Após o megavazamento de dados de 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos, mais de meio milhão de celulares corporativos já circulam livremente na internet - embora os dados estejam à venda, o hacker tornou pública uma pequena parte das informações. A conclusão é da empresa de segurança Syhunt, que analisou com exclusividade para o Estadão alguns dos arquivos disponibilizados pelo hacker na internet.

Um dos arquivos publicados pelo hacker é uma espécie de "amostra grátis" daquilo que ele tem para vender. Ao analisar a pasta referente a números telefônicos de pessoa jurídica, foi possível detectar que estavam disponíveis 532.696 celulares, volume muito superior ao de números registrados para pessoa física (6.945). Entre as linhas de pessoa jurídica, o hacker classificou 366.770 como números da operadora Vivo. Outros 12.123 números estão classificados como números da TIM. O restante não está classificado. Todos os números telefônicos estavam associados aos números de CNPJ das empresas.

Os números estão registrados em diversas partes do Brasil. O pacote tem 179.172 números do DDD 11, seguido por números da região de Curitiba, cujo DDD é o 41 (93.194). O Paraná aparece como o Estado mais afetado. Apenas o Nordeste não aparece na amostra vazada.

"O maior problema de números corporativos se tornarem públicos é que aumentam as tentativas de golpe junto às empresas", explica Felipe Daragon, fundador da Syhunt. "Podem surgir golpes de engenharia social, no qual os criminosos se passam por uma fonte legítima para extrair informações valiosas." O Estadão apurou que, desde o vazamento dos números, as empresas perceberam aumento nas tentativas de ataques a seus dados.

Em comunicado, a Vivo disse que "não teve incidente de vazamento". A TIM, também em nota, afirmou que "não sofreu nenhum ataque ou vazamento que colocasse em vulnerabilidade os dados de clientes e ou dados próprios".

Bases diversas. A prevalência de números da Vivo no pacote é mais um indício de que o criminoso compilou informações de diferentes vazamentos. Em novembro de 2019, uma falha no site da Vivo expôs informações de 24 milhões de clientes.

Não é possível determinar se os números oferecidos atualmente foram obtidos durante esta falha. A tese de que as bases de dados do megavazamento são uma compilação com origem difusa vem ganhando força entre especialistas em cibersegurança.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro no Nordeste chegou a 29%, após uma trajetória acentuada de queda nos últimos quatro meses. O valor é um dos mais baixos registrados na região desde o início do mandato.

De acordo com a pesquisa PoderData, do site Poder360, em janeiro, 36% da população nordestina aprovava o governo Bolsonaro. Para efeitos de comparação, em setembro, último mês do auxílio-emergencial, a taxa era de 55% de aprovação.

Com o fim do programa de assistência social, as taxas de aprovação despencaram, e as taxas de desaprovação começaram a subir. Hoje, 59% da população do Nordeste desaprova o governo. Em setembro, o valor era de apenas 33%.

No Brasil, os resultados divergem do Nordeste. 48% da população desaprova o governo de Jair Bolsonaro, enquanto 40% aprovam. Além disso, no âmbito nacional, as taxas se mantiveram mais estáveis, não apresentando grande variação mesmo com o fim do coronavoucher.

A pesquisa foi composta por 2.500 entrevistas em 519 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

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Entre os gastos anuais do Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), um item acabou chamando mais atenção que todos os outros da lista de compras: o leite condensado.

De acordo com levantamento do (M)Dados, do site Metrópoles, com base no Painel de Compras atualizado pelo Ministério da Economia, todos os órgãos do Executivo federal gastaram juntos mais de R$ 15 milhões com o ingrediente só em 2020, exatamente R$ 15.641.777,49.

No início de seu governo, o presidente viralizou nas redes sociais ao revelar que o leite condensado com pão era seu café da manhã favorito. O fato foi associado ao gasto desenfreado do condimento.

Outros valores também soltaram aos olhos de quem conferiu a lista, como o gasto de R$ 2.203.681,89 em goma de mascar e R$ 14 milhões na compra dos molhos shoyo, inglês e de pimenta.

A pizza e o refrigerante também apareceram na lista e no cardápio do governo, custando R$ 32,7 milhões aos cofres da União. Enquanto a batata frita embalada custou R$ 16.582.463,23.

