Mais uma prova do Enem vem aí. As inscrições para o exame que é a principal porta de acesso às universidades brasileiras abrem nesta semana, na quarta-feira (30). Esta será a segunda edição em que as provas ocorrerão mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia. As versões impressa e digital do Enem 2021 serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro deste ano. Os estudantes poderão se inscrever até o dia 14 de julho.

Concluinte do ensino médio no Colégio Estadual Brigadeiro Eduardo Gomes, no bairro de Matatu de Brotas, Joana Júlia Pereira, 20, diz que pretende fazer a prova, mas se sente insegura em relação ao aprendizado nestes dois anos letivos de aulas remotas.

Antes da pandemia, um dia no colégio costumava ter cinco aulas de 50min e, agora, são apenas duas aulas online, das 19h20 às 21h. No tempo restante, ela e os colegas têm que se dedicar a fazer as atividades propostas pelos professores, mas acredita que essa carga de exercícios dobrou e tem sido difícil dar conta de tudo.

“São muitos professores passando atividades, é uma forma de repor nossas horas perdidas, não é culpa deles, mas acho que aumentou muito. Vou fazer o Enem, mesmo com todos os obstáculos. Por mais que eu me esforce, não tenho certeza se vou conseguir uma boa nota, mas pelo menos acredito que será mais tranquilo porque a gente teve uma adaptação melhor”, diz a jovem.

Ainda segundo a estudante, é triste a realização da prova neste cenário, mas se não tivesse o Enem, seria um segundo ano de atraso na vida da juventude, que já está “angustiada com as perspectivas para o futuro”, completa ela, que é diretora de cursinhos pré-vestibular da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

Para Joana Júlia, uma boa saída para esse cenário é os jovens encontrarem força entre si mesmos, ajudando uns aos outros, se colocando à disposição para ensinar aos colegas que sentem mais dificuldades com determinadas disciplinas. “Esse momento vai passar, não vamos ficar assim para sempre, e apesar de ser complicado, precisamos concluir o ensino médio”, encoraja ela, que pretende fazer faculdade de História.

Divulgada este mês, uma pesquisa feita com 68 mil jovens brasileiros entre 15 e 29 anos, conduzida pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), entidade do governo federal, revelou que em 2020, 52% dos jovens disseram que não pretendiam fazer a prova do Enem e, em 2021, esse número subiu para 73%, um aumento de 21%.

Ou seja, entre os respondentes, apenas 26% disseram que pretendem fazer a prova deste ano, em novembro. A última edição do exame teve a maior taxa de abstenção nacional de toda a história, com mais da metade de ausentes: 55%, percentual médio que já havia sido previsto por essa mesma pesquisa. Ainda conforme o Conjuve, entre um ano e outro, cresceu de 56% para 74% o número de jovens preocupados com o desempenho no Enem.

Em um contexto de poucas evidências sobre qual é a atual situação da educação no país, um estudo do Insper e do Instituto Unibanco, também divulgado este mês, estimou a perda de aprendizagem entre os estudantes das redes estaduais que irão concluir o Ensino Médio no Brasil em 2021. Os resultados foram considerados alarmantes.

Conforme o documento, os estudantes que concluíram o 2º ano do Ensino Médio em 2020 possivelmente iniciaram o 3º ano com um domínio de Matemática 10 pontos abaixo do que iriam alcançar, caso não tivessem tido a necessidade de migrar do ensino presencial para o remoto devido à covid-19. Em Língua Portuguesa, a perda estimada foi de 9 pontos. Só para se ter uma ideia, um aluno típico aprende, ao longo de todo o Ensino Médio, em média, 20 pontos em Língua Portuguesa e 15 em Matemática.

Em 2020, o grau de engajamento da rede estadual de ensino — equivalente a uma jornada de 25h semanais de estudo cumpridas pelo estudante — foi de apenas 36%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Covid-19 (PNAD-Covid).

Responsável pela vice-presidência da Ubes e também concluinte do ensino médio em Simões Filho, Iago Alves, 19, tem escutado as demandas dos estudantes e diz que o clima geral nesse segundo ano é mesmo de insegurança. Ele reconhece que o ensino remoto é uma saída, mas diz que ainda são poucos os estudantes que conseguem aprender, de fato, através dessa modalidade.

"A maior preocupação do pessoal é em como fazer essa prova tendo só o conhecimento mínimo porque é isso, né? O que estamos aprendendo é o mínimo do que poderia ser feito. O nosso psicológico não muda muito em relação à última prova. Desta vez, pelo menos a gente tem uma data certa da prova", diz Alves.

Apesar dos indicadores, a experiência pessoal de Jeana Lemos, diretora do Colégio Estadual Heitor Villa Lobos, no Cabula VI, a faz crer que os alunos da escola estão melhor preparados do que no último Enem. Ela indica que há um nível melhor de segurança para a realização da prova, já que mais brasileiros estarão vacinados até novembro, e os estudantes já conhecem melhor os protocolos de cuidados em espaços compartilhados.

Além disso, professores e alunos se esforçaram mais para ensinar e aprender no ensino remoto. Ela nota que ainda há dificuldades, sobretudo com relação ao acesso à internet de qualidade e problemas de percurso no aprendizado, mas, por outro lado, relata ter observado que os alunos começaram a perceber que, dentro do que está ao alcance neste momento, esta modalidade de ensino está dando certo.

"Acredito que os nossos meninos não podem mais perder tempo. Tenho muita fé de que esse ano será diferente. Acredito que em breve vamos ter condições de partir para o ensino híbrido. Sou otimista e acho que, apesar das novas variantes do vírus e da possibilidade de 3ª onda, o pior passou e a educação se reinventou", afirma.

