O Jornal da Cidade

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O concurso 2.489 da Mega-Sena, realizado nesta quarta-feira (8) à noite no Espaço Loterias da Caixa em São Paulo, não teve acertadores das seis dezenas. Os números sorteados foram: 03 - 10 - 13 - 25 - 41 - 42.

O próximo concurso (2.450), no sábado (11), deve pagar um prêmio de R$ 40 milhões.

A quina teve 92 ganhadores e cada um vai receber R$ 29.078,19. Os 6.187 acertadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 617,69.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

O sorteio é realizado às 20h, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quarta-feira (8) que as operadoras de plano de saúde não são obrigadas a custear procedimentos que não estão na lista de cobertura feita pela Agência Nacional de Saúde (ANS). A decisão permite possibilidade de exceções.

Para o tribunal, os planos não são obrigados a pagar por um procedimento se há opção simular no rol. Se não houver um substituto terapêutico similar, a cobertura pode acontecer em caráter excepcional, seguindo indicação do profissional de saúde.

A decisão é favorável às empresas do setor, mudando um entedimento do Judiciário que costumava atender demandas individuais diante da negativa de cobertura por parte dos planos.

Foram seis votos a três a favor da não cobertura fora da lista, como fedendiam os planos.

O caso também deve chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde uma ação da Associação Brasileira de Proteção aos Consumidores de Planos e Sistema de Saúde defende o rol exemplificativo.

A lista da ANS inclui a cobertura que deve ser oferecida pelos planos privados. Ela é chamada de Rol de Procedimentos e Eventos de Saúde. A decisão era se essa lista deve ser exemplificativa ou taxativa.

No caso do taxativo, o entendimento é que se trata de uma lista restrita, sem espaço para interpretação, e que os planos só deveriam ofertar cobertura para o que está lá. No caso de ser considerada exemplificativa, é entendido que a lista é uma referência básica, mas outras coberturas e tratamentos podem ser incluídas.

A FenaSaúde, que reúne grupos empresariais de planos de saúde, argumentou no processo que a modalidade taxativa garante equilíbrio ao setor, que seria inviabilizado no caso de entendimento diferente. "Se nem o Estado, a quem a Constituição Federal atribuiu o dever de cuidar da saúde de todos, está obrigado a fornecer indiscriminadamente medicamentos", argumentam os planos.

O ministro Luís Felipe Salomão, relator do caso, citou países que usam rol taxativo, como EUA, Inglaterra e Japão, afirmando que o modelo protege os beneficiários. Ele disse que em casos excepcionais, seria possível que a operadora tivesse que cobrir uma cobertura não prevista.

Entre as possibilidades, estariam terapias que têm recomendação expressa do Conselho Federal de Medicina (CFM). Os ministros Vilas Bôas Cueva, Raul Araújo, Isabel Gallotti, Marco Buzzi e Marco Aurélio Bellizze seguiram o voto de Salomão.

O voto divergente foi da ministra Nancy Andrighi, acompanhada dos colegas Paulo de Tarso Sanseverino e Moura Ribeiro. Ela afirmou que o rol tem caráter exemplificativo, por esse ser o único mode de concretizar a política de saúde que prevê a Constituição.

A ministra disse ainda que a visão de que ter uma lista mínima fixada para o atendimento vá tornar os planos mais acessíveis é "utópica". Para ela, o rol exemplificativo protege os pacientes do que chamou de "exploração predatória".

“Seja sob prisma do Código de Defesa do Consumidor ou prisma do Código Civil, o rol exemplificativo protege o consumidor aderente da exploração econômica predatória do serviço manifestada pela negativa de cobertura sem respaldo da lei visando satisfazer o intuito lucrativo das operadoras”.

O Ministério Público estadual (MP-BA), por meio da 4a Promotoria de Justiça de Jequié, no sudoeste da Bahia, instaurou um procedimento administrativo - que já está em fase inicial - para acompanhar a execução dos contratos para realização dos festejos juninos na cidade.