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A família Bolsonaro liderou o ranking de ataque à imprensa em 2020. É o que aponta um levantamento feito pela ONG Repórteres Sem Fronteira. Ao longo do ano, foram cerca de 580 ofensas a profissionais e empresas de comunicação protagonizadas pelo presidente, filhos e ministros.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) estão no topo do ranking de “predadores da liberdade de imprensa”.

Eduardo é líder com 208 ataques a jornalistas. O presidente Jair Bolsonaro vem em seguida, com 103 ataques, e Carlos é o terceiro com 89 ataques. Bolsonaro e seus filhos respondem por 85% das ofensas promovidas por autoridades à imprensa em 2020 compiladas pela organização não governamental.

No dia 20 de janeiro deste ano, Eduardo Bolsonaro foi condenado a indenizar a jornalista Patrícia Campos Mello, repórter da Folha, em R$ 30 mil por danos morais. A Justiça ainda determinou o pagamento de custas processuais e honorários advocatícios no valor de 15% da condenação.

O balanço do Repórter Sem Fronteiras aponta que as redes sociais foram o meio preferido de Bolsonaro, seus filhos e ministros para declarações desse tipo. Pelo Twitter, foram publicadas 489 mensagens com hostilidade a profissionais da imprensa. Metade dos ministros de Bolsonaro contribuiu com os ataques a jornalistas aferidos no levantamento.

Dos 22 ministros, 11 deles promoveram alguma ofensa a jornalistas. Damares Alves, titular da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, foi quem mais atacou, protagonizando 19 episódios de hostilidade. Com informações da Folha de S.Paulo.

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O presidente Jair Bolsonaro cumprimentou Joe Biden pela posse como novo presidente dos Estados Unidos (EUA) em publicação postada nas redes sociais na tarde desta quarta-feira (20). Horas mais cedo, Biden foi empossado no cargo em uma cerimônia ocorrida em Washington, capital norte-americana, tornando-se o 46º presidente do país, sucedendo Donald Trump.

"Cumprimento Joe Biden como 46º Presidente dos EUA. A relação Brasil e Estados Unidos é longa, sólida e baseada em valores elevados, como a defesa da democracia e das liberdades individuais. Sigo empenhado e pronto para trabalhar pela prosperidade de nossas nações e o bem-estar de nossos cidadãos", postou Bolsonaro, que também divulgou, na publicação seguinte, uma carta enviada ao novo presidente dos EUA, na qual o líder brasileiro fala em aprofundar as relações entre os países.

"É minha convicção que, juntos, temos todas as condições para seguir aprofundando nossos vínculos e agenda de trabalho, em favor da prosperidade e do bem-estar de nossas nações", diz Bolsonaro em um trecho da carta. "Ao desejar a vossa excelência pleno êxito no exercício de seu mandato, pelo que aceite, senhor presidente, os votos de minha mais alta estima e admiração", acrescentou.

Comércio, meio ambiente e segurança
Na carta a Biden, Bolsonaro cita sua admiração pelos Estados Unidos e enumera temas que ele considera prioritários na atual agenda bilateral.

"No campo econômico, o Brasil, assim como empresários de nossos países, tem interesse em um abrangente acordo de livre comércio, que gere mais empregos e investimentos e aumente a competitividade global de nossas empresas. Já temos como base os recentes protocolos de facilitação de comércio, boas práticas regulatórias e combate à corrupção, que certamente contribuirão para a recuperação de nossas economias no contexto pós-pandemia".

Sobre a questão ambiental, Bolsonaro mencionou, na carta, a renovação das metas do país no Acordo de Paris e pediu diálogo, especialmente na questão energética.

"Estamos prontos, ademais, a continuar nossa parceria em prol do desenvolvimento sustentável e da proteção do meio ambiente, em especial a Amazônia, com base em nosso Diálogo Ambiental, recém-inaugurado. Noto, a propósito, que o Brasil demonstrou seu compromisso com o Acordo de Paris com a apresentação de suas novas metas nacionais. Para o êxito do combate à mudança do clima, será fundamental aprofundar o diálogo na área energética".

Outro ponto tratado por Bolsonaro no documento enviado a Biden foi sobre segurança e combate ao crime organizado.

"Brasil e Estados Unidos coincidem na defesa da democracia e da segurança em nosso hemisfério, atuando juntos contra ameaças que ponham em risco conquistas democráticas em nossa região. Adicionalmente, temos cooperado para impedir a expansão das redes criminosas e do terrorismo, que tantos males causam a nossos países e aos demais países da América Latina e do Caribe".