Para se inscrever, é necessário acessar a Página do Participante no site do Inep. É preciso ter o login único dos portais gov.br, que também permite acompanhar a situação das solicitações e entrar com possíveis recursos. A taxa de inscrição é de R$ 85.

Quem não possui o login pode criá-lo no endereço eletrônico acesso.gov.br. No ato da inscrição, o participante precisa informar o número do CPF e a data de nascimento, além de indicar qual modalidade do Enem 2021 deseja realizar (impressa ou digital).

Os candidatos pagantes, que são aqueles que não têm direito ou não conseguiram aprovação da isenção da taxa de inscrição, terão até o dia 19 de julho para fazer o pagamento do Guia de Recolhimento da União (GRU) e confirmar a participação na prova. Quem teve o benefício da isenção concedido fará a avaliação gratuitamente.

O boleto é gerado automaticamente pelo sistema ao finalizar a inscrição. O participante deve baixar o documento e fazer o pagamento em qualquer banco, casa lotérica, aplicativos bancários ou agência dos Correios, obedecendo aos critérios estabelecidos por esses correspondentes bancários.

Nesta edição, tanto a versão impressa quanto a digital serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro e terão as mesmas provas, com itens iguais. Os participantes que se inscreverem para conhecer a prova, na condição de “treineiros”, deverão realizar a inscrição para o Enem impresso, pois o Enem Digital será exclusivo para quem já concluiu o ensino médio ou está concluindo essa etapa neste ano.

Atendimentos especializados

Conforme o edital do Enem, o participante que necessitar de atendimento especializado deverá informar, no ato da inscrição, as condições que motivam a solicitação. Para esta edição, o Inep anunciou que a versão digital, realizada pela primeira vez na edição passada, terá recursos de acessibilidade para a realização do exame. Os participantes que tiverem pedido de atendimento aprovado pelo Inep poderão realizar, por exemplo, prova ampliada, superampliada ou com contraste.

Ainda conforme o edital será permitido que o participante com atendimento especializado use materiais próprios que auxiliem na realização da prova no computador, caso seja necessário. Tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), tempo adicional e salas acessíveis também são recursos previstos no edital da modalidade digital.

Os resultados do Enem são usados como critério único ou complementar dos processos seletivos para instituições de ensino superior, além de servirem de parâmetros para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e demais programas do governo como Programa Universidade para Todos (Prouni) e Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Com as notas do Enem, os estudantes também podem se candidatar a vagas em instituições de ensino em Portugal.

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A temporada de caça às vagas vai começar. Entre essa terça e sexta-feiras, de 6 a 9 de abril, estarão abertas as inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a plataforma nacional de candidatura em universidades brasileiras. Nesta edição, a Bahia terá mais de 13,6 mil vagas distribuídas em dez instituições públicas de ensino superior, segundo levantamento do CORREIO feito a partir da oferta prévia mostrada no site. Para participar do processo seletivo, os candidatos devem ter feito as provas do último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não ter zerado a redação.

Aplicado em janeiro e fevereiro deste ano em meio à polêmicas por causa da pandemia, o Enem 2020 teve a maior taxa de abstenção de toda a sua história: 51%. Ou seja, mais da metade dos candidatos que se inscreveram não compareceram aos locais de prova. Ao todo, foram mais de 5,5 milhões de inscritos para a prova impressa, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2018 e 2019, a taxa de ausência ficou pouco acima de 20%.

Desta vez, somente 28 estudantes brasileiros conseguiram obter mil pontos na redação, nota máxima. Segundo o Inep, dois deles são da Bahia: um de Macaúbas e outro de Paulo Afonso.

Especialista em educação, Jhonatan Almada, atual diretor do Centro de Inovação e Conhecimento para a Excelência em Políticas Públicas (Ciepp), aponta que estes fatos vão impactar diretamente na concorrência desta edição e os mais prejudicados serão os alunos de escolas públicas. Almada aponta que as desigualdades entre os sistemas educacionais público e privado já eram conhecidas muito antes da pandemia, mas o cenário trouxe maior visibilidade para os problemas.

A estudante Brenna Cordeiro, 19, é egressa do Colégio Estadual Juiz Jorge Faria Góes, em Feira de Santana, e conhece bem as dificuldades. “Eu saí de um ensino público absurdamente defasado, tanto é que só fui conhecer o que realmente era cobrado no Enem estudando por fora”, diz a jovem, que chegou a pagar um cursinho pré-vestibular remoto durante a pandemia, mas desistiu porque não estava conseguindo acompanhar as aulas pelo celular.

“A videochamada era horrível, a internet da minha casa também é muito ruim, eu estava sem notebook, então preferi estudar por outros meios”, relata ela, que preferiu usar apostilas emprestadas pelo namorado da prima, mas terminou perdendo chances de tirar dúvidas com professores.

Brenna prestou o Enem deste ano e diz que, embora a pandemia tenha complicado seu aprendizado, suas expectativas são maiores do que no último exame. Ela quer cursar Odontologia na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e, diante da grande abstenção, imagina que a concorrência pelas vagas afirmativas estará mais fácil, mas lamenta que o pessoal de escola particular saia com ainda mais vantagem na disputa.

Para Jhonatan Almada, outro agravante é o fato de que as políticas de permanência nas universidades — voltadas aos estudantes da rede pública, baixa renda, negros e indígenas — podem estar agora mais ameaçadas devido aos cortes que as instituições de ensino superior vêm sofrendo.

“Temos um Enem que já foi excludente, acrescido dos cortes orçamentários e provável contingenciamento. Dessa forma, as instituições mal conseguirão manter a atual assistência estudantil, e ampliar está fora de cogitação”, avalia.

