Já está no Brasil o primeiro lote importado de vacinas contra a Monkeypox, doença que é mais conhecida como varíola dos macacos. Segundo o Ministério da Saúde, a remessa de 9,8 mil doses desembarcou nesta terça-feira (4) no Aeroporto de Guarulhos (SP).

Cerca de 50 mil doses já foram compradas via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Os próximos lotes estão previstos para serem entregues até o fim de 2022.

De acordo com o ministério, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “É importante ressaltar que as vacinas são seguras e atualmente são utilizadas contra a varíola humana ou varíola comum. Por isso, o estudo pretende gerar evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança da vacina contra a varíola dos macacos e, assim, orientar a decisão dos gestores”, informou a pasta.

A coordenação da pesquisa ficará a cargo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o apoio da OMS e financiamento do ministério. O estudo foi discutido pela pasta, em conjunto com a Opas, pesquisadores e especialistas da área.

“O objetivo é avaliar a efetividade da vacina Jynneos/MVA-BN contra a varíola dos macacos na população brasileira, ou seja, se a vacina reduz a incidência da doença e a progressão à doença grave. A população-alvo do estudo será formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doença”, detalhou o ministério ao informar que inicialmente os grupos a serem vacinados serão de pessoas que tiveram contato prolongado com doentes diagnosticados ou em tratamento com antirretroviral para HIV.

Ainda segundo o ministério, em breve serão divulgados quais centros de pesquisa serão incluídos “considerando as cidades com elevados números de casos confirmados da doença e a infraestrutura disponível para a condução do estudo”.

Publicado em Saúde

A advogada Flávia Aparecida Rodrigues Moraes, que era vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Uberlândia, foi exonerada do cargo. Após o primeiro turno das eleições, Flávia fez comentários xenófobos contra nordestinos.

Em vídeo publicado das redes sociais, ela afirmou que "não vai mais alimentar quem vive de migalhas", se referindo à população nordestina. Após a repercussão negativa do vídeo, ela pediu licença do cargo, mas acabou sendo exonerada nessa quinta-feira (6).

"Reiteramos que não compactuamos com os lamentáveis fatos veiculados nas redes sociais, nem com as expressões usadas pela advogada", declarou o presidente da OAB Uberlândia, José Eduardo Batista, em nota.

A Defensoria Pública de Minas Gerais propôs uma ação civil pública contra Flávia. O órgão pede que a advogada pague R$ 100 mil em danos morais.

A advogada declarou ao G1, por meio de uma assessoria de imprensa, que se arrepende do que disse, mas que a conduta, embora reprovável, "não se encontra tipificada como crime em qualquer dispositivo legal vigente".

Publicado em Brasil

Pelo menos R$ 8,049 milhões estão bloqueados de universidades e institutos federais da Bahia após o decreto presidencial nº 11.216, que se refere à execução orçamentária deste ano. O valor, no entanto, é maior, porque apenas metade das instituições informaram quanto deixarão de utilizar com o bloqueio. Na prática, isso significa que a verba não pode ser empregada pelas instituições para pagar despesas discricionárias, como as contas de água e luz. Em todo o Brasil, o bloqueio foi de R$ 328,5 milhões, o que representa 5,8% do orçamento que estava previsto para o ano.

Apesar de haver expectativa de que a verba seja desbloqueada em dezembro, a preocupação dos dirigentes das federais baianas é sobre como se dará o funcionamento das instituições nos próximos dois meses. Caso o bloqueio se concretize como corte, haverá possibilidade de paralisação das atividades. Ao todo, o Ministério da Educação (MEC) teve R$ 2,4 bilhões bloqueados pelo decreto. 

O que chama atenção no contingenciamento – nome técnico dado ao bloqueio dos recursos - é o fato de ter sido realizado no final do ano, quando as universidades já não possuem tanta verba disponível. Em junho, outros R$ 60 milhões já haviam sido bloqueados das instituições baianas. Ao todo, foram R$ 763 milhões contingenciados pelo Governo Federal nas universidades e institutos federais do país só neste ano.

Impactos
Na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), o decreto presidencial bloqueou R$ 2,09 milhões. Em nota, a instituição afirma que os impactos são imediatos e serão sentidos na suspensão de empenho de despesas para insumos básicos de aulas e atividades de pesquisa, manutenção predial, ações de acessibilidade e novos editais.

A maior instituição do estado, a Universidade Federal da Bahia (Ufba), que possui 61 mil estudantes, não divulgou o total bloqueado. Segundo o Reitor Paulo Miguez, o valor estava sendo contabilizado e deve ser divulgado na sexta-feira (11). Em nota, a Ufba informou que os bloqueios “dificultam o planejamento de ações, impedem pagamentos em dia e podem resultar em descontinuidade de serviços”, mas não especificou os impactos.

