Toda semana é uma preocupação nova para a feira do soteropolitano. Depois do aumento expressivo no preço do arroz, agora, os cidadãos estão com a pulga atrás da orelha por outro motivo: a limitação da venda de arroz, óleo e leite, que passam por racionamento nas unidades dos grandes mercados de Salvador. Na maioria desses estabelecimentos, só se pode comprar até 10kg de arroz, 12 unidades de garrafas de óleo de soja, 10 unidades do leite de caixa e 5 pacotes do leite em pó de 200g. Em alguns casos, até o feijão, que está com os preços nas alturas, passa por racionamento de vendas.

O CORREIO foi às lojas para conferir onde a limitação ocorre, a causa do racionamento e o que os soteropolitanos acham do caso. Os entrevistados contaram que já tinham percebido as alterações nas prateleiras e, em sua maioria, afirmaram estar preocupados com a possibilidade da escassez dos itens nos estoques ser a causa para a imposição do limite de compras. Um cliente, que não quis se identificar, opinou que os mercados estão fazendo isso para evitar que as pessoas extrapolem nas compras do que já está em falta. "Provavelmente, tem algo em falta pra eles fazerem isso. O povo é todo desordenado e, quando vê um negócio em falta, corre todo afobado pra estocar. O que faz o mercado tomar esse tipo de atitude. Aqui, as pessoas levam a sério o 'farinha pouca, meu pirão primeiro", diz.

Limitar a comercialização desses produtos não é uma ação ocasionada apenas pela escassez como se pode imaginar. Entre os produtos com venda racionada, só o óleo de soja não está largamente disponível nas distribuidoras. Para os outros, existem fatores diferentes que influenciam no processo de limitação de venda nas grandes redes. É o que garante Joel Feldman, presidente da Associação Bahiana de Supermercados (Abase). "Em alguns casos, a limitação pode acontecer por conta de promoções para que a maioria dos clientes possam ter acesso às ofertas. Normalmente, a limitação está ligada a essa tentativa de evitar que o comerciante de mercados menores leve todos os produtos em promoção, por exemplo", explica.

Fator promocional
No caso do Extra, na Vasco da Gama, é justamente essa a justificativa que se vê nos cartazes que informam a limitação de compra: "Para que todos aproveitem essa oferta". O problema é que a oferta informada não é percebida, de fato, nos preços dos produtos. No local, encontra-se o preço das marcas de óleo de soja praticamente tabelado: a maioria saindo por R$ 6,99. Esse é o maior preço entre os mercados visitados pela reportagem do CORREIO, que passou por Big Bompreço, Rede Mix e teve acesso aos valores do Bompreço. O arroz, que não está barato em nenhum lugar, lá, não sai por menos de R$ 4,79, enquanto, em outros estabelecimentos como o Big Bompreço, é possível encontrar o arroz da mesma marca por menos de R$ 3,99. No caso do feijão, que também tem venda limitada, só dá pra sair com um quilo do produto ao desembolsar, no mínimo, R$ 6,89.

O Extra foi procurado pela nossa reportagem para explicar quais motivos levaram a rede a limitar a venda desses produtos e confirmar se isso estaria associado a uma promoção por parte da empresa. Por meio de assessoria, a rede informou que a limitação ocorre para que todos possam adquirir arroz, óleo, feijão, leite em caixa e leite em pó, que são os produtos limitados pelo mercado. "O Extra informa que, para que um maior número de clientes possa se abastecer, a rede está limitando a compra dos produtos em lojas por tempo indeterminado", declara.

Sobre o arroz, Joel acredita que a ação de limitar esteja ligada diretamente ao preço do grão, o que faz com que o mercado tenha menos do produto em estoque e queira distribuir de maneira mais uniforme o que se tem para comercialização. "O arroz subiu muito de preço porque há uma preferência pela exportação do produto, que é algo mais rentável, neste momento, para o produtor. Então, os mercados daqui têm menos potencial de adquirir esse item para comercializar", declara.

