid, obtido por meio do aplicativo ‘Conecte SUS’, do Ministério da Saúde.

As medidas adotadas pelos órgãos municipais de Vigilância Sanitária serão acompanhadas pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), através da Diretoria da Vigilância Sanitária, e apoiadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil, para garantir o cumprimento do decreto.

Um surto de covid-19 foi identificado na Enfermaria B do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem), na cidade de Itabuna, no sul da Bahia. Na última segunda-feira (22), 38 testes de antígenos e RT-PCR foram realizados e 17 tiveram resultado positivo para a doença. A prefeitura do município afirma que o surto foi contido e isolado, a partir de um plano de contingência.

Desde a confirmação dos casos, a direção da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (Fasi), mantenedora do hospital, isolou os pacientes positivos dos demais, intensificou as medidas protetivas e diminuiu o fluxo de acompanhantes e estudantes. Segundo a Fasi, todos os pacientes são testados antes do internamento e realização de cirurgias.

Ainda não se sabe o que teria dado início a transmissão do vírus, se a doença foi disseminada por um acompanhante ou por um profissional. Não há informação precisa de quando os testes foram realizados, mas uma investigação foi iniciada para tentar elucidar o ocorrido.

O caso em Itabuna é mais um que surge no momento em que o estado apresenta surtos de covid-19, que não vinham sendo registrados recentemente. Na quarta-feira da semana passada (17), o Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, registrou, pelo menos, 18 casos de infecção por covid-19. Devido às contaminações, que foram identificadas na emergência da unidade, pacientes tiveram que ser transferidos e a visitação foi suspensa.

Nesta quinta-feira (25), o CORREIO publicou uma denúncia de uma moradora de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, sobre um suposto surto de coronavírus que estaria ocorrendo entre funcionários de quatro instituições de ensino municipal da cidade. Segundo ela, a gestão municipal estaria tentando abafar os registros positivos. Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Camaçari confirmou casos da doença em duas instituições.

O mundo está em alerta com a variante 'Nu', nome dado à nova cepa de coronavírus encontrada na África do Sul. Cientistas dizem que ela reúne uma grande quantidade de mutações, que deixam-a mais transmissível e potencialmente resistente à vacinas.

Diversos países da Europa, como Alemanha, Itália e Reino Unido, assim como Israel, já proibiram a entrada de pessoas vindas da África do Sul e outros países do continente.

Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota técnica nesta sexta-feira recomendando que o governo brasileiro adote medidas de restrições para voos e viajantes vindos de seis países africanos. Entre os países, estão Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, além da África do Sul. A efetivação das medidas depende de portaria interministerial.

"É uma variante que possui características mais agressivas e que, obviamente, requer das autoridades sanitárias mundiais medidas imediatas. É exatamente o que fizemos há poucos minutos. Já enviamos nossas notas técnicas para os ministérios da Casa Civil, Saúde, Infraestrutura e Justiça no sentido que voos vindos desses países, são países localizados no sul do continente africano, sejam temporariamente bloqueados, não venham para o Brasil", disse o diretor da Anvisa Antonio Barra Torres à GloboNews.

Por enquanto, os casos da nova variante já foram detectados em lugares como Israel, Bélgica e Hong Kong.

Como encontraram esta nova variante
A cepa foi descoberta por cientistas sul-africanos em amostras coletadas entre os dias 14 a 16 de novembro. O anúncio oficial da nova variante foi feito nesta quarta-feira (24).

Cientistas sequenciaram mais genomas, informaram ao governo que estavam preocupados e pediram à Organização Mundial da Saúde (OMS) para reunir seu grupo de trabalho técnico sobre a evolução do vírus para sexta-feira.

O país identificou cerca de 100 casos da variante, principalmente em sua província mais populosa, Gauteng.

Como surgiu a nova variante de coronavírus
Ainda não se tem certeza. Um cientista do UCL Genetics Institute em Londres disse que provavelmente evoluiu durante uma infecção crônica de uma pessoa imunocomprometida, possivelmente em um paciente com HIV/AIDS não tratado.

Quais países já registraram casos da nova variante
De acordo com cientistas, a nova variante já se espalhou em Gauteng e pode já estar presente em outras oito províncias do país.

A taxa de infecção diária do país quase dobrou na quinta-feira, passando para 2.465. O Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD) da África do Sul não atribuiu o crescimento à nova variante, embora cientistas locais suspeitem que seja a causa.

O Botswana detectou quatro casos, todos estrangeiros que chegaram em missão diplomática e desde então deixaram o país.

Hong Kong registrou um caso, de um viajante vindo da África do Sul. Israel também tem um caso, o de um viajante voltando do Malaui. O caso confirmado na Bélgica foi de uma pessoa não vacinada que viajou para o exterior e testou positivo no dia 22 de novembro.

A nova variante é resistente à vacinas?
Essa variante chama a atenção pois tem ais de 30 mutações na proteína spike que os vírus usam para entrar nas células humanas, dizem autoridades de saúde do Reino Unido.

Isso é quase o dobro do número da Delta e torna essa variante substancialmente diferente do coronavírus original, que as vacinas contra covid atuais foram projetadas para neutralizar.

No entanto, nenhum estudo foi feito ainda para medir a eficácia das vacinas nesta nova variante.

Quais são as mutações da nova variante?
Cientistas sul-africanos dizem que algumas das mutações estão associadas à resistência a anticorpos neutralizantes e maior transmissibilidade, mas outras não são bem compreendidas, então seu significado total ainda não está claro.

A Conselheira Médica Chefe da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, Dra. Susan Hopkins, disse à rádio BBC que algumas mutações não haviam sido vistas antes, então não se sabia como elas interagiriam com as outras, tornando-se a variante mais complexa vista até agora.

A nova variante é mais transmissível?
Mais testes serão necessários para confirmar se é mais transmissível, infeccioso ou pode escapar das vacinas. Um porta-voz da BioNTech, parceira da Pfizer no desenvolvimento da vacina, afirmou que estão testando a eficácia do imunizante contra a nova variante e dentro de duas semanas terão uma resposta.

O trabalho levará algumas semanas, disse na quinta-feira a líder técnica da Organização Mundial da Saúde na covid-19, Maria van Kerkhove. Nesse ínterim, as vacinas continuam sendo uma ferramenta crítica para conter o vírus.

Nenhum sintoma incomum foi relatado após a infecção com a variante B.1.1.529 e, como com outras variantes, alguns indivíduos são assintomáticos, disse o NICD da África do Sul.