“[O novo bloqueio] vai tornar a atuação não só da Ufba, mas de todas as universidades do país, muito difícil. Não há mais cortes que possamos fazer. Tudo que era possível, já foi cortado. Não há mais gordura nem carne, só ossos”, afirmou Miguez.

Já a Pró-Reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), Leriane Cardozo, afirmou que o bloqueio não deve impactar o funcionamento nos próximos meses, a não ser que a verba não seja desbloqueada em dezembro. Lá, o bloqueio é de R$ 1,3 milhão.

“Se isso se transformar em corte, trará impactos diretos em contratos que já foram acordados anteriormente e impedirá ações da universidade”, explicou a Pró-Reitora

Para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), cerca de R$ 2,5 milhões foram bloqueados. A cifra se soma ao corte de R$ 6,3 milhões que já havia sido realizado em junho. A instituição não detalhou os impactos. Já na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), o bloqueio foi de R$ 2,06 milhões. Segundo a universidade, bolsas e auxílios estudantis não serão afetados e as demais despesas serão avaliadas.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Fonseca, explicou que cada instituição possui uma realidade financeira própria e por isso não é possível afirmar quais serão os desdobramentos específicos. A Associação está trabalhando para que a decisão seja revertida e estuda se a medida é inconstitucional ou não.

“Causa perplexidade o decreto ter sido feito no final de execução orçamentária. Em março, o governo já tinha liberado 100% do orçamento para o ano e agora veio essa limitação de empenho. Isso, salvo engano, é sem precedentes”, disse.

Em nota, o MEC informou que o decreto presidencial estabeleceu limitação de movimentação e empenho para a pasta e que por isso foram realizados os estornos necessários. O Ministério da Economia informa que os limites serão restabelecidos em dezembro.

Além da Ufba, a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsb), a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e o Instituto Federal Baiano (IF Baiano) não informaram o valor exato do bloqueio e seus impactos até a publicação desta reportagem.

Publicado em Política

O Senado aprovou hoje (4) projeto de lei complementar que viabiliza a transferência de recursos de outras áreas para financiar o piso salarial dos profissionais de enfermagem. Os recursos virão dos valores remanescentes de fundos de saúde de estados e municípios, bem como de valores remanescentes do Fundo Nacional de Assistência Social. Agora, o projeto segue para votação na Câmara dos Deputados.

A lei que estabeleceu piso salarial de R$ 4.750 para enfermeiros do setor público ou privado foi aprovada no Congresso Nacional em maio, mas, em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu os efeitos da norma. Em decisão liminar, o ministro Luís Roberto Barroso argumentou que faltava previsão orçamentária.

Barroso atendeu a pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde). Segundo o ministro, há risco de insolvência pelos estados e municípios, que empregam a grande maioria dos enfermeiros do serviço público. O ministro também justificou a decisão com o risco de demissões em massa e de redução de leitos com o encolhimento do quadro de enfermeiros e técnicos.

O projeto de lei complementar aprovado nesta terça-feira garante os recursos questionados pelo Judiciário. A proposta altera uma lei de 2020 que liberou para ações de enfrentamento à pandemia de covid-19 cerca de R$ 23,8 bilhões que restaram no fim de 2020 nas contas dos fundos de Saúde de estados, Distrito Federal e municípios. Com a redução no número de casos e mortes por covid-19, o entendimento dos senadores é que a verba será mais bem aplicada no reajuste salarial da enfermagem.

“A realização de atos de transposição, transferência e reprogramação de saldos financeiros 'parados' nos fundos de Saúde e de Assistência Social ainda é desejada no momento atual, pois o enfrentamento da pandemia da covid19 não se limita à primeira linha de ação, fortemente atacada nos anos anteriores”, afirmou o relator do projeto de lei, Marcelo Castro (MDB-PI), em seu parecer. Segundo o senador, inicialmente, o mecanismo auxiliará os entes subnacionais a arcar com os custos diretos decorrentes da instituição do piso nacional dos profissionais da enfermagem.

Calcula-se reunir R$ 27,7 bilhões para a área de saúde e R$ 402,2 milhões para a assistência social, setor incluído no projeto para, segundo o relator, “minimizar os efeitos das desproteções sociais ampliadas pela pandemia”.

Publicado em Brasil

Se você for um dos mais de 2,4 milhões de eleitores aptos a votar na Bahia que, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-BA), não exerceram seu direito nesse domingo (2), saiba que isso não te impede de fazê-lo no dia 30, quando será realizado o segundo turno das eleições para o governo estadual e a Presidência. Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “cada turno de votação é uma eleição independente”.