As vagas desta edição

De todas as instituições baianas no Sisu, a Universidade Federal da Bahia é a que possui maior disponibilidade de vagas e cursos: são mais de 4,6 mil oportunidades em 96 cursos de graduação nos campi Salvador, Camaçari e Vitória da Conquista. Neste ano, a Ufba decidiu adotar as duas edições do Sisu, primeiro e segundo semestre. Cursos que exigem provas específicas de habilidades, como Licenciatura em Música, Música Popular e Canto, Composição e Regência, não estarão disponíveis na plataforma. Estes seguem edital da própria Ufba.

Presente em 14 cidades baianas, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba) tem 1,2 mil vagas, sendo 603 reservadas para cotas e 598 para ampla concorrência. Há 35 cursos superiores espalhados por Barreiras, Brumado, Camaçari, Feira de Santana, Irecê, Jequié, Lauro de Freitas, Paulo Afonso, Porto Seguro, Salvador, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho, Valença e Vitória da Conquista.

SE LIGA NAS DATAS DO SISU!
Inscrições: de 6 de abril, amanhã, até 9 de abril, sexta-feira, às 23h59
Resultados: 13 de abril
Matrículas: de 14 a 19 de abril
Manifestação para lista de espera: de 13 a 19 de abril

Pró-reitor de ensino do Ifba, Jancarlos Lapa, diz que é importante que cada estudante identifique quais critérios irá utilizar para a escolha, que pode ser afinidade, mundo do trabalho ou até avaliação nacional do curso, por exemplo.

Em 2019, dois cursos do campus Salvador (Engenharia Química e Tecnologia em Radiologia) e um do campus Eunápolis (Engenharia Civil) conquistaram nota máxima, equivalente a 5. Quatro cursos obtiveram nota 4, sendo três do campus Vitória da Conquista (Engenharia Civil, Engenharia Elétrica e Engenharia Ambiental) e um do campus Salvador (Engenharia Elétrica).

Já o IF Baiano oferecerá 820 vagas, sendo 370 vagas de ampla concorrência. O instituto tem 22 cursos em seus dez campi: Itapetinga, Bom Jesus da Lapa, Catu, Guanambi, Santa Inês, Senhor do Bonfim, Serrinha, Teixeira de Freitas, Uruçuca e Valença.

A Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) tem 960 vagas em 30 cursos distribuídos nos campi Barra, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Luís Eduardo Magalhães e Santa Maria da Vitória. Deste total, 482 são reservadas para estudantes oriundos de escola pública, incluindo pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência; 295 para candidatos que tenham cursado todo o ensino médio em 80 municípios baianos distantes até 150 km de qualquer um dos campi da Ufob; e 183 para a ampla concorrência.

Os aprovados nos cursos de Direito e Medicina iniciarão as atividades apenas no segundo semestre letivo de 2021, previsto para começar em 2022. A Ufob disponibiliza em seu site as notas de corte dos cursos desde 2015.

Já a Universidade Estadual De Santa Cruz (Uesc) está ofertando mais de 1,3 mil vagas em 38 cursos, todos com entrada no segundo semestre. Apenas os cursos de Ciências Sociais, Filosofia e Medicina ficam de fora dessa edição porque não houve viabilidade para oferta de vagas deles, considerando questões como infraestrutura, quadro docente, oferta anual (Medicina) e demais pontos que comprometeriam a qualidade do ensino.

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) terá mais de 1,4 mil oportunidades em 40 cursos. Desse total de vagas, 639 são para os candidatos da ampla concorrência e 719 vagas para cotistas. Os cursos serão nos campi de Amargosa, Cachoeira/São Félix, Cruz das Almas, Feira de Santana, Santo Amaro e Santo Antônio de Jesus.

A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) divulgou que também tem mais de 1,4 mil vagas em 45 cursos nos campi Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Daquele total, 279 vagas estão destinadas à modalidade de ampla concorrência. A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) terá 1.090 vagas em 30 cursos.

Entre todas, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que têm atuação em diferentes estados, estão ofertando a menor quantidade de vagas na Bahia: 640 e 92, respectivamente. A Univasf tem campi em Juazeiro, Senhor do Bonfim e Paulo Afonso. Já a Unilab, apenas em São Francisco do Conde. Desta vez, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), que tem parte do ingresso através de vestibular próprio, não está ofertando vagas.

Em entrevista anterior ao CORREIO, o presidente regional da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-BA), Wladimir Martins, falou sobre as carreiras que considera promissoras. Segundo ele, a pandemia escancarou as possibilidades em uma área que já tinha boa empregabilidade, a da Saúde. No entanto, vislumbrando o futuro pós-pandemia, ele aposta que as profissões na área de Tecnologia da Informação (TI) continuarão em ascensão e terão grande absorção de profissionais.

OFERTA DE VAGAS NA BAHIA:

IFBA - 1.201 vagas em 35 cursos
IF Baiano - 820 vagas em 22 cursos
UEFS - 1.090 vagas em 30 cursos
UESC - 1.323 vagas em 38 cursos
UFBA - 4.693 em 96 cursos
UFOB - 960 vagas em 30 cursos
UFRB - 1.429 vagas em 40 cursos
UFSB - 1.454 vagas em 45 cursos
Univasf - 640 vagas em 13 cursos
Unilab - 92 vagas em 2 cursos
Uneb - Não participa desta edição

Sobre as inscrições e seleção

O processo seletivo referente à primeira edição de 2021 terá apenas uma única chamada. É possível se inscrever em até duas opções de vaga, especificando a ordem de prioridade e a modalidade de concorrência. Deve-se optar por concorrer às vagas de ampla concorrência ou aquelas reservadas a políticas de ações afirmativas, as cotas. Não é permitido se inscrever em mais de uma modalidade para o mesmo curso e turno, na mesma instituição de ensino e local de oferta.

