Antes da recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) suspender a aplicação de doses da vacina contra covid-19 da fabricante Oxford/Astrazeneca em grávidas, Salvador já tinha imunizado, pelo menos, 21 gestantes. Todas elas receberam a primeira dose e foram incluídas posteriormente no Plano Nacional de Imunização (PNI).

Porém, esse número não considera as outras fases da vacinação. Isto é, as profissionais de saúde, pessoas com comorbidades, integrantes das forças de salvamento, etc. O levantamento só leva em conta a vacinação desse grupo prioritário das gestantes e puérperas, que começou na última sexta-feira (7).

“Algumas grávidas acabaram se vacinando, mas não usaram o direito de grávida, elas se anteciparam em outras categorias e isso está fora do nosso controle”, pontua o secretário da saúde de Salvador, Leo Prates.

Foi o caso da nutricionista Louise Tiúba, que se vacinou no dia 27 de abril, por ser profissional de saúde. Fizeram exatamente 15 dias, ontem (11), que ela se vacinou com a primeira dose. “No dia que tomei, senti o corpo mole, dolorido e tive um pouco de febre e enjoo”, relata Louise.

Ela pontua que o dia também foi cansativo, o que pode ter acentuado os efeitos da vacina. “Foi um dia super cansativo, acordei cedo, fiquei quatro horas na fila da vacina, fiquei de 7h da manhã até 21h da noite em pé, fazendo coisa. Já acordei melhor no dia seguinte, só com um pouco de dor de cabeça”, conta.

Grávida de oito meses da primeira filha, Yasmim, ela não se arrepende de ter tomado a vacina, mesmo após a suspensão da Anvisa. “Acho extremamente importante para proteger não só a mim, mas minha filha. E a gente não sabe se a mulher no Rio de Janeiro morreu por conta da vacina. Acho que se fosse para ter efeito colateral grave, eu já teria tido nos primeiros dias. Estou com o pensamento positivo”, pondera Tiúba.

Assim como Louise, nenhuma das gestantes teve complicações graves pela vacina até agora, de acordo com o secretário de saúde. “Estamos abrindo um site para que elas registrem as reações adversas, rezando para elas não terem, e para a gente acompanhar de perto. Até agora, em Salvador, tivemos relatos de algumas reações adversas, mas nada grave”, explica Prates.

Ele ressalta que as reações adversas são extremamente raras e que, por erro, essas 21 grávidas receberam a vacina da fabricante não recomendada. Salvador inclusive se antecipou, segundo ele, disponibilizando as doses da Pzifer para este grupo.

“Por segurança, a Anvisa mandou suspender, mas fizemos até antes em Salvador. Por erro, no dia 7 de maio, foram vacinadas 21 grávidas com a Astrazeneca, porque no ponto de vacinação tinha Oxford e Pfizer. Não há outros casos desde o dia 8 de maio”, garante o secretário.

A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) orienta que as gestantes que receberam outro imunizante, que não Pfizer, devem procurar de imediato a Secretaria e relatar os sintomas adversos através do site reacoesadversascovid.saude.salvador.ba.gov.br/. A pasta ainda salienta que as gestantes têm hoje pontos exclusivos de vacinação em Salvador apenas com aplicação do imunizante Pfizer.

A orientação da Anvisa se baseia na indicação da bula da vacina da Oxford/AstraZeneca, que não recomenda o uso da vacina por gestantes sem orientação médica. O uso off label de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente.

Em nota, a Anvisa explicou que a medida veio após uma suspeita de evento adverso grave de acidente vascular cerebral hemorrágico ocorrido e que resultou em óbito fetal e da gestante. Até a tarde desta terça-feira (11), não havia outros eventos adversos graves envolvendo gestantes que tenham sido notificados para a Anvisa.

Mais de 4 mil grávidas receberam Oxford na Bahia
Segundo a Sesab, foram 4.707 gestantes e puérperas que tomaram a vacina de Oxford com a primeira dose. A pasta diz que não há relatos de efeitos adversos graves e que apenas a vacina de Oxford/AstraZeneca não será administrada em gestantes. Outras 35 mulheres deste grupo prioritário tomaram a Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, e 263 com a Pzifer, totalizando, até agora, 5.005 vacinadas.

“O grupo de gestantes deverá continuar sendo imunizado com as vacinas da Pzifer e a Sinovac/Butantan. O risco atribuído à vacina da Oxford de causar trombose cerebral venosa vem sendo muito específico dessa vacina. Não há porquê, neste momento, se acreditar que essas outras vacinas causarão estes eventos adversos”, tranquiliza o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

Vilas-Boas explica que, até segunda ordem, as mulheres que tomaram a primeira dose da vacina de Oxford não devem tomar a segunda. “Essa decisão vai ter que ser tomada entre a Anvisa e o fabricante. A princípio, até que se defina isso em nível internacional, ao longo dos próximos 60 a 90 dias em que elas aguardam a segunda dose, as doses não deverão ser reaplicadas”, esclarece o secretário.

Em São Félix, cidade a cerca de 130 km de Salvador, foram vacinadas 9 gestantes, sem registro de efeitos colaterais. Segundo a prefeitura do município, elas foram orientadas a procurar uma unidade de saúde se sentiram algo. Em Cruz das Almas, 75 grávidas foram imunizadas, também sem complicações. Já em Senhor do Bonfim, no Centro-Norte da Bahia, algumas das 22 gestantes vacinadas sentiram efeitos colaterais leves, como dor no local onde foi dada a vacina, e estão sendo monitoradas.