Nem mesmo quem ainda não tiver justificado a ausência no primeiro turno até a data do segundo será impedido de votar: basta não ultrapassar o prazo estabelecido pelo TSE, de 60 dias — ou 1º de dezembro de 2022 —, para apresentar a justificativa. A arquiteta Michele Lanzzarini, de 37 anos, por exemplo, mora em Salvador e, dessa vez, não pôde se deslocar até seu domicílio eleitoral, São Francisco do Conde, na região metropolitana.

Ela, que já justificou a ausência, afirma que gostaria de exercer o direito de votar, pelo menos, no segundo turno, mas ainda não sabe se será possível. “Eu estou com um bebê de 5 meses. Aí, preciso de uma pessoa que me leve”, conta. Isso poderia ter sido resolvido se Michele tivesse solicitado o voto em trânsito — direito de votar em cidade diferente da que consta no título —, mas ela não o fez até o limite, 18 de agosto, e não será dada uma nova oportunidade pelo TSE nestas eleições.

Quem não comparecer às urnas também no segundo turno deve justificar novamente à Justiça Eleitoral. O prazo é igual, 60 dias — ou 9 de janeiro de 2023. Quem estiver fora do Brasil tem mais 30 dias após o retorno ao país.

Segundo o TRE-BA, se for no mesmo dia do pleito, a justificativa dispensa comprovação documental e pode ser feita de duas formas:

1- Pelo aplicativo ‘e-Título’, disponível para qualquer smartphone;

2- Pelo formulário ‘Requerimento de Justificativa Eleitoral’, que deve ser preenchido e apresentado, com um documento de identificação com foto, às mesas receptoras de votos ou de justificativas instaladas nos locais divulgados pelos TREs e pelos Cartórios Eleitorais.

Caso seja depois do dia da votação, há três meios — todos, com exigência de documentação que comprove o motivo da ausência:

1- Pelo ‘e-Título’;

2- Pelo ‘Sistema Justifica’, que pode ser acessado nos portais da Justiça Eleitoral;

3- Pelo formulário ‘Requerimento de Justificativa Eleitoral (pós-eleição)’.

Se aceita, a justificativa será registrada no histórico do título eleitoral; se negada, a pessoa terá que quitar o débito.

Horário eleitoral e debates
Conforme divulgado pelo TSE, às 17h dessa segunda-feira (3), foram liberadas a propaganda eleitoral por alto-falantes ou amplificadores de som — das 8h às 22h; a distribuição de material gráfico, caminhada, carreata ou passeata; os comícios; e a propaganda na internet. O horário eleitoral gratuito nas emissoras de rádio e televisão recomeça nesta sexta-feira (7), e o tempo de propaganda será dividido igualmente entre os candidatos.

As propagandas dos postulantes à Presidência serão veiculadas na televisão de segunda a sábado, entre 13h e 13h10, e 20h30 e 20h40; no rádio, vão ao ar de 7h a 7h10 e de 12h a 12h10. O candidato que obteve o maior número de votos no primeiro turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será o primeiro a se apresentar, com alternância da ordem a cada programa ou inserção.

Tanto na Bahia como nos outros 11 estados em que a disputa para o governo será definida no segundo turno, os candidatos poderão veicular propaganda entre 7h10 e 7h20, e 12h10 e 12h20 no rádio; na televisão, será de 13h10 a 13h20, e de 20h40 a 20h50. Além disso, de segunda a domingo, as emissoras devem destinar a cada um, dos dois cargos em disputa, 25 minutos de suas programações, para que sejam exibidas inserções de 30 e 60 segundos.

Os primeiros debates já têm data marcada, com transmissão da TV Band: o presidencial será neste domingo (9), e o para governador, na próxima segunda-feira (10).

Mais votantes, mais faltantes
De acordo com dados do TSE, 11.291.528 pessoas estavam aptas a votar em toda a Bahia, e 2.408.472 delas não foram, o que corresponde a 21,32%. Com isso, o número de ausentes no primeiro turno deste ano foi percentualmente superior ao das eleições de 2018, quando 2.154.937 pessoas deixaram de votar no estado, o equivalente a 20,74% dos eleitores, já que, naquele ano, havia 10.393.170 aptos ao voto.

Por outro lado, votos nulos e brancos dados pelos baianos apresentaram quedas quantitativa e percentual: ao todo, 328.371 pessoas votaram nulo (3,70%), e 123.445, em branco (1,39%). Juntas, as duas opções representaram 5,09% dos votos no estado. Para que se tenha noção da diferença, há quatro anos, 314.605 (3,82%) eleitores que compareceram às urnas votaram em branco, e 1.170.405 (14,21%) anularam o voto.

Longas filas
O domingo (2) ficou marcado por reclamações de pessoas que chegaram a passar duas horas nas filas em suas seções, para poder votar. Segundo o presidente do TRE-BA, Roberto Maynard Frank, a longa espera registrada nos pontos de votação foi resultado de três fatores: o aumento do número de votantes, o uso da biometria e o protocolo de recolhimento dos celulares.

