O Jornal da Cidade

O Jornal da Cidade

O Governo do Estado decidiu prorrogar o decreto que suspende as aulas nas unidades de ensino das redes pública e privada e os shows em toda a Bahia. A prorrogação será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (17) e vale até o dia 4 de janeiro de 2021.

O decreto, que venceria nesta quinta (17), ainda proíbe a realização de atividades com público superior a 200 pessoas, como passeatas, feiras, circos, eventos científicos, desportivos e religiosos. Shows e festas, públicas ou privadas, seguem proibidos independentemente do número de participantes.

Cerimônias de casamento e solenidades de formatura podem ser realizadas desde que limitadas a até 200 pessoas. A parte festiva desses eventos não está permitida.

A Prefeitura de Salvador continua fechando o cerco contra o Aedes aegypti em toda cidade. O intenso trabalho desenvolvido pelas equipes do Cento de Controle de Zoonoses (CCZ) resultou em uma redução em 90% nas notificações para dengue, zika e chikugunya. No ano passado, foram registrados 1.348 ocorrências de arboviroses na capital baiana durante o mês de novembro. Em 2020, 126 casos das doenças foram notificados no mesmo período.

Para conter o avanço das arboviroses, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) deflagrou a maior estratégia de enfrentamento ao Aedes aegypti da história da cidade com realização de ações de campo durante os sete dias da semana, inclusive, nos finais de semana e feriados. Além disso, as equipes CCZ iniciaram a realização do trabalho de inspeção e bloqueio espacial com borrifação de inseticida para eliminar os mosquitos na fase adulta nas localidades alvo das medidas de restrição regionalizada.

“Iniciamos o ano de 2020 com um aumento de mais de 1.000% nos casos de dengue, zika e chikungunya na cidade. Para completar, com a chegada da pandemia, os agentes de combate às endemias ficaram impossibilitados em realizar as visitas domiciliares nas residências habitadas, ou seja, nos locais onde são identificados em média 80% dos focos”, afirmou Leo Prates, secretário municipal da saúde.

“Diante desse cenário desafiador, mapeamos os locais com rumores de surtos e intensificamos a aplicação do fumacê. Também implementamos horas extras para equipes de campo para atuação intensiva todos os dias da semana, além de destacar equipes exclusivas para atendimento rápido das demandas recebidas do Fala Salvador 156”, completou o gestor.

Operação Verão
Mesmo com a redução significativa de casos das arboviroses no município, a SMS mantém as ações ostensivas de enfretamento ao mosquito com mutirões de limpeza em bairros prioritários, abertura de imóveis fechados/abandonados com auxílio de um chaveiro, inspeção de praças e logradouros públicos em pontos turísticos da cidade, entre outras atividades.

“Esse é um período bastante propício para proliferação do mosquito por isso não podemos baixar a guarda. Por isso estamos redobrando os atendimentos das ações que já fazíamos como bloqueios ampliados, além dos atendimentos via Ouvidoria pelo 156. Também contamos com o auxílio de toda população para evitar a formação de focos nas residências, cobrindo as caixas d’águas, verificando vasos de plantas e demais locais que possam acumular água parada”, explicou Andréa Salvador, coordenadora do CCZ.

Quarta, 16 Dezembro 2020 20:18

Bahia registra 4.866 novos casos de covid-19

A Bahia registrou nas últimas 24 horas 4.866 casos de covid-19. A taxa de crescimento da doença no estado foi +1,1,% no período. O boletim epidemiológico divulgado nesta quarta, 16, pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) também contabiliza mais 26 mortes em decorrência da doença.

Ainda segundo o boletim, 4.283 pacientes se recuperaram. Dos 456.106 casos confirmados desde o início da pandemia, 435.556 já são considerados recuperados,11.859 encontram-se ativos.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (23,18%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (9.959,51), Jucuruçu (7.790,93), Muniz Ferreira (7.666,40), Conceição do Coité (7.573,71) e Aiquara (7.444,89). Na Bahia, 34.722 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

O governo federal lançou nesta quarta-feira (16) o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19, em cerimônia em Brasília, acompanhada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Saúde já havia apresentado uma versão desse material na semana passada, ainda sem data para início - como permanece.

O documento prevê a vacinação primeiro de grupos considerados prioritários,que são os mais expostos ou mais vulneráveis à doença. Cada pessoa toma duas doses e há uma perda de 5% de vacina nos processode transporte e aplicação, segundo explica o Ministério da Saúde. Ao todo, a vacinação vai levar 16 meses no Brasil. Quatro meses para os grupos prioritários e 12 meses para a população em geral.