O que acham os clientes
Cláudia Alves, 35 anos, cuidadora de idosos, acredita que a limitação do arroz, por exemplo, em nada significa uma preocupação com o consumidor. "Isso aí é pressão deles pro povo achar que o arroz tá acabando e comprar mesmo com o preço nas alturas. Pra mim, não cola. Eles estão é exportando tudo e, no pouco que fica aqui, botam pra lenhar nos preços. Todos esses limitados aí subiram. Eu mesmo que não compro. Sei substituir, optar por outra coisa. Não tem arroz, vai macarrão e tá tudo em ordem", fala.

Quem também tem evitado adquirir os itens em limitação é Regina da Silva, 52, dona de casa que afirma que vai esperar o preço cair para voltar a tomar leite, mas admite que, ao saber da limitação, ficou com receio que estes itens fiquem em falta por muito tempo. Segundo ela, só não se rendeu e comprou bastante para não atrapalhar os outros. "Engraçado que limitaram o que mais subiu de preço. Achei estranho e logo pensei que estivesse acabando. O que mais seria, né? Mas não saí comprando desesperada com medo de acabar não. A gente fica naquela dúvida, mas não vou fazer isso e pensar só em mim porque, se eu fizer isso, tem gente que não vai conseguir comprar", conta.

Outra cliente, que preferiu não revelar sua identidade, não teve a mesma resiliência de Regina. Foi ao mercado sem pensar em óleo, mas, ao ver a limitação, quis garantir a presença do produto na sua residência por um tempo, mesmo com o preço acima do normal. "Eu nem ia comprar, falando a verdade. Não uso muito o óleo de soja. Mas tô vendo esse negócio de limitação. Vai que acaba, né? Então, vou garantir dois ou três pra não ter problema. Melhor prevenir do que remediar", argumenta.

Preços
A reportagem do CORREIO registrou os valores dos produtos em racionamento no Walmart, localizado na Joana Angélica, no Extra, da Vasco da Gama e no Rede Mix, da Rua Amazonas, na Pituba, que não estipulou nenhuma limitação para arroz, feijão, óleo, leite em pó ou de caxia. Apesar disso, a rede informou, através de nota, que está limitando a venda de óleo de soja, sendo permitida a compra de cinco unidades nos supermercados e dez unidades nos atacados. A seguir, os preços de cada um dos mercados visitados:

Big Bompreço
Arroz:

Emoções, R$ 3,99,

Cammil, R$ 4,29

Pop, R$ 3,75

Óleo:

Soya, R$ 5,99

Liza, R$ 6,49

Primor R$ 5,99

Leite de caixa:

Piracanjuba, R$ 5,39

Betânia, R$ 4,19

Damare, R$ 4,39

Extra
Arroz:

Emoções, R$ 4,79

Cammil, R$ 4,99

Tio João, R$ 4,99

Feijão:

Kicaldo, R$ 6,89

Cammil, R$ 9,49

Líder, R$ 6,89

Óleo:

Soya, R$ 6,99

Liza, R$ 6,99

ABC, R$ 6,99

Leite em pó (200g):

CCGL, R$ 5,99

Regina, R$ 5,99

La Serenissima, R$ 6,99

Rede Mix
Arroz:

Emoções, R$ 4,29

Cammil, R$ 4,29

Tio João, R$ 6,99

Óleo:

Soya, R$ 5,69

Primor R$ 5,69

Leite em pó (800g):

Itambé, R$ 20,98

Camponesa, R$ 21,98

Betânia, R$ 20,98

 

Publicado em Bahia

O Ministério da Economia autorizou a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a contratar, por tempo determinado, 6,5 mil profissionais para operacionalização das pesquisas permanentes do órgão. A portaria de autorização foi publicada neta sexta-feira (11) no Diário Oficial da União e visa reforçar o quadro de pessoal do IBGE, à substituição de servidores e empregados públicos.