Chanceler
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também postou nas redes sociais sobre a posse de Joe Biden. Araújo escreveu que, com Bolsonaro, o Brasil retomou a vocação de uma parceria profunda com os EUA.

"Esperamos, agora com o Presidente Biden, aprofundar essa parceria, diante dos novos desafios que se deparam aos nossos ideais comuns", escreveu.

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Um dia depois de dizer que Brasil estava "quebrado", o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira, 6, que o País está uma "maravilha" e responsabilizou a imprensa por uma "onda terrível" sobre sua fala na terça-feira,5. Em conversa com apoiadores, o chefe do Executivo minimizou a declaração anterior sobre a situação do Brasil, que repercutiu negativamente no meio político e no mercado financeiro.

"Confusão ontem, viu? Que eu falei que o Brasil estava quebrado. Não, o Brasil está bem, está uma maravilha. A imprensa sem vergonha, essa imprensa sem vergonha faz uma onda terrível aí. Para imprensa bom estava Lula, Dilma, que gastavam R$ 3 bilhões por ano para eles", afirmou para um grupo de pessoas na saída do Palácio da Alvorada.

Na terça, Bolsonaro também disse que não conseguia "fazer nada" e atribuiu à pandemia da covid-19 o motivo para não conseguir ampliar a isenção da tabela do Imposto de Renda, uma de suas promessas de campanha.

A fala sobre a situação do País vai na direção oposta da mensagem que a equipe do ministro Paulo Guedes busca passar sobre a recuperação da economia.

Na manhã desta quarta, na conversa com apoiadores, Bolsonaro, ainda em reforço às críticas à imprensa, negou ter conversado por telefone com o ex-presidente Michel Temer, como noticiado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. "De vez em quando eu falo com ele, mas tem mais de 30 dias que eu não falo com o Temer", disse.

De acordo com o colunista, Temer ligou para Bolsonaro para tranquilizá-lo caso o deputado Baleia Rossi (MDB), seu aliado, vença a eleição para a presidência da Câmara.

Segundo o presidente, a notícia foi "inventada" e seria uma forma de influenciar nas eleições para as mesas do Congresso. O mandatário chegou a dizer que a imprensa brasileira "não é nem lixo né, lixo é reciclável" e que "não serve para nada, só fofoca e mentira o tempo todo".

Desemprego
Bolsonaro também voltou a falar sobre a situação de desemprego no País, que atingiu 14,2% em novembro de 2020, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), que é mensal e realizada desde maio. Na terça-feira, no retorno ao Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo afirmou que "uma parte considerável não está preparada para fazer quase nada", em referência à formação dos brasileiros.

Nesta quarta, Bolsonaro também minimizou a fala e reforçou críticas ao educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira.

"Ontem falei que parte dos brasileiros não estão preparados (sic) para o mercado de trabalho. Pronto, a imprensa falou que eu ofendi todos os empregados do Brasil. Agora, nós importamos serviços porque não tem gente habilitada aqui dentro. Porque há 30 anos é destruída a educação no Brasil, a geração Paulo Freire né?", declarou.

Reunião com ministros
Após a conversa com apoiadores na saída da residência oficial, Bolsonaro se encontrou com ministros no Palácio do Planalto para uma reunião que não constava nas agendas oficiais no início do dia. O ministro Paulo Guedes, que ainda está em período de férias, foi um dos 17 ministros que participaram da reunião.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (5) que o Brasil está quebrado e que ele não consegue fazer nada quanto a isso. Afirmou também que a pandemia de covid-19 vem sendo "potencializada pela mídia".

"Chefe, o Brasil está quebrado, e eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, teve esse vírus, potencializado por essa mídia que nós temos. Essa mídia sem caráter. É um trabalho incessante de tentar desgastar para tirar a gente daqui e atender interesses escusos da mídia", afirmou Bolsonaro a um grupo de apoiadores que costuma frequentar um cercadinho no Palácio da Alvorada para tentar falar com o presidente.

Bolsonaro tem dito que o Brasil não tem como manter o auxílio emergencial, que se encerrou em dezembro, pelo cenário fiscal e de endividamento gerado pelo coronavírus. Também culpa as políticas de isolamento social, recomendadas por órgãos sanitários como maneira de evitar a disseminação da covid-19, pela crise econômica que atinge o Brasil.

