Seis pássaros silvestres foram resgatados nesta segunda-feira, 22, na BA-099, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os animais foram encontrados dentro de um veículo, após abordagem no Posto Rodoviário de Arembepe.

No carro foram encontrados algumas gaiolas com quatro aves da espécie ‘Papa-Capim’ e dois da ‘Trinca-ferro’.

A motorista confessou que estava levando as aves para seu companheiro, em Aracaju. Ela assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberada.

Os animais resgatados se encontram na unidade da Delegacia Territorial (DT) de Praia do Forte, aguardando as orientações do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

Fonte: A Tarde

Publicado em Bahia

Testes realizados pelas empresas de abastecimento de municípios brasileiros mostram que quatro cidades da Bahia consomem um perigoso coquetel com 27 agrotóxicos encontrados na água utilizada pela população. Apesar de a Embasa negar a contaminação, de acordo com o estudo, Mucugê, São Félix do Coribe, Itapetinga e Camaçari são as cidades em situação mais crítica.

Dos quatro, Camaçari é o único em que se detectaram agrotóxicos com concentrações acima do nível permitido no Brasil. Também apenas em Camaçari a Embasa (Empresa Baiana de Água e Saneamento) trata a água. As demais têm gestão própria do abastecimento.

Dos 27 agrotóxicos encontrados pela pesquisa, 16 são classificados pela Anvisa como extremamente ou altamente tóxicos e 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas.

Obtidos em uma investigação conjunta pela ONG Repórter Brasil, da Agência Pública e da organização suíça Public Eye, os dados dizem respeito ao período entre 2014 e 2017. Dos 27 agrotóxicos encontrados pela pesquisa, 16 são classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como extremamente ou altamente tóxicos e 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, malformação fetal, disfunções hormonais e reprodutivas. Importante ressaltar que as quatro cidades atingem o número máximo de agrotóxicos, mas há muitas outras com uma quantidade perigosa de químicos, como Macarani, também no Centro Sul, com 25 agrotóxicos, e até a própria Salvador, com 16 pesticidas.

A Embasa nega a contaminação.

Em nota, a Embasa informou que as análises realizadas semestralmente pela empresa no período entre 2014/2018 apresentaram valores que demonstram a inexistência de substâncias presentes em agrotóxicos. “Isso significa que os parâmetros de potabilidade da água distribuída pela empresa estão de acordo com as determinações da Portaria de Consolidação nº 05, anexo XX, de 2017, do Ministério da Saúde”, diz a nota.

A secretaria de Saúde de Camaçari ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Fonte: Correio 24h

O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), José Elídio de Oliveira Sobrinho, foi acionado por manter servidor ilegalmente na Casa. Segundo o promotor Everardo José Yunes Pinheiro, Sobrinho nomeou advogado Carlos Eduardo Pessoa Oliveira Malheiros como subprocurador-chefe do Município, sem a prestação do serviço diário na Câmara. O advogado também foi acionado pelo Ministério Público do Estado (MP-BA).

Conforme o promotor, Carlos Malheiros cumpria uma jornada de trabalho de quatro horas a cada dia de trabalho, no entanto comparecia, em média, duas vezes por semana, totalizando 8 horas semanais e não 20 horas. Ainda segundo o promotor, o advogado ocupou indevidamente cargo privativo da advocacia. Enquanto o atestado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aponta a inscrição em 29 de dezembro de 2011, o advogado já estava há cinco meses nomeado para o cargo de subprocurador do Município. Na ação, o MP pede o bloqueio de bens dos acionados e afirma que o valor recebido indevidamente por mês foi de R$ 4.580,59, soma correspondente às horas que o primeiro acionado recebeu sem realizar a efetiva contraprestação do trabalho.

“Considerando os seis meses em que esteve nomeado, recebeu indevidamente R$27.483,54, que atualizado, através da página do Branco Central do Brasil, resulta em aproximadamente R$41.458,44”, afirmou Everardo Yunes. O MP requer ainda que a Justiça determine que Carlos Malheiros e José Elísio sejam obrigados, solidariamente, a ressarcimento, devidamente atualizado, da totalidade dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio de Carlos.   