Os profissionais poderão ser contratados a partir de janeiro de 2021 e somente serão formalizados mediante disponibilidade de orçamento específico. O prazo de duração dos contratos deverá ser de até um ano, podendo ser prorrogados para a conclusão das atividades.

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado deverá ser lançado em até seis meses. O IBGE definirá a remuneração dos profissionais a serem contratados. As vagas estão divididas em Agente de Pesquisas e Mapeamento (5.623), Supervisor de Coleta e Qualidade (552), Agente de Pesquisas por Telefone (300) e Supervisor de Pesquisas (25).

Em razão da pandemia de covid-19, atualmente, o instituto mantém as pesquisas em campo por telefone. “É importante que a sociedade entenda a relevância da continuidade da produção das informações e atenda o IBGE pelo telefone para garantir que as informações que o país precisa continuem sendo produzidas”, destacou o órgão.

O atendimento telefônico gratuito do IBGE 0800 721 8181 está operando remotamente e através dele o informante pode confirmar a identidade do entrevistador.

Publicado em Economia

Faltam apenas dois dias para a segunda data mais movimentada do varejo e um dos momentos mais especiais para as famílias: o Dia das Mães. Elas sempre dizem que qualquer presente está bom, mas uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que, este ano, as lembrancinhas devem ficar na vitrine.

Em média, os brasileiros estão dispostos a gastar entre R$ 75 e R$ 150 com o presente para as matriarcas. Na Bahia, a média é de R$ 120, de acordo com a CDL. É verdade que nem todo mundo tem dinheiro para presentear as mães, mas a pesquisa apontou que 78% dos consumidores devem realizar pelo menos uma compra no período. O número é maior que os 74% do ano passado.

Nesta quinta-feira (9), a escritora Isabel Lima, 26 anos, saiu de casa, em Cosme de Farias, e foi até a Avenida Sete de Setembro, no Centro, para procurar um presente. Ela contou que um dos desejos da mãe é uma máquina de lavar roupas, mas estava procurando também algo mais especial. Assim como ela, 77% dos brasileiros vão pesquisar antes de comprar.

“Quero dar para ela um presente que não seja apenas para o Dia das Mães, mas que ela possa lembrar depois, como um buquê de rosas, um café da manhã ou uma declaração. O dia das mães é todo dia, afinal de contas elas nos deram a vida, então tem que ser algo especial que lembre o quanto ela é especial”, disse.

O Dia das Mães é a segunda data com maior venda para o varejo. A pesquisa afirma que o Natal é o primeiro, mas alguns segmentos ouvidos pelo CORREIO disseram que a Black Friday assumiu essa posição e que o Papai Noel está na terceira posição.

A expectativa é de que, este ano, os mimos de mainha movimentem R$ 24,3 bilhões nos segmentos do comércio e serviço. A CDL Salvador estima um crescimento de 5% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado, conforme pesquisa de mercado.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), Paulo Motta, está menos otimista. Ele acredita que o aumento será de 2% em relação a 2018: “Esse cenário é por conta da conjuntura econômica do país. O movimento está fraco, mas nossa expectativa é para o sábado. A véspera sempre é o grande dia”.

Em Salvador, shoppings têm programação e ações especiais. O gerente do Shopping Bela Vista, Vaneilton Almeida, espera aumento de 10% nas vendas. O estabelecimento vai apostar em sorteios para atrair os consumidores: "A cada R$ 200 em compras o cliente terá direito a um cupom para concorrer a um vale compras no valor de R$ 2 mil. Os sorteios são diários, e acontecem sempre às 18h na praça do shopping", explica.

Presente dividido
No total, 122,1 milhões de brasileiros devem presentear alguém nessa data. Ninguém duvida que mainha é amada, mas 24% dos filhos pretendem gastar menos com o presente deste ano. Outros 41% vão repetir valor de 2018.

A dona de casa Verônica Correia, 63, vai receber um presente coletivo. As quatro filhas resolveram comprar um celular novo para a aposentada, porque o atual está dando defeito. A estudante Daniele Correia, 28, acredita que a mãe vai gostar da ideia. “Ela está esperando uma lembrancinha, mas vai ganhar um celular”, brincou.

As irmãs Correia fazem parte de dois grupos da pesquisa: dos 26% dos consumidores que vão comprar um presente mais caro que o do ano passado e dos 19% que vão dividir o valor com mais alguém. Já os celulares aparecem como intenção de compra de 10% dos filhos.

Celular
As operadoras de telefonia estão de olho nesse mercado e investiram pesado nas promoções. O diretor regional da Claro para Bahia e Sergipe, Marcos Alves, contou que as lojas vão oferecer gratuitamente para as pessoas, clientes ou não, cartões para as mães. A empresa está com duas ofertas especiais.

“A primeira é que o cliente que comprar um iPhone vai levar outro por R$ 9,99. A segunda é que o S10 Plus, o último lançamento da Samsung, está com 50% de desconto. O consumidor que levar o aparelho antigo em troca do novo terá um desconto ainda maior”, afirmou. A expetativa é de vendas 20% maiores que em 2018.

As duas promoções valem até domingo (12). Já o Passaporte América garante que usuários brasileiros do pós-pago usem serviços e benefícios da operadora no exterior sem taxa extra.

A Vivo está oferecendo facilidades no pagamento e descontos de 10% no preço dos smartphones comprados pela internet. O frete será grátis e a entrega em até três dias úteis para capitais. As promoções valem também para os planos da operadora.

Já a TIM tem ofertas como o Moto G7 Play por R$ 899 no TIM Controle, com opções a partir de R$ 49,99 por mês. Já os aparelhos da família Samsung Galaxy S10 podem ter desconto de até R$ 3 mil no TIM Black e Troca Smart - o aparelho velho pelo novo.

O Shopping Paralela está com a promoção Compre e Ganhe nas compras a partir de R$ 300,00 até o dia 12 de maio. O brinde especial é um pingente em forma de coração da Rommanel. Além da ação promocional, toda a família pode participar dos workshops com a Camicado, até sábado (11/05); tomar um café de cortesia no cantinho preparado para receber toda a família, e registrar mais momentos memoráveis no espaço instagramável, preparado com motivos afetivos para reforçar as comemorações. O centro de compras tem horário especial na sexta e no sábado (10 e 11/05), as lojas, praça de alimentação e atrações de lazer vão abrir das 9h às 23h. No domingo, as lojas abrirão das 13h às 21h e a praça de alimentação e atrações de lazer das 12h às 21h.

Mais procurados
A pesquisa aponta que os produtos campeões de venda devem ser as roupas, calçados e acessórios (42%), perfumes (36%), cosméticos (23%) e chocolates (19%). O ranking ainda tem flores (15%), maquiagem (13%), ida a restaurantes (12%) e utensílios de cozinha (12%). Também fazem parte da lista celulares (10%), eletrônicos (10%) e eletrodomésticos (8%).

O gerente regional dos supermercados Extra, Alexandre Costa, contou que, nos últimos anos, os celulares passaram a disputar a lista dos mais vendidos nesta época do ano, ao lado de produtos tradicionais como portáteis e ventiladores e geladeira - a chamada linha branca.

O Extra vai voltar com mais uma edição da Pink Friday, uma ação promocional com 28 horas de ofertas. Elas começaram às 20h de desta quinta (9) e seguem até 23h59 de desta sexta-feira (10). No e-commerce, as ofertas começam na primeira hora do dia.

“Desde segunda-feira já percebemos um movimento maior nas vendas de alguns produtos, mas o nosso pico é a partir das 19h de sexta-feira. Podemos dizer que 95% dos clientes deixam para comprar na última hora. No sábado também temos movimento grande”, afirmou.

A empresa estima crescimento de 10% nas vendas na comparação com o ano passado. O gerente regional das Casas Bahia, Romeu Fraga, contou que no ano passado algumas das 27 lojas que funcionam na Grande Salvador resolveram abrir as portas também aos domingos.

“Faremos isso novamente este ano. O pessoal deixa mesmo para comprar na última hora”, contou. Entre as promoções está a chance de comprar uma TV e levar outra.

Na manhã desta quinta-feira (9), a dona de casa Nilza dos Santos, 54, mãe de oito filhos, resolveu, passear pelo Centro acompanhada de uma delas. “Eu queria ganhar um fogão, mas, vamos ver”, disse, enquanto a filha olhava os produtos.

Fonte: Correio24horas

Publicado em Bahia

O aumento da gasolina foi anunciado pelo governo federal em um pacote de reajuste de impostos.
A gasolina, o álcool e o diesel ficam mais caros em todo o Brasil a partir do domingo (1º). Na Bahia, o aumento pode fazer com que em algumas cidades o valor ultrapasse os R$ 4, segundo estimativas do Sindicombustíveis.
O aumento da gasolina foi anunciado pelo governo federal em um pacote de reajuste de impostos. O acréscimo para os donos de impostos é de R$ 0,40. Na capital baiana, onde o litro de gasolina custa atualmente de R$ 3,14 a R$ 3,30, a previsão é de que o valor fique em R$ 3,60. Mas em cidades como Porto Seguro, o preço pode passar dos R$ 4 - chegando a R$ 4,13.

Em Itabuna, onde a gasolina custa de R$ 3,19 a R$ 3,23, o valor deve chegar a R$ 3,60. Em Feira, o valor ficará próximo de R$ 3,56.

O reajuste no preço final deve ser decidido por cada posto, segundo o presidente do Sindicombustíveis, José Augusto Costa.

Publicado em Economia

A presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou a Lei nº 13.097, com vários vetos. A lei é resultado da aprovação da Medida Provisória nº 656, que ficou conhecida como MP das Bebidas Frias, por incorporar durante a tramitação no Congresso trecho para definir uma nova tributação do setor. Entre os vários pontos rejeitados pela presidente está o reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda para a Pessoa Física (IRPF), proposto pelos parlamentares. Dilma justificou que "a proposta levaria à renúncia fiscal na ordem de R$ 7 bilhões, sem vir acompanhada da devida estimativa do impacto orçamentário-financeiro, violando o disposto no art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal." O Planalto deverá editar nova Medida Provisória sobre o tema. Na segunda-feira, 19, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a proposta da Fazenda é de que a correção da tabela do IRPF seja de 4,5% este ano. Dilma também rejeitou o artigo da MP que permitia o refinanciamento das dívidas dos clubes esportivos com a União, que é da ordem de R$ 4 bilhões, sem contrapartidas, como pagamento de multas em caso de atraso dos salários dos jogadores. Nas razões do veto enviadas ao Congresso, a presidente explica que "o governo vem discutindo há meses com representantes de clubes, atletas, entidades de administração do desporto e com próprio Congresso Nacional a construção de uma proposta conjunta que estimule a modernização do futebol brasileiro". Segundo ela, "o texto aprovado não respeita este processo e prevê apenas refinanciamento de débitos federais, deixando de lado medidas indispensáveis que assegurem a responsabilidade fiscal dos clubes e entidades, a transparência e o aprimoramento de sua gestão, bem como a efetividade dos direitos dos atletas". Ela assegura, no entanto, que o "governo retomará imediatamente o processo de diálogo, com o objetivo de consolidar, no curto prazo, uma alternativa que promova de forma integral a modernização do futebol brasileiro." Inicialmente editada para zerar as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita de vendas e na importação de partes utilizadas em aerogeradores, para prorrogar benefícios tributários a empresas e para dispor sobre a devolução ao exterior de mercadoria estrangeira com importação não autorizada, a MP 656 foi ganhando outros temas, como a própria tributação das bebidas frias e o reajuste do IRPF.