Em nota, o MP-BA informou que a gestão municipal terá ainda que esclarecer informações de gastos para a Justiça devido a uma ação popular com pedido de tutela de urgência ajuizada, sobre a qual a Justiça ainda não intimou o Ministério Público para manifestação.

O São João em Jequié já está com a programação confirmada. O festejo está programado para iniciar no dia 14 de junho, com a Vila Junina, na Praça Rui Barbosa e de 23 a 26 de junho, na Praça da Bandeira, onde se apresentação diversos artistas como Tarcísio do Acordeon, Maiara e Maraísa, Simone e Simaria, Mastruz com Leite, Felipe Araújo, Jonas Esticado, Chambinho do Acordeon, Luiz Caldas, Lucy Alves, Cacau com Leite, Rosy Banda, Norberto Curvelo, Edu e Marial, Lé Kum Cré, entre muitos outros artistas locais.

Além da grade artística, segundo a prefeitura, está sendo preparada uma grande estrutura operacional para que o São João de Jequié possa ser realizado de forma segura e organizada com portais de acesso, câmeras de identificação visual e central de monitoramento.

A Prefeitura de Jequié também informa que todos os processos licitatórios para prestação de serviços, bem como as contratações via inexigibilidade, respeitam todos os dispositivos legais, não apresentando inconsistências ou indícios de malversação do dinheiro público. A gestão municipal ainda se colocou disponível para esclarecer quaisquer questionamentos que, sejam feitos pelos órgãos de controle, de forma transparente e com toda a lisura.

Por fim, a prefeitura salientou que, independente do anúncio da realização dos festejos juninos, obras de infraestrutura continuam sendo executadas por todo o município, como o programa de pavimentação asfáltica e de urbanização que é, historicamente, o maior já colocado em execução, até hoje, além dos investimentos na Educação, no Esporte, na melhora dos serviços de Saúde, na prestação do atendimento Social, entre outros setores.

 

Dois dos suspeitos de envolvimento no furto do apartamento de Carlinhos Maia, em Maceió (AL), são investigados por participar de um roubo de R$ 500 mil em uma igreja de Campina Grande, na Paraíba. Nesta segunda-feira (6), três homens foram presos.

A Polícia Civil informou que os suspeitos fazem parte de uma quadrilha especializada em furto de objetos valiosos. Até o momento, o mandante do crime não foi localizado.

Segundo o R7, os suspeitos teriam se hospedado em um hotel cinco estrelas vizinho ao condomínio onde o influenciador mora para poderem pular o muro e entrar no residencial.

Dois entraram no imóvel enquanto o terceiro ficou no veículo usado no crime. Para despistar a polícia, nas duas horas em que a dupla esteve no apartamento, o motorista ficou circulando com o carro.

No primeiro trimestre de 2022, o abate de frangos bateu novo recorde na Bahia, considerando toda a série histórica, iniciada em 1997. De janeiro a março, foram abatidos no estado 35.870.125 animais, 1,9% acima do antigo recorde, registrado no 4º trimestre do ano passado (35.211.430). Já frente ao primeiro trimestre de 2021 (33.209.050), o número foi 8% maior.

Em todo o Brasil, no primeiro trimestre de 2022, foram 1,546 bilhão de frangos abatidos. O número foi 0,2% inferior ao do 4º trimestre do ano passado (1,549 bilhão) e 1,7% menor do que o recorde do 1º trimestre de 2021 (1,573 bilhão). A Bahia é o nono maior produtor do Brasil, com 2,3% dos frangos abatidos no país. O Paraná lidera, com 33,5% do total nacional.

Abate de suínos e produção de ovos
No primeiro trimestre de 2022, o abate de suínos na Bahia foi de 71.937 animais, o que representou uma queda de 0,5% frente ao recorde registrado no quarto trimestre de 2021 (72.273). Ainda assim, o número foi 66,2% superior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado (43.286), sendo o melhor resultado do estado para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 1997.

