Um homem de 42 anos morreu nesta terça-feira, 18, após ser atingido por um elevador em shopping de Valinhos, no interior de São Paulo. Marcos André de Jesus Ildefonso, de 49 anos, estava realizando manutenção no elevador quando o equipamento caiu em cima dele. De acordo com o Shopping Valinhos, ele era funcionário de uma empresa terceirizada.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informa que o acidente aconteceu por volta das 11 horas da terça. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros foram acionados imediatamente. Ao chegarem no local, os policiais encontraram a vítima caída no chão, já sem vida.

"Foram solicitados exames junto ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso foi registrado como morte suspeita - acidental no 1° DP de Valinhos", diz a SSP

Em nota enviada ao Estadão, o Shopping Valinhos disse que "lamenta, expressa condolências e se solidariza com familiares e amigos" da vítima.

"A equipe do Shopping agiu de maneira rápida e imediata ao constatar o acidente, acionando o Corpo de Bombeiros e a Assistência Médica para a realização do regaste e socorro, promoveu o isolamento da área e está colaborando com as autoridades policiais na investigação do ocorrido", diz a nota.

"O Shopping esclarece que as manutenções são necessárias e realizadas regularmente em conformidade com as normas de segurança e regulamentações vigentes", finaliza.

Publicado em Brasil

A Copa do Mundo Feminina começa na madrugada desta quinta-feira (20). A partida de abertura da competição será disputada às 4h, entre a Nova Zelândia, uma das anfitriãs, e a Noruega. Já o Brasil só entrará em campo a partir da semana que vem. A Seleção fará sua estreia na segunda-feira (24), diante do Panamá.

A equipe da rainha Marta está presente no Grupo F, que também tem França e Jamaica. Todos os jogos da Amarelinha na fase de grupos serão na Austrália, o outro país-sede.

Datas e horários dos jogos do Brasil na fase de grupos:

Brasil x Panamá - 24 de julho (segunda-feira), às 08h - Hindmarsh Stadium, em Adelaide
França x Brasil - 29 de julho (sábado), às 07h - Brisbane Stadium, em Brisbane
Jamaica x Brasil - 2 de agosto (quarta-feira), às 07h - Melbourne Rectangular, em Melbourne

O regulamento da Copa feminina será o mesmo da versão masculina da competição. As duas melhores equipes de cada grupo da primeira fase avançam para as oitavas de final. A partir daí, todos os confrontos serão decididos em duelos únicos e eliminatórios - quem perder está fora do Mundial.

Caso o Brasil se classifique em primeiro lugar, vai disputar as oitavas no dia 8 de agosto, em Adelaide, contra o segundo colocado do Grupo H. Já se a Seleção avançar na segunda colocação na fase de grupos, pega o país que ficar em primeiro na chave H. A partida será mesmo dia, 8 de agosto, mas em Melbourne. Alemanha, Colômbia, Coreia do Sul e Marrocos estão no grupo H.

Veja as datas e horários dos jogos da Seleção até uma eventual final em caso de classificação em primeiro lugar no grupo:

Oitavas de final: 08/08 (terça-feira), 08h
Quartas de final: 12/08 (sábado), 04h
Semifinal: 16/08 (quarta-feira), 07h
Disputa de terceiro lugar: 19/08 (sábado), 05h
Final: 20/08 (domingo), 07h

Veja as datas e horários dos jogos da Seleção até uma eventual final em caso de classificação em segundo lugar no grupo:

Oitavas de final: 08/08 (terça-feira), 05h
Quartas de final: 12/08 (sábado), 07h30
Semifinal: 16/08 (quarta-feira), 07h
Disputa de terceiro lugar: 19/08 (sábado), 05h
Final: 20/08 (domingo), 07h

Publicado em Esportes

O Conar (Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária) abriu nesta segunda-feira, 10 de julho, um representação ética contra a campanha "VW Brasil 70: O novo veio de novo", de responsabilidade da Volkswagen do Brasil e sua agência, AlmapBBDO.

A campanha, lançada no dia 3 de julho, recriou a imagem da cantora Elis Regina, morta em 1982, para cantar, em dueto com sua filha, Maria Rita, a canção Como Nossos Pais, de Belchior.

De acordo com o Conar, os consumidores questionam se é ético ou não o uso de ferramentas tecnológicas e Inteligência Artificial (IA) para trazer pessoas mortas de volta à vida, como realizado na campanha.

Os denunciantes também questionam se tal uso pode causar confusão entre ficção e realidade para alguns, principalmente crianças e adolescentes. O Conar protege a identidade dos denunciantes, segundo a Lei Geral de Proteção de Dados

O advogado Gabriel de Britto Silva enviou ao Estadão a denúncia que ele remeteu ao Conar, e que foi considerada pelo órgão.