Efeitos adversos graves são raríssimos, dizem especialistas
A infectologista pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Fernanda Grassi tranquiliza sobre os possíveis efeitos adversos da vacina de Oxford/Astrazeneca. As chances de possível trombose é de quatro em um milhão, segundo ela. “É um evento extremamente raro, mais frequente em mulheres, e essas ocorrências de trombose foram associadas a Astrazeneca, mas essa relação ainda precisa ser avaliada, para entender qual foi a causa do óbito antes de dizer que foi a vacina que causou isso”, argumenta a pesquisadora.

Ela afirma que as grávidas e puérperas não foram incluídas nos estudos clínicos para a confecção da vacina. “A vacina Astrazeneca foi estudada em um número muito pequeno de gestantes para determinar o aparecimento de reações nesse grupo. Eram mulheres que estavam grávidas e não sabiam ou engravidaram depois. No entanto, a gente não imagina que vá agir de uma forma diferente nas grávidas, que ela vai ser menos eficientes ou causar mais efeitos”, explica Fernanda.

A imunologista relembra que as grávidas, quando contraem covid-19, desenvolvem sintomas graves. “Elas apresentam várias alterações, e é um risco extremamente alto para a mulher e o bebê, inclusive associado a aborto espontâneo. A gravidez altera muito a homeostase, mas todas as três vacinas aplicadas no Brasil são seguras”, assegura Grassi.

O imunologista e professor da UniFTC Celso Sant’Ana defende que a Anvisa agiu corretamente em suspender a vacinação do grupo, mas reforçou que as vacinas são extremamente seguras. “Não existe nenhuma vacina ou medicamento que seja 100% isento de efeitos colaterais, mas a maioria deles são leves, desprezíveis, como dores no local, vermelhidão, febre baixa, dor de cabeça, e passam rapidamente. Colocando na balança, é preciso continuar confiando nas vacinas, elas são extremamente seguras e eficazes e são uma das únicas armas, além das outras medidas, capazes de combater essa terrível doença”, defende Sant’Ana.

Segundo ele, somente cinco casos de trombose foram registrados no Brasil até então. O risco é entre 0,001% e 0,004%. Já para as mulheres que tomam anticoncepcional, por exemplo, essa taxa é de 0,005%. O que ocorre é uma redução do número de plaquetas por uma resposta imune contra à vacina, fazendo com que se formem coágulos. O que chamou a atenção dos pesquisadores foram os lugares incomuns das tromboses, no cérebro e abdômen, explica Celso.

“É uma reação inesperada, imprevista, que nem sequer foi descrita na bula como efeito colateral. Só se foi conhecer agora, quando você amplia a aplicação da vacina para um universo de milhões de pessoas”, completa. O imunologista ainda diz que não são só as grávidas que podem ter complicações, mas qualquer outra pessoa. As puérperas também não são grupo de risco para desenvolver trombose. “Elas oferecem um efeito protetor para a criança”, garante Celso.

O Ministério da Saúde não respondeu antes do fechamento desta matéria.

O vacinômetro de Salvador apontava, às 18h desta quarta-feira, 05, 563.719 pessoas vacinadas com a primeira dose contra a covid-19 na capital, o que equivale a 29% da população acima de 18 anos vacinável da cidade. Mas, a estimativa da prefeitura é avançar nesses números. De acordo com o prefeito Bruno Reis, a ideia é chegar até o final de junho com 50% da população vacinável - o que equivale a cerca de 900 mil pessoas - tendo tomado ao menos a primeira injeção contra o coronavírus.

“Nós estamos apostando que vai ter mais vacina, o governo vai cumprir o calendário e vamos chegar no final de junho com 50% da população vacinável com a primeira dose garantida”, disse o gestor durante coletiva virtual de imprensa, durante a entrega da última etapa da Estrada Velha do Aeroporto e o lançamento do programa Maio Amarelo.

Segundo Bruno Reis, é necessário que a vacinação seja acelerada para que o município consiga reduzir investimentos que estão sendo feitos no combate a pandemia.

“Se a prefeitura, até o final de junho, não imunizar 50% da sua população vacinável, nós não teremos mais condições de manter o nível de investimento na área social, de saúde e transporte público como estamos fazendo hoje. Nosso cofre não comporta”, alertou o prefeito.

Para dar conta desse aumento na vacinação, o prefeito disse que será lançado um processo seletivo para contratar, sob Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), mais de 250 profissionais que vão trabalhar na imunização da população. “Investir em vacina é primeiro salvar vidas e é o melhor investimento, pois ela permite reduzir o nível de investimento em outras áreas. Quem mais quer acelerar a vacinação sou eu”, afirmou.

Nesse processo de aceleração da imunização, os grupos que estão na expectativa para serem vacinados não escondem a ansiedade. O professor de química Jefferson Ribeiro, 24 anos, só espera o sinal verde da escola particular onde trabalha para se dirigir ao posto de vacinação. É que, após decisão judicial, todos os trabalhadores da Educação estão sendo vacinados em Salvador. “Eu tenho asma. É verdade que há algum tempo não tenho crise, felizmente, mas não quero ficar desprotegido”, disse Jefferson.