Veja como ficou a divisão inicial das fases de vacinação:

Primeira fase: trabalhadores de saúde; pessoas de 75 anos ou mais; pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas; população indígena aldeado em terras demarcadas aldeada; povos e comunidades tradicionais ribeirinhas. Na primeira fase, considerando uma perda de 5% na manipulação do produto, são estimadas 31.178.095 de doses. Cada pessoa tomará duas doses.

Segunda fase: Pessoas de 60 a 74 anos. Na segunda fase, considerando a perda de 5%, são estimadas 46.497.406 de doses.

Terceira fase: pessoas com comorbidades. Número de doses estimadas, considerando a perda: 26.590.034.

Trabalhadores da educação; trabalhadores dos demais serviços essenciais (forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema de privação de liberdade, entre outros); populações quilombolas; população privada de liberdade e pessoas em situação de rua também entram nos grupos prioritários. O governo ainda irá avaliar em qual fase esses grupos serão inseridos.

Ainda não há data prevista para começar. Segundo o governo, antes de definir é preciso que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o registro de vacinas, mas até agora não houve pedidos para autorização emergencial.

Além de Bolsonaro, estavam no evento o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, o ministro da Casa Civil, Braga Netto, e o ministro da Defesa, FErnando Azevedo e Silva. Todos estavam sem máscara. Os governadores de todos estados foram convidados, segundo o Ministério da Saúde, além de representantes de laboratórios que desenvolvem vacinas e a associação de prefeitos nacional.

Pazuello também falou no evento e afirmou que não é preciso ter "ansiedade" com a vacinação. “Vamos levantar a cabeça. Acreditem. O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema único de saúde do mundo, de ter o maior programa nacional de imunização do mundo, nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Pra quê essa ansiedade, essa angústia? Somos referência na América Latina e estamos trabalhando”, disse o ministro."Todas as vacinas produzidas no Brasil, ou pelo Butantan, pela Fiocruz ou qualquer indústria, terá prioridade do SUS e isso está pacificado", afirmou.

Grauito
Segundo o ministro, todos os brasileiros vão receber a vacina gratuitamente, nos postos da rede brasileira. "Vacinas registradas, vacinas garantidas em sua segurança e eficácia. Nós não podemos brincar com a saúde da população brasileira", disse ele.

O governo federal vai entregar o material para imunização aos estados, que serão os responsáveis pela logística de distribuição no território de cada um, fazendo chegar aos municípios, que efetivamente vão aplicar as vacinas. O Ministério da Defesa vai ajudar nesse trabalho.

"A logística é simples. Apesar do nosso país ser desse tamanho, temos toda a estrutura já planejada e pronta. O 'Q' da questão está no cronograma. Esse cronograma depende de registro. Eu tenho de falar em hipóteses. Temos mais de 200 milhões de doses negociadas, Temos previsão de assinatura de MP ainda nesta semana de 20 bilhões de reais", disse Pazuello, falando da medida provisória que vai liberar mais fundos para a vacinação.

Campanha
O Ministério da Saúde informou que vai divulgar uma campanha de comunicação para informar e dar segurança à população em relação às vacinas que serão usadas no país. A ideia é tranquilizar as pessoas.

O próprio Bolsonaro, contudo, tem dado declarações que vão contra isso. Ele já disse que não vai tomar o imunizante, falou de suspeitas sobre a eficácia das vacinas e disse que gostaria que as pessoas assinassem um termo de responsabilidade antes de serem vacinadas, o que foi descartado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).

A campanha de comunicação terá duas etapas:

Fase 1 - Campanha de informação sobre o processo de produção e aprovação de uma vacina, com vistas a dar segurança à população em relação a eficácia do(s) imunizante(s) que o país vier a utilizar, bem como da sua capacidade operacional de distribuição.

Fase 2 - Campanha de Informação sobre a vacinação, públicos prioritários e demais, dosagens, locais etc. Prevista para iniciar assim que tenhamos a definição das vacinas.

"A fase 1 tem intuito de esclarecer a eficácia dos imunizantes, a capacidade de operação e como a população deve baixar o aplicativo ConectSus [com a carteirinha de vacinação. E na fase 2, quando vier a vacinação, vamos convocar os grupos para obter imunizantes. É nesse sentido que pensamos que a vacinação é o Brasil em ação pela proteção", explicou o secretário de Vigilância Sanitária e Saúde, Arnaldo Medeiros.

