O Jornal da Cidade

O Jornal da Cidade

Depois que o delivery se tornou uma saída viável para a sobrevivência de bares, restaurantes e pizzarias na pandemia, um elemento básico desse tipo de serviço tem se tornado motivo de preocupação para os empresários. Isso porque a demanda é tanta que os fornecedores de embalagem descartáveis não têm conseguido suprir as necessidades, gerando mudanças importantes de preço e prazo de entrega.

O aumento nos preços ultrapassou 60% e a entrega ficou pelo menos 20 dias mais longa. “É uma resposta natural a esse incremento do delivery que ocorreu por conta do isolamento. De imediato, esse impacto é sentido porque as embalagens são fundamentais para esse tipo de serviço”, comenta Luiz Henrique do Amaral, presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes na Bahia. Segundo a Associação, o número de empresas que recorrem ao delivery quase dobrou: antes da pandemia, eram 25% dos associados; hoje, 43%.

A dificuldade tem sido verificada até por quem não incrementou a modalidade de entrega. É o caso da empresária Karla Baqueiro, responsável pelo boteco Bagacinho, na Barra: “Para o tamanho do meu negócio, eu tenho até um volume considerável de delivery, mas não é tão volumoso quanto outros estabelecimentos. E, mesmo assim, os fornecedores, realmente, não estão conseguindo acompanhar a demanda. Já estou precisando pesquisar fornecedores fora do estado para conseguir atender”.

Karla, que opera o delivery somente nos fins de semana, explica que conta com apenas um fornecedor e que, na impossibilidade de ser atendida por ele, recorre a lojas de embalagem próximas ao bar. Para os pedidos da última semana, ela chegou a procurar as embalagens em duas lojas, sem conseguir tudo que queria. “A preocupação é que chegue uma segunda onda e a demanda aumente de novo”, destaca a empresária.

Mesmo quem trabalha com pedidos agendados tem sentido dificuldade. É o caso do restaurante Caminho de Casa, com unidades no Rio Vermelho e no Itaigara. “Estamos tendo muito aumento de preços por parte dos fornecedores, que diminuíram o prazo de pagamento. Como estamos com poucos clientes, a gente não consegue repassar o preço para não impactar ainda mais no movimento do restaurante”, explica Marcelo Góes Lerner, sócio do estabelecimento.

“É lógico que a demanda cresceu, com muitos restaurantes e bares precisando atender por delivery, e isso aconteceu numa escala global”, diz Diógenes Antunes, da DOA Soluções e Embalagens, um dos principais fornecedores de embalagens para alimentos prontos - as conhecidas marmitas de papel - do estado. Na DOA, pedidos enviados a partir do último dia 10 só têm previsão de entrega para a segunda semana de janeiro. Antunes explica que a mudança nos hábitos de consumo e aumento dos pedidos de entrega começou a ser sentido pelo setor em maio e que desde setembro passou a refletir em mudança nos preços. “O aumento na demanda gera falta de matéria prima de vários tipos”, diz ele, que também precisou alterar seu prazo de produção de 15, para 35 dias úteis.

Pizzarias
Um dos setores que mais tem sofrido com a falta das embalagens, as pizzarias não estão encontrando os produtos tão necessários para fazer as entregas. A Pizza 15, na Boca do Rio, é uma das que enfrenta as dificuldades. O restaurante trabalha com as caixas mais baratas do mercado (aquelas sem marca da empresa) e mesmo assim já percebe mudança no valor do insumo.

“Desde o início da pandemia, estamos enfrentando dificuldades com insumos. Antes era o queijo, agora são as embalagens que subiram absurdamente de preço ”, diz o empresário Luã Reis, que usa 210 caixas de pizza, em média, num final de semana. Cada pacote com 25 caixas, que antes saia por R$ 16, agora sai por R$ 26, um aumento de 62,5%. “A gente não consegue passar esse aumento para o cliente”, explica Reis.

Outra preocupação dos donos de pizzaria é no que diz respeito ao prazo de entrega. Quem trabalha com as caixas personalizadas viu o tempo de espera aumentar muito, gerando a necessidade de uma estocagem maior. “As pizzarias são muito pequenas e comprar caixa com tanta antecedência acaba gerando uma questão de estoque também”, garante Gustavo Candotta, da Pizza Santa Fé, em Lauro de Freitas, que a cada pedido estoca 2 mil caixas. Entre o último e o penúltimo pedido, ele diz que identificou um aumento de mais de R$ 1 mil: “Vai chegar o momento de ter que repassar o valor para o cliente”.