O sistema irá disponibilizar, periodicamente, a nota de corte — ou seja, a menor nota que o candidato se classifique dentro do número de vagas — para cada curso, conforme o processamento das inscrições efetuadas. Durante esse período, o estudante poderá alterar as suas opções, bem como efetuar o cancelamento. A classificação no Sisu será feita com base na última alteração efetuada e confirmada no sistema.

O processo de matrícula nas universidades será de 14 a 19 de abril, em dias, horários e locais de atendimento definidos por cada instituição de ensino.

Para participar da lista de espera, o estudante deverá manifestar seu interesse por meio da página do Sisu, no período de 13 a 19 de abril, em apenas um dos cursos para o qual optou por concorrer. Aquele que foi selecionado na chamada regular em uma de suas opções de vaga não poderá participar da lista de espera, independentemente de ter realizado ou não sua matrícula na instituição. O preenchimento das vagas não ocupadas na chamada regular será definido em edital próprio de cada instituição participante.

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A edição 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já está sendo planejado e deve acontecer em novembro ou dezembro deste ano. A informação foi divulgada pelo presidente do Inep, instituto responsável pela prova, Alexandre Lopes.

Para o presidente do instituto responsável pela prova, o cronograma da edição de 2021 não deve ser alterado. O planejamento mantém como data provável o mês de novembro, em que o Enem ocorria antes da pandemia, mas traz a possibilidade de ocorrer em dezembro.

"As provas serão por volta de novembro, dezembro", afirmou Lopes quando apresentava os resultados do Enem digital, que foi aplicado pela primeira vez na história.

A proposta de Lopes é expandir a versão digital na edição de 2021. "Já em 2021 vamos ampliar a oferta, para mais pessoas fazerem o Enem digital", afirmou. O objetivo é tornar o Enem totalmente digital até 2026.

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Assim como no primeiro dia de prova, é tranquilo o movimento em algumas das principais escolas de Salvador que recebem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No Campus Salvador do Instituto Federal da Bahia (Ifba), no Barbalho, alguns alunos aguardavam na entrada do colégio o horário de fechamento dos portões para não entrar tão cedo em sala de aula.

"Eu prefiro ficar aqui fora, pois tomo um ar, respiro um pouco e evito o nervosismo", disse a estudante Stefanie Lobosco, 18 anos. Ela queria que a prova tivesse sido adiada. "Não houve segurança. Em minha sala, não teve distanciamento, era um bem atrás do outro. Ninguém conferiu a minha temperatura também", reclamou.

O estudante Emerson Barreto, 19 anos, também lamentou a realização do exame por aqueles que tiveram que escolher não fazer a prova, por segurança. "Eu mesmo tenho uma amiga que a mãe é do grupo de risco e por isso ela não quis fazer o Enem esse ano", relata o rapaz. "Ano passado o Inep fez a votação para que escolhessemos a melhor data de realização da prova e a maioria das pessoas decidiu por maio. Mesmo assim eles deixaram em janeiro, o que foi muito prejudicial para muita gente", diz Emerson, que estava acompanhado dos amigos João Victor Bonfim e Welington Gomes. "Nós ficamos em casa nesse período, mas como moramos perto e estamos na mesma escola, viemos juntos enfrentar essa prova", explica.

No geral, o clima entre os estudantes era mais tenso por causa dos temas desse segundo dia: matemática e ciências da natureza. Os números assustavam alguns. "Semana passada eu estava bem mais tranquila, mas agora são temas que eu tenho mais dificuldade", confessou Jéssica Souza dos Reis, 18 anos, que fez o seu primeiro Enem no tradicional Colégio Central. Por lá o movimento era mais tranquilo, assim como foi no primeiro dia do exame.

"Eu estou com medo por causa da pandemia, mas tranquila com os protocolos de segurança. Teve muita gente que faltou na minha sala e muitas cadeiras ficaram vazias", contou Jéssica. No Central não teve correria no horário de fechamento do portão. Assim como no primeiro dia de prova, nenhum aluno chegou atrasado.

Economia
Se o movimento foi tranquilo, o mercado informal também foi prejudicado. Apenas dois ambulantes estavam na porta do IFBA vendendo água, suco e canetas. Um deles é João Santos, 53 anos, que em todo Enem vai para a porta do Ifba. "Já é tradição. Escolho esse local por ser mais perto da minha casa e por causa do movimento que é sempre bom. Mas esse ano está deixando a desejar", diz o rapaz, que projeta uma queda de 50% no seu ganho em comparação com a última edição do Enem. "Todo o mercado informal está sendo muito impactado com a pandemia", lamenta.

Já Caroline Oliveira, que fazia panfletagem na frente do Ifba, confessou que na semana passada estava no Colégio Central, mas decidiu mudar de unidade por causa do baixo movimento. "Eu estou achando aqui no Ifba melhor, pois pelo menos tem essa concentração de estudantes. No Central estava bem parado mesmo. Mas se formos pensar num Enem tradicional, sem pandemia, a diferença é enorme. Não tem nem comparação", aponta.

No Central, o gestor do polo ACM da faculdade particular Unopar, Jefter Fernandes, coordenava a equipe que fazia o cadastro de possíveis alunos para sua faculdade. Ele comentou que teve mais sucesso nesse domingo do que no passado.

"A gente conseguiu fazer mais cadastros, acredito que na semana passada as pessoas estavam mais nervosas e preocupadas com o protocolo. Agora, até mesmo com a chegada da vacina, dá uma sensação de esperança para projetarmos o nosso futuro", diz.

Nesse domingo, os portões dos colégios abriram 15 minutos mais cedo do que na semana passada e 45 minutos mais cedo do que é normalmente, às 11h15. Os estudantes tiveram, por tanto, 1h45 para entrarem no colégio. Os portões só fecharam às 13h e a aplicação das provas começa pontualmente às 13h30.