Vacinas
O plano de imunização detalha as vacinas que serão usadas. Inicialmente, ele considera somente o imunizante desenvolvido em parceria pela Universidade de Oxford e a AstraZeneca. O Brasil vai receber 100 milhões de doses dessa vacina até julho. No segundo semestre, a Fiocruz vai produzir mais 160 milhões de doses.

Mas a intenção do governo é comprar todas as vacinas que receberem o aval da Anvisa. Além da Fiocruz, o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, vai produzir doses de uma vacina - a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.

Nenhuma das vacinas foi autorizada até o momento pela Anvisa, que já divulgou que seguirá um calendário para dar aval emergencial aos imunizantes.

A prefeitura de Ilhéus determinou a suspensão de funcionamento de parques de diversão, feiras, cinemas e teatros desta quarta-feira (16) até o dia 21 de dezembro na cidade. Segundo decreto municipal publicado ontem, os estabelecimentos que descumprirem as medidas restritivas serão punidos.

A medida foi tomada considerando dados obtidos pelo gabinete de crise da prefeitura, com aumento de casos da covid-19 na cidade, conforme mostram os boletins diários da Secretaria de Saúde (Sesab). O objetivo é tentar frear o avanço da doença em Ilhéus.

Na última semana, um decreto já havia suspendido shows e festas, públicas ou privadas, até o dia 21. Além disso, bares, restaurantes, lojas de conveniência e demais locais que comercializam bebidas alcoólicas ficaram autorizados a funcionar até a meia noite. 

Até a segunda (14), Ilhéus tinha registrado 8.337 casos de covid-19 desde o início da pandemia, com 301 casos ativos. Foram 268 mortes pela doença na cidade. A taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade é de 98%.

 

A prefeitura de Ilhéus determinou a suspensão de funcionamento de parques de diversão, feiras, cinemas e teatros desta quarta-feira (16) até o dia 21 de dezembro na cidade. Segundo decreto municipal publicado ontem, os estabelecimentos que descumprirem as medidas restritivas serão punidos.

A medida foi tomada considerando dados obtidos pelo gabinete de crise da prefeitura, com aumento de casos da covid-19 na cidade, conforme mostram os boletins diários da Secretaria de Saúde (Sesab). O objetivo é tentar frear o avanço da doença em Ilhéus.

Na última semana, um decreto já havia suspendido shows e festas, públicas ou privadas, até o dia 21. Além disso, bares, restaurantes, lojas de conveniência e demais locais que comercializam bebidas alcoólicas ficaram autorizados a funcionar até a meia noite. 

Até a segunda (14), Ilhéus tinha registrado 8.337 casos de covid-19 desde o início da pandemia, com 301 casos ativos. Foram 268 mortes pela doença na cidade. A taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade é de 98%.

Uma operação contra esquema de sonegação fiscal com prejuízos superiores a R$ 50 milhões aos cofres públicos foi deflagrada na manhã de hoje, dia 16, para cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, sendo um em Santo Antônio de Jesus e dez em Salvador. São investigados empresários do setor atacadista de alimentos.

Denominada de "Grande Família", a operação foi realizada pela força-tarefa formada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Gaesf), do Ministério Público estadual; pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e pela Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor/LD), da Polícia Civil. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada de Salvador. Os empresários estavam sendo monitorado pelos órgãos fazendários desde 2017, que remeteram de lá para cá 15 notícias-crimes ao MP relativas ao grupo empresarial investigado.  

A força-tarefa também requereu ao Judiciário o sequestro de ativos das empresas e de seus sócios, incluindo imóveis, veículos e contas bancárias, para assegurar a restituição dos valores devidos aos cofres públicos, por meio da atuação do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). Segundo informações do Gaesf, a "investigação levantou indícios da prática de lavagem de capitais, uma vez que foi verificada a constituição de novas empresas, entre elas holdings patrimoniais, em nome de familiares e pessoas próximas aos empresários".

Participaram da operação seis promotores de Justiça, um policial da Assistência Militar do MP, 11 delegados de polícia, 39 policiais civis, 13 policiais da Companhia Independente da Polícia Fazendária (Cipfaz) e nove servidores da Sefaz. A força-tarefa de combate aos crimes tributários é um dos braços operacionais o Cira, colegiado que reúne o Ministério Público Estadual, a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o Tribunal de Justiça do Estado e as secretarias estaduais da Fazenda, da Administração e da Segurança Pública.

Uma operação contra esquema de sonegação fiscal com prejuízos superiores a R$ 50 milhões aos cofres públicos foi deflagrada na manhã de hoje, dia 16, para cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, sendo um em Santo Antônio de Jesus e dez em Salvador. São investigados empresários do setor atacadista de alimentos.
 