Publicado em Economia

2 de dezembro -- A Azul SA, hoje a terceira maior companhia aérea do Brasil, pode se tornar a maior na medida em que avança para além da aviação regional com US$ 6,5 bilhões em pedidos de aviões de maior porte, parcialmente financiados por uma abertura de capital.

Com locações e compras de 63 jatos A320neo, da Airbus Group NV, a Azul está pronta para operar esses aviões maiores já em rotas domésticas. Contando com sua frota de turboélices ATR, de jatos regionais da Embraer e de aeronaves de fuselagem larga da Airbus, a Azul pode oferecer cerca de 3.000 assentos a mais do que as companhias dominantes do país, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes SA e a unidade TAM, da Latam Airlines Group SA, considerando as frotas atuais das empresas.

"Nós vamos fazer o bolo crescer, não vamos roubar dos nossos concorrentes", disse Antonoaldo Neves, presidente da Azul, em entrevista no mês passado. "Nada impede que o mercado dobre de tamanho".

Abertura de capital
A Azul, companhia aérea fundada por David Neeleman, pediu ontem registro para listar ações no Brasil e nos Estados Unidos.

A empresa disse que pretende usar os fundos para aumentar a frota e adicionar serviços em lugares de demanda elevada e em rotas domésticas de longa distância.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas disse que a demanda deve aumentar dos 100 milhões de passageiros atuais para cerca de 200 milhões até 2020.

A Azul, que começou a operar em 2008 atuando em cidades brasileiras pequenas e com pouco serviço, manteve uma participação de mercado de cerca de 17% desde que comprou a Trip Linhas Aéreas SA há dois anos. A empresa tem a maior malha do país e atende a mais de 100 destinos, disse a companhia em seu documento.

A operadora deve receber os novos aviões Airbus até 2023, no mesmo período em que a Gol vai incorporar cerca de 100 novos jatos 737 MAX, da Boeing Co.

Lógica semelhante
"Não é difícil de se imaginar que a lógica possa ser parecida com a nossa", disse Paulo Kakinoff, CEO da GOL, ontem em reunião com investidores. "Nosso fluxo de recebimento e nosso calendário de devolução de aeronaves ele é exatamente idêntico".

A TAM não respondeu a um pedido de comentários.

A venda de ações da Azul ocorrerá em um período com poucas ofertas brasileiras. O mercado de emissão de títulos estagnou neste ano quando a economia entrou em recessão técnica na primeira metade do ano.

Cenário
A Azul vinha analisando a possibilidade de abrir o capital desde pelo menos maio de 2013, mas as liquidações de mercado afundaram as tentativas anteriores.

A última vez que a empresa cancelou os planos de abrir o capital foi em março, quando o índice de referência Ibovespa despencou para o menor nível em quase cinco anos.

Um projeto de lei para subsidiar as rotas regionais expirou no Congresso no mês passado sem ter sido votado. Se tivesse sido aprovado, a nova legislação levaria a Azul a comprar novos aviões da Embraer a partir do próximo ano, para atender a cerca de 15 destinos novos por ano.

Sem o subsídio, a Azul vai operar aviões maiores para concorrer com as empresas rivais em cidades maiores, disse Neves. O projeto de lei deve ser reapresentado em janeiro.

A Azul também tem uma carta de intenção para comprar 30 E-Jets E2 da Embraer, que ela deve assinar até o fim do ano, disse a Embraer por e-mail no dia 9 de outubro.

Publicado em Economia

Até o meio-dia desta sexta-feira (28), a Black Friday — promoção do comércio que promete desconto nos preços do produto inspirada em evento criado nos Estados Unidos por causa do feriado de Ação de Graças — já gerou faturamento de R$ 248,8 milhões no Brasil apenas nas vendas pela internet.