Novo app
Com tanto aumento da demanda, Salvador ganhou mais um aplicativo de entrega de comida. Na última quarta, o 99Food começou a operar com mais de mil entregadores e restaurantes. Para o diretor executivo da 99Food, Danilo Mansano, o início das operações em Salvador é uma conquista dupla por ser um marco profissional e pessoal: “Como plataforma, nós temos a estratégia de refletir a cozinha local. Além dos mais, sou filho de baiana e passei muitas férias no Rio Vermelho”.

Salvador é a 10ª cidade a receber o serviço no Brasil. Em cada local, busca entender o consumo dos usuários. A empresa ainda não possui dados dos soteropolitanos, mas sabe que um dos desafios na capital da Bahia é o transporte de pratos mais líquidos, como moqueca e caruru. Nesses primeiros dias de operação, o cliente terá taxa de entrega grátis e promoções. Resta saber se terá embalagem.

Cerca de 3,1 milhões de beneficiários do ciclo 5, nascidos em fevereiro, recebem nesta quarta-feira (23) R$ 1,1 bilhão em suas contas poupança social digital. Desse total, 147,2 mil receberão R$ 97,1 milhões referentes às parcelas do auxílio emergencial. Os demais, 3 milhões de pessoas, receberão as parcelas do Auxílio Emergencial Extensão, somando R$ 1 bilhão.

A partir de hoje, os valores já podem ser movimentados pelo Caixa Tem para pagamento de boletos pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas, compras na internet e pelas maquininhas em mais de um milhão de estabelecimentos comerciais.

O benefício - criado em abril pelo governo federal - foi estendido até 31 de dezembro por meio da Medida Provisória (MP) nº 1000. O Auxílio Emergencial Extensão será pago em até quatro parcelas de R$ 300 cada e, no caso das mães chefes de família monoparental, o valor é de R$ 600.

Bolsa Família
Também nesta segunda-feira (23), a Caixa faz o pagamento da terceira parcela do Auxílio Emergencial Extensão para os beneficiários do Bolsa Família. Cerca de 1,6 milhão de pessoas com final de NIS (Número de Identificação Social) 5 receberão R$ 422,2 milhões.

Durante todo o mês de novembro, mais de 16 milhões de pessoas cadastradas no programa e consideradas elegíveis vão receber, no total, R$ 4,2 bilhões.

O pagamento do auxílio emergencial para quem recebe o Bolsa Família segue as datas do benefício regular e é permitida a utilização do cartão nos canais de autoatendimento, lotéricas e correspondentes Caixa Aqui; ou por crédito na conta Caixa Fácil.

Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não serão atendidos nas agências do órgão nesta segunda-feira (23). Os locais de atendimento estarão fechados por causa do ponto facultativo correspondente ao Dia do Servidor Público, que foi transferido de 28 de outubro para hoje.

A transferência do ponto facultativo havia sido autorizada por portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União em 27 de outubro, véspera do Dia do Servidor Público. Na ocasião, o governo justificou que a mudança de data foi necessária para manter os atendimentos agendados, evitando remarcações e transtornos para os beneficiários.

Outros órgãos, como a Receita Federal, haviam suspendido o expediente em 30 de outubro e atenderão normalmente nesta segunda-feira. O INSS, no entanto, optou por fazer o ponto facultativo no fim de novembro para desafogar o atendimento nas agências, que cuidam de pedidos e de processos acumulados durante a pandemia de covid-19.

Com o fechamento das agências, os cidadãos podem buscar informações, pedir benefícios e agendar serviços sempre pelo aplicativo Meu INSS. Também é possível resolver dúvidas pelo telefone 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h.

 

 

 

Agências do INSS não funcionam nesta segunda-feira

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento de uma representação penal movida pelo senador Otto Alencar (PSD) contra o presidente Jair Bolsonaro, no qual solicita a abertura de inquérito para apurar a suposta disseminação de fake news e crime de difamação em que o parlamentar baiano teria sido vítima, segundo informações da Coluna Satélite, do Jornal Correio*. Ao Supremo, os advogados de Otto alegaram que ele teve conhecimento de diálogos entre Bolsonaro e o ex-ministro Sérgio Moro, através de relatório investigativo, nos quais o presidente encaminhou conteúdo sobre supostas ligações entre o senador e o INTS, instituto que assumiu a unidade para covid-19 no Hospital Espanhol.