Mesmo podendo retornar às atividades presenciais desde a segunda-feira (03), a escola em que o professor leciona decidiu manter o ensino remoto, por enquanto. “Eu prefiro estar na sala de aula do que ter que fazer aula online, pois no virtual eu não consigo perceber se o aluno está entendendo bem. Gosto de ficar em pé no quadro, algo mais tradicional mesmo. Mas para isso, tenho que estar vacinado com as duas doses”, disse.

Para ficar imunizado, tem de tomar duas doses
O desejo do professor Jefferson em tomar logo as duas doses de vacina e completar seu esquema vacinal é o que deve ser feito por todo mundo, indicam os especialistas. Até essa semana, Salvador vinha imunizando a população apenas com duas vacinas: a CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria, no Brasil, com o Instituto Butantan; e a da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford e envazada pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) em território brasileiro.

Agora, a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) conta também com doses da vacina produzida pela empresa americana Pfizer junto com a alemã BioNTech. Foram 26.910 doses que desembarcaram na Bahia na segunda-feira (03). Todas ficaram em Salvador e desde a terça, 04, estão sendo aplicadas na população. O intervalo adotado em Salvador para a aplicação da segunda dose da Pfizer é de 90 dias.

No total, 254.847 pessoas de Salvador já completaram todo o esquema vacinal, tomando a primeira dose e o reforço, segundo os dados desta quarta, 05, do Vacinômetro municipal. Já a Bahia ultrapassou a marca de 2,5 milhões de baianos que tomaram a primeira dose, o que representa quase 17% da população do estado. Outros 1,2 milhão de baianos completaram o esquema vacinal com as duas doses (veja no final do texto a lista de pessoas que já podem ser imunizadas na capital baiana).

Salvador segue sem CoronaVac
A CoronaVac é a única vacina que está em falta em Salvador, desde a terça-feira (4). Segundo o prefeito Bruno Reis, nesta quinta-feira, 06, um novo lote com 50 mil doses desse imunizante vai desembarcar na Bahia e Salvador ficará com 10 mil doses. A quantidade não é suficiente para atender as 65 mil pessoas que estão na fila para tomar a 2ª dose e estão com o prazo adiado. “Até o dia 1º de maio nós conseguimos aplicar a segunda dose com base no cartão. De lá pra cá tivemos que reduzir por letras”, lamentou o prefeito, que culpou o Ministério da Saúde por ter causado o problema.

“Sempre fazíamos a retenção de 50% das doses. Mas tiveram as remessas dos lotes 8, 9 e 10 que o governo federal autorizou aplicar 100%, garantindo que, na data de vencimento, teria mais vacina para aplicar a segunda dose. Assim fizemos e essas doses não chegaram”, afirmou.

Segundo Burno Reis, Salvador ficou 18 dias sem receber qualquer dose de CoronaVac. O último lote foi no sábado, 30 de abril, com apenas 3 mil doses. “Os municipios ficam com a pior parte. Somos os que têm mais responsabilidades e menos autonomia. Se o governo federal disse que 100% das doses poderiam ser aplicadas e que eles garantiriam a vinda da segunda, o que a gente iria fazer? Se tivéssemos retido, iriam questionar se era uma decisão política. A gente tem que seguir o Ministério da Saúde, cumprir o que foi determinado”, apontou.

Só para segunda dose
Por causa da fila para a segunda dose de CoronaVac em Salvador, a prefeitura interrompeu a aplicação desse imunizante como primeira dose. A meta, segundo o prefeito, é só voltar a usar a CoronaVac quando todo o público que aguarda a 2ª dose for imunizado.

“Nós esperamos que cheguem mais doses e todas que chegarem serão usadas exclusivamente para as segundas doses. Nós só vamos voltar a aplicar a primeira dose da CoronaVac depois que zerar essa fila de pessoas que não estão recebendo na data correta”, disse.

Atualmente, o número de pessoas que aguardam a segunda dose em Salvador, segundo o levantamento do CORREIO com a SMS, é de 65 mil pessoas. Caso haja mais atrasos no envio de novas ampolas, o número de ameaçados de atrasar o esquema vacinal pode chegar a 86 mil pessoas, considerando as pessoas que estão programadas para serem imunizadas até segunda,10 de maio.

Quem já pode ser imunizadas em Salvador?
*Idosos com 60 anos ou mais de idade nascidos até o dia 31 de dezembro de 1961.
*Pessoas com todas as comorbidades elencadas no Plano Nacional de Imunização com idade igual ou superior a 40 anos.
*Pessoas com transtorno Intelectual severo e moderado, entre elas as pessoas com Espectro Autista, com idade entre 18 e 59 anos,
*Pessoas com 55 anos ou mais de idade com deficiência permanente e cadastro ativo para o recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC)
*Imunossuprimidos com idade entre 18 e 59 anos
*Pessoas com síndrome de down com idade entre 18 e 59 anos
*Pacientes em hemodiálise
*Pacientes transplantados
*Trabalhadores da saúde e autônomos
*Doulas
*Trabalhadores da limpeza urbana com 40 anos ou mais que atuem em Salvador
*Trabalhadores do ensino superior das redes privada e pública de Salvador, com 40 anos ou mais de idade
*Trabalhadores da educação básica da rede pública e privada com idade igual ou superior a 18 anos
*Rodoviários com idade igual ou superior a 50 anos
*Agentes de segurança com idade igual ou superior a 40 anos

Publicado em Saúde

A Prefeitura de Candeias, por meio da Secretaria de Saúde, recebeu mais 2.800 doses de vacinas contra Covid-19. Com as novas doses, a campanha de vacinação avança para o público de 59 a 55 anos, com comorbidade comprovada, a partir desta terça-feira (4/5), no ginásio poliesportivo.