Em todo o Brasil, no primeiro trimestre de 2022, foram abatidos 13,642 milhões de suínos, também o melhor resultado para os primeiros três meses do ano na série histórica. O número representa um aumento de 1,5% frente ao trimestre imediatamente anterior (13,437 milhões) e de 11,2% frente ao mesmo trimestre de 2021 (12,721 milhões). A Bahia é o 10º maior produtor de suínos do país, responsável por 0,5% do abate nacional. O estado que lidera é Santa Catarina, com 28,1% do total. Já a produção baiana de ovos de galinha no primeiro trimestre de 2022 foi de 19,2 milhões de dúzias.

Ficou 1,7% abaixo do recorde registrado no trimestre imediatamente anterior (19,5 milhões de dúzias), mas foi 1,5% superior à do primeiro trimestre de 2021 (18,9 milhões de dúzias). Assim, a Bahia teve o seu melhor resultado para os primeiros três meses do ano, nesse indicador, desde o início da série histórica do IBGE, em 1987.

No Brasil, a produção de ovos de galinha foi de 977,2 milhões de dúzias no 1º trimestre de 2022, 2,5% abaixo do quarto trimestre de 2021 (1,002 bilhão de dúzias) e 2,0% menor que a do primeiro trimestre do ano passado (996,8 milhões de dúzias). São Paulo segue como maior produtor de ovos do país, com 27,1% do total nacional no 1º trimestre de 2022. A Bahia fica no 11º lugar, com 2,0%.

Produção de leite na Bahia fica abaixo do recorde do 1º trimestre de 2021
A aquisição de leite cru na Bahia foi de 156,3 milhões de litros no primeiro trimestre de 2022, apresentando crescimento de 0,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior (156,1 milhões de litros), porém, ficando 2,9% abaixo do recorde do primeiro trimestre de 2021 (160,9 milhões de litros).

No primeiro trimestre de 2022, a aquisição nacional de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) foi de 5,9 bilhões de litros. Houve queda de 9,2% frente ao trimestre imediatamente anterior (6,5 bilhões) e de 10,3% em relação ao primeiro trimestre de 2021 (6,6 bilhões). A Bahia é o sétimo maior produtor de leite do Brasil, respondendo, no primeiro trimestre de 2022, por 2,6% do leite adquirido no país. Minas Gerais segue liderando amplamente a aquisição de leite, com 25,5% do total.

Abate de bovinos cresce frente ao 1º trimestre de 2021
No primeiro trimestre de 2022, foram abatidas 233.466 cabeças de bovino na Bahia, o que representou uma queda de 3,7% frente ao quarto trimestre de 2021 (242.521 cabeças), mas um aumento de 8,0% frente ao primeiro trimestre do ano passado (216.163 cabeças). Apesar disso, o número de animais abatidos ficou 35,2% abaixo do recorde do estado, registrado no quarto trimestre de 2013 (360.170 cabeças naquele época).

No Brasil, no primeiro trimestre de 2022, foram abatidas 6,959 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 0,03% inferior ao trimestre imediatamente anterior (6,961 milhões), mas 5,5% superior à do primeiro trimestre de 2021 (6,597 milhões). A Bahia é o 11º maior produtor de carne bovina do país, representando 3,3% do abate nacional. Mato Grosso continua liderando, com 16,1% de participação no 1º trimestre do ano.

Em time que está ganhando não se mexe. A máxima do futebol costuma ser aplicada nos clubes brasileiros, mas o Bahia precisará ignorá-la diante do Sport no jogo das 21h30 de quarta-feira (8), na Fonte Nova. O triunfo contra o Criciúma no último final de semana sinalizou que o técnico Guto Ferreira precisará fazer mudanças em todos os setores e não apenas por obrigação. Alguns jogadores que deixaram o banco de reservas foram determinantes para a produtividade tricolor.

A primeira mudança é na defesa. Prata da casa, Ignácio está fora. Ele foi expulso contra o Criciúma e irá cumprir suspensão automática. Didi será o substituto. Ele entrou no intervalo do jogo diante da equipe catarinense para recompor a defesa, teve boa atuação e vai ganhar a terceira oportunidade como titular na Série B, a primeira diante da torcida, na Fonte Nova. Será a segunda vez que ele vai formar dupla com Luiz Otávio. Os dois já atuaram juntos no empate fora de casa com o CSA.