A representação destaca ainda que o conteúdo lançou suspeitas de que Otto e seu grupo político seriam os beneficiados com a “entrega” da unidade para o INTS e que as refeições do Espanhol seriam fornecidas pela empresa do senador Angelo Coronel (PSD) a preço seis vezes mais caro que o normal.

Ao mandar arquivar a queixa, Gilmar Mendes afirmou que a “alegada ofensa à honra do requerente ocorreu através de compartilhamento de mensagens em caráter privado” entre Bolsonaro e Moro. “Não se vislumbra, sequer em tese, a intenção de divulgar a terceiros fatos ofensivos ao postulante. Também inexiste qualquer indício concreto de que o presidente soubesse que se tratava de notícia falsa ou que tenha sido o responsável pela redação da mensagem”, afirmou, em decisão assinada no último dia 18. Mesma posição foi adotada pelo ministro do Supremo ao negar pedido idêntico de abertura de inquérito contra Bolsonaro pelo deputado federal Otto Alencar Filho (PSD), principal herdeiro político do senador.

Outra turma
Gilmar Mendes destaca também que as representações feitas por Otto Alencar e seu filho deveriam ser formuladas junto à polícia ou à Procuradoria-Geral da República (PGR), e não ao Supremo, responsável por julgar queixas criminais contra presidentes. Embora o regimento da Corte permita o envio da denúncia à PGR, disse o ministro, a Corte entende que não deve agir em casos que possam gerar “repercussões políticas indevidas” por meio de “factoides”.

A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca contra a covid-19 tem eficácia média de 70%, apontou os resultados preliminares dos testes, divulgados nesta segunda-feira (23).

A farmacêutica AstraZeneca explica que a vacina teve eficácia de 90% quando aplicada em meia dose seguida de uma dose completa com intervalo de pelo menos um mês. Outro regime de dosagem mostrou 62% de eficácia quando administrado em duas doses completas com pelo menos um mês de intervalo.

Os resultados são baseados em testes em estágio final no Reino Unido e no Brasil. Entre os voluntários, foram registrados 131 infectados, mas não foi relatada nenhuma hospitalização, nem casos graves da doença em participantes que receberam a vacina. A análise incluiu dados das fases 2 e 3 da pesquisa no Reino Unido e da fase 3 no Brasil.

A vacina de Oxford está na terceira e última fase de testes na Inglaterra, Índia, Brasil, África do Sul e Estados Unidos. Em setembro, a AstraZeneca interrompeu os testes globais da vacina para investigar um participante que desenvolveu uma forma de inflamação chamada mielite transversa.

Em outubro, um voluntário brasileiro que participou dos testes da vacina morreu de Covid-19. O participante, entretanto, não recebeu a vacina que está sendo testada, e sim um placebo (uma substância inativa). Atualmente, o ensaio está em andamento.

O presidente Jair Bolsonaro irá ao Amapá neste sábado, 21, a convite do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O Estado enfrenta uma crise de energia há 18 dias, com dois apagões registrados e fornecimento ainda precário de eletricidade. A previsão é a de que Bolsonaro visite Macapá, capital do Estado, no período da tarde.

O caos elétrico começou no último dia 3, quando um incêndio em um transformador deixou o Estado às escuras. Um segundo apagão ocorreu no Amapá na noite de terça-feira, 17. Desta vez, porém, a falha foi no lado da distribuição de energia.

Bolsonaro só falou sobre o apagão quatro dias depois da primeira ocorrência. Em vídeo nas redes sociais, ele isentou o governo federal de responsabilidade sobre o problema. No dia 9, o presidente criticou a empresa fornecedora de energia no Estado durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Nesta semana, em evento em Goiás, Bolsonaro evitou responder a perguntas sobre a situação no Estado.

O Ministério de Minas e Energia avalia que a carga total do Estado seja restabelecida até o dia 26. Em entrevista nesta quinta-feira, 19, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o fornecimento deve ser ampliado já a partir deste sábado, com início da operação de unidades geradoras contratadas emergencialmente.