Portadores de doenças crônicas respiratórias, cardíacas, renais e neurológicas, bem como pessoas com diabetes, obesos mórbidos, imunossuprimidos serão vacinados de forma escalonada conforme sua idade.

As gestantes e puérperas (até 45 dias pós parto) a partir de 18 anos, poderão se vacinar, apresentando as devidas comprovações.

As pessoas que tenham síndrome de Down e Autismo a partir dos 18 anos podem procurar a Proteger no período da tarde; a vacinação desse público será começará dia 05/05.

O público de idosos, com idade de 60 anos ou mais também continuará a ser vacinados no ginásio de esportes presencialmente.

Já na Clínica Proteger, seguirá a modalidade Drive-thru para todas as imunizações.

De acordo com o secretário de Saúde, Marcelo Cerqueira, além do documento de identidade, cartão de vacinação, comprovante de residência, as pessoas com doenças crônicas devem levar documentos que comprovem também a condição de tratamento. "Deve ser levado o relatório médico que atesta a doença. Exames recentes ou cartão de consulta também podem ser apresentados na hora da vacinação", explicou. Marcelo avisou ainda que não é preciso ir todo mundo de uma vez para os locais de aplicação das vacinas.

A vacinação contra a gripe para crianças com idade de seis meses a menores de seis anos, puérperas e trabalhadores de saúde continua em todos os postos, com sala de imunização, do município.

A vacinação de pessoas com comorbidades que estão elencadas no Plano Nacional de Imunização começou nesta segunda-feira (3) em Salvador. Para conseguir ser vacinado, é preciso estar com nome cadastrado no site da Secretaria Municipal da Saúde e no ato da vacina apresentar documento oficial de identificação com foto.

Se não estiver cadastrado no sistema de saúde, a orientação é procurar a unidade em que é acompanhado para que o médico faça a avaliação e inclusão na lista. Isso vale tanto para pacientes da rede pública quanto a privada. O cadastro acontece em um site da prefeitura, com acesso restrito a médicos. O profissional acessa a plataforma com mesmo login e senha da área restrita do site do Cremeb. O nome do portador da comorbidade estará disponível no portal da SMS no dia subsequente ao cadastro efetuado pelo médico.

“Disponibilizamos uma ferramenta que deverá ser utilizada pelos médicos, a fim de atestarem a comorbidade dos seus pacientes para que os mesmos tornem-se aptos à vacinação. Parte dos cidadãos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já são incorporados automaticamente a lista da imunização. Outra parte, cujo a comorbidade necessita de especificidades mais detalhadas para serem contempladas pela estratégia, precisa ir até a unidade onde são acompanhados para que o profissional faça a avaliação e cadastro, caso necessário”, explica Adielma Nizarala. 

Veja o passo a passo do processo, divulgado pela prefeitura:

1-    Ir até o site de comorbidades da prefeitura e verificar se o nome já consta na lista das pessoas elegíveis para vacinação;

2-    Caso não esteja na lista, o portador da comorbidade deve procurar o médico onde é acompanhado – tanto da rede pública quanto da rede privava;

3-    O médico vai analisar o relatório clínico do paciente e verificar se o mesmo está dentro das comorbidades elencadas pelo Plano Nacional de Imunização;

4-     Caso esteja elegível, o médico incluirá o nome do paciente na lista de habilitados para campanha de vacinação contra covid-19 através do portal;

5-    O nome do paciente estará disponível no portal da SMS no dia subsequente ao cadastro efetuado pelo médico.

A vacinação de pessoas com comorbidades que estão elencadas no Plano Nacional de Imunização começou nesta segunda-feira (3) em Salvador. Para conseguir ser vacinado, é preciso estar com nome cadastrado no site da Secretaria Municipal da Saúde e no ato da vacina apresentar documento oficial de identificação com foto.

Se não estiver cadastrado no sistema de saúde, a orientação é procurar a unidade em que é acompanhado para que o médico faça a avaliação e inclusão na lista. Isso vale tanto para pacientes da rede pública quanto a privada. O cadastro acontece em um site da prefeitura, com acesso restrito a médicos. O profissional acessa a plataforma com mesmo login e senha da área restrita do site do Cremeb. O nome do portador da comorbidade estará disponível no portal da SMS no dia subsequente ao cadastro efetuado pelo médico.

“Disponibilizamos uma ferramenta que deverá ser utilizada pelos médicos, a fim de atestarem a comorbidade dos seus pacientes para que os mesmos tornem-se aptos à vacinação. Parte dos cidadãos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já são incorporados automaticamente a lista da imunização. Outra parte, cujo a comorbidade necessita de especificidades mais detalhadas para serem contempladas pela estratégia, precisa ir até a unidade onde são acompanhados para que o profissional faça a avaliação e cadastro, caso necessário”, explica Adielma Nizarala. 