Fonte: Bahia Notícias

Camaçari: MP aciona ex-presidente da Câmara por nomear advogado de forma ilegal na Casa

A primeira audiência do caso Eva Luana foi realizada durante todo o dia desta terça-feira (16). Segundo informações, foram nove horas de audiência com cerca de 14 testemunhas ouvidas além de Eva, sua mãe e o padrasto Thiago Alves, a quem ela acusa de praticar tortura, violência doméstica e abuso sexual contra ela e sua mãe, por quase uma década.

De acordo com o advogado de Eva, Helder Matos, maiores informações ainda nãopodem ser partilhadas com a imprensa devido ao segredo de justiça que embala o caso. No entanto, ele adiantou que o pedido de liberdade provisória, feito pela defesa de Thiago, foi negado e o mesmo permanecerá preso até a próxima audiência, com data ainda a ser definida.

Também sinalizando a restrição de informações devido aos segredos de justiça, Vitor Gomes, um dos advogados de Thiago, disse que “ainda existem partes para serem ouvidas e, somente após essa audição e mediante apresentação das alegações finais, certamente, o juiz proferirá a sentença”.

Fonte: Nossa Metrópole

Atrações de peso , estrutura diferenciada, segurança e muita alegria foram asmarcas da primeira edição do Festival Agita Mix, neste domingo (14), no Estádio Municipal Fernando Lopes, em Camaçari. O evento contou com shows de Dan Hills, Forró do Tico, Ferrugem, Saia Rodada e Parangolé.

Dan Hills foi o responsável por abrir o evento e disse estar muito grato pelo recepção. "A galera chegou cedo e enfrentou esse calor, podemos dizer que o festival começou quente literalmente", brincou o artista.

O cantor animou o público com a nova música de trabalho "Respeita as mina" e para ele "essa é uma pauta muito importante já que mulheres sofrem atentados e merecem respeito".

A banda Forró do Tico foi a segunda atração do dia e o vocalista Tico Cavalvante agradeceu por tocar em um festival com grandes nomes da música. "É uma honra tocar aqui no mesmo palco que grandes artistas como Ferrugem, Parangolé e Saia Rodada, então eu só tenho a agradecer", disse.

Forro do Tico

Forró do Tico. Foto: Hyago Cerqueira

O Forró do Tico é um dos ensaios de São João mais esperados do ano e para o vocalista é muito importante manter a tradição de ensaios juninos na região. "A gente vem se planejando pro ensaio junino em Salvador, que já vem sem ter ensaios de São João há algum tempo e é muito importante fortalecer essa tradição, estamos muito ansiosos", pontuou.

O público pôde escolher entre pista, área Vip e lounge supreme. Em ambas áreas estavam disponíveis praça de alimentação e piso easy floor sobre o gramado do estádio. Duas ambulãncias, posto médico e posto policiais estavam disponíveis para prestar atendimento.

No Louge Supreme o público contou com serviços especiais como salão de beleza, barbearia, videogames e venda de sandálias.

O idealizador da festa, Oswaldo Marcolino, disse estar muito safisteito com resultado e que pretende realizar a segunda esdição do Festival Agita Mix. "A gente criou um novo espaço de festa aqui no estádio de Camaçari, quem veio pode preceber o conforto e segurança do local, sem falar da grade de atrações com nomes nacionais e locais. Estou muito satisfeito com o resultado e já está nos planos o Agita Mix 2", afirmou.

ferrugem

Ferrugem /  Foto: Hyago Cerqueira

Ferrugem é considerado um dos grandes nomes do pagode romântico atulamente e ele falou sobre a sensação de ter sido indicado ao Grammy Latino em 2018. "Até agora eu não acredito, pra mim é uma surpresa muito inesperada, pois por mais que a gente faça um trabalho de qualidade é algo uito grande, é um prêmio internacional", explicou o cantor.

Ferrugem falou também sobre como faz para conciliar a família com a carreira. " Sempre que posso, corro para casa. Quado dá, trago elas para cá também, a gente tenta estar sempre junto.

O DVD 'Chão de Estrelas' foigravado recentemente e Ferrugem considera a produção como uma nova fase da carreira com amadurecimento artístico de toda a equipe. "Todo trabalho tem uma obrigação de trazer uma nova fase, uma nova face artística e eu acho que a galera vai entender isso como meu amadurecimento musical, profissional, não só meu, mas de toda equipe que vem trabalhando comigo", explica.

Ferrugem ainda convidou ao palco o dançarino mirim David Batedeira, que levou a galera ao delírio com seu molejo e desenvoltura. Após dançar Batedeira ainda cantou seu hap e participou de uma música com Ferrugem.

O forró da banda Saia Rodada entrou logo em seguida. Na próxima quista-feira será o lançamento do videoclip da música 'Bbe vem me procurar' e o vocalista Raí Soares garante que "é um clipe muito bom, muito diferentedo que nosso fãs já viram, é uma história muito bacana e agalera não perde por esperar".

Saia Rodada

Saia Rodada /  Foto: Hyago Cerqueira

Rái também falou sobre os próximos lançamentos para 2019 e levantou a possibilidade de uma DVD, "A gente vai lançar o nosso CD promocional de abril semana que vem e o CD do lançamento do clibe de 'Bebe vem me procurar'. Está faltando só gravar um possível DVD", contou.

E pra fechar a noite com chave de ouro, todo a pagode de Tony Sales e Parangolé. Nem a chuva espantou o público que esperou até o último segundo e curtiu cada momento do show e o grandes sucessos da banda.

Parangolé

Tony Salles e Parangolé no Festival Agita Mix /  Foto: Hyago Cerqueira

Ao falar da atual música de trabalho, 'Diferenciada', o vocalista Tony Salles disse que o seu objetivo com a letra da música é o empoderamento feminino. "Eu achei isso através de 'Abaixa que é tiro' e eu vejo que as mulheres precisam dessa visão principalmente de nós homens, de valorizar a mulher, e não fazer o contrário como vemos em muitos pagodes", explicou.

Tony ainda chamou ao palco a jovem Vanessa Souza, 22 anos, que perdeu os movimentos das pernas recentemente e é um exemplo de força e coragem. As músicas 'abaixa que é tiro' e 'Diferenciada' deram o tom da da participação especial.

* Com Informações do site Destaque1

A Prefeitura de Camaçari acaba de marcar um gol de placa. Aliás, um “match point”. De 16 a 21 de abril, a Costa de Camaçari recebe a etapa do Sul Americano de Vôlei de Praia 2019. Os resultados obtidos no Circuito Costa de Camaçari influenciam na classificação olímpica e rankeamento dos atletas para a seletiva das Olimpíadas de Tóquio 2020. Grandes nomes do vôlei de praia vão se reunir em uma arena montada especialmente para o evento, em Guarajuba. Realizado em 10 cidades brasileiras, para movimentar o calendário do vôlei nacional, o evento deve mobilizar 31 mil pessoas nos seis dias de evento.

A etapa acontece em parceria com a Prefeitura Municipal de Camaçari, através das secretarias de Turismo (Setur), Esportes, Lazer e Juventude (Sejuv) e Coordenação de Eventos. A competição deve movimentar os meios de hospedagem e de gastronomia do município, para receber os amantes da categoria esportiva. Conhecido como Circuito dos Shoppings, o evento terá apoio do Guarajuba Shopping e será realizado em um terreno cedido pelo apoiador na Estrada do Coco (BA-099), entre as localidades de Guarajuba e Monte Gordo.

A etapa Costa de Camaçari terá a presença do campeão olímpico de vôlei de praia, o baiano Ricardo Santos, e da medalhista Pan Americana, Carolina Horta. Além dos convidados, ao longo dos seis dias de evento, o município recebe mais 64 atletas, com disputas simultâneas em três quadras montadas na arena. O evento terá, ainda, cobertura internacional pela DirecTV e nacional pela Rede Globo, com expectativa de oito milhões de expectadores na América do Sul.

Segundo os organizadores, a ideia é tirar o voleibol da praia e levar para os shoppings, proporcionando ao público uma experiência única de aproximação com o evento, com tour gastronômico nas cidades, visita a pontos históricos e stands de serviços. Nesse quesito, a escolha por Guarajuba foi considerada assertiva pela equipe formada pela Federação Baiana de Vôlei, Confederação Sul Americana de Voleibol e Confederação Brasileira de Voleibol. “A gente ficou contente do prefeito e secretários darem a possibilidade de fazer a competição, porque é muito importante para o esporte baiano”, afirma Ricardo Luz, um dos organizadores da etapa baiana.

O acolhimento do evento faz parte do posicionamento estratégico da gestão do prefeito Elinaldo Araújo, para divulgação da Costa de Camaçari e incentivo ao esporte. Para isso, foi disponibilizado todo suporte da Secretaria de Turismo, através do secretário Gilvan Souza. “Esse evento vem reforçar o nosso comprometimento com o esporte, lazer e o cuidado com as pessoas que vivem aqui. Queremos receber bem e firmar parcerias com projetos que tenham qualidade e continuidade, garantindo assim um fluxo contínuo de visitantes e gerando emprego e renda para quem vive do turismo”, pontua Gilvan.

A visibilidade nacional para o evento traz também resultados no município, com o incentivo ao esporte e estímulo para atrair novos praticantes e turistas. O secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Sessé Abreu, comemorou a decisão e reforçou a importância do trabalho conjunto entre as secretarias municipais. “O prefeito Elinaldo traz um evento internacional que coloca Camaçari na vitrine e mostra o potencial da nossa cidade para assumir a liderança no ranking brasileiro de Turismo. Meu papel é fazer com que o esporte esteja inserido nesse crescimento e seja referência no mundo esportivo”, destaca.

Ingressos

Os ingressos para acesso ao evento estão sendo comercializados a um valor simbólico de R$ 10,00. Parte do valor arrecadado será destinado para uma instituição beneficente do município. Os interessados podem adquirir o passaporte de acesso através da Central do Carnaval, por meio do site, ou presencialmente, no Shopping da Bahia.

Em Camaçari, vários pontos de vendas foram credenciados: Guarajuba Shopping, Bibi Gourmet, Hotel Lagoa e Mar, Pousada Praia das Ondas, Pousada Terra e Lua, Pousada Cabanas de Jauá, Pousada Pedras do Mar, Pousada Maluar, Casa de material de construção Stevan, Arembepe Hostel, Pousada Brisa do Mar, Hotel Arembepe Beach, Pousada Águas do Piruí.

Atletas Olímpicos

Em 2018, Ricardo recebeu, aos 43 anos, dois prêmios da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), na temporada 2017/18: o jogador mais inspirador e também o esportista do ano. Com esses dois prêmios, Ricardo acumula agora oito título individuais concedidos pela entidade máxima do vôlei mundial ao fim de cada temporada. Ele foi eleito o melhor jogador do Circuito Mundial em 2005 e 2007, melhor ataque em 2005 e melhor jogador ofensivo em 2005, 2006 e 2007.

A atleta cearense Carolina Horta começou a treinar vôlei de praia em 2009. Na época já jogava Vôlei de Quadra no colégio e foi nesse ano que conheceu efetivamente o Vôlei de Praia. A atleta participou de competições internacionais e é medalhista Pan Americana, Campeã Sul-Americana e ganhou etapa do Circuito Mundial e do Circuito Brasileiro.

Fonte: Ascom/PMC

"Eu tenho que comemorar isso: que eu ainda estou vivendo essa filosofia de paz e amor". As palavras são de Maurício, um dos moradores que fazem parte da aldeia hippie de Arembepe, localidade que pertence à cidade de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, e que resiste aos tempos modernos, mantendo acesa a chama da paz e amor.

O reduto fica a cerca de 50 quilômetros do Aeroporto Internacional de Salvador, em uma imensa área cercada por dunas e cheia de coqueiros, margeada de um lado pela praia e do outro pelo rio Capivara. Entre os anos 60 e 70, foi frequentada pelos maiores "doidões" que cambaleavam pelo planeta Terra, de Mick Jagger a Janis Joplin, passando por Roman Polanski, Jack Nicholson, Novos Baianos, Gil, Caetano, Rita Lee e outros.

A data exata da fundação da aldeia é um mistério, entretanto, oficialmente, a prefeitura da cidade celebrou os 50 anos do local neste ano. No dia 30 de março, um show foi realizado em Arembepe, com apresentações dos Novos Baianos, Saulo e outros artistas.

As décadas passaram, o milênio virou e a badalação na aldeia terminou, contudo, meio século após os primeiros hippies chegarem ao local, cerca de 30 a 40 pessoas ainda vivem na aldeia, mantendo vivo o espírito de paz, amor, liberdade e harmonia com a natureza.

Em maioria, são artesãos, músicos, escritores e artistas diversos, que têm no local o paraíso que não encontram nos centro das metrópoles.

Um deles é Maurício [por lá, os moradores se conhecem pelo apelido ou primeiro nome. Esqueça sobrenomes], artesão que há 30 anos escolheu a aldeia hippie de Arembepe como lar.

"É só você olhar em volta. O que me faz ficar e amar tanto esse lugar está em volta da gente. A natureza, a paz... Isso é que me faz ficar no lugar há 30 anos", afirma.

Isso não quer dizer que os moradores vivam grudados à aldeia. Pelo contrário, muitos colocam a mochila nas costas e saem Brasil afora, trabalhando para conseguir a próxima refeição ou a carona que vai levá-los à próxima cidade. Mas, no final da jornada, todos voltam para casa.

Por falar em casa, a aldeia possui algumas espalhadas pelo enorme terreno. São espécies de bangalôs, com algumas garrafas de vidro no lugar dos tijolos, enquanto outras são feitas de madeira, barro ou palha. Quem chega no local pode alugar barracas disponíveis em algumas das casas, e quem não tem como pagar em dinheiro, paga em trabalho.

A aldeia já possui água encanada e energia elétrica, entretanto não é todo dia que o abastecimento está regular. Por isso, eletrodomésticos são quase inexistentes, e todo o serviço que precisa ser feito, de construção de casas até a manutenção da rede elétrica, é realizado pelos próprios moradores.

Origem

Não há um consenso de quando o primeiro hippie chegou ou quando a aldeia foi fundada, mas no próprio local há um cartaz descrevendo a provável origem do reduto hippie em Arembepe. O texto foi retirado do livro "naquele Tempo, em Arembepe", de Beto Hoisel.

"Quando e como começou a aldeia hippie, não se sabe. Possivelmente, fins dos anos sessenta algum chincheiro curtidor chegou e resolveu ficar. Fez casinha com palha de coqueiro, e ninguém reclamou. Arrumou - ou tinha - companheira e foi ficando. Encontrou outro maluco fazedor de colares e pulseiras em Itapuã ou no Mercado Modelo, onde vez em quando ia vender seu produto, e espalhou discretamente a descoberta. Foram aparecendo outros e outras, fazendo casinhas e ficando, sem ninguém reclamar. Tudo deserto, ninguém para encher o saco, natureza limpa, a praia, o rio, o pôr-do-sol e o nascer da lua, os coqueiros fornecendo material de construção e coco à vontade a fome a sede. Arembepe logo ali, para um apoio imediato. E principalmente, ninguém. Ninguém para reclamar dos trajes ou da falta deles, ninguém para fiscalizar os comportamentos assumidos. Silêncio e paz. Lugar ideal para o amor, ao som discreto das guitarras, flautas e bongôs. Liberdade. Li-ber-da-de! estava fundado o paraíso".

Mick Jagger

Mick Jagger foi fotografado na aldeia, em 1969 — Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Um dos primeiros registros conhecidos da aldeia foi a visita de Mick Jagger, em 1969. O momento foi imortalizado com uma foto dele, com cerca de 25 anos de idade, tocando bongô, rodeado por crianças, na Casa do Sol Nascente.

"Normalmente, nessa Casa do Sol Nascente, todos eram pessoas ilustres. Tinham cineastas, cantores, médicos", explica Anderson, que nasceu em Arembepe e hoje desempenha o papel de uma espécie de assessor de comunicação da aldeia hippie.

"Essa Casa do Sol Nascente foi escolhida nessa parte mais recuada da aldeia, pelo fato do Rio Capivara ter uma parte mais sinuosa, e aí eles poderiam usar do direito deles de ficar nu, na paz e amor deles, recuado das lavadeiras, que já existam há séculos. Por respeito, eles escolheram a parte mais sinuosa e recuada do rio, para se banhar e fazer as coisas do sexo livre da época", explica Anderson.
Outra celebridade do rock que passou por lá foi a cantora Janis Joplin. Ela esteve em Arembepe em março de 1970, sete meses antes de morrer por overdose de heroína.

Nativos não gostavam

moradores aldeia

No início, nativos de Arembepe não gostavam da presença dos hippies — Foto: Gabriel Gonçalves/G1 Bahia

Apesar da aldeia hoje ser parte importante de Arembepe e uma das principais atrações turísticas de Camaçari, os primeiros hippies que chegaram ao local, na década de 60, não encontraram boas vindas calorosas por parte dos nativos da localidade, que era uma vila de pescadores.

"Os hippies já vinham com pouca roupa, ou com roupas que não eram bem confeccionadas, no padrão, então os mais velhos contam que em 1966, 1967, quando os primeiros começaram a aparecer, eles diziam: 'Esconde os meninos, esconde as crianças, que os hippies chegaram'", conta Anderson.

hippie-aldeia

Rancho Janis Joplin é uma das paradas obrigatórias na aldeia hippie de Arembepe — Foto: Gabriel Gonçalves/G1 Bahia

 

Com a passagem do tempo, Anderson conta que os nativos começaram a perceber que muitos hippies eram médicos, doutores, pessoas graduadas que desistiram da correria das cidades grandes e buscavam levar uma vida mais tranquila.

"Depois de uns 10 anos, começou a haver uma troca: 'Olha, dizem que o hippie é médico, não quer perguntar, Não?'. E a necessidade fez com que os nativos usassem um pouco do privilégio - porque os hippies não eram besta. Os hippies eram doutores, eram pessoas formadas, cineastas, escritores, compositores, americanos, franceses. Então, alguns hippies curavam as crianças", diz.

A partir daí, os nativos de Arembepe e os hippies passaram a ter uma relação mais próxima. "Depois de um tempo, a gente teve a interação com os hippies e a evolução. A gente evoluiu com os hippies. Aí a comunidade começou a abraçar a aldeia, mas no início foi bem difícil", conta Anderson

Paz e amor

Os moradores que vivem na aldeia hippie compartilham uma filosofia que estava em voga nos anos 60, mas que, segundo eles, foi perdida ao longo dos anos: paz, amor, liberdade e harmonia com a natureza.

Um deles é Alceu, que está na aldeia há 35 anos e comanda no local o Rancho Janis Joplin, que é conhecido como o reduto da música no local.

"Eu vivo o movimento hippie, sou da ideologia, vivo há 60 anos. A minha ideologia é a paz, o amor, a liberdade de expressão e que a Terra seja leve", diz.

Fiel aos próprios valores, ele recusa o título de dono da terra onde mora. "Eu sou posseiro, não sou dono de terra. Até porque, quando eu nasci, a terra já existia, quando cheguei aqui, a terra já existia. Como é que eu sou dono disso?", questiona Alceu.

Quando você nasce, já nasce na terra. A terra não tem dono. A terra é mãe. A mãe é esplêndida, é um desabrochar da natureza. Na terra temos tudo: temos alimento, temos nós mesmos, as espécies malignas e benditas. A terra é que é nossa história", afirma.

Cacau é outro morador da aldeia hippie de Arembepe que não troca o local por nenhum outro lugar. Para ele, que nasceu em Itapuã, em Salvador, e é filho de pescador, a calmaria da aldeia não tem preço.

Ele trabalha como salva-vidas na praia de Arembepe e está construindo outra casa no terreno em que vive.

"Essa tranquilidade, que Salvador não tem. Minha rotina na aldeia é acordar 3h da manhã, começar a fazer abdominal, depois amanhece e eu começo a catar pedra, para fazer minha casa", relata.

O artesão Black, que mora há 28 anos na aldeia, já passou por 19 estados brasileiros, mas sempre volta para Arembepe. Segundo ele, a liberdade que ele deseja não seria possível se tivesse que levar uma vida tradicional, nas cidades.

"Eu sempre fui artesão. E artesão qualquer lugar do mundo ele vive. Aonde chegar, ele está vendendo o trabalho dele", explica.
Com o espírito livre, os moradores da aldeia seguem mantendo em prática os valores que os hippies vêm carregando ao longo do tempo. E 50 anos depois, a aldeia de Arembepe segue como uma das últimas comunidades deste tipo no Brasil, abrigando aqueles que não se conformam com a vida tradicional nas cidades e prezam pela liberdade de estar aonde quiserem.

"Você quer ter um pouco de liberdade, viajar, e é uma coisa que um pai de família não consegue. Como é que ele vai viajar, se ele trabalha? A gente trabalha para nós mesmos. Qualquer lugar vive. Se eu cismar de ir pro Amazonas amanhã, eu vou. Pro Rio de janeiro, pro Mato Grosso... É só botar na cabeça que vai; arrumar a mochila e vai", diz Black.

Publicado em Bahia

Depois de anunciar que sua unidade de caminhões em São Bernardo do Campo, em São Paulo, vai fechar este ano , a Ford anunciou um Programa de Demissões Voluntárias (PDV) na fábrica de Camaçari, na Bahia. Na unidade, são fabricados os veículos Ford Ka e Ecosport. O motivo é adequar o excedente de mão de obra à demanda do mercado, informou a montadora americana.

“A Ford confirma a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os empregados operacionais da fábrica de Camaçari (Bahia), no período de 8 a 26 de abril de 2019. Essa medida tem como objetivo adequar o excedente da força de trabalho à atual demanda de mercado”, informou a montadora em nota.

Há 4,8 mil funcionários da Ford em Camaçari. O diretor do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari, Clécio Vanderlei de Aguiar, disse que a entidade negociou para que a montadora não fizesse uma demissão em massa até março de 2020. A opção foi abrir um PDV. Cada trabalhador que se inscrever no programa terá, além das verbas rescisórias, uma indenização de R$ 35 mil, disse o sindicalista.

Clécio estima que o objetivo da montadora é reduzir entre 20% e 25% o quadro de funcionários, cerca de 700 pessoas. A fábrica trabalha em três turnos.

Além da unidade de Camaçari, a Ford tem uma unidade em Taubaté, em São Paulo, onde são produzidos motores, e a unidade de Tatuí, também em São Paulo, onde a montadora mantém um campo de provas.

A fábrica de Camaçari está em funcionamento desde 2001, e é tida como referência no país pelo alto grau de automação de processos.

A Ford informou neste ano que está em processo de reestruturação mundial e vai reduzir em 20% o custo com funcionários e estrutura administrativa da América do Sul, fortalecer a linha de SUVs e picapes, e vai encerrar a produção do Focus na Argentina. A Ford também vai deixar de produzir o Fiesta, que era montado em São Bernardo do Campo, ao lado da linha de caminhões.

Na reestruturação global, o impacto previsto de despesas não recorrentes é de US$ 11 bilhões, com um efeito de US$ 7 bilhões no caixa a montadora.

Fonte: O Globo

O barulho gerou pânico entre os alunos, que deixaram as salas de aula assustados. No local, houve correria e muitos gritos dos estudantes. Alguns deles chegaram a se jogar no chão e outros registraram a movimentação em um vídeo.

56208341 498657650662334 3053335208989294592 n

Segundo informações de uma funcionária da escola, que preferiu não se identificar, a situação foi controlada imediatamente e as atividades na escola foram retomadas logo em seguida. As atividades vespertinas da unidade também foram mantidas e a direção do colégio passou pelas salas para tranquilizar os estudantes. Ninguém se feriu.

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que foi acionada e enviou policiais do 12º Batalhão de Polícia Militar (Camaçari) à instituição de ensino. “No local, a guarnição foi informada por funcionários que dois suspeitos lançaram fogos de artifício na quadra, que fica nos fundos da unidade escolar. Com o barulho, alunos e professores ficaram assustados, houve princípio de tumulto".

O documento diz ainda que o policiamento foi reforçado nas imediações da escola. De acordo com a Polícia Civil, nenhuma ocorrência foi registrada na 18ª Delegacia (Camaçari).

Em nota, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) informou que os boatos que circulam pelas redes sociais atribuindo a confusão a tiros e facadas na escola são infundados e causou uma baixa frequência dos alunos nas atividades desta quarta.

Aulas suspensas
Pelo menos cinco escolas e uma faculdade particular suspenderam as aulas nesta quarta-feira (3) na cidade de Alagoinhas, no Nordeste da Bahia. As aulas foram canceladas depois que, na tarde de terça-feira (2), começaram a circular áudios de WhatsApp atribuídos à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), afirmando que iriam promover ataques nas escolas da cidade semelhantes ao que aconteceu no mês passado em Suzano, no interior de São Paulo, quando dez pessoas morreram.

O órgão disse ainda que “está vigilante e reforçou sua atenção às denúncias e 'fake news' que estão circulando na Bahia". Acrescentou ainda que estas ocorrências estão sendo investigadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e que as escolas continuarão funcionando normalmente. "Há um trabalho permanente sendo realizado nas escolas da capital e do interior do Estado, no sentido de prevenir qualquer tipo de ocorrência”, completou o documento.

Houve também registro de suspensão de aulas em escolas de Barreiras, Oeste baiano, e Santo Antônio de Jesus, Recôncavo.

Fonte: Correio24horas

 

Com investimento de R$ 200 milhões, uma montadora de veículos militares será instalada na Bahia em até 10 meses. Os municípios de Camaçari e Feira de Santana estão sendo analisados para a implantação da fábrica que produzirá, inicialmente, 60 veículos por mês.

O modelo J8, disponível em seis configurações diferentes, será montado sobre módulos importados do Jeep Renegade. “É uma parceria bilateral, uma relação governamental. A marca Jeep militar pertence ao governo dos Estados Unidos, aí nós trazemos para cá e montamos um veículo homologado pelo Exército”, explicou Marcellus Ferreira Pinto, presidente executivo da VSK Tatical no Brasil.

O projeto, homologado pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEx), teve anúncio realizado nesta terça-feira (2), durante a Feira de Internacional de Defesa, LAAD Defence & Security 2019, no Rio de Janeiro.

A ideia é produzir veículos para as Forças Armadas, polícias civis, militares e também órgãos de fiscalização, como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e guardas civis. Para instalar a fábrica no país, diversos estudos e prospecções foram realizados. Inicialmente, a montadora seria instalada no norte do Espírito Santo. No entanto, a Bahia foi o estado escolhido, por ter um “ambiente de negócios favoráveis”, de acordo com o presidente da empresa.

“Só não avançamos mais rápido porque era um ano eleitoral. O governador Rui Costa disputou a eleição e acabamos atrasando o compasso do projeto, mas estávamos em tratativa com a Bahia no ano passado. Tivemos uma resposta positiva da Casa Civil, mas ainda não chegamos à conclusão de onde será instalada na Bahia”, explicou Ferreira Pinto.

Na corrida entre as duas cidades, Camaçari está na frente de Feira de Santana por conta da presença do polo industrial na cidade, que dá maior estrutura para a fábrica. O presidente executivo da VSK Tatical no Brasil explica que o polo possui áreas autorizadas pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) para cessão e atração de investimentos. Existe também uma negociação com a Casa Civil para que dois terrenos do local sejam destinados para a montadora.

“Existem duas áreas ali, mas que não têm estrutura, não tem água, energia, galpão pronto, pátio pronto, entre outros, o que demoraria a construção do projeto. Em Feira de Santana, seria em uma área privada que já tem galpão, espaço físico, pátio, estocagem. Teríamos que desembolsar um pouco mais para fechar negócio e conseguiríamos implantá-lo em menos tempo, mas nós não temos pressa”, afirmou o presidente da empresa, que destacou que a definição da cidade deve ser anunciada até o final do mês de maio.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico afirmou que o estado possui “incentivos para o setor automotivo, o mesmo que se aplica para veículos militares”. No segmento automotivo, incentivado pelo estado, existe o Complexo Industrial Ford Nordeste, no polo industrial de Camaçari, atualmente. Essa será a primeira fábrica de veículos militares a ser instalada no estado. A Bahia é a quarta maior produtora do setor no país, com capacidade de produção de 250 veículos/ano.

Novos empregos

A implantação da empresa irá gerar 50 empregos diretos e 200 indiretos. O presidente classificou o projeto como “enxuto” e com investimento “pequeno”. “Ele dá mais visibilidade para o governo e mercado do que propriamente retorno financeiro”, disse.

A empresa ainda demonstrou interesse em criar um polo técnico-militar no local, futuramente. Já existem contratos com uma fábrica de armas, uma de nanotecnologia militar e uma segunda montadora, voltada a veículos blindados pesados. Duas outras empresas estão interessadas no projeto: uma fabricante de munições e outra produtora de armas.

Fonte: Correio 24h

 

Publicado em Bahia