A ida de Bolsonaro ao Amapá foi informada por Alcolumbre. Em nota, o presidente do Senado afirmou ter reforçado pedidos a Bolsonaro sobre o pagamento de auxílio emergencial às famílias atingidas pelo blecaute. O mesmo apelo foi feito ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Além do prejuízo material e financeiro aos moradores, a crise energética no Amapá obrigou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a adiar o primeiro e o segundo turnos da eleição municipal em Macapá de novembro para dezembro.

O assassinato de João Alberto, homem negro de 40 anos, por seguranças no Carrefour motivou protestos em diversas cidades nesta sexta-feira, 20, convocados pelas redes sociais. Um grupo se manifestou em frente ao mesmo supermercado onde ocorreu o assassinato, na capital gaúcha, com faixas como "vidas negras importam" e exigindo justiça. Em São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza, os atos tiveram tumulto. Houve também manifestações nas ruas do Rio de Janeiro, em Brasília e de Belo Horizonte.

A manifestação em Porto Alegre reuniu milhares de pessoas. No protesto, cruzes e flores foram colocadas em homenagem a João Alberto. Lideranças negras e políticas se revezavam no caminhão de som, além das buzinas de manifestantes que passavam pelo local.

Os manifestantes fizeram caminhada em direção ao estádio de futebol nas imediações do Sport Clube São José, time para o qual João Alberto torcia. Em um momento, um grupo começou a forçar o portão de entrada do Carrefour, que dá acesso ao estacionamento. Entre 20 e 30 pessoas conseguiram entrar no estacionamento e uma parte delas conseguiu chegar à parte térrea da loja, onde ficam pequenas lojas e uma escada rolante que leva ao primeiro andar,. Foi possível verificar quebra-quebra no local, muito vidro quebrado, cancelas do estacionamento foram quebradas. O vidro da escada rolante foi quebrado. O Batalhão de Choque foi até o prédio para tentar dispersar os manifestantes.

Uma minoria começou a atirar pedra e fogos de artifício. O Batalhão de Choque respondeu com bomba de gás. Depois disso, alguns outros portões que dão acesso ao hipermercado foram quebrados. Papéis, cartazes, faixas e até plantas secas foram incendiadas.

A fachada da unidade também foi pichada em protesto: "Assassinos". Rojões também foram arremessados contra o mercado.

São Paulo
Na capital paulista, manifestantes se concentraram no vão do Masp, na região central, por volta das 16 horas. Mais tarde, o grupo se direcionou para o Carrefour da Rua Pamplona. Uma pequena parte dos manifestantes pegou pedras dos vasos do estacionamento e arremessou contra os vidros do supermercado. O grupo de seguranças do Carrefour não resistiu à invasão - a própria Polícia Militar não interveio neste momento. A ação durou pouco mais de 10 minutos e clientes ficaram assustados.

Lideranças da manifestação chegaram a pedir que não houvesse quebra-quebra ou invasão - mas os pedidos não foram atendidos por esse pequeno grupo. A polícia só se aproximou quando todos os manifestantes já tinham saído do supermercado. Até às 20h45, não havia registro de prisões, feridos ou saques ao estabelecimento.

No fim do ato, manifestantes também acenderam velas em homenagem às vítimas da violência.

Outras cidades
No Rio, dezenas de manifestantes fizeram um protesto no supermercado Carrefour da Barra da Tijuca, na zona oeste. Aos gritos de "Assassino, Carrefour", eles chegaram a protestar até mesmo dentro do supermercado, pedindo para que a unidade fechasse. Antes, o grupo se posicionou no estacionamento que fica em frente ao supermercado e exibiu faixas com mensagens como "Parem de nos matar" e "Sem Justiça, sem paz". O ato foi pacífico.

Na capital mineira, o ato foi organizado por entidades que representam a população negra, como o Núcleo Rosa Egipsíaca Negros, Negras e Indígenas. A integrante do coletivo Nzinga, de mulheres negras, Etiene Martins, de 37 anos, afirma que esse tipo de violência não é um episódio isolado. "Acontece todos os dias. Nesse caso, foi filmado, divulgado, e ajuda a denunciar. Só que nem sempre é assim. Muitas vezes acontece e ninguém vê", diz.

Em Fortaleza, há relatos de uso de spray de pimenta pelos policiais e três manifestantes foram detidos. Em Brasília, as manifestações se concentraram no Carrefour localizado na Asa Sul O ato começou na rua e depois entrou na unidade para pedir seu fechamento.