Veja o passo a passo do processo, divulgado pela prefeitura:

1-    Ir até o site de comorbidades da prefeitura e verificar se o nome já consta na lista das pessoas elegíveis para vacinação;

2-    Caso não esteja na lista, o portador da comorbidade deve procurar o médico onde é acompanhado – tanto da rede pública quanto da rede privava;

3-    O médico vai analisar o relatório clínico do paciente e verificar se o mesmo está dentro das comorbidades elencadas pelo Plano Nacional de Imunização;

4-     Caso esteja elegível, o médico incluirá o nome do paciente na lista de habilitados para campanha de vacinação contra covid-19 através do portal;

5-    O nome do paciente estará disponível no portal da SMS no dia subsequente ao cadastro efetuado pelo médico.

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Pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente também poderão ser atendidas pelo Vacina Express, sistema de imunização domiciliar contra a covid-19 implantado pela Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS).

Para ter acesso ao serviço, além dos idosos, o público elegível deve fazer o agendamento da vacinação através do site. São oferecidas por dia 200 vagas por dia, preferencialmente, para indivíduos acamados ou com dificuldade de locomoção.

Aqueles que foram imunizados em casa não precisam fazer novo registro na plataforma digital. O retorno da equipe de saúde será feito automaticamente de acordo com a data de reforço programada no sistema.

“O Vacina Express é uma iniciativa democrática e que proporciona maior acessibilidade às doses contra Covid-19, sobretudo para as pessoas que tem algum tipo de dificuldade de deslocamento até os postos convencionais de vacinação. Alcançamos pessoas de diversos bairros e diferentes realidades sociais, o que reitera o caráter primordial da universalidade do SUS de maneira prática”, apontou Leo Prates, secretário municipal da Saúde.

Até o momento, mais de 10,7 mil pessoas foram imunizadas através do serviço. As regiões da Barra/Rio Vermelho (2.342 doses aplicadas), Brotas (1.096 doses aplicadas), Liberdade (1.035 doses aplicadas) e Cabula/Beiru (980 doses aplicadas) lideram como as regiões da cidade que maior volume de atendimentos.

Salvador recebeu 3.330 doses da Coronavac para dar continuidade à vacinação contra a covid-19 na cidade. O problema é que 36 mil pessoas precisam receber a segunda dose desse imunizante, para completar o esquema vacinal que garante a imunidade contra o coronavírus. Ou seja, as ampolas recebidas não são suficientes para atender todo esse contingente. Na manhã desta quinta-feira (30) a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) chegou a confirmar, via assessoria de imprensa, que a capital não receberia nenhuma das 6,8 mil ampolas de Coronavac do lote que o Ministério da Saúde entregou na própria quinta-feira.

A explicação da assessoria da Sesab para que Salvador não recebesse doses de Coronavac foi que, em 6 de abril, 40 mil ampolas da reserva técnica do estado foram liberadas para a capital não interromper a vacinação. Essa entrega extra, por sua vez, seria em parte descontada na remessa desta quinta. À noite, quando confirmou que a cidade receberia 3.330 doses da vacina, a Sesab informou que juntou as 6,8 mil doses entregues pelo MS pela manhã com um pequeno estoque remanescente que estava guardado no estado.

Na quarta-feira, 28, o MS havia divulgado que distribuiria na quinta, 29, 104 mil doses do imunizante chinês para todos os estados brasileiros, depois que o Jornal Nacional divulgou reportagem mostrando que 18 cidades, em 14 estados, estavam com a vacinação suspensa por conta da falta da Coronavac. Nesta quinta, 29, também, o MS distribuiu cerca de 5 milhões de ampolas da vacina Oxford/AstraZeneca para todo o país. A Bahia recebeu 329.500 doses dessa substância e Salvador ficou com 69.900 no rateio do lote entre os municípios do estado.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde disse que não há prazo para envio de mais vacinas para a Bahia ou qualquer outro estado. "O Ministério da Saúde atende de acordo com a quantidade recebida pelos laboratórios e, assim que tiver mais vacina, vai ter uma nova pauta de distribuição. A última pauta foi divulgada ontem [anteontem] e dependemos da entrega dos laboratórios", disse a pasta.

Ainda segundo o MS, o Brasil deverá receber nesta sexta-feira, 30, seu primeiro lote do imunizante do laboratório norte-americano Pfizer, mas ainda não há prazo ou informações sobre a distribuição das doses entre os estados da federação.

Cidades sem vacina

As 329.500 doses da vacina de Oxford destinadas à Bahia estão sendo distribuídas para 388 cidades do estado. Outros 29 municípios ficaram de fora porque não atingiram 85% no percentual de primeiras doses aplicadas. A Sesab não divulga a quantidade de vacinas distribuídas para cada cidade.

O voo com o novo lote de imunizantes aterrissou no Aeroporto Internacional de Salvador por volta das 11h desta quinta-feira, 29. A quantidade de Coronavac enviada pelo governo federal é o menor lote desde o início das remessas, em janeiro. As quase 6,8 mil vacinas são sete vezes menos do que as 42 mil doses que chegaram em 22 de abril e que, até então, ocupavam o lugar de menor lote já recebido pela Bahia. Por outro lado, as 329.500 doses da AstraZeneca é o maior enviado até agora ao estado.

Interior

De acordo com a coordenadora de Imunização do Estado, Vânia Rebouças, cerca de 15 mil doses da Coronavac serão distribuídas entre os municípios. Além das 6,8 mil enviadas pelo Ministério da Saúde, outras 8 mil eram da reservada da Sesab para a segunda aplicação. Segundo a pasta, esse armazenamento foi feito antes da recomendação do Ministério da Saúde para distribuir todo o lote para a aplicação como primeira dose.