Tudo indica que também haverá mudança no meio-campo e por ordens médicas. Um dos destaques do Bahia na Série B, Rezende ainda não foi vetado, mas dificilmente terá condições de atuar contra o Sport. Com um incômodo na coxa, ele ficou fora dos dois primeiros treinamentos preparatórios para o jogo com a equipe pernambucana.

A tendência é que ele seja substituído por Mugni. O argentino entrou no lugar de Rezende no intervalo do jogo contra o Criciúma e fez a diferença em campo. Além de jogar bem, o meia deu a assistência para Davó empatar o jogo e iniciar a reação tricolor. Caso seja confirmado no onze inicial, será a primeira partida como titular dele na Série B. Mugni passou o começo da competição se recuperando de um estiramento na coxa e só atuou nas duas últimas rodadas, ambas entrando na etapa final.

Defesa, meio-campo e também ataque. O setor ofensivo deve ser o único a ter mudanças por opção. Escalados contra o Criciúma, Jacaré e Raí Nascimento deixaram muito a desejar e tendem a ser sacados do time. O primeiro teve a 10ª oportunidade com a camisa tricolor na Série B, a terceira como titular. Mesmo com ritmo de jogo, não justificou a presença no onze inicial. O segundo voltou a atuar após se recuperar de uma lesão que o deixou mais de um mês longe dos gramados. Também não foi bem.

Sacados no intervalo do jogo contra o Criciúma, Jacaré e Raí Nascimento ficarão como opções no banco de reservas no jogo com o Sport, bem como Marco Antônio, novamente disponível após cumprir suspensão.

Trio de ataque inédito

Artilheiro do Bahia na temporada, com 12 gols, Rodallega deve ganhar nova oportunidade. Recuperado de lesão na coxa, ele fez apenas o segundo jogo na Série B no sábado passado. Agora, a tendência é que tenha pela primeira vez a companhia de Rildo e Davó. Contra o Criciúma, o colombiano de 36 anos deixou o gramado no intervalo, quando os atacantes de 22 anos foram convocados por Guto Ferreira.

Receberam a missão de mudar o cenário do jogo e a cumpriram. Deram ritmo mais propositivo ao setor ofensivo e assinaram o gol da virada. Com assistência de Rildo, Davó marcou o segundo dele no jogo, aos 49 minutos do 2º tempo, e garantiu a vice-liderança da Série B. Com 19 pontos, o Bahia só tem campanha inferior ao Cruzeiro, que soma 25 e lidera o torneio. Diante do que mostraram contra o Criciúma, os dois pedem passagem no time titular que vai encarar o Sport.

O Esquadrão deve entrar em campo diante do Sport com Danilo Fernandes, Borel, Luiz Otávio, Didi e Djalma; Patrick, Mugni e Daniel; Rildo, Rodallega e Davó.

Um foragido da Bahia, Jackson Vicente Pereira, de 36 anos, foi preso na noite da segunda-feira (6) em Guarapari, na Grande Vitória (ES).

Jackson tem várias passagens policiais e é apontado como envolvido em pelo menos 35 homicídios em Itabuna e nos arredores, segundo a polícia.

Conhecido como Jack Bombom, ele também é apontado como membro de uma organização criminosa e atualmente era líder de uma facção rival que atua na Bahia.

Entre os crimes, ele também é apontado como envolvido na morte de uma menina de 7 anos em Itabuna em maio do ano passado. Por esse crime, ele teve a prisão decretada pela Justiça.

O acusado foi preso quando policiais militares faziam patrulhamento no bairro de Olaria e o viram. Ao ser abordado, ele não tinha nada de ilícito, mas apresentou um nome falso para tentar não ser preso.

Dentro da casa, um revólver com munição foi apreendido. A Polícia Militar conseguiu descobrir a identidade de Jackson com a verificação pelo nome da mãe.

Ele foi preso e encaminhado à Delegacia Regional de Guarapari. Ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma e encaminhado ao sistema prisional, segundo a Polícia Civil.