Na fala, ele também cita uma promessa que fez de atualizar a tabela do IR, uma ideia que nunca tomou forma pelo governo.

A covid-19 já matou quase 200 mil pessoas no Brasil, infectando mais de 7,7 milhões, segundo dados atualizados de um consórcio de veículos de imprensa que reúne os dados de secretarias estaduais.

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O ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o atual chefe da pasta, André Mendonça, se estranharam no Twitter, nesta segunda-feira (28). A confusão começou após Moro criticar Bolsonaro pela demora do Brasil em começar a vacinar a população contra a Covid-19.

"Vários países, inclusive da América Latina, já estão vacinando seus nacionais contra a COVID-19. Onde está a vacina para os brasileiros? Tem previsão? Tem Presidente em Brasília? Quantas vítimas temos que ter para o Governo abandonar o seu negacionismo?", criticou Moro.

Vários países já começaram a imunização. Estados Unidos, China, Canadá, Rússia, Chile, além de 25 dos 27 da União Europeia (UE) já deram início, enquanto outros como a Argentina começarão nesta terça a vacinar.

Após a publicação de Moro, André Mendonça alfinetou seu o antecessor e o criticou quando era ministro. "Vi que @SF_Moro perguntou se havia presidente em Brasília? Alguém que manchou sua biografia tem legitimidade para cobrar algo? Alguém de quem tanto se esperava e entregou tão pouco na área da Segurança?", respondeu André Mendonça.

"Quer cobrança? Por que em 06 meses apreendemos mais drogas e mais recursos desviados da corrupção que em 16 meses de sua gestão?", acrescentou o ministro da Justiça.

Moro não gostou do tom e retrucou: "Ministro, o senhor nem teve autonomia de escolher o Diretor da PF ou de defender a execução da pena da condenação em segunda instância (mudou de ideia?), então me desculpe, menos. Faça isso e daí conversamos."

Moro deixou o governo em abril deste ano, ao acusar Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal ao demitir o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, indicado por por ele. Bolsonaro nega as acusações.

A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu e o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de um inquérito para investigar se Bolsonaro interferiu na PF.

 

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Integrantes do governo de Jair Bolsonaro vinham defendendo o nome do presidente do DEM, ACM Neto (DEM-BA), para ocupar um ministério na Esplanada. A informação é da coluna de Bela Megale, do jornal O Globo.

Segundo a publicação, a iniciativa teria como objetivo enfraquecer Rodrigo Maia (DEM-RJ) dentro do DEM, já que ambos são do mesmo partido. Maia formou um bloco com 11 legendas para disputar a presidência da Câmara e lançou ontem o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) como seu candidato. Ele vai concorrer com Arthur Lira (PP-SP), nome apoiado pelo presidente.

Os defensores de ACM Neto no governo argumentaram com Bolsonaro que a entrada do prefeito de Salvador tornaria a relação entre o Palácio do Planalto e o DEM mais fluida. Hoje, segundo auxiliares do presidente, Maia é o empecilho para a aproximação com sigla.

ACM Neto, no entanto, deu o recado que seu foco é o governo da Bahia. Segundo interlocutores do Palácio, na reunião que teve com Bolsonaro na semana passada, o prefeito reforçou que seu projeto continua a ser o Nordeste. O democrata manteve as “portas abertas” com o presidente.

 

http://www.bahiacomtudo.com.br/politica/item/3494-integrantes-do-governo-defendem-acm-neto-como-ministro-de-bolsonaro-diz-coluna
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O prefeito ACM Neto evitou dar detalhes sobre a reunião que teve com o presidente Jair Bolsonaro na última quarta-feira (16), fora da agenda presidencial. Conforme informações que circularam, a pauta teria sido a sucessão no Congresso, já que o Democratas tenta se manter no Senado.

Neto, no entanto, se limitou a dizer que o assunto da reunião foi o “presente”, “as questões do Brasil”.

“Conversamos sobre o presente, sobre as questões do Brasil. Uma conversa sempre muito franca, verdadeira”, declarou.

O prefeito e presidente nacional do DEM afirmou que tem muito respeito ao diálogo com o presidente, não apenas em função de sua pessoa, mas pelo que ele representa.

“Foram três presidentes com os quais lidei nesse período, e eu jamais saí de uma conversa com presidente pra relatar ou revelar essa conversa pela imprensa”, finalizou.

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