Foram 588.046 negócios com tíquete médio de R$ 423. A categoria mais procurada (42,27% das buscas) é a de eletrônicos, de acordo com o Busca Descontos, que organiza o evento, e a Clear Sale, especializada na prevenção de fraudes.

Oficialmente iniciada à meia-noite desta sexta-feira, a promoção abrange também lojas físicas de diversos segmentos e vai até o sábado ou o domingo, dependendo do estabelecimento. Em São Paulo, o supermercado Extra localizado na Avenida Ricardo Jafet, no Ipiranga, teve que adiantar na noite desta quinta-feira (27), em duas horas o início da liquidação em razão de um tumulto de consumidores. Os descontos chegaram a 70%.

A maior procura foi por eletrodomésticos, principalmente televisores de LED. Modelos das marcas Samsung e Semp Toshiba foram disponibilizados no hall de entrada principal do supermercado e disputados sem cerimônia pelos consumidores, entre esbarrões e choques entre os carrinhos de compra.

Um funcionário atualizava a contagem regressiva à medida que o relógio se aproximava das 22 horas desta quinta-feira, dia 27, e deu a largada para o início das compras sem atraso, comando para o imediato ataque à pilha de aparelhos de TV.

Sem tanta comodidade na maioria dos casos, os consumidores encheram os carrinhos de compra com os mais variados produtos, que poderiam ser parcelados em dez vezes - ou 20, se o cliente tivesse o cartão de compras do Extra. Além de eletrodomésticos, smartphones, utensílios de uso doméstico, alimentos e bebidas alcoólicas tiveram seus preços reduzidos e se manterão assim até a meia-noite de sábado, dia 29. O efetivo de funcionários foi reforçado por causa da data.

A Black Friday se consolidou como a data mais importante para o comércio eletrônico no Brasil. Em 2014, a expectativa do setor é de que as vendas apenas nesta sexta-feira, 28, ultrapassem a marca de R$ 1 bilhão pela primeira vez.

 

 

Publicado em Economia

Até o próximo domingo, 30,52 milhões de empregados formais deverão ter recebido a primeira parcela do 13º salário. O dia é a data-limite para que empregadores depositem o benefício na conta de seus empregados. Desse total de 52 milhões, os empregados domésticos somam 2,122 milhões, ou 2,5% do total de beneficiários do abono, que além dos trabalhadores incluem os aposentados e pensionistas.


Como a data final cai no domingo, o depósito deve ser feito até hoje. Nesta primeira parcela, serão pagos 50% do valor do 13º salário. A segunda parcela terá de ser paga até o dia 20 de dezembro e corresponderá à outra metade do benefício.

O empregador que não cumprir o prazo estará sujeito à multa, que varia conforme o número de trabalhadores da empresa. Em 2014, o pagamento do 13º salário vai injetar R$ 158 bilhões na economia, valor 10,3% maior do que o registrado em 2013.

O número de pessoas com direito ao benefício soma 84,7 milhões, dos quais aproximadamente 32,7 milhões, ou 38,6% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social e 52 milhões de pessoas, ou 61,4% do total, são empregados formais.

No caso dos aposentados e pensionistas que recebem até um salário mínimo (R$ 724), o pagamento da segunda parcela já está sendo feito desde a segunda-feira (24/11). Os depósitos serão feitos em conjunto com os benefícios de novembro, até o dia 5 de dezembro.

Economistas recomendam que o salário extra seja usado, prioritariamente, para quitar dívidas, a começar por aquelas com juros mais altos. Para quem não tem dívidas, a melhor opção é investir o recurso em aplicações financeiras.

Os consultores e educadores financeiros não recomendam usar o dinheiro apenas no consumo.