Na época, o governo federal previa que o ritmo de chegada das novas doses seria acelerado, o que não se concretizou. Nessa semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga admitiu que há preocupação com a falta da 2ª dose da vacina Coronavc.

Das 10 maiores cidades baianas, além de Salvador, pelo menos outras quatro tiveram que interromper a vacinação da segunda dose de CoronoVac nas últimas semanas por falta do imunizante: Vitória da Conquista, Itabuna, Jequié e Ilhéus. Nessa última, as doses terminaram na terça-feira (21) e, segundo a prefeitura, são cerca de 3,5 mil pessoas que estão com risco de atraso na aplicação da segunda dose por falta de vacina

"O município está na expectativa de receber novos lotes. Com expectativa e acúmulo de pessoas que precisam tomar essa segunda dose no prazo correto. Estamos numa pendência com a população, pois não há um parecer de quando vai receber. O bom é que o próprio Ministério da Saúde e a Sesab informaram que não há problema em atrasar um pouco a aplicação do reforço”, disse Jeovana Catarino, diretora do departamento de Vigilância em Saúde de Ilhéus.

No entanto, no início do ano, o Instituto Butantan afirmou que não tinha como garantir a eficácia da Coronavac se a segunda dose fosse adiada. Isso acontece, porque o estudo que desenvolveu a vacina se baseou na aplicação de duas doses em um intervalo de duas a quatro semanas, ou seja, até 28 dias. Os especialistas alertam que seguir o calendário de imunização à risca é o ideal, mas concordam que atraso de poucos dias não vai trazer grandes problemas.

"Ainda não sabemos o tempo exato que é aceitável um atraso. A Coronavac tem uma melhor eficácia quando a segunda dose é aplicada 28 dias após a primeira. Podemos imaginar que uma ou duas semanas não tenha efeitos tão grandes, mas mais que isso, não podemos garantir que a segunda resposta será ótima", diz a infectologista Fernanda Grassi, da Rede Covida.

Em Santo Antônio de Jesus, a 200 quilômetros de Salvador, há menos de 60 doses de Coronavac disponíveis, segundo a vigilância epidemiológica do município. O problema é que, para hoje, 800 pessoas estão programadas para receber a segunda dose e a prefeitura acredita que também faltará a vacina do laboratório Sinovac/Instituo Butantan na cidade.

“Amanhã [hoje, sexta-feira, 30] vai chegar, mas ainda não sabemos a quantidade. Acreditamos que o déficit será maior do que eles vão enviar”, lamentou a Vigilância Epidemiológica do município. “Não dá para entender o motivo disso estar acontecendo. O povo chega para tomar a segunda dose e a gente vai aplicando. Amanhã vamos sentar, fazer estudo e comparar todas as notas fiscais para entender o que veio de primeira dose, o que veio de segunda e como chegamos nesse cenário”, disse a administração municipal.

Em Guanambi, a realidade de apreensão com a falta de doses é parecida. Segundo a prefeitura, foi encerrada nesta semana a aplicação da segunda dose dos idosos com 67 a 72 anos.

“Para a próxima semana, a partir da terça-feira (4), temos previsão para vacinar as idades de 65 e 66 anos, também com a segunda dose da Coronavac, mas pelo que nos foi informado pelo Núcleo Regional de Saúde, apenas 60% da demanda necessária chegará”, diz a prefeitura local.

O Instituto Butantan disse que um novo lote de Coronavac estará disponível para o governo federal a partir do dia 3 de maio.

Em Salvador faltou 1ª dose em alguns postos

Todo o estoque de Coronavac existente em Salvador - antes da Sesab reservar mais 3.330 doses para a cidade - se esgotou nesta quinta-feira, 29. Pela manhã, além da falta de segunda dose de Coronavac, também houve confusão na aplicação da primeira dose das vacinas, tanto da Coronavac quanto da AstraZeneca. Em pelo menos três postos houve relato de falta de vacina para os profissionais da educação que estão sendo imunizados: Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências, em Brotas, na Vila Militar de Dendezeiros e no Centro Universitário Jorge Amado (unijorge), na Avenida Paralela.

Na Bahiana era permitida a aplicação da 1ª dose da Astrazeneca em idosos, pessoas com Síndrome de Down, pacientes em hemodiálise, transplantados, rodoviários, trabalhadores da limpeza urbana e pessoas com deficiência permanente. Já na Vila Militar e Unijorge eram os trabalhadores da saúde, autônomos, agentes de segurança e salvamento, doulas e trabalhadores da educação os grupos permitidos para serem vacinados.

No entanto, com a falta de doses, houve gente que não conseguiu ser imunizado. A funcionária de uma escola particular que preferiu não se identificar contou que percorreu os três postos em busca de vacina, dirigindo da Paralela até o Dendezeiros e depois para Brotas, sem sucesso. À reportagem, a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) afirmou que foram enviadas novas doses para esses locais e que a vacinação seguiu até às 13h.

Na quinta-feira, 29, só quem tomou o reforço da Coronavac foram as pessoas que fizeram agendamento pelos serviços Hora Marcada e Vacina Express. No entanto, houve relatos nas redes sociais de pessoas que tentaram fazer esse agendamento desde anteontem e não conseguiram.

A SMS explicou que, com o anúncio da iminente escassez da Coronavac, as pessoas correram para agendar e as vagas acabaram logo.

Cidades que não receberam vacina:
São Félix
Conceição do Almeida
Quixabeira
Cravolândia
Belmonte
Irajuba
Crisópolis
Cardeal da Silva
Piraí do Norte
Barra
Ibirapitanga
Mirangaba
Santa Luzia
Barra da Estiva
Sebastião Laranjeiras
Itororó
Igrapiúna
Nilo Peçanha
Senhor do Bonfim
Jucuruçu
Firmino Alves
Planaltino
Lajedo do Tabocal
Campo Formoso
Wenceslau Guimarães
Aramari
Antônio Cardoso
Paratinga
Cairu

Um novo lote com 336.300 doses de vacina contra a covid-19 chegou na manhã desta quinta-feira (29) a Salvador, para ser distribuída entre os municípios baianos.

São 6.800 doses da Coronavac e 329.500 da Astrazeneca/Oxford, que serão usadas para dar continuidade à imunização em Salvador.

As vacinas chegaram em um avião da Latam por volta das 10h50. Elas passaria por conferência e contagem antes da distribuição.

Regularização
Nessa quarta-feira (28), o Ministério da Saúde anunciou que iria distribuir 5,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e 104,8 mil doses da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.

O novo lote da Coronavac tenta minimizar o prejuízo na aplicação da 2ª dose da vacina, que tem cronograma atrasado em diferentes cidades brasileiras. De acordo com a Saúde, as 104, 8 mil doses estavam armazenadas. A Coronavac deve ser administrada com o intervalo de até 28 dias entre as duas doses, mas idosos de ao menos oito Estados já ultrapassaram esse prazo sem que a segunda dose fosse ofertada.

Além do imunizante do Butantan, o governo federal informou que também serão distribuídas 5,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Todos os estados e o Distrito Federal vão receber as novas remessas em uma divisão proporcional.

Na nota, o Ministério da Saúde reforça a importância para todos tomarem a segunda dose da vacina, "mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório, para assegurar a proteção adequada contra a doença".

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Tomar apenas uma dose da vacina contra a covid-19 não é recomendado e nem sensato. O alerta vem de especialistas preocupados com a situação brasileira de atraso na vacinação. De acordo com dados científicos, só quando 70% da população inteira do país tomar as duas doses é que será possível frear o avanço da covid-19 e reduzir a circulação do coronavírus.

Quem toma apenas uma dose da vacina corre o risco de não ter a imunidade completa para casos graves e, por isso, não entra na categoria dos 70% de brasileiros imunizados. É por isso que pode acontecer de uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina ser infectada pelo vírus e até morrer.

“A vacina foi mostrada com eficiência de 100% de cobertura de casos graves com duas doses e após mais 14 dias. Essa é a dita imunidade completa, que não livra do vírus e sim de casos graves. Se não completar o processo de imunização, não há garantia de que a dose recebida vai responder com o mesmo percentual de segurança”, explica Adielma Nizarala, médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS).

Os dois imunizantes que estão sendo aplicados no país são o CoronaVac, desenvolvido pela farmacêutica chinesa SinoVac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, e a da AstraZeneca, envasado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Cada um possui intervalo diferente entre a primeira e a segunda dose: 14 a 28 dias para a CoronaVac e três meses para a AstraZeneca.

“Tem outras vacinas aplicadas fora do Brasil que tem apenas uma dose só, mas esse não é nosso caso”, lembra o infectologista e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Claudilson Bastos. O especialista também concorda que é necessário que seja observada a aplicação de duas doses.

“A eficácia da vacina na primeira dose não é alta. Dependendo do tipo, varia de 50% a 70% com apenas a primeira etapa. Com o reforço, a segurança aumenta consideravelmente. Os riscos de ter covid grave, em estado crítico, que precisa de hospitalização, diminui. E é essa a função da vacina, evitar mortes”, diz.

E isso já está sendo observado nos números da pandemia. Um levantamento feito pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) mostra que, até o dia 24 de abril deste ano, 99,9% dos cerca de 2,2 milhões de vacinados contra a covid não contraíram a doença ou, se infectados, não precisaram de hospitalização.

Apenas 382 pacientes imunizados chegaram ao ponto de serem internados, o que representa 2,14% das 17.786 notificações de internações por covid ocorridas em 2021. Dos 382 pacientes, 281 tinham tomado somente a primeira dose e 99 também a segunda. Em apenas duas notificações não constavam a informação de quantas doses tinham sido aplicadas.

Demora
Atualmente, a prefeitura de Salvador vive um momento complicado na sua etapa de vacinação, pois as doses da CoronaVac disponíveis são suficientes apenas até esta quinta-feira (29). Segundo o Instituto Butantan, um novo lote só estará disponível a partir da próxima semana. Isso significa que as pessoas que precisam tomar a segunda dose nesse final de semana vão ter que atrasar a data de aplicação da vacina.

Mas Adielma Nizarala não vê isso como motivo de pânico. “O problema mesmo é deixar de completar a imunização, deixar de tomar a segunda dose. Se passar alguns dias do prazo estabelecido pelo fabricante, não acontece nada. Não tem nenhum estudo que mostre que vai trazer algum maleficio esse atraso. Baseado no ritual de outras vacinas, a gente consegue perceber que não há problema”, diz.

O infectologista Claudilson concorda. “Não é o ideal. O correto é tomar no prazo correto. Eventualmente, se passar um tempo, o que não deve acontecer, tem que tomar de qualquer jeito e o mais rápido possível”, explica. Em Salvador, atualmente, 16.231 pessoas estão habilitadas para receber a segunda dose e ainda não compareceram aos postos de vacinação, segundo a SMS. Na Bahia, na última quinta-feira (22), eram 21.628 pessoas que não foram tomar a segunda dose da vacina, segundo a Sesab, que não enviou os números atualizados até o fechamento do texto.

Já o professor Celso Sant'Anna, médico imunologista e docente da Rede UniFTC, é mais crítico. Ele explica que a demora prolongada poderia causar até mesmo uma nova forma do coronavírus, mais resistente aos imunizantes e, consequentemente, mais perigosa à população.

"As consequências das pessoas não receberem as duas doses são trágicas. As vacinas foram programadas para serem aplicadas em duas doses, sendo aplicada uma só, não garante coisa nenhuma. A pessoa vacinada apenas com uma dose pode, inclusive, ser transmissora de uma forma de vírus mais forte e mais resistente. Caso haja um grande atraso, minha orientação é que se reinicie o processo de imunização do início, ou seja, mais duas doses", sustenta

A infectologista Fernanda Grassi, da Rede Covida, também defende que a vacinação seja feita de forma completa, com duas doses aplicadas no intervalo de tempo estipulado pelos fabricantes. "Ainda não sabemos o tempo exato que é aceitável um atraso. A CoronaVac tem uma melhor eficácia quando a segunda dose é aplicada 28 dias após a primeira. Podemos imaginar que uma ou duas semanas não tenha efeitos tão grandes, mas mais que isso, não podemos garantir que a segunda resposta será ótima", finaliza.

O MInistério da Saúde, por sua vez, afirmou que a população deve tomar a segunda dose da vacina mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório. “Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença”, disseram. A Sesab também foi procurada para se manifestar sobre o assunto, mas não retornou até o fechamento do texto.

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A prefeitura de Salvador informou que garante vacinação para mais de 10 mil trabalhadores de educação municipal que estão acima dos 40 anos - isso significa que cerca de 75% dos profissionais que atuam escolas tomarão a primeira dose da vacina contra a covid até a retomada das aulas presenciais, na segunda-feira (3).

Na rede estadual, os percentuais são ainda maiores. Cerca de 85% dos trabalhadores da educação que atuam nas escolas estaduais terão recebido a primeira dose até segunda-feira, segundo informa a prefeitura.

A vacinação para trabalhadores de educação acima dos 40 anos começou na segunda (26). “Esse é um passo importantíssimo para a retomada segura da educação em nossa cidade. Já vacinamos mais de 26% da população de Salvador. Concluímos a imunização dos idosos acima de 60 anos, que é o público mais vulnerável. Estamos avançando no público com comorbidades. Salvador vem se destacando em todos os rankings nacionais de vacinação, ocupando as primeiras posições”, diz o prefeito Bruno Reis.

Além dos trabalhadores da Educação, também estão sendo vacinados contra a covid-19 idosos; trabalhadores regulares e autônomos da saúde; agentes de segurança pública; comorbidades como pacientes em hemodiálise, com síndrome de Down e transplantados; além de trabalhadores de áreas essenciais como rodoviários e agentes de limpeza.

Sindicato quer vacinação de todos
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), secção Salvador, determinou no fim da tarde desta terça-feira (27) a paralisação das atividades presenciais nos dias 3, 4 e 5 de maio na capital baiana. De acordo com decreto da prefeitura, as aulas retornam a partir de segunda-feira (3).

"Tivemos uma assembleia hoje com mais de 2 mil trabalhadores da educação de Salvador e decidimos pela paralisação", afirma o presidente. "Vamos continuar nosso trabalho remoto, porém caso o prefeito não revogue o decreto, faremos uma greve geral. Também teremos atividades como carretas e protestos."

Em nota, o Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro), que também representa professores de colégios particulares do estado, também se posicionou contra o retorno presencial ou semipresencial sem vacinação, sem que se complete o ciclo de imunização, e anunciou que amanhã à noite faremos assembleia com a categoria para tratar do tema.

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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, reforçou na manhã desta terça-feira (27) que, apesar de um "pequeno" atraso, a entrega de vacinas contra a covid-19 ao Ministério da Saúde deverá ser retomada no próximo dia 3 de maio. A previsão inicial era que o instituto concluísse o primeiro contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 46 milhões de doses até o fim de abril. Ao todo, restam ser entregues 3,2 milhões de doses.

Em entrevista à rádio CBN, Covas rebateu as declarações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que ontem, durante audiência no Senado, disse haver "dificuldades com a segunda dose". Segundo o diretor do Butantan, a programação foi feita com antecedência e o Ministério da Saúde imediatamente avisado da possibilidade de "qualquer interveniência".

No fim de março, o governo federal passou a orientar que não era mais preciso reservar metade dos lotes da Coronavac para garantir a segunda dose e municípios correm o risco de suspender a campanha vacinal até que as entregas sejam restabelecidas - ou de vacinar pessoas além do período previsto para eficácia máxima do imunizante.

"Alguns Estados fizeram a reserva para a segunda dose, como é o caso de São Paulo, portanto aqui não tem faltado a segunda dose no prazo determinado. Agora, outros não fizeram essa reserva, inclusive por conta da orientação do próprio ministério", afirmou Covas.

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