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.870 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) e 1.702 recuperados (+0,5%). Dos 382.164 casos confirmados desde o início da pandemia, 365.848 já são considerados recuperados, 8.255 encontram-se ativos. A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,22%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (9.077,85), Itabuna (6.783,98), Madre de Deus (6.774,76), Almadina (6.698,39), Aiquara (6.657,67).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 781.098 casos descartados e 94.688 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta sexta-feira (20).

Na Bahia, 30.577 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 23 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.061, representando uma letalidade de 2,11%. Dentre os óbitos, 56,27% ocorreram no sexo masculino e 43,73% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,53% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,17%, preta com 14,86%, amarela com 0,73%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,60% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,74%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,29%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

A suposta jurista Cátia Raulino foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público pelos crimes de uso de documento público falso, violação de direito autoral e fraude processual. A denúncia foi apresentada na última terça-feira (17), pelo promotor Waldemir Leão.

No documento, o promotor solicitou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático da falsa advogada, e a instauração de um segundo inquérito policial por conta de indícios de outros crimes não abrangidos na atual investigação. Há oito anos, Cátia vem se fazendo passar por advogada e/ou bacharela em Direito, apresentando a instituições de ensino e congêneres diplomas e títulos que jamais possuíra, e recorrendo, em todos os casos, ao uso de documentos falsos.

Desta forma, ela galgou postos em diversas faculdades, chegando a ocupar o cargo de coordenadora de curso de Direito e integrar bancas de exames de graduação e mestrado em reconhecidas faculdades, diz o promotor.

Segundo a denúncia, Cátia se apresenta nas redes sociais e no currículo lattes como graduada em Administração e em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA); com mestrado em Direito Tributário pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); doutoranda em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); e pós-doutorada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco(UFPE), "mas os diplomas são comprovadamente inautênticos".

A suposta jurista teria ainda plagiado e publicado, como sendo de sua autoria, trabalhos acadêmicos e artigos de pelo menos quatro alunos e ex-alunos. Segundo as investigações, os autores dos trabalhos plagiados foram orientandos de Cátia, que os direcionava a escreverem sobre temas de Direito Tributário, justamente a área que ela afirmava ser especialista.

 

O juiz federal João Bosco Costa Soares da Silva, da 2ª Vara Cível da Seção Judiciária do Amapá, determinou hoje (19) o afastamento provisório dos dirigentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Em sua decisão, o magistrado justifica que a medida visa “proporcionar ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Polícia Federal (PF) maior isenção e eficácia na apuração dos fatos que levaram ao blecaute [energético] no Amapá”.

Desde a noite do dia 3, a população do Amapá enfrenta as consequências da falta de energia elétrica. O problema foi causado por um incêndio em um transformador da subestação da capital, Macapá, que acabou por ocasionar o desligamento automático nas linhas de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas de Coaracy Nunes e Ferreira Gomes, que abastecem a região. O transformador que pegou fogo pertence à LMTE, do grupo Gemini Energy.

O pedido de afastamento cautelar dos diretores da Aneel e do ONS foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Para o parlamentar, a medida é necessária até que a investigação das causas do problema sejam esclarecidas.

Ao acatar o pedido do senador, o juiz federal assinalou que, passadas mais de duas semanas, o fornecimento energético ainda não foi restabelecido integralmente, tendo sido implementado um sistema de rodízio para atender à população. Além disso, o magistrado lembrou que, nesta terça-feira, houve um novo apagão em 13 das 16 cidades amapaenses.

O afastamento é válido por 30 dias. Durante este período, os diretores da Aneel e do ONS não terão cortes em seus vencimentos. “Por intermédio do afastamento provisório dos agentes públicos, busca-se fornecer ao juiz instrumento capaz de alcançar a verdade real, evitando-se que eventuais atuações dolosas possam atrapalhar a produção dos elementos necessários à apuração dos fatos e, por conseguinte, à formação do convencimento judicial”, assinala o juiz federal, citando o procedimento instaurado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar as responsabilidades pelo caso. Para Silva, a “gravidade dos fatos” requer “ampla e minuciosa investigação” também por parte da Polícia Federal.

Em nota, a Aneel informou que ainda não foi formalmente notificada sobre a decisão da Justiça Federal, e, tão logo o seja, recorrerá da decisão.

Também por meio de comunicado, o ONS informou que ainda não foi intimado e que, após a notificação, tomará as medidas judiciais cabíveis para reverter a decisão. O órgão é responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional.