O Jornal da Cidade

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“O quanto você recomendaria este serviço de saúde para um amigo ou familiar”? Essa foi a pergunta feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a pais e mães de crianças menores de 13 anos que tiveram pelo menos um atendimento na Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Saúde Familiar entre os anos de 2021 e 2022. A resposta para essa avaliação e mais outras informações relacionadas ao atendimento da população infantil no Sistema Único de Saúde (SUS) fazem parte do módulo sobre Atenção Primária à Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

A pesquisa foi realizada no 2º trimestre de 2022, em parceria com o Ministério da Saúde (MS). O IBGE divulgou ontem as impressões dos responsáveis pelas crianças relacionadas ao atendimento tanto nos postos e centros de saúde e unidade de saúde da família, seja para uma consulta, atendimento de emergência, aplicação de vacinas, exames ou até nebulização. No questionário, os entrevistados atribuíram uma nota de 0 a 10, onde 0 é ‘não recomendaria de forma alguma’ e 10 ‘com certeza recomendaria’.

As notas atribuídas foram transformadas em um indicador conhecido como Net Promoter Score (NPS), amplamente utilizado pelo setor de saúde no Brasil, privado e SUS. O módulo de Atenção Primária à Saúde da PNAD Contínua é uma versão do Primary Care Assessment Tool (PCATool), instrumento internacional de pesquisa, utilizado por diversos países e validado pelo MS no Brasil.

E por falar em nota, entre os baianos, a avaliação não foi tão satisfatória assim. Segundo o levantamento, 1 em cada 5 responsáveis ficou insatisfeito com o serviço (21,3%). Responsáveis por 517 mil crianças menores de 13 anos deram uma nota de 0 a 6 ao atendimento no estado. O percentual de ‘reprovação’ na Bahia ficou acima do verificado no país como um todo (19,4%) e foi o 8º mais elevado entre as 27 unidades da Federação.

“Os dados mais importantes desse módulo tratam da avaliação do atendimento recebido nesse serviço de atenção primária à saúde. O Brasil todo - e isso vale para a Bahia também - a avaliação fica abaixo da média. Não é, uma reprovação geral, mas é uma avaliação de que os serviços precisam melhorar e não estão ainda em um nível considerado de qualidade”, comenta a supervisora de Disseminação de Informações do IBGE na Bahia, Mariana Viveiros.

Ainda sobre os dados estaduais, 45,9% dos responsáveis avaliaram os serviços de atenção primária à saúde com notas 9 e 10, ou seja, aprovaram e os recomendariam. Entretanto, a proporção ficou abaixo da nacional (47,6%) e foi apenas a 18ª do país.

“Não é que existe uma avaliação majoritariamente negativa, mas estamos abaixo da média da maior parte dos estados na avaliação positiva e acima na avaliação negativa. A visão dos responsáveis pelas crianças aqui no estado é mais negativa do que o resto do país, de uma forma geral”, complementa Mariana.

Avaliação
Pai de Pedro e Samyle, de 8 e 5 anos, respectivamente, o administrador Daniel Duarte costuma levar as crianças até o posto de saúde para atualizar a caderneta de vacinas. Ele é um dos que notam a necessidade de melhoria no tratamento dos pacientes. “Apesar do posto ter uma boa estrutura, já passei por situações ruins relacionadas ao tratamento dado às pessoas pelos funcionários. Estão sempre mal-humorados, não fornecem as informações de forma correta e compreensiva, sempre falta alguma coisa”, opina.

Ele lembra que certa vez, além de ser tratado mal, o profissional que trabalha no posto negou que a unidade oferecia o serviço que precisava.

“Busquei o serviço de saúde próximo à minha residência, mas a funcionária me tratou tão mal e ainda chegou ao ponto de dizer que o serviço que precisava não estava disponível naquela unidade. Quando cheguei em outra unidade, fui questionado por que não procurei um local mais próximo, e ainda fui tratado rispidamente mais uma vez”.

Daniel sente falta de um atendimento mais acolhedor. “Os postos precisam avançar muito na questão da empatia e do acolhimento humano, principalmente, na questão dos atendimentos médicos. A boa estrutura física já existe, portanto, poderia ampliar os atendimentos, organizar e receber melhor os pacientes que precisam do SUS”.

E foi justamente a atitude mais acolhedora a justificativa mais recorrente dada pelos entrevistados ao pontuar notas positivas ou negativas nas questões sobre o serviço de saúde primária, como chama a atenção Mariana Viveiros.

“A questão do acolhimento foi mais importante no estado do que no país. A gente sabe que o serviço tem inúmeros desafios, mas o que os dados trazem são informações que podem ajudar a melhorar esse atendimento. É um serviço que precisa e deve melhorar. São ferramentas que podem ser muito úteis para o sistema de atenção primária à saúde”, ressalta Mariana.

A maneira como a pessoa responsável ou a criança foram acolhidas (acolhimento) foi apontada por 38,7% dos entrevistados como fator mais citado para a nota ao atendimento. Já 31,9% citaram a atuação dos profissionais na resolução do problema (equipe) e 20,2%, a rapidez ou a demora do atendimento (tempo de atendimento). No Brasil, diferentemente da Bahia, a equipe foi o fator mais citado (35,7% dos responsáveis), o acolhimento ficou em segundo (citado por 32,4%), e o tempo de atendimento foi citado por 23,2% dos responsáveis.

Dois milhões de crianças até 13 anos na Bahia passaram por algum atendimento médico entre os segundos trimestres de 2021 e 2022, mais da metade delas (50,6%) em Unidade Básica de Saúde (posto ou centro de saúde) ou Unidade de Saúde da Família. Ainda conforme os resultados apontados pelo módulo, no Brasil, 28,4 milhões de crianças receberam algum atendimento médico no período.

Procurada pela reportagem, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) disse que os postos de saúde são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O CORREIO buscou também um posicionamento junto ao Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (COSEMS-BA), Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA) e a União dos Municípios da Bahia (UPB), mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Quem for passar o Natal na casa do professor Romário Oliveira, 27 anos, em Feira de Santana, vai levar um susto. A família resolveu romper totalmente com a tradição natalina e terá um lindo peixe no centro da mesa. O motivo dessa quase heresia são os preços das aves. Peru está fora de cogitação, e o frango já faz parte da dieta de todos os dias.

“Já tem alguns anos que o Natal lá em casa é peixe. Primeiro, pelo preço, que é mais em conta. Segundo, pelo gosto. A gente chegou a comprar frango por um tempo e rechear, mas mudamos para o peixe nos últimos anos e achamos melhor, dá para fazer muitas receitas. A gente também faz muitos pratos de forno”, explicou.

Mas nem sempre foi assim, quando passava os natais na roça, no município de Baixa Grande, no Centro-Norte do estado, onde mora outra parte da família e onde aves como perus e frangos são criados no quintal, a festa seguia a tradição direitinho. “Depois que passamos a celebrar o Natal em Feira foi que mudamos para peixe”, contou o professor. O problema é geral. Entre 2012 e 2021, a produção brasileira de carne de peru registrou uma queda de quase 65%.

Ao contrário dos Oliveira, outras famílias não vão instalar uma Semana Santa em pleno dezembro, mas já decretaram que o peru não terá lugar no centro da mesa. É que o preço da ave não está para qualquer bico. O quilo do alimento mais tradicional da festa está custando quatro vezes mais que o frango.

Uma pesquisa realizada pela reportagem em uma plataforma de compras online aponta que o peru de 4 kg custa entre R$ 113,96 e R$ 160,56 em Salvador. O preço varia conforme as características de cada produto. Se for temperado, por exemplo, encarece. Já o frango inteiro congelado, custa entre R$ 33,04 e R$ 48,10.

Outra opção é o chester, afinal são todas aves, mas há quem diga que elas não são iguais. E qual é a diferença? “É que um faz ‘gluglu’ e o outro ‘cocoricó’, né não?’, brincou o agricultor Márcio Lima, 47 anos. A família mora na cidade de Cachoeira, no Recôncavo, e está indecisa entre o frango e o chester. A única certeza é de que definitivamente não terá peru na ceia.

“É muita gente. Além das pessoas que moram aqui, tem os parentes que vem de fora. Todo ano a gente prepara duas ou três aves, além do churrasco que tem no dia seguinte. Então, comprar três perus fica salgado. Está quase certo que será frango. Bem temperado e recheado, ele fica ótimo e ainda tem os acompanhamentos”, conta.

O preço do chester também pode assustar aqueles que deixam para fazer as compras de última hora. Um levantamento realizado pelo CORREIO revelou que o produto teve aumento de 63%. Se podia ser encontrado por R$ 85, em 2021, agora custa, em média, R$ 129,99. A unidade de 4kg chega a ser vendida por R$ 160,56 em supermercados da capital, mas é possível encontrar o produto por R$ 101,27.

Diferenças
A chef do Restaurante Ramma Cozinha Natural, na Barra, Flávia Nolêto, explica que o peru é uma ave mais musculosa que o chester e o frango, com carne mais seca, rígida e de sabor acentuado. O animal leva mais tempo para ser abatido, é maior e exige um período mais longo de preparo.

“O chester é basicamente um frango maior que o convencional, porque foi modificado através de cruzamento. Esse nome é uma marca registrada, assim como outras marcas usam o nome ‘frango especial’ ou ‘frango de natal’. A alimentação dele é diferente do frango comum, a base de soja e milho, e o tempo de abate é maior”, diz.

Enquanto um frango comum leva em média 35 dias para ser abatido, o chester ou frango especial precisa de 50 dias para alcançar o peso adequado. Além disso, ele concentra 70% da carne na coxa e no peito, o que torna a refeição mais suculenta, diferente da ave comum que tem apenas 45% de proteína nessas partes.

“Não existe diferença do ponto de vista nutricional para o consumidor, a escolha da ave é mais influenciada pelo sabor. O que temos percebido nos últimos anos é que o frango orgânico tem ganhado mais espaço nos mercados. Há dois anos, era mais difícil encontrar nos mercados, hoje, está muito mais fácil”, conta a chef.

O frango orgânico é considerado mais saudável que o tradicional, porque tem uma alimentação livre de agrotóxicos, medicamentos e outros produtos químicos. Em Ondina, na casa do estudante Emanoel Santos, 30, há anos o principal produto da ceia não muda. Quando a família morava em Itapetinga, no Centro-Sul do estado, o peru tinha preferência, mas depois que migraram para a capital e viram o preço da ave em Salvador, trocaram de proteína.

“Aqui em casa sempre foi chester. Por questão de gosto e também de valor. Desde que mudamos para Salvador optamos por ele também por questões de logística, é mais rápido e mais fácil de preparar que o peru, mas independentemente da carne o importante é celebrar e reunir a família”, revela. A dúvida, agora, é se teremos uva passa no arroz e maçã na maionese esse ano.

Religião
Apesar de ter um lugar especial na ceia, o peru não tem relação com a tradição religiosa. O pároco da igreja de São Paulo Apóstolo, no IAPI, Ricardo Henrique Santana, explica que essa é uma tradição comercial que surgiu nos EUA e foi incorporada pelos brasileiros, mas que a ave no centro da mesa não tem significado para os cristãos.

“A alimentação é importante para o cristianismo, não há celebração sem alimento, mas a Igreja não oferece cardápio. A Ceia de Natal é feita conforme as condições de cada pessoa e o peru é uma tradição comercial. O importante é celebrar a alegria pelo nascimento de Jesus Cristo e a fraternidade com familiares e amigos”, explica.

Ele frisa que a ceia ocupa um lugar especial ao lado do presépio como os maiores símbolos da festa. As quatro velas, a estrela sobre a árvore, o anjo e os sinos pendurados também têm relação com a celebração. Já o panetone passa batido.

“É um alimento que simboliza o pão, mas que também é produto de uma tradição comercial. A Igreja apresenta o nascimento de Cristo e os símbolos dessa data, narrada nos evangelhos de Lucas e de Mateus, enquanto a sociedade vai criando suas tradições comerciais de acordo com cada cultura. É um diálogo possível”, afirma.

A prefeitura do município de Guanambi cancelou a festa de réveillon que ia acontecer na Praça do Feijão, devido ao aumento no número de casos de covid-19 na cidade. Em nota divulgada pela prefeitura, as taxas de contaminação seguem altas, "persistindo com índices semelhantes aos da última onda da doença".

De acordo com o último boletim divulgado, a cidade tem 84 casos ativos. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 49 novos casos. Segundo a prefeitura, são realizados, diariamente, 150 a 200 testes nas Unidades de Saúde da rede municipal.

A decisão de suspender a festa foi tomada durante uma reunião extraordinária realizada na tarde desta quarta (21), na secretaria municipal de saúde, entre o secretário interino Coronel Lira e membros do Conselho Municipal de Saúde (CMS), além de servidores e técnicos da pasta. Por decisão unânime, se decidiu recomendar o cancelamento do evento, que foi acatado pela gestão.

Segundo a prefeitura, o cantor Eduardo Costa, como também as licitações de estrutura e show pirotécnico já estavam finalizados pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer serão utilizados em um evento posterior, como São João ou aniversário da cidade, caso as taxas da covid-19 diminuam.

Seguindo a orientação do CMS, a secretaria de saúde irá publicar um decreto nesta semana, para nortear os locais de evento privado, que existe possibilidade de controle de acesso, para adotar medidas de prevenção, o que é impossível de se obrigar em área aberta, como uma praça pública.

O Festival Virada, na Boca do Rio, terá portais de abordagem na chegada, operados pela Polícia Militar. A segurança também vai contar com o sistema de reconhecimento facial. O evento acontece na capital baiana de 28 de dezembro a 1º de janeiro, celebrando a chegada do novo ano. Equipes das polícias Militar, Civil e do Corpo de Bombeiros vão estar presentes.

Monitorando as entradas da festa e também pontos sensíveis, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) utilizará a Plataforma de Observação Elevada (POE), com câmeras de reconhecimento facial. O principal objetivo é identificar e prender foragidos da Justiça.

Nas entradas, os foliões passarão pelos portais de abordagem. Nos equipamentos, baianos e turistas serão revistados por equipes da PM. Não será permitido acesso com qualquer tipo de objeto que possa causar perfuração.

Os ambulantes credenciados que trabalharão no evento também passarão por revista, que ficará sob comando de equipes municipais. Não será permitida a entrada de objetos com potencial de risco.

Registro de ocorrência
Para quem precisar prestar queixa em relação a algum delito que aconteça na festa, haverá um posto integrado e um ônibus da Polícia Civil posicionados dentro da Arena Daniela Mercury.

Equipes com delegados, escrivães e investigadores atenderão os baianos e turistas durante o evento. Outra possibilidade é utilizar a Delegacia Virtual para o registro.

Quem assistiu, nos últimos meses, à reprise da novela O Cravo e a Rosa, nas tardes da Globo, com toda certeza divertiu-se com o tom farsesco das interpretações de Du Moscovis e Adriana Esteves, como Petrúquio e Catarina, na novela que Walcyr Carrasco adaptou livremente de A Megera Domada, de William Shakespeare. Mas não foram só eles a (re)conquistar o público com a mordacidade de suas falas e gestos. Pedro Paulo Rangel também deu um show como Calixto de Oliveira, o agregado que cuidava dos porcos na fazenda de Petrúquio. Pedro Paulo morreu nesta quarta (21), aos 74 anos.

Ator de teatro, cinema e televisão, integrou os tempos heroicos do Teatro Oficina, em São Paulo, participando de montagens históricas de José Celso Martinez Corrêa nos anos 1960, como Roda Viva e Galileu Galilei.

Ganhou todos os prêmios que o leitor possa imaginar. Molière, Shell, Mambembe, Candango (no Festival de Brasília), Governador do Estado.

Em 1972, estreou nas novelas e não parou mais. Em 1975 fez história protagonizando o primeiro nu masculino da TV brasileira na Gabriela que Walter George Durst adaptou do romance de Jorge Amado, com Sonia Braga como a retirante que cheirava a cravo e canela. Apesar da origem teatral, adaptou-se muito bem ao naturalismo das telenovelas e séries globais, mas era melhor ainda em trabalhos que exigiam composição, como Calixto.

No cinema, onde estreou em 1970, emendou Orgia ou O Homem Que Deu Cria com Como Era Boa a Nossa Empregada, no episódio Lula e a Copeira.

Seus melhores filmes foram feitos no começo dos anos 2000 - Amélia, de Ana Carolina, Caramuru - A Invenção do Brasil, de Guel Arraes, e O Coronel e o Lobisomem, de Maurício Farias, os dois últimos coescritos por Jorge Furtado, com a verve que lhe é característica.

Brilhou fazendo personagens como Salustiano, Dom Jayme e Seu Juquinha, sempre um tom acima. É preciso muito controle para acertar nessas circunstâncias. Pedro Paulo Rangel acertava.

Muitas vezes, o papel era de coadjuvante, o que não o impedia de roubar a cena. Uma prova é o curta Cego e Amigo Gedeão à Beira da Estrada, de Ronald Palatinik, de 2002, baseado no conto de Moacyr Scliar, com roteiro do próprio autor. Sentado naquele sofá em frangalhos, Cego conta ao amigo Gedeão a história que ilustra seu conhecimento sobre motores. Pedro Paulo Rangel é maravilhoso no papel. Não admira que tenha sido melhor ator - de curta - no Festival de Brasília.

O Tribunal de Justiça da Bahia determinou que a secretária de Saúde de Inhambupe seja afastada do cargo, após constatar que ela causou prejuízo ao erário público por meio de “contratações fraudulentas e superfaturadas” para prestação de serviços médicos, “em favor de aliado político”.

A decisão acata o pedido do Ministério Público estadual (MP), realizado pelos promotores de Justiça Saulo Rezende Moreira e Rafael de Castro Matias, da 1ª Promotoria de Inhambupe.

Conforme a ação civil pública apresentada pelo MP, a secretária contratou um médico para prestar serviços à população do município, descumprindo regras mínimas para realização dispensas e inexigibilidades de licitação e permitindo a contratação por preço superior ao de mercado.

Segundo os promotores, a secretária e o médico, que já foi prefeito da cidade de Ibipeba, são filiados ao mesmo partido político.

Segundo a ação, a secretária, em suas redes sociais, declarou apoio abertamente à nova candidatura do médico a prefeito de Ibipeba em 2020.

O documento destaca, também, que a contratação do médico corrobora “para que este enriqueça ilicitamente com as contratações irregulares e superfaturadas, fazendo com que interesses privados se sobrepusessem a normas de ordem pública”.

Na decisão, o juiz afirmou que a permanência da secretária no cargo poderia concretamente “interferir a seu favor na instrução processual, embaraçando a coleta de provas, obstruindo a apuração real dos fatos e cometendo novos atos irregulares”.

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na manhã desta quarta-feira, 21, o Projeto de Lei (PL) de autoria da Defensoria Pública da União (DPU) que fixa em subsídio a remuneração do Defensor Público-Geral Federal e demais membros do órgão e reajusta os valores em 18%. O texto segue para discussão no Senado.

Conforme o texto, relatado pelo deputado Wilson Santiago (Republicanos-PB), o subsídio do defensor geral será reajustado em três parcelas: R$ 35.423,58, a partir de 1º de fevereiro de 2023; R$ 36.529,16, a partir de 1º de fevereiro de 2024; e R$ 37 628,65, a partir de 1º de fevereiro de 2025. O impacto orçamentário da proposta para 2023 foi estimado em cerca de R$ 34,2 milhões, considerando todos os membros da DPU.

Mais reajustes aprovados
A aprovação do reajuste nos salários da Defensoria acontece um dia após o Senado aprovar o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que propõe reajuste salarial para presidente da República, vice, deputados, senadores e ministros de Estado. O texto vai à promulgação do Congresso, uma vez que já foi aprovado pela Câmara.

A justificativa do projeto é equiparar o salário do presidente aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em agosto, definiram o próprio salário em R$ 46,3 mil. O pedido ainda precisa ser autorizado pelo Congresso, mas a tendência é de aprovação.

A confirmação dos reajustes, porém, poderá causar um efeito cascata no País porque as remunerações de governadores e de deputados estaduais podem, pela Constituição, acompanhar um porcentual dos salários de parlamentares federais e do chefe do Executivo federal.

Atualmente, o presidente recebe R$ 30.934,70 e os deputados e senadores, R$ 33.763,00. Pela proposta, os salários vão subir progressivamente até atingir um teto de R$ 46,3 mil. No caso do chefe do Executivo, o aumento será de 50%.

Os salários passam a R$ 39.293,32 a partir de 1º de janeiro de 2023. Em 1° de abril de 2023, para R$ 41.650,92. Em seguida, sobem para 44.008,52 em 1° de fevereiro de 2024 e para 46.366,19 em 1º de fevereiro de 2025. O impacto estimado nas contas públicas é de R$ 107,4 milhões em 2023, R$ 23 milhões em 2024, R$ 22,8 milhões em 2025 e de R$ 25 milhões em 2026.

O diretor-geral da Polícia Rodovária Federal (PRF), Silvinei Vasques foi exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro. A exoneração foi publicada na edição desta terça-feira (20) do "Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

O agora ex-diretor é réu por improbidade administrativa por pedir votos para Bolsonaro nas eleições. Vasques também comandou as operações da PRF durante os bloqueios nas estradas no segundo turno.

No mês passado, o Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) o afastamento imediato do diretor-geral. O MPF também moveu uma ação civil contra Vasques por improbidade administrativa e pediu o afastamento do diretor-geral da corporação. Na época, o juiz federal José Arthur Diniz Borges negou seu afastamento, sob alegação de que estava de férias até o dia 6 de dezembro.

Ação do MPF
Na ação do MPF, o órgão disse entender que Vasques utilizou do cargo púbico para fazer campanha eleitoral para o então candidato à reeleição presidencial Jair Bolsonaro, entre agosto e outubro deste ano. No inquérito, o Ministério Público atesta que o diretor-geral da PRF, desde o começo das eleições, fez postagens em redes sociais com mensagens de cunho eleitoral. No dia 29 de outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições, na conta pessoal no Instagram, Vasques pediu explicitamente voto para Bolsonaro, segundo o MPF.

Para o MPF, a postura de Vasques está relacionada com a conduta da PRF no dia do segundo turno, quando vários ônibus, sobretudo no nordeste (onde o adversário de Bolsonaro tinha número superior de eleitores, segundo pesquisas), foram parados por agentes em operações policiais questionadas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. A "inação [da PRF] durante os bloqueios" rodoviários promovidos por eleitores descontentes com o resultado das eleições, também foi lembrada na ação do MPF.

“Não é possível dissociar que as condutas do requerido, especialmente na véspera do pleito eleitoral, tenham contribuído sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do resultado pelo TSE”.

Vivendo a pior crise financeira da sua história, as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), instituição que abriga um dos maiores complexos de saúde do Brasil com atendimento 100% gratuito, devem fechar o ano de 2022 com um déficit operacional de mais de R$ 30 milhões - R$ 20 milhões negativos do atual exercício, somados ao déficit acumulado de 2021, de R$ 11 milhões. Com isso, a entidade fundada por Santa Dulce dos Pobres, que acolhe quase 3 milhões de pessoas por ano na Bahia, já enfrenta um risco real de descontinuidade dos serviços prestados à população, sobretudo aos mais necessitados.

A delicada perspectiva financeira da Osid é decorrente do subfinanciamento do SUS, cujo contrato não é reajustado há cinco anos. O cenário foi ainda agravado com o enfrentamento da pandemia da covid-19 e com o avanço da inflação nos preços dos insumos, como material hospitalar e medicamentos, em mais de 10% em 2021 e de 6% no ano corrente.

De acordo com o gestor Administrativo e Financeiro das Obras Sociais, Milton Carvalho, no valor devido impactam também as contas de serviços essenciais para o funcionamento da instituição. Só com as contas de energia, telefonia e água, o gasto total de janeiro a outubro de 2022 foi de quase R$ 6 milhões.

“A Osid vem buscando medidas para tentar reduzir o déficit projetado para dezembro deste ano, investindo em uma política de redução de custos e buscando aumentar as doações”. Mas mesmo com todo o esforço, segundo a superintendente da entidade e sobrinha de Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, “o cenário é extremamente preocupante, pois a Osid sempre fez muito com poucos recursos, mas o pouco de hoje está pouco demais”.

“A preocupação é grande, porque o déficit representa um volume muito elevado, de modo que estamos com dificuldades em fechar as contas deste ano. Estamos à espera de um milagre, que pode vir através da população, da iniciativa privada e do apoio governamental”, afirma Milton, alertando para uma perspectiva de interrupção dos serviços da organização.

Uma interrupção no atendimento prestado pelas Obras Sociais atingiria um amplo público com perfis variados. São pacientes oncológicos; idosos; pessoas com deficiência e portadoras de deformidades craniofaciais; dependentes de substâncias psicoativas; pessoas em situação de rua; crianças e adolescentes em risco social; entre outros públicos, que dependem diariamente do trabalho social realizado pela instituição da primeira Santa brasileira.

“Diante do déficit financeiro apresentado, nós vivemos, sim, um risco grande de reduzir serviços. Precisamos do apoio de todos para que não tenhamos que diminuir o número de leitos nem o número de atendimentos”, confirma o gestor de Saúde da OSID, André Fraife, salientando o impacto disso na população que mais precisa.

Como doar
Para ajudar a manter vivo o legado de amor e serviço de Irmã Dulce, a Osid vem recorrendo principalmente às campanhas de doação junto à população. Por exemplo, é possível doar agora mesmo, a partir de R$ 10, através do PIX O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. Quem tiver interesse pode se cadastrar também no programa Sócio-Protetor, doando mensalmente à instituição da Mãe dos Pobres. Mais informações sobre como ajudar a OSID podem ser obtidas através do telefone (71) 3316-8899, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30; ou através do site www.irmadulce.org.br/doeagora.

Os números da Osid
• 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano na Bahia;
• 3 milhões de pessoas acolhidas por ano no estado;
• 23 mil cirurgias e 43 mil internamentos realizados anualmente no território baiano;
• 2,1 milhões de refeições servidas por ano para os pacientes;
• 1.741 leitos hospitalares na Bahia;
• 10,8 mil atendimentos por mês a pessoas com deficiência, em Salvador;
• 9 mil atendimentos mensais para tratamento do câncer na capital baiana.

Além da Saúde, a entidade presta ainda assistência à população de baixa renda nas áreas da Assistência Social, Pesquisa Científica, Ensino em Saúde, Ensino Fundamental e na preservação e difusão da memória de sua fundadora. Fundada oficialmente no dia 26 de maio de 1959, a Osid é fruto da trajetória de amor e serviço de Santa Dulce dos Pobres, que peregrinou durante mais de uma década em busca de um local para abrigar pobres e doentes recolhidos das ruas de Salvador.

As raízes da instituição datam de 1949, quando Irmã Dulce, sem ter para onde ir com 70 doentes, pede autorização a sua superiora para abrigar os enfermos em um galinheiro situado ao lado do Convento Santo Antônio, na capital baiana. O episódio fez surgir a tradição de que o maior hospital da Bahia nasceu a partir de um simples galinheiro.

O ator Marcos Caruso, de 70 anos, surpreendeu os seguidores ao revelar que se casou com o técnico de enfermagem Marcos Paiva. Os dois estão viajando pela Europa e, em Portugal, trocaram as alianças.

O artista compartilhou nas redes sociais nesta segunda-feira (19) que estava casado, sendo elogiado por vários famosos pela coragem de expor a relação.

Segundo informações do site Notícias da TV, o casal está junto desde 2018 e oficializou a união no dia 18 de dezembro. Caruso mostrou a foto da mão com a aliança e ao lado do amado, exibindo o semblante feliz de estar casado sem se esconder.

Marcos já foi casado outras quatro vezes. Durante 20 anos, ele ficou casado com Jussara Freire, de quem se separou em 1994 e teve dois filhos, Caetano e Mari.