Desde a formação em física na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Mariana** se interessou em investigar o papel das mulheres nas diversas atividades científicas. Para aprimorar o conhecimento sobre gênero e ciência, se inscreveu no processo seletivo da Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da Universidade Federal da Bahia (Ufba). No entanto, onde buscou progresso, a potencial mestranda conta que sofreu, junto a ao menos duas candidatas ao doutorado, uma série de ofensas e tentativas de descredibilização por parte de um docente durante entrevista avaliativa em maio.

“O primeiro parecerista [profissional com respaldo para análise] fez perguntas técnicas sobre meu projeto. O segundo fez avaliação tentando descredibilizar, anular meu conhecimento. Chegou em um ponto que ele começou a falar que eu não gostava de homem. Começou a falar ‘você odeia homens’. Falou de uma forma tão ruim ao ponto do outro parecerista intervir. Ele falou que eu era nova para entender essas coisas, foram muitos comentários ruins”, denuncia.

Por o processo ter sido online, a entrevista está gravada. A Associação de Pós-Graduandos/as das Universidade Federal da Bahia (APG/Ufba) solicitou a gravação e apuração das provas orais por parte do Programa da pós-graduação (PPGEFHC). Mariana lembra que o vídeo também é prova para dar seguimento à denúncia. O advogado, que pediu para não ser identificado, e tem orientado a candidata afirma que seguirá a linha de assédio moral e discriminação com base no gênero.

Conforme consta na cartilha de assédio moral, sexual e discriminação da Defensoria Pública da Bahia, a vítima pode desenvolver estresse, esgotamento profissional e fadiga crônica.

"Depois fiquei mal, sem dormir direito. Desenvolvi refluxo. Fiquei com enxaqueca. Muito angustiada em saber o quanto nós mulheres somos barradas de ocupar esses espaços em pleno 2022 e dentro da universidade”, conta.

Segundo a física, uma das colegas que passou pela mesma situação “ficou chorando, tremendo sem conseguir levantar da cama”.

A fim de preservar as identidades, Mariana e outras duas candidatas levaram a situação até a APG para representação no caso. A entidade de base enviou a carta com posicionamento e cobrança de averiguação para o PPGEFHC. O texto ainda questiona a capacidade avaliativa do docente acusado, uma vez que as estudantes optaram pela linha da História das Mulheres nas Ciências, enquanto o posicionamento do avaliador vai de encontro com as teses defendidas.

“Estamos tomando providências quanto ao ocorrido. Vamos formar uma comissão para averiguar o problema e entrar em contato com o presidente da associação de pós-graduandos para indicar um representante discente para fazer parte da comissão”, afirmou o programa em nota. Coordenadora do PPGEFHC, Fabiana Hussein afirmou que teve acesso à carta apenas na última sexta-feira (03), portanto, ainda está averiguando o caso. Com relação ao compartilhamento do áudio, Fabiana diz que ainda está avaliando as possibilidades, pois a divulgação poderia invalidar toda a seleção.

A APG tem atuado no acolhimento e orientação de procedimentos de assédio, como o de Mariana. Para evitar mais casos, está cobrando da Ufba a criação de comissão com representantes de estudantis, técnicos administrativos e professores. O grupo teria como objetivo implementar protocolos específico de casos de assédio moral e sexual e propor medidas normativas educativas coibir o assédio na universidade.

Em apoio à carta, assinaram a APG, Movimento Sociais da Associação Nacional de Pós-graduandos/as (ANPG), Sindicato Dos trabalhadores do Poder Judiciário Federal da Bahia (SINDJUFE-BA), Movimento Nacional Quilombo Raça & Classe, Associação do Quilombo Quingoma, Movimento Aquilombar, Movimento de Mulheres em Luta Nacional, CSP Conlutas Nacional, setor de mulheres, Laboratório de Estudos e Pesquisas Marxistas (LeMarx) e representações estudantis da Ufba.