Publicado em Bahia

Mais da metade dos candidatos que se inscreveram para participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não compareu aos locais de prova neste domingo (17). De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), foram 5.523.029 candidatos inscritos para a prova impressa. Desses, 2.842.332 não compareceram, o que representa 51,5% de ausentes. O número é recorde na história do exame. Em 2019, foram 23,06% de ausência e, em 2018, 24,76%.

Apesar do alto índice de ausentes - o maior da história do exame - , segundo Alexandre Lopes, presidente do Inep, o saldo foi positivo. "2,6 milhões de pessoas fizeram a prova. Eu considero positivo. O Brasil conseguiu realizar seu exame nacional, tirando o estado do Amazonas, que tem mais 160 mil estudantes que poderão fazer em outro momento", analisa Lopes.

Neste domingo, na primeira etapa da verdadeira maratona que é o Enem, os participantes tiveram que responder 45 questões de Ciências Humanas, 45 questões de Linguagens e a confecção da Redação.

Nesta edição, o tema da redação foi “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. O assunto faz par perfeito com o momento atual, já que uma das expressões que mais se ouve por aí é ‘saúde mental’ e o chamado “Janeiro Branco” é o mês de conscientização em prol dela.

De acordo com professores que analisam a prova, alguns pontos se destacaram, como a recorrência de questões sobre a figura da mulher na sociedade e sobre o uso e manipulação de dados na internet. Além disso, a prova de linguagens teve presença marcante do pré-modernismo, com autores contemporâneos, e as provas de Filosofia e Sociologia fugiram dos autores clássicos, exigindo mais habilidade por parte do candidato.

O Inep divulgará o gabarito oficial completo até o dia 27 de janeiro de 2021, três dias úteis após a segunda prova, como explica o edital. Os professores do Grupo SAS resolveram as questões e elaboraram um gabarito extraoficial. O candidato pode conferir as respostas no Portal SAS, através do link.

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Aplicadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) relatam planos de ocupação superior a 30 estudantes nas salas onde a prova será realizada neste domingo. Um dos comunicados aos quais o Estadão teve acesso inclui a previsão de alocar em uma escola 32 candidatos em espaços com capacidade para 40 alunos - redução abaixo do patamar de 50% prometido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC). Os colaboradores relatam insegurança com os protocolos para evitar a transmissão do coronavírus. O Enem teve a segurança sanitária questionada na Justiça.

A reportagem ouviu aplicadores dos Estados de Amazonas, Rio, Pará, Minas, Rio Grande do Sul e Piauí em sigilo, além de secretários da Educação. Uma cláusula na contratação para aplicar a prova proíbe o detalhamento dos procedimentos a terceiros. A reportagem também teve acesso a trocas de mensagens entre aplicadores e coordenadores locais e ao manual dos chefes de sala e fiscais. Nos últimos dias, o Inep tem destacado que vai garantir distanciamento entre alunos, mas não respondeu às perguntas do Estadão sobre ocupação de salas.

Em um dos casos, em Manaus, uma jovem que participaria da aplicação do exame abandonou o serviço após a coordenadora do local de prova indicar que as salas com capacidade para 40 alunos seriam usadas por 32. O documento com a distribuição dos alunos por sala foi compartilhado no grupo de aplicadores na internet depois que alguns colaboradores, preocupados com os protocolos, questionaram sobre a ocupação das salas. Anteontem, a Justiça Federal barrou a aplicação da prova no Amazonas, mas a Advocacia-Geral da União recorreu.

Em outro, o coordenador de local de prova no interior do Piauí disse à representante da escola, uma servidora pública responsável por apoiar os fiscais no dia do exame, sobre a impossibilidade de garantir o distanciamento entre alunos. "Sugeriram 2 metros de distanciamento, mas vai ser impossível, porque colocaram 32 alunos por sala", disse ele, em mensagem à colaboradora compartilhada com a reportagem. Segundo a servidora, as salas da escola pública onde trabalha não comportam 32 pessoas com distância de 2 metros. O manual dos chefes de sala indica que carteiras devem ser organizadas "com espaço frontal e lateral de dois metros entre elas".

Ao Estadão, o secretário de Educação do Rio Grande do Norte, Getúlio Marques, afirmou que diretores de escolas cedidas para o exame procuraram a gestão estadual e relataram solicitação de classes para 30 alunos. "Algumas comunicações que chegaram da Cesgranrio (empresa que faz a aplicação da prova) pediram para (diretores de escola) preparar logística para sala com 30 alunos. E colocamos essa dificuldade, de que com 30 alunos a nossa legislação nem permite." O plano de retorno das aulas em fevereiro na rede estadual prevê 15 alunos, no máximo, nas salas. Segundo Marques, o Inep "alega que historicamente há abstenção de cerca de 27%". Ele encaminhou ofício ao MEC pedindo adiamento do exame. Na edição passada, o Enem registrou ausência de 23,1% candidatos no primeiro domingo.

O titular da Educação na Bahia, Jerônimo Rodrigues, também fez essa solicitação. Segundo ele, as salas da rede comportam em torno de 40 alunos. "Ouvi de uma escola de Camaçari (a 40 km de Salvador), a possibilidade de colocar 32 estudantes", disse ao Estadão. "Entendemos que vai haver aproximação entre um estudante e outro."

O Inep estima que serão usadas 205 mil salas, em 14 mil pontos de aplicação neste ano. Em 2019, o Enem foi aplicado em 145 mil salas, em cerca de 10 mil locais de prova. O número de inscritos na prova saltou de 5,1 milhões para 5,7 milhões.

Procurados para comentar sobre a ocupação das salas e sobre o motivo da previsão de 32 estudantes em salas com capacidade para 40, o Inep e o MEC não responderam. O Estadão também questionou se o órgão conta com a abstenção para garantir o distanciamento ou se esse distanciamento será respeitado mesmo em escolas sem registros de faltas de estudantes, mas não obteve resposta.

Nesta quinta-feira, ao UOL, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, disseque as salas terão "20, 30 pessoas". "Quem fez (vestibular da) Unicamp e USP sentou em sala com 20,30 pessoas. Assim como vai fazer o Enem em sala de 20, 30 pessoas." A Fuvest determinou ocupação de 40% das salas e a Unicamp dividiu inscritos em dois dias. A reportagem não conseguiu contato com a Cesgranrio. /J.M.

Insegurança
Outros aplicadores dizem não saber o número de alunos nas salas onde vão aplicar a prova nem como será medido o distanciamento - eles esperam esclarecimentos no domingo. "A escola deste ano é a mesma em que trabalhei em anos anteriores. Acho a sala pequena para o desafio do distanciamento e as janelas não são tão grandes", disse a chefe de sala em uma escola em Ananindeua, no interior do Pará.

Também há dúvidas sobre as máscaras. Os fiscais devem receber máscaras, mas não sabem o modelo. Quem vai trabalhar na prova passou por capacitação de 20 horas. Os módulos incluem instruções sobre a covid. Sobre ventilação, o documento indica como tarefa "quando for possível, abrir portas e janelas das salas, para priorizar a ventilação natural, e mantê-las abertas durante toda a aplicação".

Os aplicadores têm receio de que nem todos compartilhem os mesmos cuidados. Uma jovem que vai aplicar o Enem no interior de Minas recebeu a informação de que colegas de aplicação estariam em festas no fim de semana. "Não estou segura." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Publicado em Bahia

Uma operação especial de transporte foi montada pela prefeitura para os próximos domingos (17 e 24), quando serão realizadas as provas do Enem. Haverá reforço nas linhas de ônibus e equipes da Transalvador nos principais corredores de tráfego para evitar retenções no trânsito.

De acordo com a prefeitura, serão 375 ônibus no total, representando um acréscimo de 49,1% em comparação com os 190 veículos que atendem estas mesmas linhas em domingos normais.

A operação especial de transporte vai acontecer das 8h às 16h, em ambos os domingos. Além destes ônibus extras, a Semob terá o reforço de quatro veículos reguladores nas estações da Lapa, Acesso Norte, Pirajá e Mussurunga. Esses veículos ficarão à disposição da fiscalização para apoio dos candidatos na saída das provas, entre 14h e 21h.

Haverá equipes da Transalvador em rondas pela cidade. Elas serão auxiliadas pelo Núcleo de Operações Assistidas (NOA), que fará o monitoramento do tráfego por meio das câmeras de videomonitoramento.

Caso seja identificada qualquer situação que possa causar retenção ou bloqueio nas vias, as equipes de rua serão acionadas imediatamente para que o problema seja finalizado com brevidade. Também não será permitida a realização de eventos que necessitem de interdição das vias nos horários de deslocamento dos estudantes para os locais de prova.

Confira as linhas que serão reforçadas:

CÓD

LINHA

1342

Estação Pirajá – Bonfim

1511

Conjunto Pirajá I – Engenho Velho da Federação

1521

Conjunto Pirajá – Estação Pirajá

1522

Pirajá – Estação Pirajá

1533

Fazenda Coutos – Lapa

1604

Base Naval/São Thomé/Escola de Menores – Lapa

1606

Paripe – Barroquinha

1634

Alto de Coutos – Pituba

1651

Base Naval/São Thomé – Lapa

0216

Ribeira – Lapa

0201

Ribeira/Bonfim – Campo Grande

0221

Ribeira – Barbalho/Fazenda Garcia

0218

Ribeira – Pituba

0219

Ribeira – Rodoviária

1607

Paripe – Barra

1614

Mirante de Periperi – Itaigara

1628

Rio Sena – Lapa

1633

Mirante de Periperi – Ondina

1653

Paripe – Aeroporto

0301

Alto do Peru – Terminal Acesso Norte

0354

Capelinha – Terminal Acesso Norte

0935

Centro de Convenções/Vale dos Rios – Comércio R1

0937

Centro de Convenções/Vale dos Rios/Stiep – Barra

1211

Tancredo Neves – Barra

1327

Estação Pirajá – Baixa dos Sapateiros

1340

Estação Pirajá – Barra 1

1341

Estação Pirajá – Barra 2

1347

Estação Pirajá – Pituba

1403

Cajazeira 11 – Ribeira

1413

Boca da Mata – Lapa / Barra

1388

Estação Pirajá – Barra 3

1215

Engomadeira – Lapa

1225

Sussuarana – Lapa (Vasco)

1141

Cabula VI – Ribeira R1

1310

Estação Pirajá – CAB

1207

Tancredo Neves – Pituba

1389

Nova Brasília/Jardim Nova Esperança – Estação Pirajá

1334

Sete de Abril – Lapa

1372

Jardim Nova Esperança – Lapa

1130

Cabula VI – Ondina

0403

Caixa D’Água – Lapa

0140

Lapa – Rio Vermelho (Cardeal)

1025

Estação Mussurunga – Barro Duro

1002

Aeroporto – Campo Grande

1005

Lapa – Itapuã/Stella Maris

1007

Lapa – Terminal Aeroporto/Jardim das Margaridas

1035

Aeroporto – Sé

1052

Estação Mussurunga – Barra 2

1061

Estação Mussurunga – Brotas

1062

Estação Mussurunga – Cabula

0708

Nordeste – Lapa

0715

Santa Cruz – Lapa

0720

Vale das Pedrinhas – Vila Rui Barbosa

0728

Nordeste – Ribeira

0410

Sieiro – Aeroporto

0422

Pero Vaz – Itaigara

0426

Santa Mônica – Pituba

0530

Cosme de Farias – Lapa

1055

Estação Mussurunga – Ribeira/São Joaquim

1034

Parque São Cristóvão – Barroquinha

1053

Estação Mussurunga – Barra 3

1155

Terminal Acesso Norte – Cidade Nova

0713

Santa Cruz – Calçada/Bonfim

0136

LB1 – Lapa/Chame-Chame

0137

Lapa – Barra Avenida/Barra

0138

Lapa – Garibaldi/Ondina

 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disse, nesta quarta (13), que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 será aplicado nos dias 23 e 24 de fevereiro, apenas em municípios em que autoridades locais decidirem pelo adiamento da prova, por causa da pandemia. As informações são do G1.

Nas demais cidades, a prova impressa está mantida para os dias 17 e 24 de janeiro. Uma decisão da Justiça de São Paulo, na última terça (12), manteve a realização da prova, apesar da solicitação de adiamento pela Defensoria Pública da União e entidades estudantis. No entanto, a decisão judicial diz que autoridades locais podem avaliar a situação sanitária de cada município e optar pela reaplicação do exame, que seria realizado em fevereiro, segundo datas divulgadas pelo Inep. O órgão disse ao G1 que "para qualquer caso dos que são passíveis de reaplicação", a nova data será em 23 e 24 de fevereiro.

Também na terça, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) enviou uma carta ao Ministério da Educação pedindo o adiamento do Enem. “Apesar dos jovens terem menor risco de desenvolver formas graves e tampouco estar prevista a vacinação da população com menos de 18 anos, o aumento da circulação do vírus nesta população pode ocasionar um aumento da transmissão nos grupos mais vulneráveis”, diz o documento, assinado por Carlos Lula, presidente do Conass e secretário estadual de Saúde do Maranhão.

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, comentou o assunto em entrevista ao Bahia Meio Dia, da TV Bahia, nesta quarta. "Expressando nossa preocupação consensual pelo fato de haver importantes assimetrias da pandemia em todo país. Estados entrando em colapso, como o Amazonas, outros com muita dificuldade, como o Espírito Santo. Isso vai fazer com que o Enem, que é uma prova nacional, simultânea, venha não apenas prejudicar as pessoas dessas regiões que estão com ascensão, crise, colapso, como propiciar uma maior disseminação do vírus nas provas presenciais", disse. "Não obtivemos resposta por enquanto".

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disse, nesta quarta (13), que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 será aplicado nos dias 23 e 24 de fevereiro, apenas em municípios em que autoridades locais decidirem pelo adiamento da prova, por causa da pandemia. As informações são do G1.

Nas demais cidades, a prova impressa está mantida para os dias 17 e 24 de janeiro. Uma decisão da Justiça de São Paulo, na última terça (12), manteve a realização da prova, apesar da solicitação de adiamento pela Defensoria Pública da União e entidades estudantis. No entanto, a decisão judicial diz que autoridades locais podem avaliar a situação sanitária de cada município e optar pela reaplicação do exame, que seria realizado em fevereiro, segundo datas divulgadas pelo Inep. O órgão disse ao G1 que "para qualquer caso dos que são passíveis de reaplicação", a nova data será em 23 e 24 de fevereiro.

Também na terça, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) enviou uma carta ao Ministério da Educação pedindo o adiamento do Enem. “Apesar dos jovens terem menor risco de desenvolver formas graves e tampouco estar prevista a vacinação da população com menos de 18 anos, o aumento da circulação do vírus nesta população pode ocasionar um aumento da transmissão nos grupos mais vulneráveis”, diz o documento, assinado por Carlos Lula, presidente do Conass e secretário estadual de Saúde do Maranhão.

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, comentou o assunto em entrevista ao Bahia Meio Dia, da TV Bahia, nesta quarta. "Expressando nossa preocupação consensual pelo fato de haver importantes assimetrias da pandemia em todo país. Estados entrando em colapso, como o Amazonas, outros com muita dificuldade, como o Espírito Santo. Isso vai fazer com que o Enem, que é uma prova nacional, simultânea, venha não apenas prejudicar as pessoas dessas regiões que estão com ascensão, crise, colapso, como propiciar uma maior disseminação do vírus nas provas presenciais", disse. "Não obtivemos resposta por enquanto". 
 

Publicado em Brasil

Candidatos inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que estejam acometidos de covid-19 ou outras doenças infectocontagiosas podem solicitar a reaplicação das provas. O Enem será aplicado nos próximos dias 17 e 24 de janeiro (versão impressa) e nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro (versão digital). Já a reaplicação do exame está marcada para os dias 23 e 24 de fevereiro. Quem estiver doente deve comunicar a condição, antes da realização das provas, acessando a Página do Participante na internet.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para a análise da possibilidade de reaplicação, a pessoa deverá inserir, obrigatoriamente, no momento da solicitação, documento legível que comprove a doença. Na documentação deve constar o nome completo do participante, o diagnóstico com a descrição da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento. O documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2 MB.

Pelo edital do Enem 2020, são doenças infectocontagiosas, para fins de pedido de reaplicação das provas: coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela e covid-19. O Inep reforça que os participantes que apresentarem sintomas na véspera ou no dia da prova não deverão comparecer ao exame, "primando pela segurança e pela saúde coletiva".

"Em casos como esses, além de registrar o ocorrido na Página do Participante, o inscrito deverá entrar em contato com a Central de Atendimento do Inep (0800 616161) e relatar a condição, com o objetivo de agilizar a análise do laudo pela autarquia. A aprovação ou a reprovação da solicitação deverá ser consultada, também, na Página do Participante", informa a autarquia.

Segundo o Inep, não só pessoas com problemas de saúde na data das provas poderão participar da reaplicação. Quem tiver problemas logísticos, como, por exemplo, falta de energia elétrica, também poderá comunicar o problema pela Página do Participante para fazer o exame em fevereiro.

Protocolos
O governo informa que protocolos relacionados à covid-19 na aplicação do exame incluem a disponibilização de álcool em gel nas salas e a obrigatoriedade do uso de proteção facial durante a prova. O participante poderá levar mais de uma máscara para troca ao longo do dia. As máscaras serão verificadas pelos fiscais para evitar possíveis infrações. O participante que não utilizar a máscara cobrindo totalmente o nariz e a boca, desde a entrada até a saída do local de provas, ou recusar-se, injustificadamente, a respeitar os protocolos de proteção contra a pandemia, a qualquer momento, será eliminado do exame, exceto em casos previstos na Lei n.º 14.019, de 2020.
Também foram estabelecidas regras específicas para reduzir aglomerações durante a aplicação do Enem. Segundo o Inep, a ocupação das salas será de, aproximadamente, 50% da capacidade. Os colaboradores do Enem também deverão possibilitar o máximo de ventilação natural nos ambientes. Além disso, os portões serão abertos às 11h30 (horário de Brasília), 30 minutos antes do previsto nos editais. As pessoas consideradas de grupos de risco (idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias ou que afetam a imunidade) ocuparão salas com no máximo 25% da capacidade máxima. Ainda de acordo com o Inep, esses participantes já foram previamente identificados na base de inscritos e alocados nas salas especiais.

Publicado em Brasil

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) enviou na terça-feira (12) uma carta ao Ministério da Educação pedindo o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá provas nos dias 17 e 24 de janeiro.

“Apesar dos jovens terem menor risco de desenvolver formas graves e tampouco estar prevista a vacinação da população com menos de 18 anos, o aumento da circulação do vírus nesta população pode ocasionar um aumento da transmissão nos grupos mais vulneráveis”, diz o documento, assinado por Carlos Lula, presidente do Conass e secretário estadual de Saúde do Maranhão.

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, comentou o assunto em entrevista ao Bahia Meio Dia, da TV Bahia, nesta quarta. "Expressando nossa preocupação consensual pelo fato de haver importantes assimetrias da pandemia em todo país. Estados entrando em colapso, como o Amazonas, outros com muita dificuldade, como o Espírito Santo. Isso vai fazer com que o Enem, que é uma prova nacional, simultânea, venha não apenas prejudicar as pessoas dessas regiões que estão com ascensão, crise, colapso, como propiciar uma maior disseminação do vírus nas provas presenciais", disse. "Não obtivemos resposta por enquanto".

Para Fábio, não é ideal que a decisão seja tomada localmente, como sugeriu uma decisão judicial que negou o adiamento das provas. "Não pode (a Bahia suspender as provas), porque o Enem é uma prova homogênea, simultânea, que visa comparar o desempenho de estudantes em todo o país naquela prova específica. Se você aplica diferentes provas em diferentes momentos, não necessariamente teremos conhecimentos avaliados de forma homogênea", defendeu o secretário.

Ele disse que o Brasil vive um "momento crítico" e que o Enem não deveria acontecer agora. "Nesse momento extremo que estamos vivendo, não me parece razoável não atender a esse pleito da sociedade, não foi só o Conass, mas Defensoria Pública da União, várias entidades estão fazendo esse apelo ao ministério, que utilize o bom senso e adie a prova do Enem".

Justiça mantém provas
A Justiça Federal em São Paulo negou pedido para adiar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. As datas das provas, 17 e 24 de janeiro, na versão impessa, estão mantidas. A decisão diz ainda que caso uma cidade esteja com risco elevado de contágio, prejudicando a circulação de pessoas, caberá às autoridades locais impedir a realização da prova. O Inep, responsável pelo exame, deverá reaplicar a prova depois, nesse caso. A decisão é da juíza Marisa Claudia Gonçalvez Cucio, da 12ª Vara Cível Federal de SP.

A realização do Enem 2020 colocará 5,78 milhões de candidatos em circulação em todo país. A prova acontecerá em 14 mil locais, com 205 mil salas espalhadas pelo Brasil. O exame já foi adiado uma vez, por conta da pandemia. Ele aconteceria originalmente em novembro, mas com o aumento dos casos as autoridades resolveram adiar para janeiro. Agora, entidades estudantis voltam a pedir uma nova data, com o novo crescimento do número de casos.

O texto da decisão cita que a pandemia varia em cada região do país e que fica a cargo das autoridades sanitárias locais decidirem se há segurança para a realização da prova.

"A situação da pandemia em uma cidade pode ser mais ou menos grave do que em outra e as peculiaridades regionais ou municipais devem ser analisadas caso a caso, cabendo a decisão às autoridades sanitárias locais, que podem e devem interferir na aplicação das provas do Enem se nessas localizações específicas sua realização implicar em um risco efetivo de aumento de casos da Covid-19", diz um trecho da decisão.

A decisão considera ainda que as medidas adotadas pelo Inep "são adequadas" para realização da prova. "Entendo que as medidas adotadas pelo Inep para neutralizar ou minimizar o contágio pelo coronavírus são adequadas para viabilizar a realização das provas nas datas previstas, sem deixar de confiar na responsabilidade do cuidado individual de cada participante e nas autoridades sanitárias locais que definirão a necessidade de restrição de circulação de pessoas, caso necessário.", diz o documento.

Assim, na avaliação da juíza, a decisão deve ser tomada de maneira mais local. "Se o risco maior de contágio em determinado município ou localidade venha a justificar eventuais restrições mais severas de mobilidade social ou mesmo de “lockdown” por parte das autoridades sanitárias locais ou regionais, que impeçam a realização de provas, ficará o Inep obrigado à reaplicação do exame diante da situação específica".

Na última sexta (7), a Defensoria Pública da União pediu à Justiça o adiamento do Enem, por conta do aumento no número de casos no Brasil. A ação é com conjunto com a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e as entidades Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Educafro.

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