O Jornal da Cidade

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O presidente Jair Bolsonaro está bem e ficará somente em observação, informou o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, em um post nas redes sociais nesta quarta-feira (14).

"Graças a Deus, nosso Presidente está bem. Ele vai ficar apenas em observação depois de alguns exames. Agradeço o carinho dos brasileiros e me junto a eles nas frequentes orações por @jairbolsonaro. Força, Presidente! Nosso Brasil precisa e muito da sua coragem e liderança!", escreveu Ramos.

O presidente foi para o Hospital das Forças Armadas, em Brasília, depois de sentir dores abdominais durante a madrugada. As reuniões que ele faria nesta manhã foram canceladas, incluindo um encontro com presidentes do Judiciário e do poder Legislativo para discutir a relação com o Executivo.

A Secretaria Especial de Comunicação da Presidência diz em nota que o presidente foi hospitalizado para fazer exames e investigar a causa dos soluços, que já duram persistemente faz 10 dias e têm incomodado o presidente. A orientação é de que ele fique em observação por 24h a 48h, não necessariamente no hospital.

Cirurgião do presidente acompanha
O médico Antônio Macedo, cirurgião gástrico que é responsável pela saúde do presidente desde que ele sofreu uma faacada durante a campanha, foi para Brasília acompanhar o caso. A informação é da TV Globo.

Macedo vai avaliar o estado de Bolsonaro. Caso considere que os soluços e dores abdominais sejam causados por uma obstrução intestinal, a ideia era operar Bolsonaro no hospital Vila Nova Star, em Brasília.

Após sentir dores abdominais durante a madrugada desta quarta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro foi levado para o Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília, para fazer exames. A agenda oficial dele foi cancelada.

Há mais de 10 dias o presidente está com soluços constantes, e não esconde o incômodo ao sentir dificuldade para falar, situação que já ocorre há mais de dez dias seguidos. As contrações involuntárias do diafragma, segundo ele, pode estar sendo causadas por remédios que ele tomou após uma intervenção na boca para fazer implantes dentários.

A agenda da manhã desta quarta previa, às 11h, um encontro com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Essa reunião foi definida no início da semana, com o objetivo de apaziguar o ambiente entre os poderes da República.

Incômodo
Por conta da recorrência durante entrevistas e discursos,os soluços do presidente passaram a chamar a atenção de internautas, como demonstra o aumento nas buscas por termos como “soluço” e “passa mal”, que estiveram entre as principais pesquisas relacionadas ao nome de Bolsonaro nos últimos dias, de acordo com a ferramenta Google Trends.

A primeira demonstração de incômodo do líder nacional ocorreu no dia 5, quando, em sua tradicional conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele disse que estava falando pouco por ter feito dois implantes dentários no sábado anterior.

Dias depois, durante uma entrevista na quarta-feira da semana passada, o presidente explicou que estava com soluço e afirmou que acreditava que a causa eram remédios.

"Estou com soluço há cinco dias. Fiz uma cirurgia para implante dentário no sábado. Talvez em função dos remédios que eu estou tomando, estou 24h por dia com soluço", comentou, em entrevista à rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul. A situação se repetiu na quinta, durante transmissão da Live de Quinta, em suas redes sociais. O presidente chegou a pedir desculpas e disse que talvez não conseguisse se “expressar adequadamente”.

Termina nesta quarta-feira (14) às 23h59 o prazo para inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. Os interessados em participar do exame devem acessar a Página do Participante, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A taxa de inscrição para os não isentos é de R$ 85. O pagamento deve ser feito por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança) até o dia 19 de julho.

Provas
As provas do Enem 2021 serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, tanto a versão digital quanto a impressa. As duas versões terão a mesma estrutura de prova: quatro cadernos de questões e a redação.

Cada prova terá 45 questões de múltipla escolha, que, no caso do Enem Digital, serão apresentadas na tela do computador. Já a redação será realizada em formato impresso, nos mesmos moldes de aplicação e correção da versão em papel. Os participantes receberão folhas de rascunho nos dois dias.

No primeiro dia, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação. A aplicação regular terá cinco horas e 30 minutos de duração.

No segundo dia, as provas serão de ciências da natureza e suas tecnologias, e matemática e suas tecnologias. Nesse caso, a aplicação regular terá cinco horas de duração.

Salvador está com menor número de casos ativos de covid-19 dos últimos nove meses. A informação foi divulgada pelo prefeito Bruno Reis, na noite dessa terça-feira (13). Ainda de acordo com o prefeito, a taxa de ocupação de UTI também atingiu o menor patamar: 49%.

Apesar dos índices animadores, Bruno ressaltou a importância de manter as medidas sanitárias. "Seguir os protocolos, avançar na vacinação e manter os cuidados no dia a dia são atitudes fundamentais para superarmos o coronavírus e avançarmos na retomada segura da economia", escreveu, no Twitter.

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), a capital tem 693 casos ativos da doença. Ao todo, Salvador registrou, desde o começo da pandemia, 229.121 casos de covid.

O volume de serviços prestados subiu 1,2% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou na manhã desta terça-feira, 13, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o resultado do indicador foi revisto de uma alta de 0,7% para avanço de 1,3%. O resultado de maio ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta entre 0,30% a 2,00%, com mediana positiva de 1,00%.

Na comparação com maio do ano anterior, houve elevação de 23,0% em maio de 2021, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões eram de uma elevação de 20,60% a 24,40%, com mediana positiva de 21,85%.

A taxa acumulada no ano de 2021 foi de elevação de 7,3%. Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 2,2%. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 1,1% em maio ante abril. Na comparação com maio de 2020, houve avanço de 25,4% na receita nominal.

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria Geral da União, cumpre nesta terça-feira (13), oito mandados de busca e apreensão contra servidores públicos da antiga gestão da Secretaria de Saúde de Juazeiro. A ação faz parte da Operação Carga Viral, que investiga fraudes em procedimentos de dispensa de licitação realizados pelo município para a aquisição de insumos destinados ao enfrentamento da pandemia de Covid-19.

A investigação constatou que, em conluio com empresários, os servidores da antigga gestão da Secretaria de Saúde fraudaram contratos e elevaram arbitrária e significativamente os preços de máscaras de proteção facial e kits de teste rápido para Covid-19. A PF estima um prejuízo ao erário de mais de R$ 1 milhão.

A operação conta com a participação de 32 policiais federais e nove auditores da CGU. Todos os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Juízo Federal da Subeção Judiciária de Juazeiro/BA, sendo um em Petrolina/PE, seis em Juazeiro/BA e um em Lauro de Freitas/BA.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados responderão pelos crimes de fraude à licitação (art. 90 da Lei 8.666/93) e superfaturamento (art. 96, I da Lei 8.666/93).

A vacinação contra a covid-19 poderia estar melhor na Bahia. Um dos motivos é que há pessoas que não completaram o esquema de imunização, que prevê a aplicação das duas doses na maioria das vacinas disponíveis. Ao todo, 84.942 baianos estão com a segunda dose em atraso, de acordo com dados fornecidos pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Dessas mais de 84 mil pessoas, 73.449 estão com a chinesa CoronaVac atrasada. O intervalo para aplicação da mesma, segundo a fabricante, é de 28 dias. Outros 11.493 baianos estão com a inglesa Oxford/AstraZeneca fora do prazo estipulado, que é de três meses.

Em Salvador, são quase 22 mil pessoas nesta situação. De acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), são 9.467 soteropolitanos com a vacina da Oxford/AstraZeneca em atraso e 12.486 da CoronaVac.

A epidemiologista Glória Teixeira explica que a vacina só tem a eficácia garantida se as datas de aplicação previstas forem cumpridas. “A primeira dose até dá uma certa proteção, mas é menor. A proteção completa mesmo é só com as duas doses”, alerta.

Ela afirma que não se sabe ainda quantos dias em atraso é possível existir para que não afete a imunização. “Se o atraso for de um, três dias ou uma semana, não é tão grave. Mas, se a pessoa esquecer de tomar a segunda dose, temos um problema, porque as vacinas são novas e não temos estudos para medir os anticorpos depois de x dias de atraso. O que a fabricante garante é a eficácia naquele intervalo, que precisa ser cumprido”, reforça.

Já a imunologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Bahia), Claudia Brodskyn, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), tranquiliza: o atraso não é motivo de preocupação, contanto que o indivíduo tome as duas doses.

“São necessárias as duas vacinas, porque, quando a gente faz o estudo, tentamos ver qual o melhor efeito do imunizante e quanto tempo de intervalo entre as doses. Não é uma coisa crítica se houver atraso de quinze dias, um mês, ou dois meses. O que não pode é atrasar mais de um ano e o importante é que a pessoa receba as duas vacinas”, explica.

Coletivo

Cláudia defende que não é a eficácia individual que deve ser levada em conta, e sim a de toda a população. “A vacina não é uma proteção individual, mas populacional, por isso que é preciso que se tenha o maior número de pessoas vacinadas, para termos mais chances de ficar livre do vírus, com menos pessoas com casos graves e não ter tanta pressão no sistema de saúde. O espaçamento maior entre as doses não traz maiores consequências, o importante é sensibilizar a resposta imune, com a primeira dose, e fazer a dose de reforço, para que tenhamos mais condições de atuar contra ao patógenos”, detalha a pesquisadora.

A epidemiologista Glória Teixeira sugere ainda que seria imprescindível entrar em contato com as pessoas que estão com as doses em atraso. Na capital baiana, por exemplo, de acordo com a subcoordenadora de Doenças Imunopreveníveis, Doiane Lemos, da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS), isso já foi feito.

“Fizemos essa busca ativa com os agentes comunitários e os agentes de endemia, mandamos mensagem de texto para as pessoas, como forma de lembrete, para que elas verifiquem no seu cartão de vacinação a data de comparecimento e busquem os pontos de vacinação de segunda dose, seja de CoronaVac ou Oxford, porque essa é a forma que a gente pode assegurar que as pessoas estarão imunizadas, uma vez que completam o esquema de vacinação”, assegura Doiane.

O Ministério da Saúde (MS) também comentou, em nota, a importância de todos os brasileiros completarem o esquema vacinal “para que o caráter pandêmico da doença seja superado”. No Brasil, são 3,5 milhões de pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina. O órgão também recomendou que os estados e municípios façam uma busca ativa da população-alvo.

Vacinados

A Bahia soma 5.416.576 pessoas vacinadas com a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus, enquanto 1.977.031 receberam a segunda dose, ou seja, estão completamente imunizados. Outros 208.374 receberam a Janssen, vacina de dose única. Dessa forma, temos 50,4% da população alvo (acima de 18 anos) com uma dose e 36,5% com as duas doses.

Já Salvador tem 1.630.511 pessoas vacinadas, sendo 1.196.223 da primeira dose e 434.288 com a segunda. Isso equivale a 56,5% e 15% do total da população alvo, respectivamente. As autoridades de saúde indicam que, para haver controle da doença, é preciso que, pelo menos, 60% da população esteja vacinada com as duas doses.

A maioria dos vacinados na capital baiana é do sexo feminino (60%), de cor preta e parda (59%) e com idade entre 50 e 59 anos (19,7%). O dia em que mais foram aplicadas doses da vacina foi em 1º de julho – 37.296 imunizados. Já o pior foi uma semana depois, no dia 8 de julho, quando apenas 758 soteropolitanos foram vacinados.

Até sexta-feira (9), quando a Bahia recebeu a última remessa de vacinas, o total de doses recebidas pelo estado através do Ministério da Saúde ficou em 9.333.930 imunizantes, sendo 3.422.000 da CoronaVac, 4.698.900 da AstraZeneca/Oxford, 958.230 da Pfizer e 254.800 da Janssen.