Assédio moral

Mestre em direito e advogada trabalhista, Cinzia Carvalho define o assédio moral como constrangimento, violência psicológica que atinge a dignidade da pessoa. A violência não se dá por um ato isolado, mas repetitivo e prolongado, como uma “jornada de humilhação” até a vítima duvidar de sua competência. O assédio se faz comum em, sobretudo, estruturas de hierarquia, nas quais quem está em posição superior consegue projetar articulações sobre pessoas em cargos inferiores.

Segundo o advogado consultado por Mariana, a definição se enquadra no que ocorreu durante o processo seletivo. A estudante ainda lembra que, durante apresentação das colegas, o professor questionou até mesmo as referências utilizadas para a tese apresentada.

“Em um processo seletivo, seja acadêmico, seja de trabalho, a pessoa que se candidata normalmente expõe suas ideias e intenções futuras naquele ambiente. A pessoa responsável pela seleção está ocupando um espaço de poder, ao menos durante o processo seletivo, e pode tecer comentários jocosos e desqualificadores do trabalho ou mesmo da pessoa da vítima”, explica a juíza do trabalho e pesquisadora em direito antidiscriminatório com foco em gênero e sexualidade Adriana Manta.

Machismo

A violência se torna ainda mais comum quando se fala do gênero feminino. Os alvos mais frequentes nas condutas de assédio são mulheres, servidoras, terceirizadas e estagiárias, aponta a cartilha da Defensoria. Dentro da universidade e no mercado de trabalho, o preconceito também é fruto do sexismo histórico que gera estranheza a ver mulheres ocupando espaços acadêmicos, explicam especialistas.

Mariana acredita que a discriminação aconteceu como consequência do machismo e intolerância do professor em questões de igualdade de gênero. “Ele falou que eu estava querendo criar um conflito de mulheres contra homens. Mas o que a gente quer é igualdade. Homens e mulheres ocupando os mesmos espaços”, esclarece.

“Não por acaso, as mulheres são as maiores vítimas de assédio moral no ambiente de trabalho. Uma pesquisa do Instituto Patrícia Galvão, aponta que, para 92% das pessoas que trabalham, as mulheres sofrem mais constrangimento e assédio no mercado de trabalho”, salienta Adriana.

A juíza do trabalho orienta que a denúncia seja feita às ouvidorias das instituições e também às instâncias superiores. É possível buscar canais de denúncia internos, a depender do local do ocorrido. Além disso, havendo provas do assédio, existe a possibilidade de ajuizar ação buscando indenização por danos morais e reparação material com eventuais tratamentos psiquiátricos ou psicológicos.

As filas para vacinação contra a covid-19 em postos como o Ramiro de Azevedo, em Nazaré, e unidades de saúde de Pernambués e Sete de Abril, voltaram a ter grande movimento na segunda-feira (6). É que, além da primeira dose para os atrasados e a quarta para os idosos, começou a aplicação da terceira dose da vacina para adolescentes com idade entre 12 e 17 anos. A disponibilização da dose de reforço para esse público pela prefeitura começa em um momento de alta de casos nas escolas. Colégios, professores e sindicatos, por exemplo, sugeriram a volta do uso de máscara em ambiente escolar.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em Salvador, 98.979 pessoas desse público estão habilitadas para a dose de reforço. Até o fim da tarde de ontem, mais de 2,2 mil soteropolitanos nessa faixa etária tinham recebido a terceira dose do imunizante. Um deles era o estudante Gabriel Alcântara, 15 anos, que chegou por volta das 9h no Ramiro de Azevedo na companhia da avó. Na pressa para ficar logo protegido, ele faltou aula para encarar a fila.

“Cheguei aqui às 10h, já estava me planejando para tomar a vacina no primeiro dia que pudesse. A fila estava bem cheia e tô aqui há duas horas esperando, pois o sistema do posto caiu. Porém, vale a pena ficar com a vacinação completa. Até faltei aula para isso, porque sei que é bem importante para minha saúde”, explicou.

De primeira

Não faltou adolescente ‘apressado’ como Gabriel nas filas espalhadas pelos postos da cidade. Na Unidade de Saúde da Família (USF) de San Martin, Kailane Souza, 16, também não quis deixar para depois. “A vacina é importante e é um alerta que devemos passar para todos os adolescentes. Em tempo de pandemia, tem que se cuidar e preservar quem a gente ama. Quando soube que tinha a terceira disponível, quis chegar logo aqui para tomar. Vou chegar na escola falando pra todo mundo vir. Medo de agulha a gente até tem, mas supera”.

Mãe de Kailane, a operadora de caixa Joisse Souza, 40, acompanhou a filha como todos os responsáveis de adolescentes precisam fazer para autorizar a vacinação. Na casa dela, não tem ninguém sem vacina no braço. “Eu apoio tudo que ela disse. Por isso, viemos logo reforçar a proteção. Se ela se cuidar e tomar vacina, está cuidando também de mim, do pai, dos avós e de todos. E lá todo mundo está imunizado, devidamente vacinado e sem atrasos”, contou Joisse.

Ana Paula Lacerda, 46, também não perdeu tempo e levou logo seu filho Davi Ryan Silva, 13, para a sala de vacinação. “Quem ama, cuida! Se precisar tomar mais de três, ele vem também. A vacina traz benefícios porque as festas estão aí e a covid-19 não acabou. Então, é importante ter ele vacinado, protegido”, falou ela. Mesmo tímido, Davi concordou. “É a melhor maneira de me proteger e também todo mundo que está ao meu redor”.

De acordo com a médica infectologista Clarissa Cerqueira, os adolescentes precisam completar o esquema de vacinação. “A gente está em momento de alta e conseguimos ver que os casos subiram, mas a gravidade da doença não acompanhou essa elevação. Isso tudo por conta da vacina. Temos provas científicas e práticas da eficiência da vacina. Então, é fundamental que o esquema vacinal seja completo”, explicou Clarissa.

Também infectologista, Matheus Todt corrobora com a fala da colega. O médico ressalta ainda que o reforço é importante por conta da redução natural dos anticorpos da covid-19 no organismo com o passar do tempo “A dose de reforço é fundamental para a manutenção da proteção imunológica. Hoje, sabemos que a proteção contra o vírus cai significativamente com o tempo, mais especificamente após 6 meses. [...] O reforço vacinal mantém o sistema imune mais preparado, o que reduz a possibilidade de infecção e, principalmente, o desenvolvimento de formas graves ou mesmo fatais da covid-19”.

 

A passagem de ônibus vai ser reajustada para R$ 4,90. O aumento passa a valer a partir deste sábado (4).

O novo valor foi confirmado pelo prefeito Bruno Reis, nesta sexta-feira (3), durante entrevista coletiva. O reajuste já havia sido anunciado em março deste ano, mas foi adiado até este mês.

"Eu gostaria de estar aqui avisando que não haveria reajuste esse ano, com o subsídio, e a isenção do ICMS", lamentou o prefeito. Em contrapartida ao aumento, as empresas devem colocar em circulação 170 novos ônibus.

Durante a entrevista coletiva, o prefeito explicou o contexto de crise do transporte coletivo urbano. O sistema teve uma queda de arrecadação de R$24,5 milhões por mês, com a perda de passageiros durante a pandemia. O prefeito também citou a participação do insumo óleo diesel sobre o custo total do serviço de transporte público, que subiu de 18,5% para 28,5%.

Bruno explicou que a prefeitura vai anistiar débitos das empresas e assumir custos causados pelo óleo diesel e outros insumos. Com isso, a prefeitura já investiu R$ 398 milhões no sistema nos últimos anos.

A expectativa era de que o Projeto de Lei 4.392/21 que garante o subsídio federal para o transporte público fosse aprovado na Câmara dos Deputados, mas até o momento o PL não entrou na pauta de votações. Se aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposta destinará R$ 5 bilhões para financiar a gratuidade oferecida a idosos no sistema.

Bruno Reis esteve em Brasília na terça-feira (31), e contou que fez reuniões com líderes partidários como esforços para aprovar o projeto que destina o subsídio sobre o transporte público. A matéria aguarda por votação. Nesta sexta-feira, ele voltou a cobrar do governo do estado a isenção do ICMS sobre o óleo diesel.