Nela, Silva diz que a emoção causada pelo comercial também gera desconforto. "Não se sabe sequer se viva fosse, a Elis autoriza a imagem, ainda mais para fabricante de automóveis e para fins estritamente comerciais", diz parte do texto.

O denunciante também afirma que o uso de ferramentas como a Inteligência Artificial e a deep fake, utilizada para recriar o rosto e os movimentos de Elis com auxílio de uma atriz, precisa ser debatido pela sociedade e regulamentado pelos órgãos competentes.

"A tecnologia não traz as pessoas falecidas de volta. Cabem aos vivos que operam as máquinas serem regulados pelos vivos que recebem a consequência dessa operação, sob pena dos efeitos serem mais imprevisíveis do que a mais avançada tecnologia pode supor", diz outro trecho da denúncia.

O autor dessa representação também questiona o fato da propaganda mostrar Maria Rita e Elis dirigindo de forma desatenta ao volante, o que fere um dos anexos dos artigos do Código do Conar.


"Na propaganda de automóveis (...) Não se permitirá que o anúncio contenha sugestões de utilização do veículo que possam pôr em risco a segurança pessoal do usuário e de terceiros, tais como (...) desrespeito (...) às normas de trânsito de uma forma geral".

O Conar tem como regra julgar as representações em um prazo de até 45 dias. O Estadão procurou a assessoria de imprensa VW e aguarda o posicionamento da companhia sobre a representação aberta contra a campanha publicitária.

O comercial da Volks de cerca de dois minutos de duração dividiu opiniões sobre o uso de imagem da cantora, bem como a utilização da música Como Nossos Pais, de Belchior.

Publicado em Brasil

Termina nesta sexta-feira (7) o período de inscrição para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao segundo semestre de 2023. Os interessados têm até às 23h59 (horário de Brasília) para efetuar a inscrição por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), para esta edição do Fies, estão sendo ofertadas 77.867 vagas em 1.265 instituições privadas. O candidato pode consultar as vagas no momento da inscrição – o sistema apresenta as ofertas de vagas por estado, município e instituição de ensino superior.

Critérios

Pode se inscrever para o processo seletivo do Fies o candidato que, cumulativamente, atenda às seguintes condições:

- tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota válida até o momento anterior à abertura das inscrições para o Fies 2023;

- tenha obtido média aritmética das notas nas cinco provas do Enem igual ou superior a 450 pontos e nota na prova de redação superior a zero;

- não tenha participado do Enem na condição de treineiro – candidato que não concluiu o ensino médio e participa do exame para fins de autoavaliação;

- possua renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos.

No momento da inscrição, o candidato deve informar o CPF; um endereço de e-mail pessoal válido; os nomes dos membros do grupo familiar, com o número de CPF dos membros com idade igual ou superior a 14 anos, as respectivas datas de nascimento e, se for o caso, a renda bruta mensal de cada componente do grupo familiar.

Resultado

O ministério deve divulgar a ordem de classificação e pré-seleção no próximo dia 11, em chamada única. O cronograma completo do Fies pode ser acessado aqui.

Publicado em Brasil

O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira (4), em Brasília, o resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os interessados em participar do processo seletivo do segundo semestre de 2023 devem acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Foram disponibilizadas 276.566 bolsas – 215.530 integrais e 61.036 parciais – em cursos de graduação e cursos superiores sequenciais de formação específica.

Exigência

Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa. Desde 1º de maio, o salário mínimo no Brasil é de R$ 1.320.

Para fins de classificação e eventual pré-seleção no Prouni, o ministério utiliza a edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em que o participante obteve o melhor desempenho.

Publicado em Brasil

A Polícia Federal cumpre, nesta terça-feira (4), quatro mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária contra grupo que mantém esquema criminoso voltado para a prática de furtos

e desvios de objetos postais no Centro de Distribuição dos Correios (CDD) de Jequié, no sudoeste da Bahia. O montante de prejuízo pelos desvios das mercadorias totaliza R$ 1.045.920,12, em indenizações que os Correios tiveram que ressarcir aos clientes.

A operação, que foi denominada Postal, tem como propósito desarticular o esquema. Os fatos investigados ocorreram no ano de 2022 e as mercadorias mais visadas eram eletrônicos, especialmente aparelhos celulares. Os objetos eram então revendidos no comércio da região como se tivessem procedência lícita. O Centro de Distribuição dos Correios de Jequié/BA é responsável pela distribuição de encomendas e postais de toda a região circunvizinha.

