O Jornal da Cidade

O Jornal da Cidade

O novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou, na última semana, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desembolsou R$ 27,6 milhões em cartão corporativo entre 2019 e 2022. No entanto, de acordo com o UOL, o gasto pode ser ainda maior, chegando a quase o triplo do que foi divulgado.

Segundo portal de notícias, as planilhas que se tornaram públicas no dia 6 de janeiro indicam que foram gastos R$ 27,6 milhões no período analisado. Porém, no Portal da Transparência do Governo Federal essa quantia passa de R$ 75 milhões nesses quatro anos.

Há ainda outras inconsistências entre esses dados. Por exemplo, as planilhas divulgadas indicam que os gastos do ex-mandatário com cartão corporativo em 2022 foram de R$ 4,9 milhões. No portal, contudo, essa quantia é de "R$ 22,8 milhões para o mesmo período".

Em entrevista ao UOL, o jornalista Luiz Fernando Toledo, cofundador da "Fiquem Sabendo", agência de dados públicos especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI) e que solicitou as planilhas, destacou que documentos apresentam dados incompletos.

Representante também frisou que eles não especificam se valores foram usados apenas pelo presidente.

Já é possível escutar os sinais da proximidade da maior festa de rua do planeta. Se o mais chamativo deles é o barulho das estruturas dos camarotes sendo erguidas nos circuitos, há outro discreto e silencioso: as placas de “aluga-se” expostas nas faixadas de apartamentos. Afinal, é no Carnaval que muita gente aproveita para ganhar uma renda extra. Para ficar perto da passagem dos trios elétricos, os preços variam entre R$5.700 até R$51.000 para os pacotes de seis dias em Salvador.

A reportagem realizou uma pesquisa dos imóveis disponíveis para locação entre os dias 16 e 21 de fevereiro nas maiores plataformas de hospedagem online para chegar à média de preços. Mas afinal, o que faz um apartamento ser mais caro do que outros? Especialistas na área explicam que a proximidade dos Circuitos Barra-Ondina e Campo Grande é o fator que mais agrega valor neste período.

Os imóveis que funcionam como verdadeiros “camarotes” e ficam entre o Morro do Gato e o Centro de Educação Física e Esporte da Ufba são alguns dos mais disputados. As opções, no entanto, são muitas e quem deseja economizar pode optar por aqueles que sejam um pouco mais afastados. Além disso, quanto maior for imóvel, os preços aumentam. Varanda, vista para o mar e estacionamento são atributos importantes.

Dentro de um mesmo bairro e a poucos quilômetros de distância, o valor dos alugueis pode variar consideravelmente. Um apartamento de apenas um quarto e um banheiro localizado na Barra, por exemplo, tem diária de R$1 mil. Enquanto isso, passar apenas um dia em um apartamento de alto padrão com quatro quartos e seis banheiros sai por R$8.900.

Os foliões que escolherem a capital baiana são os grandes beneficiados com a variedade de opções. Desde 2018, Hugo Bueno, 32, se planeja para sair de Belo Horizonte (MG), onde vive, e passa o Carnaval em Salvador. Neste ano, o grupo será formado por 20 amigos, sendo que Hugo ficará hospedado em um apartamento com outras nove pessoas.

Para a hospedagem de oito dias, o imóvel com três quartos e dois banheiros, localizado em Ondina, custou, em média, R$14 mil. Depois de dois anos sem curtir a festa, Hugo não esconde a empolgação com a viagem: “Sou apaixonado pelo Carnaval e não tem lugar que me cative mais do que o coração da festa, que é Salvador”.

Para que a negociação seja feita, os donos dos imóveis costumam exigir que até metade do valor do pacote seja pago antes da hospedagem como forma de garantia. Como o aluguel é por temporada, os locatários não são obrigados a comprovar renda, mas são exigidos documentos de identificação. É prática comum que os locadores chequem se os hóspedes possuem processos judiciais.

Apesar de ainda existirem imóveis disponíveis para locação, as próprias plataformas já avisam que eles são escassos. No AirBnb, quem procura por hospedagem no período da folia recebe a notificação "um número de pessoas maior do que o normal está buscando essas datas, então esse é um bom momento para reservar". No Booking.com, a pressão é parecida: 94% dos lugares para ficar estão indisponíveis no nosso site entre 16 e 21 de fevereiro.

Alta de preços

Diferentemente do que aconteceu nos últimos dois anos, a covid-19 não vai impedir que milhares de pessoas de todas as partes do planeta se reúnam nas ruas de Salvador em fevereiro. Porém, os impactos do período de restrições sanitárias não foram completamente dissipados.

Durante a pandemia, menos empreendimentos foram lançados, o que desencadeou um movimento de venda de imóveis em todo o país. Por isso, a oferta está menor do que nos últimos anos. “Muitos imóveis que antes eram para locação foram vendidos na pandemia e a oferta diminuiu. A procura segue grande, o que valoriza os alugueis”, explica Daiane Padilha, que é corretora de imóveis há 14 anos.

Em 2019, o preço médio da diária era de R$576 em Salvador para o Carnaval. Quatro anos depois, a média mais do que dobrou e atinge R$1.182, de acordo com a plataforma Airbnb.

Em outubro de 2020, em meio à pandemia, a aposentada Marlene Luz e o marido decidiram comprar um apartamento como forma de investimento. O prédio escolhido foi o Ondina Apart Hotel, que fica dentro do circuito mais disputado no Carnaval.

Se na baixa estação a diária do apartamento reformado de dois quartos custa R$280, no Carnaval, o preço sobe para R$2 mil – o que representa uma valorização de mais de 600%. Para a dona do imóvel, o investimento tem rendido bons frutos. “A gente consegue alugar o apartamento em todas as épocas do ano”, afirma. Neste Carnaval, o imóvel de Marlene será alugado por dois casais que virão de Goiânia (GO).

“É um momento em que o proprietário consegue dinheiro para pagar as taxas do ano todo, como IPTU e IPVA, além de ficar mais folgado financeiramente”, explica Daiane Padilha.

Cuidados devem ser tomados para não cair em golpes no período de festas

Imagine se programar para alugar um imóvel, efetuar o pagamento adiantado e descobrir que o local não existe. O golpe dos alugueis tem ficado cada vez mais comum, como revela o corretor de imóveis Davi Ribeiro. “Já tive alguns clientes que caíram em golpes e depois procuraram a empresa”, relata.

Para evitar entrar em ciladas na internet, é importante que os hóspedes visitem o local pessoalmente antes de fechar negócio ou que peçam para alguém de confiança checar a existência do local. “Se forem turistas, é importante que não seja feito pagamento antes de chegar um dia antes do prazo para ver pessoalmente o imóvel”, indica o corretor.

A pesquisa minuciosa também se torna uma valiosa forma de evitar golpes. Os locatários devem considerar a avaliação do usuário no site, confirmar se o endereço realmente existe e optar por realizar uma vistoria antes de fechar negócio.

Uma opção para garantir mais segurança é a elaboração de um contrato que seja firmado em cartório. Nele, devem contes informações como data de entrada e saída, valor, forma de pagamento e regras da casa.

 

Todo câncer carrega consigo um mistério: as causas são sempre multifatoriais e às vezes nem os médicos conseguem mapear quando e por que em um corpo antes saudável agora crescem células malignas. Mas no caso do câncer colorretal – causa das mortes de Pelé e Roberto Dinamite -, a ciência já avançou em pelo menos um aspecto: como, passo a passo, prevenir ou aumentar as chances de cura deste que é o terceiro tumor mais letal do mundo.

Desde a morte de Pelé, em 29 de dezembro do ano passado, o câncer no colón (segmento do intestino grosso e o reto) invadiu o vocabulário da população. Mais ainda depois da morte do também ídolo do futebol, Roberto Dinamite, por conta de um tumor no intestino, no dia 8 de janeiro. Na última semana, a cantora Preta Gil tornou o diagnóstico dela público – antes, Simony compartilhou a busca pela cura.

Embora as estatísticas elejam o câncer no cólon como o terceiro mais letal, atualmente, no Brasil, as expectativas de um diagnóstico precoce e de cuidados cotidianos podem não só minimizar o sofrimento como evitar casos. Ano passado, 935 mil pessoas morrem vítimas da doença ao redor do mundo.