Com 2 mil doses em estoque, Salvador só vacina por agendamento nesta terça-feira (13)

A vacinação da primeira dose contra a covid-19 em Salvador, nesta terça-feira (13), será somente para aqueles que fizeram agendamento pelo site da prefeitura. Devido à falta de doses, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) adotou a estratégia de vacinar apenas as pessoas de 40 anos de idade, nascidas de 10 de novembro de 1980 a 10 de janeiro de 1981.

O agendamento foi liberado às 14h desta segunda-feira (12) pelo site Hora Marcada. Segundo a SMS, a imunização para primeira dose só voltará a ser regularizada após a chegada de novos imunizantes na capital baiana. Apenas 2 mil doses ainda estavam em estoque em Salvador no final da tarde de segunda, segundo o secretário municipal da saúde, Leo Prates.

Por falta de imunizantes, a capital baiana já precisou interromper cinco vezes a aplicação da primeira dose da vacina contra covid-19. Isso ocorreu todos os meses, desde o início da vacinação, no dia 19 de janeiro. Ela foi paralisada nos dias 22 de junho, 25 de maio, 11 de abril, 2 de março e 16 de fevereiro. No dia 6 de abril, o estoque chegou a zerar, mas a Sesab liberou 40 mil doses extras para que a cidade não interrompesse a campanha.

Para Doiane Lemos, isso só faz atrasar o processo de imunização na cidade. “A gente só pode executar a vacinação uma vez que recebemos doses. Essas interrupções e esse período em que a gente fica aguardando a chegada de novas doses, faz com que a gente fique impedido de dar continuidade a um processo de vacinação, e as pessoas se mantêm vulneráveis", avalia.

Por conta disso, e pela falta de regularidade na entrega de doses pelo Ministério, não há como fazer planejamento a longo prazo. “Se a gente não tem um cronograma pré-estabelecido, fica difícil estimar e, ao mesmo tempo, gerar uma expectativa negativa na população. Já vivenciamos isso quando estávamos vacinando os idosos com 60 anos ou mais, muitos iam pra fila antes de sua ocasião pra se vacinar”, relembra.

A subcoordenadora de Doenças Imunopreveníveis da SMS ainda ressalta que o avanço no calendário não é responsabilidade da prefeitura. "A gente, enquanto município, não tem como e não é da nossa governabilidade assegurar esse quantitativo e essa regularidade do fornecimento das remessas. Está muito difícil também pra gente estabelecer cronograma, porque não tem uma informação concisa da chegada de doses e de quanto vem”, justifica.

Sesab não tem previsão de recebimento de novas doses do Ministério da Saúde

A Sesab disse que não há previsão de quando nem quantas doses de vacinas chegarão, pois só o Ministério da Saúde (MS) poderia dizer. O MS, por sua vez, disse que a reunião semanal tripartite, entre estados, municípios e União, que define o quantitativo de doses, ainda não ocorreu.

Sobre a a antecipação da segunda dose das vacinas Pzifer e Astrazeneca, a Comissão Intergestora Bipartite (CIB), da Sesab, que decide os públicos prioritários a serem vacinados, disse que ainda não debateu o tema. Alguns estados, como São Paulo e Piauí, decidiram fazer o adiantamento, após a presença de novas variantes da doença. Ao invés do intervalo de 12 semanas, passou-se a aplicar o de 10 semanas.

O Ministério da Saúde, em nota, disse que a medida não foi aprovada pela Câmara Técnica. “O Ministério da Saúde informa que acompanha a evolução das diferentes variantes da covid-19 no país e está atento à possibilidade de alterações no intervalo recomendado entre as doses das vacinas em uso no Brasil. O parecer, discutido amplamente na Câmara Técnica Assessora em Imunizações, foi o de manutenção dos intervalos”, comunicou.

A imunologista e pesquisadora da Fiocruz-BA Claudia Brodskyn defende que, se fosse possível, o melhor seria encurtar o intervalo. “Se tivermos doses suficientes e pudermos encurtar o tempo de intervalo entre a primeira e segunda dose, deveríamos fazer, porque gera maior cobertura vacinal em um tempo menor, ou seja, menos chance de aparecerem variantes”, argumenta.

Para a epidemiologista Glória Teixeira, essa antecipação ajuda a reduzir as chances de circulação do novo coronavírus. “Com a variante da Índia, chamada de delta, que começou a circular no país, temos que correr com a vacinação, porque ela é mais transmissível e, ao que tudo indica, mais patogênica. Antecipar seria proteger os grupos mais vulneráveis que precisam tomar a segunda dose. Se você tem mais gente imunizada mais rápido, reduz a chance de a variante circular”, esclarece.

De acordo com o último boletim divulgado, na última terça-feira (6), pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), não há circulação da variante delta no estado. Segundo o Lacen-BA, a variante Gamma (antiga P.1, originária em Manaus) ainda é responsável por quase 80% das infecções no estado. Foram 150 amostrar analisadas, dos nove Núcleos Regionais de Saúde.

Salvador antecipa segunda dose para quem está com data programada até 18 de julho

Pela falta de primeiras doses, a prefeitura de Salvador resolveu antecipar a vacinação da segunda dose contra a covid-19. Nesta terça-feira (13), todas as pessoas que estão com a data de reforço da vacina programada para até o dia 18 de julho já podem procurar os pontos de imunização para receber a vacina.

A data da segunda dose pode ser conferida no cartão obtido no ato do recebimento da 1ª dose ou no site da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS). O complemento do esquema vacinal ocorrerá por demanda aberta das 08 às 14h, ou seja, não será necessário agendamento prévio.

2ª dose CoronaVac
Drive-thru: Barradão, 5º Centro de Saúde (Barris), Atakadão Atakarejo (Fazenda Coutos), Centro de Convenções e FBDC Cabula.

Pontos Fixos: UBS Nelson Piauhy Dourado (Águas Claras), USF Cajazeiras V, USF Federação, Barradão, 5º Centro de Saúde (Barris) e USF Curralinho.

2ª dose Oxford/AstraZeneca
Drive-thru: PAF Ondina, Faculdade Universo, Universidade Católica (Pituaçu), Arena Fonte Nova, Parque de Exposições, Shopping Bela Vista e FBDC Brotas.

Pontos Fixos: USF Vista Alegre; USF Vale do Matatu, USF Teotônio Vilela II (Fazenda Coutos II); USF Plataforma, USF Resgate, Parque de Exposições, FBDC Brotas, Cajazeiras X, Universidade Católica (Pituaçu), UBS Ramiro de Azevedo, USF Pirajá, USF Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas), Clube dos Oficiais (Dendezeiros) e USF Fernando Filgueiras (Cabula VI).

Por causa de uma postagem no Facebook onde afirma ser “antifascista e pela democracia”, o Festival de Jazz do Capão teve parecer desfavorável para o pedido de captação de recursos via Lei Rouanet. A postagem, cujo texto diz “não podemos aceitar o fascismo, o racismo e nenhuma forma de opressão e preconceito”, foi usada como um dos motivos para a reprovação do festival.

O parecer, anexado no sistema Salicweb, em papel timbrado do Ministério da Cidadania, e datado de 25 de junho de 2021, está assinado pelo coordenador do Programa Nacional de Apoio à Cultura da Funarte, Ronaldo Gomes, que foi exonerado do cargo no dia 2 de julho de 2021. “É um parecer absurdo. Em nenhum momento o parecerista foi analisar o projeto de maneira técnica, artística”, critica o músico Rowney Scott, diretor artístico e idealizador do Festival de Jazz do Capão.

“Ele simplesmente foi na nossa página e achou um post avulso, publicado no ano em que não houve captação de recursos e nem teve evento. Nos posicionamos enquanto um evento antifascista e pela democracia e ele fez o parecer em cima disso, com citações religiosas que desvirtuam completamente do que um parecer deveria tratar”, afirma, citando a postagem feita no dia 1º de junho de 2020.

Baseado nesse post, o documento ao qual o CORREIO teve acesso afirma que “a ocorrência constatada escapa ao escopo das possíveis denominações do conceito de música”. O parecer cita, ainda, uma fala atribuída ao compositor alemão J. S. Bach (1685-1750) que afirma que “o objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da Glória de Deus e a renovação da alma”.

O documento cita, ainda, que “por inspiração no canto gregoriano, a Música pode ser vista como uma Arte Divina, onde as vozes em união se direcionam à Deus” (sic.). Outro argumento de caráter religioso usado no documento diz que “a Arte é tão singular que pode ser associada ao Criador”.

“É uma coisa muito bizarra. Temos mais de 2 mil postagens com workshops, músicas e tudo o que acontece no festival. Ele pinçou um post que não foi bancado com verba pública para fazer o parecer”, criticou Rowney. “Somos seres políticos, temos o direito de ser. A gente não pode deixar passar isso em branco”, defendeu.

Paralisação
Das oito edições realizadas nos últimos dez anos, o Festival de Jazz do Capão teve três delas viabilizadas com patrocínio através da Lei Rouanet. Em 2020, o festival não aconteceu por causa da pandemia, mas fez sua inscrição pensando no retorno de 2021. Foi quando a equipe do evento submeteu o projeto para nova avaliação e teve o parecer desfavorável, após análise da Funarte (órgão vinculado ao Ministério da Cidadania).

Segundo Rowney Scott, a tramitação estava estagnada desde outubro de 2020, por causa “da paralisação da pasta da Cultura, no Governo Federal”. Em junho de 2021, após planejar uma versão on-line para o festival dentro do Edital de Eventos Calendarizados da Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA), a equipe checou novamente e viu que tinha acontecido uma movimentação no processo.

O Festival de Jazz do Capão conta com patrocínio parcial da SecultBA e a captação da Lei Rouanet complementa os recursos. “Mas acho difícil que a gente consiga reverter isso”, diz Ronwey. Como saída, o idealizador afirmou que talvez faça uma campanha colaborativa para realizar a primeira versão virtual do evento, que já estava planejada.

“Não será uma live, mas um evento gravado. Traríamos a maior parte dos artistas para gravar aqui no Capão, com equipe de filmagem, imagens e informações sobre o lugar, sobre a natureza. Já que as pessoas não podem vir para o Capão, a gente quer levar o Capão para as pessoas”, conclui.

O CORREIO entrou em contato com a Funarte para compreender as justificativas de cunho religioso, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

O acordo entre o Sindicato dos Rodoviários, o Grupo Concessionária Salvador Norte (GCSN), e a prefeitura de Salvador foi homologado na noite desse domingo (11) pelo Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA). A efetivação do acordo dependia da transferência de R$ 20.637.746,86 pelo município.

A liberação do valor ocorrerá a partir de conciliação na 5ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), entre a GCSN e o Município do Salvador, que foi homologada também nesse domingo.

No TRT5, o acordo foi homologado pelo presidente em exercício do Tribunal, desembargador Jéferson Muricy; pela desembargadora conciliadora Ana Paola Machado Diniz; e pelas juízas Andréa Presas Rocha, responsável pela Cooperação Judiciária; e Karine Andrade auxiliar do Centro de Conciliação de 2º Grau (Cejusc2).

Mediação
A mediação do conflito trabalhista pelo TRT5 começou a partir de um pedido da prefeitura, em fevereiro. Foram realizadas várias audiências até a apresentação de uma minuta de acordo elaborada pelas partes.

Mesmo com a homologação ocorrida nesse domingo, haverá a necessidade de adesão individual por cada trabalhador para que receba os valores estipulados no acordo.

Os cartórios baianos registraram o primeiro semestre com mais óbitos e menor número de nascimentos em toda a história do estado. Nunca se morreu tanto e nem se nasceu tão pouco como no primeiro semestre de 2021, segundo apontam estatísticas da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).

Os dados certamente têm relação com a pandemia de covid-19, que já tirou a vida de mais de 24,7 mil baianos e impôs temor a quem planejava constituir família.

A diferença recorde entre nascimentos e óbitos altera a demografia e, no futuro, pode levar a impactos na economia. Até o final de junho, os cartórios do estado registraram 52.834 mortes de todo tipo de natureza. Maior número da história para um primeiro semestre, esse dado é também 22% maior do que o ocorrido no mesmo período do ano passado, quando a pandemia já estava instalada há quatro meses.

Quando comparado com 2019, ano anterior à pandemia, o aumento no número de mortes foi de 18,4%. Os dados são compilados pelos cartórios desde 2003.

Presidente da Arpen-BA, Daniel Sampaio detalha que o que se verificou na prática é que os nascimentos, que vinham em crescimento constante, deram uma desacelerada significativa — ao passo que as mortes, que vinham crescendo na mesma proporção do crescimento populacional, tiveram um aumento exponencial.

Com relação aos nascimentos, a Bahia registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde o início da série histórica em 2003. Até o final do mês de junho foram registrados 89.960 nascimentos, número 18% menor que a média de nascidos no estado desde 2003, e 2% menor que no ano passado. Com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos caiu 13% na Bahia.

“A constatação não é outra senão a de que, com a pandemia, as famílias ficaram com um pouco de receio de fazer o planejamento familiar”, diz o presidente. Neste período de intranquilidade no país, provavelmente as pessoas entenderam que o tempo é arriscado para a saúde de bebês, grávidas e puérperas, o que fez com que casais adiassem ou desistissem do plano de ter filhos, acredita ele.

O presidente regional da Arpen-BA explica que esse desbalanço pode promover impactos no desenvolvimento econômico do país lá na frente. Quando fatores como a covid-19 influenciam negativamente na demografia, cria-se aí um risco para o avanço, podendo, no futuro, ocorrer problemas como oneração da previdência e falta de mão de obra qualificada no mercado de trabalho, por exemplo.

O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre na Bahia, aproximando, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos.

A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 72.276 mil nascimentos a mais caiu para apenas 37.126 mil em 2021, uma redução de 49% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 23%, e em relação a 2019 foi de 37%.

Por trás dos números
As estatísticas não são suficientes para dimensionar o tamanho do drama. Por trás delas há histórias como a do comunicador esportivo Flávio Gomes, 43 anos, que perdeu três amigos num intervalo de três dias na semana passada. O primeiro deles tinha 45 anos, vinha se recuperando de um câncer e era seu grande amigo de infância. Juntos, compuseram músicas que cantavam nas festas.

A segunda vítima foi sua colega de trabalho, uma gerente de marketing que, com 49 anos, foi infectada ao cuidar da mãe, que também teve a doença. O terceiro amigo deu entrada no hospital para uma cirurgia de vesícula, pegou covid-19 na unidade e faleceu.

“Isso me abalou porque foi um após o outro. Quando eu ainda estava incrédulo com a perda de um amigo, recebi a notícia de outra amiga e, depois, do terceiro. Sou muito religioso, estou tentando me acostumar com a ideia da perda das pessoas. A gente fica incrédulo, mas precisamos seguir. Foram muitas histórias, chorei bastante. O plano de imunização tem que acelerar porque senão vamos perder mais gente. Temos que lutar e exigir vacina, não tem outro caminho”, diz Flávio.

Conhecido por tratar de forma acessível a psicanálise através das redes sociais, Lucas Liedke escreveu sobre como as pessoas estão passando pela perda ambígua — um termo cunhado pela psicóloga Pauline Boss para explicar quando se vive o luto pela metade. O que Lucas observa é que o mundo continua aí, fisicamente presente, mas é impossível não sentir a ausência de uma vida que não existe mais, ou milhares de vidas.

“São tempos estranhos. Dias em que a gente se sente meio fora da realidade, como num sonho ou pesadelo que continua se repetindo”, diz.

O psicanalista avalia que, desde o início da pandemia, parece que tão difícil quanto enfrentar as perdas em si, é lidar com diferentes formas que cada um enfrenta o que está acontecendo: uns se deprimem, outros enraivecem, há quem se negue a aceitar os fatos. “Não estamos acostumados a essa dimensão do luto coletivo e a um período tão longo de incertezas”, completa ele.