Além dos mandados judiciais, foi determinado também o bloqueio judicial no importe de R$29.444,55 das contas e bens dos investigados. Também são investigados por fraudes no auxílio emergencial durante a pandemia e por descaminho/contrabando de produtos eletrônicos estrangeiros.

Os delitos apurados na Operação são associação criminosa (art. 288 do Código Penal), furto qualificado mediante fraude (art. 155, § 4º do Código Penal), receptação qualificada (art. 180, §1º do Código Penal), peculato desvio (art. 312 do Código Penal) e descaminho (art. 334, §1º, III e IV do Código Penal), cujas penas máximas podem somar mais de 20 anos de prisão.

Publicado em Brasil

Falsos médicos que pagaram até R$ 400 mil para conseguir diplomas fraudados, sendo a maior parte deles da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), integraram o Programa Mais Médicos do governo federal. A segunda fase da Operação Catarse, deflagrada pela Polícia Federal (PF), descobriu que a quadrilha obteve ao menos 65 registros junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), usando documentos falsos. Três homens apontados como integrantes do esquema foram presos. Uma mulher, supostamente líder da quadrilha, está foragida.

Para enganar o Cremerj, os criminosos produziam diplomas falsos com papéis de boa qualidade e reproduziam os logotipos de instituições de ensino do país. Segundo a Polícia Federal, a maior parte das comprovações de formação acadêmica fingiam ser da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). A quadrilha cobrava valores entre R$ 45 mil e R$ 400 mil para conseguir o registro junto ao Cremerj. Até histórico escolar e monografia podiam ser fraudados.

As universidades são as responsáveis por enviar a primeira documentação formal dos recém-formados e, para dificultar a checagem, os criminosos falsificavam diplomas de instituições de outros estados. A quadrilha chegou a criar um e-mail falso em nome da Uneb, de endereço “O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.”. O esquema funcionava como uma espécie de organização ‘empresarial’, de acordo com a PF.

Entre os investigados por comprarem os diplomas falsos estão profissionais de saúde, como enfermeiros. Em depoimento, os falsos médicos alegaram que foram vítimas de golpe da quadrilha, mesmo tendo desembolsado valores para conseguir documentos falsos e exercer a medicina. A reportagem encontrou registros dos falsos profissionais no Mais Médicos, programa do governo federal que tem o objetivo de suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias de grandes cidades.

Com o diploma falsificado da Uneb, Alexandre Antonio Caldeira Ramos conseguiu, em julho de 2019, a prorrogação da adesão ao Programa Mais Médicos, pelo Ministério da Saúde. O falso médico atuava no município de São Francisco, em Minas Gerais. Já Sayonara Duraes Viriato teve a adesão prorrogada por mais um ano em 20 de junho de 2022. Ela atuou como médica da família na Unidade Básica de Saúde (UBS) Novo Horizonte, em Jequitaí (MG).

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que ainda não havia sido oficialmente notificado pelo PF, “mas desde já esclarece que é vítima de fraude e que irá colaborar com as investigações da Polícia Federal. O programa Mais Médicos (MM) verifica os documentos dos candidatos formados no país com base no cadastro do Conselho Federal de Medicina”, acrescenta a pasta, em nota.

A pasta federal ainda revelou que “um dos supostos falsos médicos foi incorporado ao programa em 2016, tendo obtido prorrogação de adesão por três anos, em 2019. Já a suposta falsa profissional ingressou no MM em 2019, tendo prorrogado o vínculo por um ano, em 2022”, continua o texto da nota.

O MS ainda declarou que assim que receber o comunicado da PF, fornecerá todas as informações disponíveis e, “se comprovadas as irregularidades, serão aplicadas as sanções devidas aos envolvidos”.

Outra falsa médica, segundo a Polícia Federal, é Ana Gladys Diniz Pacheco Castrillon. A reportagem não conseguiu identificar onde a investigada trabalha, mas ela é casada com Fernando Castrillon Lara Veiga. Ele, que aparece no registro do Programa Mais Médicos, já trabalhou na UBS Osvaldo de Mello Filho, em Eunápolis, no sul da Bahia.

Até Anderson Augusto Pedrão, secretário de Saúde de Juti, município de 6 mil habitantes do Mato Grosso do Sul, é investigado no esquema. A reportagem tentou contato com ele e com a prefeitura, mas não obteve sucesso. Outra investigada por atuar como médica sem ter feito faculdade, é a enfermeira Cassia Santos de Lima Menezes, que admitiu ter comprado os diplomas por R$400 mil. Em 2015, ela foi presa por ser dona de uma clínica de estética clandestina, que funcionava na zona oeste do Rio de Janeiro.