As principais causas conhecidas de câncer no cólon são a hereditariedade – ou seja, ter mãe, pai, avô ou avó diagnosticados com a doença – e o estilo de vida. Contra a natureza, não dá para brigar. Mas é possível remediar esse potencial destrutivo e para quem a hereditariedade não é um problema, vencer hábitos destrutivos. Rodrigo Felipe, gastroenterologista e coordenador científico do Itaigara Memorial, indica o passo a passo do que é possível fazer.

O material científico disponível já comprovou, por exemplo, que o sedentarismo aliado a um alto porcentual de gordura no corpo podem ser fatores de risco para o aparecimento de tumores no cólon.

“O estilo de vida é fator de risco e isso já sabemos. Em pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 24,9 kg/m (saiba como calcular seu IMC ao fim desta reportagem), a quantidade de gordura no intestino gera um estado de inflamação crônica do organismo que vai estimular alterações biológicos que podem estimular células cancerígenas”, explica o médico, pesquisador e especialista pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva.

Isso não significa que pessoas com IMC dentro do índice esperado estão livres. O Instituto do Câncer (Inca) destaca que, mesmo entre pessoas visualmente magras, por exemplo, pode haver elevado nível de gordura corporal.

Uma vida fisicamente ativa – a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 300 minutos semanais de atividade física – aliada a uma dieta rica em fibras e laticínios também são recomendadas na prevenção contra tumores no cólon.

“A atividade física ajuda o funcionamento do intestino. Se há consumo desses nutrientes e você se exercita, o trânsito entre a entrada do alimento e a saída das fezes é menor. Essa redução diminui a carcinogênese, processo de formação do câncer”, explica o gastroenterologista.

Outros métodos de prevenção são limitar o consumo de carnes processadas (como salsicha) a 50 gramas por dia e o de carne vermelha a 500 gramas por semana. E, por fim ela: a bebida alcóolica e o cigarro.

“É preciso ter cuidado para não ultrapassar 30 gramas de etanol, o que corresponde a duas latinhas de cerveja ou três chopes ou três tacinhas de vinho. Sobre o tabaco, seus efeitos letais já são bem conhecidos”, diz Rodrigo Felipe.

Como funciona o diagnóstico e cura do câncer colorretal

No último dia 8 de janeiro, a cantora Preta Gil foi internada às pressas na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. As fortes dores abdominais que sentiu naquele dia a levaram ao hospital e são um alerta de possíveis casos de câncer colorretal.

Os principais sintomas da doença variam e podem incluir sangue nas fezes (nem sempre sangue nas fezes indica câncer), diarreia e prisão de ventre alternados, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas) e massa abdominal (tumoração).

No ano passado, de acordo com dados do DataSus, 693 pessoas foram diagnosticadas com a doença no estado da Bahia. A maioria delas (56 casos), pessoas na faixa etária entre 55 e 59 anos – os registros deste ano ainda não estão disponíveis. O número tinha sido maior em 2021, quando os diagnósticos da doença somaram 1.345.

O exame mais recomendado para descobrir se os sintomas indicam tumor no reto ou intestino grosso é a colonoscopia. Sedado, o paciente tem o reto e intestino analisados por uma pequena câmera em procedimento que resulta em fotografias e vídeos analisados pelo médico. Antes do exame, o paciente segue uma dieta específica por dois dias. Se forem detectadas lesões percursoras de câncer, a remoção acontece no momento do exame.

"É um exame que já pode curar, a depender do tamanho da lesão", indica o gastoenterologista Rodrigo Felipe.

Na rede privada, o exame custa de R$ 400 e R$ 2 mil. A variação de preço acompanha o nível de especialidade da equipe médica e a qualidade da clínica, por exemplo. Em Salvador, as referências na rede pública são os hospitais Das Clínicas e o Roberto Santos. Para acessá-los, é preciso de regulação a partir de uma unidade básica de saúde. Nem sempre é rápido - ou simples. Tanto é que, até agosto do ano passado, o número de processos movidos contra o governo estadual por questões relacionadas à regulação geral cresceu 363% em comparação a 2021.