Denominada de "Grande Família", a operação foi realizada pela força-tarefa formada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Gaesf), do Ministério Público estadual; pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e pela Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor/LD), da Polícia Civil. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada de Salvador. Os empresários estavam sendo monitorado pelos órgãos fazendários desde 2017, que remeteram de lá para cá 15 notícias-crimes ao MP relativas ao grupo empresarial investigado.  
 
A força-tarefa também requereu ao Judiciário o sequestro de ativos das empresas e de seus sócios, incluindo imóveis, veículos e contas bancárias, para assegurar a restituição dos valores devidos aos cofres públicos, por meio da atuação do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). Segundo informações do Gaesf, a "investigação levantou indícios da prática de lavagem de capitais, uma vez que foi verificada a constituição de novas empresas, entre elas holdings patrimoniais, em nome de familiares e pessoas próximas aos empresários".
 
Participaram da operação seis promotores de Justiça, um policial da Assistência Militar do MP, 11 delegados de polícia, 39 policiais civis, 13 policiais da Companhia Independente da Polícia Fazendária (Cipfaz) e nove servidores da Sefaz. A força-tarefa de combate aos crimes tributários é um dos braços operacionais o Cira, colegiado que reúne o Ministério Público Estadual, a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o Tribunal de Justiça do Estado e as secretarias estaduais da Fazenda, da Administração e da Segurança Pública.

 

 

A Justiça baiana recebeu na terça-feira (15) duas denúncias oferecidas pelo Ministério Público estadual (MP-BA) contra 11 policiais militares alvos da Operação Alcateia. As denúncias oferecidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) apontam que três policiais foram responsáveis pela morte de Fabiano Silva Santos, em dezembro de 2018, em Paulo Afonso, e outros oito estão envolvidos no homicídio de Cícero Santos Ramos, em abril de 2018, na cidade de Glória.

Neste último caso, cinco policiais também são incriminados por furto. Os denunciados teriam levado R$ 12 mil em espécie da casa da vítima, que vendia melancias que cultivava.

De acordo com as denúncias, as versões apresentadas pelos policiais militares apresentam indícios de adulteração e contradizem as provas colhidas na investigação. Por exemplo, no caso da morte de Fabiano Santos, o exame residuográfico não encontrou partículas de chumbo nas mãos da vítima, o que descarta a ocorrência de disparos de arma de fogo, como alegaram os policiais. Já no caso da morte de Cícero Ramos, as informações apuradas indicam que a vítima não tinha armas nem drogas no local. Os policiais denunciados narraram algo diferente.

A Operação Alcateia foi deflagrada em duas fases para desarticular organização criminosa que praticava crimes de homicídio, tráfico de drogas, tortura e extorsão – estes últimos, delitos típicos de atividade de milícia. A primeira, em 29 de outubro, culminou na prisão de seis pessoas. A segunda fase, realizada em 27 de novembro, cumpriu 11 mandados de prisão preventiva

O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu que o Brasil "está deixando" o auxílio emergencial criado para proteger invisíveis durante a pandemia de covid-19 porque a economia brasileira está se recuperando em V e que o País está voltando à agenda de reformas estruturais. "Até o fim do ano vamos retirar o auxílio e vamos nos concentrar em entregar as vacinas", disse, durante discurso gravado na Conferência de Montreal, evento do Fórum Econômico Internacional das Américas.

Segundo Guedes, não dá para concluir que o País está em uma segunda onda de contaminação por covid-19 e acrescentou que muito em breve, o governo irá apresentar um plano de vacinação massiva da população.

O ministro voltou a citar que é provável que o ano termine com saldo zero no Cadastro de Geral de Empregados e Desempregados (Caged), após somar criação líquida de cerca 1 milhão de vagas formais de julho a outubro, recuperando parcialmente a perda de cerca 1,2 milhão de postos entre março e maio.

Ele também argumentou que a economia brasileira cresceu 7,7% no terceiro trimestre - após queda de 9,6% no segundo - e que a arrecadação já está na casa de dois dígitos.

Guedes também repetiu que, apesar do foco em medidas emergenciais durante a pandemia, a agenda de reformas não foi paralisada. O ministro voltou a citar a aprovação da autonomia do Banco Central no Senado, que, segundo ele, vai impedir que o aumento transitório de preços de alimentos se transforme em inflação generalizada. "Criamos um auxílio para as pessoas invisíveis durante a pandemia e elas gastam 100% disso", argumentou, referindo-se à maior demanda por alimentos e também por material de construção.

Segundo o ministro, a agenda de marcos regulatórios, como a lei do gás e do projeto que incentiva a navegação de cabotagem, deve continuar em 2021. "Essa recuperação cíclica vai se tornar em crescimento sustentável em 2021, baseado em investimentos. Vamos acelerar as privatizações e o investimento privado vai crescer. Estamos abrindo economia para investimento estrangeiro e recuperando internamente a dinâmica de crescimento."

Vacinar cerca de 70 mil pessoas por dia. Essa é a expectativa de indivíduos que poderão ser imunizados diariamente contra Covid-19 na capital baiana. A estimativa da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) é baseada em outras estratégias de imunização que apresentaram boa aderência da população na cidade.

"Essa estimativa foi abalizada tanto pela expectativa da população em geral em ter acesso às doses quanto no planejamento que já foi desenhado pelo município em estabelecer pontos estratégicos de imunização que facilitem o acesso e também favoreçam as medidas restritivas de distanciamento. Também existe a perspectiva de uma possível contratação de novos profissionais para atuação temporária e complementação das equipes de aplicação das doses na cidade", destacou Doiane Lemos, subcoordenadora de Doenças Imunopeveníveis.

A Prefeitura já conta com toda estratégia e a estrutura necessária para iniciar a vacinação contra Covid-19 na capital. Para viabilizar de forma mais ágil a proteção dos soteropolitanos de maneira escalonada, técnicos da SMS elaboraram um Plano Municipal de Imunização que define as etapas da mobilização, público eletivo prioritário e fluxo de acesso às doses através da rede SUS no município.

Para o armazenamento e distribuição das doses, a SMS já dispõe de quatro ultrafreezers de -86°C para o acondicionamento corretos das vacinas que precisam ser conservadas em baixíssima temperatura. Além disso, a pasta vai lançar um registro de compra para a aquisição de outros quatro ultrafreezers, como medida para acelerar a vacinação.

Com a estrutura atual, a rede de saúde de Salvador tem capacidade de armazenar até 160 mil doses em temperatura abaixo de -75°C de uma só vez. Para as vacinas contra COVID dos laboratórios que não demandam armazenamento em baixa temperatura, a rede municipal já dispõe de infraestrutura através de câmaras e freezers científicos para acondicionamento e distribuição para a estratégia de imunização.

Salvador perdeu a posição de cidade com maior produto interno bruto (PIB) do Nordeste, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a entidade, a capital baiana foi ultrapassada por Fortaleza (CE) e perde a liderança pela primeira desde 2002, quando a série histórico foi iniciada.

Os dados, relativos a 2018, apontam que Salvador registrou R$ 63,5 bilhões de riqueza gerada, enquanto Fortaleza gerou R$ 67 bilhões.

Em nível nacional, Salvador caiu da 9ª para a 10ª posição no ranking dos PIBs de municípios.

Ainda de acordo com o IBGE, a perda da posição se explica por causa da retração da indústria na capital, com a queda de participação do setor de serviços soteropolitanos na Bahia, no Nordeste e no país. Apesar disso, Salvador se manteve como o maior PIB da Bahia, seguida por Camaçari (R$ 23,8 bilhões) e Feira de Santana (R$ 14,7 bilhões). O PIB de Salvador é maior que a riqueza somada de 86,1% dos municípios baianos.

O PIB dos Municípios é elaborado pelo IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, as Secretarias Estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Na Bahia, o trabalho é feito em conjunto com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI).

Destaques do PIB na Bahia
As cidades de São Desidério (R$ 2,5 bilhões) e Formosa do Rio Preto (R$ 1,8 bilhão) tiveram os maiores valores do setor agropecuário em 2018, com destaques para o algodão e a soja.

Além disso, quase três em cada 10 cidades baianas tiveram a administração pública representando mais da metade do produto interno bruto: 109 cidades das 417, ou 26,1% do total.

De uma forma geral, a capital baiana teve a 8ª maior perda de participação no PIB nacional, de 0,95% em 2017 para 0,91% em 2018. São Paulo liderou esse movimento, caindo de uma participação de 10,61% em 2017 para 10,20% em 2018.

Dentre os 10 municípios com maiores PIBs no país, apenas Osasco/SP (R$ 76,6 bilhões) não é uma capital. O município de São Paulo tem historicamente o maior valor, que foi de R$ 714,7 bilhões em 2018, representando 10,2% do PIB brasileiro, e mais de 11 vezes o PIB soteropolitano.