Facilidade

A delegada da PF Xênia Ribeiro Soares disse, em entrevista ao Fantástico, que a quadrilha conseguia obter os registros porque o esquema de checagem das documentações é frágil. “O que a operação logrou identificar é que existe uma fragilidade nesse sistema de conferência por parte dos conselhos regionais de medicina”, afirmou no programa que foi ao ar no domingo (2). A Polícia Federal foi procurada, mas não respondeu.

Todos os 65 registros concebidos a partir de documentação fraudada foram anulados pelo Cremerj. Mandados de prisão preventiva foram expedidos para Valdelírio Barroso Lima, Reinaldo Santos Ramos e Francisco Gomes Inocêncio Júnior, que é enfermeiro de formação. Já Ana Maria Monteiro Neta, que atuava como médica com documentos falsos e é apontada como chefe da quadrilha, está foragida. Outros sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Rio de Janeiro (RJ) e em Minas Gerais.

O Conselho Regional de Medicina do RJ, que forneceu registros a partir de documentos falsos, foi procurado, mas não retornou aos questionamentos da reportagem. Em nota publicada no dia 20 de junho, o Cremerj manifestou apoio à operação da Polícia Federal e lembrou que, em abril do ano passado, denunciou que duas pessoas tentavam conseguir registros fraudando documentos.

Walter Palis Ventura, conselheiro do Cremerj, disse que após a revelação dos registros dos falsos médicos, o Conselho mudou a forma de checagem. “A gente checa com o CRM local, que é quem recebe em primeira mão os formandos daquele estado e o segundo cheque é feito com a própria universidade”, afirmou em entrevista ao programa Rede Globo.

O que diz o Cremeb e a Uneb

Em nota, o Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), informou que nenhum dos falsos médicos investigados foram inscritos na autarquia. O Cremeb diz ainda que cumpre, rigorosamente, os critérios de checagem dos documentos necessários para o registro de novos profissionais. Entre os métodos, está a validação de todas as atas de colação de grau diretamente com as instituições de ensino.

Para evitar novas fraudes, o Conselho da Bahia trabalha para viabilizar a entrega da Carteira Profissional Médico (COM) e da Cédula de Identidade Médica (CIM) no dia da solenidade de formatura dos novos médicos. “Somente este ano, o Cremeb já esteve presente em quatro formaturas, entregando presencialmente aos novos médicos os seus documentos de identificação profissional”, pontua. No ano passado, o Cremeb impediu que três pessoas com diplomas falsos de uma universidade no RJ conseguissem atuar na Bahia.

Já a Uneb, disse que recebeu, em janeiro do ano passado, um ofício em que o Cremerj requeria a comprovação de veracidade de documentos de supostos graduandos de Medicina. “Após consulta às bases de dados acadêmicas, constatou-se que os nomes apresentados não pertenciam a discentes ou egressos da UNEB. Confirmamos que as referidas atas, diplomas e/ou históricos escolares recebidos pelo Cremerj não foram emitidos ou assinados por esta universidade, portanto, são ilegítimos”, garante.

Publicado em Brasil

A fome é um problema que atinge um quinto das famílias chefiadas por pessoas autodeclaradas pardas e pretas no Brasil (20,6%). Esse percentual é duas vezes maior quando comparado ao de famílias comandadas por pessoas brancas (10,6%).

Os dados, divulgados nesta segunda-feira (26), são referentes ao período entre novembro de 2021 e abril de 2022. Eles fazem parte do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II Vigisan).

No total, 33,1 milhões de pessoas foram impactadas pela fome no país. Aqueles que se enquadram em determinados recortes de raça e gênero estão mais vulneráveis. Os lares chefiados por mulheres negras representam 22% dos que sofrem com o problema, quase o dobro em relação aos liderados por mulheres brancas (13,5%).

“A situação de insegurança alimentar e de fome no Brasil ganha maior nitidez agora. Precisamos urgentemente reconhecer a interseção entre o racismo e o sexismo na formação estrutural da sociedade brasileira, implementar e qualificar as políticas públicas, tornando-as promotoras da equidade e do acesso amplo, irrestrito e igualitário à alimentação”, diz a professora Sandra Chaves, coordenadora da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan).

O Vigisan é realizado pela Rede Penssan. Ele leva em conta dados registrados pelo Instituto Vox Populi, com apoio da Ação da Cidadania, ActionAid, Ford Foundation, Fundação Friedrich Ebert Brasil, Ibirapitanga, Oxfam Brasil e Sesc São Paulo.