Além da dificuldade de acesso, um desafio ao diagnóstico precoce são os assintomáticos. Por isso, o recomendado é que, a partir dos 45 anos (quando a incidência da doença cresce) a realização de exames seja anual. Em uma pesquisa realizada por um grupo de estudos do curso de Medicina da Unifacs, a partir de dados de mortalidade entre 2008 e 2018, notou-se que, antes dos 40 anos, a mortalidade observada pela doença era quase nula.

"A partir dos 50, existiu um aumento significativo da taxa de mortalidade, especialmente entre os homens", frisou Louriane Cavalcanti, professores e orientadora da pesquisa.

Para a médica, hábitos de vida ou maior acesso aos métodos de diagnóstico podem estar relacionados a esse aumento. No próximo mês de março, como de costume, acontecerá o Março Azul, campanha de sociedades médicos que leva exames de diagnóstico de câncer colorretal a locais afastados de metrópoles e/ou de "difícil acesso". "Muitos que têm sintomas já encontraram dificuldade de fazer exame, imagine aqueles sem", conclui Louriane.

Hoje, a comunidade científica já discute, conta a pesquisadora, a expansão do uso de métodos de triagem para o diagnóstico de câncer colorretal. "Discutimos métodos sensíveis de triagem, como a detecção de hemoglobina humana (sangue) nas fazes com métodos específicos, como imunoquímicos ou DNA. Quem testasse positivo, iria para a colonoscopia".

Na opinião dela, seria uma forma "de triar grandes populações como a nossa", em meio às dificuldades de acesso à rede pública de saúde.

A Caixa Econômica Federal começa a pagar nesta quarta-feira (18) a parcela de janeiro do Bolsa Família com valor mínimo de R$ 600. Recebem hoje os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 21,9 milhões de famílias, com um gasto de R$ 13,38 bilhões. O valor médio recebido por família equivale a R$ 614,21.

A partir deste mês, o programa social, que estava com o nome de Auxílio Brasil no governo anterior, volta a ser chamado de Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

Em publicação nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escreveu que a manutenção da parcela mínima segue o compromisso estabelecido entre o novo governo e o Congresso Nacional. “Começaremos o pagamento de R$ 600 para famílias beneficiárias. Compromisso firmado durante a campanha e que conseguimos graças a PEC que aprovamos ainda na transição, já que o valor não tinha sido previsto no orçamento pelo governo anterior”, postou o presidente.

O pagamento do adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos ainda não começou. Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou que o valor extra só começará a ser pago em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Auxílio Gás
Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em fevereiro.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência de receber o benefício, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

É falso uma informação que circula nas redes sociais de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou o valor do Auxílio-Reclusão, benefício pago a familiares de presos em regime fechado ou semiaberto e que tenham contribuído com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os textos apontam que o benefício aumentou de R$1.212 (valor do salário-mínimo) para R$ 1.754,18. É dito, ainda, que o salário mínimo está sofrendo um ajuste muito menor.

Entenda
A desinformação começou a ser disseminada após o reajuste de 5,93% sobre os benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), publicado no Diário Oficial da União no último dia 11. A medida, no entanto, não aumenta o valor pago a beneficiários do Auxílio-Reclusão e, sim, o limite necessário para a concessão do benefício.

As novas regras determinam que, desde o dia 1º de janeiro deste ano, o auxílio poderá ser pago aos dependentes do detento e que, no mês da prisão, tenha tido renda igual ou inferior ao teto de R$ 1.754,18.

Logo, os beneficiários não recebem este valor, já que, segundo a legislação, o auxílio corresponde a um salário mínimo, atualmente calculado em R$ 1.302,00. Esse valor só é pago quando os responsáveis têm contribuições recentes no INSS.

O valor de R$ 1.754 é, na verdade, uma atualização feita pelo INSS em 2022, ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se refere ao valor máximo que as famílias de presos devem ter como renda total para terem direito a receber o auxílio-reclusão de um salário mínimo.

O auxílio-reclusão é pago aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado que não recebe remuneração da empresa e nem estiver em gozo de auxílio por incapacidade temporária, pensão por morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.

O cálculo da renda mensal bruta para enquadramento do segurado como de baixa renda ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no período dos doze meses anteriores ao mês de recolhimento à prisão, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Auxílio-Reclusão: regras para recebimento dos valores aos familiares e dependentes de presos baixa renda:
- Precisa ter atividade reconhecida pelo INSS e contribuído com a previdência por no mínimo 24 meses;

- Prisão em regime fechado ou semiaberto até 17/1/2019;

- A média de contribuições nos 12 meses anteriores à prisão esteja dentro do limite de R$ 1.754,18;

- O preso não pode receber salário ou outro benefício do INSS durante a prisão.

Menos de 10% da população carcerária tem direito ao benefício
O auxílio-reclusão é devido aos contribuintes do INSS (de baixa renda) - que são recolhidos à prisão em regime fechado. Diferentemente do que é divulgado com frequência, não são todas as famílias de presos que recebem o benefício. Atualmente, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), menos de 10% da população carcerária tem direito ao benefício e quem recebe o valor são os familiares (filhos ou cônjuge).

O pagamento é feito exclusivamente aos dependentes de pessoas presas e que trabalhavam e contribuíam com o INSS, desde que, no mês da prisão, o trabalhador tivesse renda mensal de até R$ 1.754,18 (independentemente da quantidade de contratos e das atividades exercidas

Fake news
A desinformação tem sido publicada por diversos apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. O deputado Alexandre Freitas (Podemos), que atua na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), fez associação sobre o valor do salário mínimo praticado atualmente de R$ 1.212, valor, inclusive, publicado de forma errada.

O valor de R$ 1.754 é, na verdade, uma atualização feita pelo INSS em 2022, ainda no governo Bolsonaro, que se refere ao valor máximo que as famílias de presos devem ter como renda total para terem direito a receber o auxílio-reclusão de um salário mínimo.

Estudantes que vão fazer a matrícula na rede estadual de ensino podem solicitar a emissão do CPF em nove unidades da Rede SAC da capital e do interior e em 14 colégios estaduais, até terça-feira (24), último dia da matrícula. A iniciativa é fruto de uma parceria do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) com a Secretaria da Educação do Estado (SEC). O CPF é um dos documentos necessários para a matrícula na rede estadual de ensino.

Para a emissão do CPF, os estudantes menores de 16 anos devem estar, obrigatoriamente, acompanhados pelo pai, pela mãe ou por um responsável legal. Maiores de 25 anos devem procurar a Receita Federal.

Locais
O estudante pode fazer o documento em seis Postos SAC em Salvador e três Pontos SAC no interior do Estado. O atendimento no SAC será por ordem de chegada, sem necessidade de realizar agendamento. Os estudantes também podem obter o CPF em 10 colégios da rede estadual situados em Salvador, além de quatro unidades escolares localizadas no interior da Bahia.

Confira os locais:

Postos SAC da Capital:

Liberdade, Comércio, Cajazeiras, Periperi, Pau da Lima e Pituaçu.

Unidades da Rede SAC no interior do Estado:
Ponto SAC Capim Grosso, Ipirá, Riachão do Jacuípe.

Escolas estaduais na capital:

Colégio Estadual de Tempo Integral Professor Pedro Paulo Marques e Marques (antigo Helena Matheus) – São Cristóvão
Colégio Estadual de Tempo Integral Rômulo Almeida, R. das Araras, 114 – Imbuí
Colégio Estadual de Tempo Integral São Daniel Comboni, Av. Ulysses Guimarães – Sussuarana
Colégio Estadual de Tempo Integral Vila Canária, R. São Pedro 8, Vila Canária
Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação da Bahia Mãe Stella - R. Cristiano Buys, 258 - Cabula
Colégio Estadual Noêmia Rêgo - R. Boca da Mata, s/n - Valéria
Colégio Estadual Gov. Roberto Santos - 3ª Etapa Castelo Branco – Castelo Branco
Colégio Estadual Rotary - Ladeira do Abaeté – Itapuã
Colégio Estadual Luiz Viana - R. Waldemar Falcão, 07 - Brotas
Colégio Estadual Manoel Devoto - R. Osvaldo Cruz - Rio Vermelho.

Unidades escolares no Interior do Estado:

Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP de Irecê)
Colégio Estadual Polivalente de Paulo Afonso
Colégio Estadual de Jequié
Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) do Piemonte da Diamantina II, em Jacobina.

Um jovem de 21 anos morreu na noite de domingo (15) após cair de uma caminhonete 'paredão', cuja carroceria é equipada com aparelhagem de som. O veículo estava em movimento e a vítima estava pendurado na carroceria.

O jovem é lançado ao chão após o veículo fazer um movimento brusco. O caso aconteceu em São Sebastião do Passé, cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Um vídeo gravado por outro jovem que seguia a caminhonete registrou o momento do acidente. Na queda, o jovem identificado como Thiago Batista, bate a cabeça no chão. A filmagem é interrompida após o acidente. Outras quatro pessoas estavam penduradas na carroceria da caminhonete, algumas exibiam bebida alcóolica.

Thiago chegou a ser socorrido ao hospital local, mas não resistiu.

Lápis preto, borracha e apontador. Na preparação para o início do ano letivo, mães e pais já estão preparando o bolso para arcar com a lista de materiais escolares. Em Salvador, os preços de caderno ficaram 17,64% mais caros, assim como artigos de papelaria (12,90%) e livros didáticos (5,54%) em 2022, conforme Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo IBGE. Mas é possível controlar os gastos. Dá para economizar até 266% ao fazer uma pesquisa de mercado bem feita.

Enquanto que a compra de 10 materiais escolares soma R$ 78,10 no Total Variedades, em Itapuã, os mesmos itens - ou semelhantes - podem sair por R$ 286,30 no Kalunga S.A, no Caminho das Árvores. É o que aponta levantamento feito pela reportagem do CORREIO com base no aplicativo Preços da Hora, que reúne dados das notas fiscais eletrônicas.

Os materiais escolares que compõem a lista feita pela reportagem são: cola branca 400 g-500 g, lápis comum preto, apontador, borracha quadrada branca, estojo, caderno grande, régua 30 cm, caneta preta, corretivo 18 ml e pasta escolar.

Papel é material mais caro
O grande vilão de 2023 é o papel. Livros, artigos, cadernos, estão mais caros e ainda tiveram os maiores aumentos desde o início da pandemia, em 2020, tanto no mês de dezembro quanto no acumulado de 2022. A variação acumulada na capital chegou a 6,29%, valor acima do nacional (5,79%), mostram dados do IBGE.

É a primeira compra escolar da manicure Lorrana Nascimento, 24, mãe de uma menina de dois anos, mas ela já reclama dos preços do papel. “As folhas estão muito caras, folha de papel sulfite, VG 25, folha A3 está por R$ 30, é o que está mais pesado. Estou fazendo vários orçamentos para ver o que mais fica mais em conta”, diz.

Ela conta que o orçamento era inferior a R$ 250, mas, chegando nas papelarias, já subiu para R$ 325. “Tudo está caro. É desesperador o preço. Chega a dar medo. Eu nem trouxe minha filha, seria impossível comprar com ela, tudo que visse ia querer comprar”, acrescenta. A solução encontrada foi pedir orçamento em cada loja e comprar, de forma fracionada, os materiais mais baratos de cada papelaria.

Segundo a supervisora de disseminação de informações do IBGE na Bahia, Mariana Viveiros, os fabricantes e importadores de material escolar indicam aumento de custo na matéria-prima do papel. Segundo os comerciantes, fatores como aumento do produto no preço internacional, dólar e importações elevam o valor.

Para Mariana, o nicho ainda vai sofrer aumento. “No ano de 2020 o setor foi muito afetado […] e pode ter certa recomposição de preços agora. [É possível que] ainda tenha mais aumento em janeiro porque é período de compra escolar e Salvador está com um dos maiores aumentos na média do país”, afirma.

Lojas vazias
A reportagem do CORREIO chegou a rodar pela Avenida Joana Angélica, em Nazaré, mas só encontrou lojas cheias de materiais, mas com poucos clientes. Gerente da Multimarcas, Djalma Santos contabiliza perda de 70% da movimentação comparada ao período pré-pandemia. Até mesmo o comércio parou no tempo. A loja tem placas de “Volta às aulas 2019” e anúncio de agenda 2020.

Para o vigilante Reinaldo Teixeira, 50, a movimentação está baixa em razão dos preços. “Na prática está tudo caro, tem que andar para pesquisar e achar um lugar. Andando, achamos até alguns preços mais em conta”, revela.

A pesquisa em pontos comerciais também é a estratégia da bargirl Carla Daniele, 39. Ela diz que a escola municipal cuja filha, Manuele Vitória, 13, estuda dá a maioria dos materiais, mas Carla prefere comprar itens de estojo e caderno personalizados. “Como só tenho ela, levo em conta o gosto dela, que é mais complicado porque ela gosta do que é caro. Eu queria gastar no máximo R$ 150 mas R$ 100 já ficou no caminho só com caneta, borracha, régua e corretivo”, lista.

A esperança dos lojistas é que a clientela chegue após o Carnaval e faça as compras de última hora. “É quando todo mundo chega de vez, é até difícil de atender. São uns cinco dias de movimento e depois para. Não tem explicação, é comportamental”, explica o gerente Lucas Garcia, da Casa Monteiro. Preparado, o gerente diz que já fez compra de folhas e derivados para abastecer o estoque.

Outras estratégias para economizar
Além da pesquisa de preços em lojas físicas, educadores financeiros indicam reciclar, negociar e se programar como estratégia de economia na hora de comprar os materiais escolares. O educador financeiro Raphael Carneiro ressalta a importância de avaliar se alguns itens que foram comprados para o ano anterior não podem ser utilizados novamente, como estojos, lápis e borrachas. Outra opção é tentar descontos a partir do pagamento à vista e fazer compras entre novembro e dezembro, não em janeiro.

Para o educador, dividir as compras ao longo do ano ajuda a aliviar o bolso. “Nem todos os itens serão utilizados logo no começo do ano. Então, quando for possível, deixe algumas destas compras para o segundo trimestre, quando os preços já estarão mais baixos”, orienta.

O economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-Ba), Edval Landulfo acrescenta a possibilidade de comprar livros usados, inclusive, através de grupos de pais para compra coletiva. “ Ótima dica para economizar e ensinar as crianças sobre reaproveitamento”, sugere.

Procon fiscaliza escolas e lojas de materiais escolares; multa pode chegar a R$ 4 milhões

Com o retorno das aulas na Bahia, a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA) realizou a primeira "Operação Volta às Aulas". O objetivo é fiscalizar o comércio em livrarias e papelarias, além de verificar os reajustes das mensalidades escolares.

Em caso de irregularidade, a loja ou escola pode pagar multa que varia de R$ 600 a R$ 4 milhões, conforme o porte da instituição e dano causado, esclarece o superintendente do Procon-BA, Tiago Venâncio.

“É importante verificar se a validade está vencida porque tem criança que usa tinta, massinha, materiais que precisam monitorar qualidade para não prejudicar a saúde”, alerta.

A operação conta com monitoramento de preços, qualidade dos produtos, prazo de validade e suspeita de abuso em ofertas de livrarias e papelaria. Nas escolas, a entidade elaborou nota junto ao Ministério Público para normatizar a lista de materiais escolares. “Materiais de limpeza, uso coletivo ou para administração da escola não devem fazer parte da lista de materiais escolares. Devem fazer parte da lista os de uso individual e restrito do próprio aluno para desenvolvimento de atividades pedagógicas”, afirma.

Para não haver dúvidas da utilidade dos materiais, Tiago salienta que, junto com a lista, a escola precisa enviar plano de ação que justifique o uso de cada item solicitado na tabela. Em caso de não recebimento, os pais devem solicitar à instituição de ensino. Para denúncias, basta ir até unidade de atendimento do Procon ou pelo aplicativo PROCON BA Mobile.

Sábado, 14 Janeiro 2023 19:18

Já é carnaval na Sapucaí

Lins Imperial, Inocentes de Belford Roxo e Estácio de Sá, agremiações da Série Ouro, dão a partida neste sábado, 14, para os ensaios técnicos das escolas de samba do Rio de Janeiro que movimentarão a Marquês de Sapucaí nos finais de semana antecedentes ao carnaval. No domingo, 15, estarão na Passarela do Samba, o Império Serrano e Paraíso do Tuiuti, escolas que desfilam no Grupo Especial. Ficou definido que aos sábados, pisam na Passarela do Samba as escolas da Série Ouro, exceto o do dia 11 de fevereiro, e aos domingos, as escolas do Grupo Especial. O acesso à Sapucaí durante os ensaios técnicos é gratuito.


Ensaios técnicos 2023

14 de Janeiro

20:00 - Lins Imperial
21:00 - Inocentes de Belford Roxo
22:00 - Estácio de Sá

15 de Janeiro

Império Serrano - 20h30
Paraíso do Tuiuti - 22h

21 de Janeiro

19:30 - Arranco
20:30 - Unidos da Ponte
21:30 - Unidos de Bangu
22:30 - União da Ilha

22 de Janeiro

Imperatriz - 20h30
Unidos da Tijuca - 22h

28 de Janeiro

19:30 - União de Jacarepaguá
20:30 - Acadêmicos de Vigário Geral
21:30 - Unidos de Padre Miguel
22:30 - Porto da Pedra


29 de Janeiro

Mocidade - 20h30
Mangueira - 22h

04 de Fevereiro

19:30 - Em Cima da Hora
20:30 - Império da Tijuca
21:30 - Acadêmicos de Niterói
22:30 - São Clemente

05 de Fevereiro

Salgueiro - 20h30
Portela - 22h


11 de Fevereiro - Teste de Som e Luz

Lavagem da Avenida - 18h30
Vila Isabel - 20h30
Viradouro - 22h

12 de Fevereiro - Teste de Som e Luz

Beija-Flor - 20h30
Grande Rio - 22h

Sábado, 14 Janeiro 2023 19:06

Confirmado: Mott desfila na Viradouro

"Chorei muito emocionado logo após pisar o solo da Viradouro". Estas são as palavras proferidas pelo historiador e antrópologo Luiz Mott ao ver na quadra e no barracão da Unidos do Viradouro de forma mais concreta que sua obra está tomando forma, cores e música para homenagear Rosa Egipcíaca, a personagem do século XVIII renascida e finalmente revelada através da pesquisa por ele realizada na Torre do Tombo em Portugal há pouco mais de 30 anos. Revelando-nos, com exclusividade, as sensações de alegria com a acolhida da comunidade da agremiação de Niterói, a surpresa com os inúmeros e decisivos detalhes que fazem o carnaval acontecer e a expectativa que será um desfile apoteótico da concentração à dispersão da Marquês de Sapucaí, deixou transparecer o júbilo acrescido à emoção. Convidado da diretoria e do carnavalesco da agremiação Vermelha e Branca, o intelectual compareceu ao ensaio na quadra na terça-feira, 10. Chegou cedo e com a quadra ainda não totalmente cheia constatou a extensão e a importância do seu trabalho ao expor para as baianas, passistas, ritmistas, Velha Guarda e demais componentes da Viradouro quem foi a escrava, meretriz, escritora e santa que séculos depois volta a ser a Flor do Rio de Janeiro em época de grande gala que é o desfile das escolas de samba do Grupo Especial, onde estão as mais importantes, tradicionais e poderosas instituições do carnaval carioca e brasileiro. Tudo tinha um brilho especial para alguém recém-chegado ao universo da folia.

No dia seguinte, a visita ao barracão o deixou mais impressionado ainda pelo tamanho e organização da Cidade do Samba, o local na zona portuária do Rio de Janeiro onde as doze agremiações do Grupo Especial fabricam suas alegorias e fantasias. O presidente Marcelo Calil Filho e o carnavalesco Tarcísio Zanon o impressionaram pela leitura atenciosa e acurada do livro Rosa Egipcíaca: Uma Santa Africana no Brasil, que a Companhia das Letras promete relançar em edição especial revisada pelo próprio autor em fevereiro antes do desfile da Sapucaí. Ficou encantado com a beleza dos carros alegóricos e apaixonou-se pelo carro do batismo. Com tantos e intensos relatos confirmou que será mais um componente a defender a escola, em cima de uma das alegorias, para fazê-la conquistar na Quarta-feira de Cinzas o terceiro título de Campeã do Carnaval da Cidade do Rio de Janeiro.

Concluiu, revelando também que a personagem da história colonial brasileira será levada aos cinemas e parte do que for apresentado no desfile da segunda-feira de carnaval será transformado em uma exposição. Sugestão do próprio biógrafo da homenageada no enredo Rosa Maria Egipcíaca.