Publicado em Economia

Apesar disso, a taxa de desemprego feminina continua acima da masculina, com 8,2% contra 5,8%

Agência Brasil
06/11/2014 10:29:00
Atualizado em 06/11/2014 12:20:24

c c e
A taxa de desocupação entre as mulheres brasileiras teve uma queda mais acentuada em relação a dos homens, quando comparado o resultado do segundo trimestre de 2014 com o mesmo período do ano passado e com os primeiros três meses deste ano. Apesar disso, a taxa de desemprego feminina continua acima da masculina, com 8,2% contra 5,8%.

Apesar disso, a taxa de desemprego feminina continua acima da masculina, com 8,2% contra 5,8%

No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego entre os homens ficou em 5,9% e recuou 0,1 ponto percentual no segundo trimestre. Entre as mulheres, essa queda foi 0,5 ponto percentual, de 8,7% para 8,2%.

Se comparada ao segundo trimestre do ano passado, a taxa de desocupação entre as mulheres ficou 1,1 ponto percentual atrás dos 9,3% registrados, enquanto, para os homens, a redução foi 0,2 ponto percentual, de 6% para 5,8%.

A maior taxa de desocupação, entre as mulheres, é registrada na Região Nordeste: 10,4%. Na outra ponta está o Sul, com percentual de 5,1%. Em relação aos homens, a taxa mais baixa de desemprego também está no Sul (3,3%), e a mais alta, no Nordeste (7,7%).

Sem levar em consideração o sexo do pesquisado pelo IBGE, a região com maior taxa de desocupação é o Nordeste, com 8,8%. Em seguida, aparecem o Norte, com 7,2%, o Sudeste, com 6,9%, o Centro-Oeste, com 5,6%, e o Sul, com 4,1%.

As maiores quedas em relação ao primeiro trimestre ocorreram nas regiões com as taxas mais altas. Norte e Nordeste tiveram redução de 0,5 ponto percentual. O mesmo ocorre na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a 2013, a desocupação caiu 1,1 ponto percentual no Norte e 1,2 ponto percentual no Nordeste.

A pesquisa do IBGE produz informações contínuas sobre a inserção da população no mercado de trabalho e suas características, tais como idade, sexo e nível de instrução, permitindo, o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.

A cada trimestre, a Pnad Contínua investiga 211.344 domicílios particulares permanentes em aproximadamente 16 mil setores censitários, distribuídos em aproximadamente 3,5 mil municípios.

Publicado em Economia

Na Bahia, o 13º salário terá valor médio de R$ 1.346,85. O valor médio nacional do 13º será de R$ 1.774

Da Redação (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.)
05/11/2014 09:11:00
Atualizado em 05/11/2014 09:12:31

c c e
O pagamento do 13º salário vai injetar R$ 6,7 bilhões na economia baiana neste final de ano. A estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em termos nominais, o montante é 11,7% maior que o registrado com o rendimento extra no final do ano passado, porém, não é possível fazer uma comparação direta entre 2013 e 2014, pois o órgão contabilizou, pela primeira vez este ano, o contingente de pessoas que são beneficiadas por regimes próprios de previdência de municípios, estado e União.

Conforme explicou a supervisora técnica do órgão na Bahia, Ana Georgina da Silva Dias. De acordo com ela, 64% desta renda extra será apropriada por trabalhadores formais da iniciativa privada e da administração pública; 35% por aposentados e pensionistas do INSS ou de regime previdenciário próprio; e 1% por trabalhadores domésticos.

Na Bahia, o 13º salário terá valor médio de R$ 1.346,85. “É o maior valor médio do 13º do Nordeste”, constatou a supervisora. Em todo o Brasil, o pagamento do salário extra vai movimentar R$ 158 bilhões, 10% a mais que o movimentado em 2013 (R$ 143 bilhões).

O valor médio nacional do 13º será de R$ 1.774. O maior 13º médio será pago no Distrito Federal, R$ 3.200. E o mais baixo nos estados do Maranhão e Piauí, R$ 1.200. Os números nacionais apontam ainda que o pagamento do salário extra equivale a 3% do Produto Interno Bruto brasileiro.

Publicado em Economia