Em dados gerais divulgados anteriormente, o estudo mostrou que quatro entre 10 famílias tinham acesso pleno a alimentos, ou seja, em condição de segurança alimentar. Por outro lado, 125,2 milhões estavam na condição de insegurança alimentar - leve, moderada ou grave. Os níveis foram medidos pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), também usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Escolaridade, emprego e filhos

Os recortes de raça e gênero também ficaram evidentes quando foram analisados outros dados como escolaridade, situação de emprego e renda e presença de crianças na família.

No caso dos lares chefiados por pessoas com oito anos ou mais de estudo, a falta de alimentos foi maior quando uma mulher negra estava à frente: 33%. Esse número foi menor no caso de homens negros (21,3%), mulheres brancas (17,8%) e homens brancos (9,8%).

Nas famílias com problemas de desemprego ou trabalho informal, a fome atingiu metade daquelas chefiadas por pessoas negras. Quando se trataram de pessoas brancas, um terço dos lares foi impactado. A insegurança alimentar grave foi mais freqüente em domicílios comandados por mulheres negras (39,5%) e homens negros (34,3%).

Nas situações em que a pessoa responsável tinha emprego formal, e a renda mensal familiar era maior do que um salário mínimo per capita (para cada indivíduo), a segurança alimentar estava presente em 80% dos lares chefiados por pessoas brancas e em 73% dos chefiados por pessoas negras.

A presença de crianças menores de 10 anos de idade nas famílias também foi um fator importante. Nesse contexto, a segurança alimentar era uma realidade em apenas 21,3% dos lares chefiados por mulheres negras, menos da metade dos chefiados por homens brancos (52,5%) e quase metade dos chefiados por mulheres brancas (39,5%).

Publicado em Brasil

Nesta semana, dois concursos das Loterias Caixa terão prêmios milionários. O sorteio da Quina de São João 2023 acontece neste sábado, 24, e pagará um prêmio de R$ 200 milhões que não acumula. Já a Mega-Sena pagará, no mesmo dia, R$ 8 milhões a quem acertar os seis números sorteados. Seu prêmio acumulou depois que ninguém acertou todos os números do sorteio 2603, que aconteceu nesta quarta-feira, 21, e tinha prêmio de R$ 3 milhões.

Para apostar em qualquer um dos concursos, basta fazer um jogo em uma casa lotérica credenciada pela Caixa ou realizar a aposta pelo site. As apostas podem ser feitas até as 19h do sábado. Os sorteios acontecem às 20h e os números são divulgados instantaneamente.

Para levar o prêmio máximo da Quina de São João, é preciso acertar os cinco números sorteados entre 80 ou ser o apostador que acertou a maior quantidade de números. São pagos prêmios para quem acertar pelo menos dois. A aposta mínima, de cinco números, custa R$ 2,50. A aposta máxima, de 15 números, custa R$ 7.507,50.

Já o prêmio máximo da Mega-Sena vai para quem acerta seis dezenas das 60 disponíveis. Mas há prêmios menores também para quem acerta quatro ou cinco números. A aposta simples, de seis números, custa R$ 4,50. A aposta máxima, de 15 números, custa R$ 22,5 mil.

Há ainda a possibilidade de apostar em grupo, por meio dos bolões. A própria Caixa oferece cotas de bolões oficiais. Para bolões personalizados, é importante seguir as dicas que já divulgamos por aqui para evitar golpes.

Publicado em Economia

A mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira, lamentou a saída da condenada de ter matado a menina, Anna Carolina Jatobá, que recebeu na noite de terça-feira (20) o benefício do regime prisional para o aberto.

Em conversa ao G1 nesta quarta-feira (21), a mãe da menina, que atualmente tem dois filhos, afirmou que estava arrasada com a decisão judicial.

"Não tenho muito o que falar. Triste a decisão. Lamentável saber que nossa lei dá esses direitos. Eu sabia que essa hora iria chegar, mas nunca estamos preparados", disse.

Jatobá estava detida há 15 anos na Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, onde cumpria pena pelo assassinato da enteada. Na época da condenação ela recebeu 26 anos de prisão. No entanto, vai cumprir os 9 anos restantes fora da cadeia.

Isabella foi encontrada morta no Edifício London, Zona Norte de São Paulo. A criança foi jogada do sexto andar do dia 29 de março de 2008. O pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram acusados de cortarem a tela de proteção da janela para cometerem o crime. O homem jogou o corpo da filha, enquanto Jatobá esganou a criança.

Os dois sempre negaram o crime, e afirmavam constantemente que uma pessoa teria invadido a residência e matado a menina. A polícia nunca conseguiu identificar essa suposta pessoa.

Publicado em Brasil