"A Bahia foi o estado que percentualmente mais cresceu em seu eleitorado: praticamente 1 milhão de eleitores além de 2020. [...] Isso tudo associado, ainda, a uma eleição com regulamentação do TSE de entrega do celular, cuja participação do eleitorado foi híbrida, eleitores biometrizados e não biometrizados", disse Frank, no balanço que fez do pleito no estado, na noite de domingo.

Questionado sobre como irá agir para diminuir o tempo de espera nas seções, o TRE-BA afirmou, por meio de sua assessoria, que as estratégias para o segundo turno começarão a ser pensadas nesta terça-feira (4).

Publicado em Política

Os candidatos do Programa Universidade para Todos (Prouni) que não foram pré-selecionados em nenhuma das duas chamadas têm, até esta quarta-feira (28), para se inscrever na lista de espera.

Para manifestar interesse em entrar na lista, é preciso acessar a página do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC).

O resultado da lista de espera será divulgado no dia 3 de outubro. Já a comprovação das informações para os selecionados nesta fase será feita de 3 a 7 de outubro.

Segundo o ministro da Educação, Victor Godoy, o Prouni oferece bolsas integrais e parciais em instituições de ensino superior a estudantes com limite de renda familiar. “Então a gente atende àqueles mais necessitados. E eles vão ter oportunidade de estudar em faculdades e universidades privadas, com bolsas do governo”, disse o ministro.

De acordo com o MEC, o programa conta com um sistema de seleção informatizado e impessoal, que confere transparência e segurança ao processo.

Publicado em Brasil

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou novamente o prazo para comprovação de informações por parte dos candidatos pré-selecionados em segunda chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni). Um novo edital com as alterações foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de terça-feira, 13, data em que venceria o antigo prazo.

Os estudantes devem entrar em contato com as instituições de ensino para as quais foram chamados para apresentar a documentação necessária.

A lista de espera do ProUni , que seria entre 21 e 22 de setembro, também foi alterada e passou para 27 e 28 de setembro. Para participar, o candidato deverá manifestar o interesse por meio da página do ProUni na internet. A divulgação do resultado, assim como a comprovação de informações da lista de espera, também sofreu alteração.

O programa oferece bolsas de estudo parciais (50%) e integrais (100%) em instituições particulares para candidatos com renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos por pessoa. Podem participar do processo seletivo estudantes brasileiros que não tenham diploma de curso superior.

O programa exige nota mínima de 450 nas provas objetivas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e que o estudante não tenha zerado a prova da redação. A seleção se dá de acordo com as notas obtidas. É destinado ainda a alunos que cursaram o ensino médio na rede pública ou mesmo na rede particular. Inscritos como treineiros no exame não poderão concorrer a bolsas do ProUni.

No ano passado, o governo federal liberou a concessão de bolsas do ProUni para alunos que tenham feito o ensino médio em colégio particular, mesmo sem o auxílio de bolsa estudantil. Desta forma, passam a ter acesso ao programa alunos que fizeram o "ensino médio completo em instituição privada, na condição de bolsista parcial da respectiva instituição, ou sem a condição de bolsista". A alteração na Lei 11.096, de 13 de janeiro de 2005, foi publicada no Diário Oficial da União de 7 de dezembro de 2021.

CONFIRA O CALENDÁRIO ATUALIZADO:

- 1º de setembro a 16 de setembro: Comprovação de informações

- 27 e 28 de setembro: Manifestação de interesse na lista de espera

- 3 de outubro: Divulgação do resultado da lista de espera

- 3 de outubro a 7 de outubro: Comprovação de informações da lista de espera

Publicado em Brasil

O total de chaves Pix ativas ultrapassou em julho deste ano os 478 milhões, segundo estatísticas do Banco Central. O número corresponde a mais que o dobro da população brasileira, que é estimada em cerca de 214 milhões de habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Pix é um meio de pagamentos instantâneos, que possibilita transações financeiras gratuitas.

O sistema foi desenvolvido pelo Banco Central e foi implementado em 2020. Em julho, o número de usuários cadastrados para utilizar o serviço era de mais de 131,8 milhões.

Entre as 478 milhões de chaves Pix cadastradas, 95,6% são de pessoas físicas.

O tipo mais usado é a chave aleatória, em que é fornecida uma combinação de números e letras (39,78%), seguida pela chave de CPF (22,75%), número de celular (20,98%) e endereço de e-mail (14,71%).

O Pix teve mais de 2 bilhões de transações em julho, movimentando cerca de R$ 933 bilhões.

As modalidades Pix Saque e Pix Troco, que começaram a funcionar no fim de 2021 e permitem que os usuários façam saques em estabelecimentos comerciais, não apenas em caixas eletrônicos, movimentaram mais de R$ 37 milhões, em 270 mil transações.

A oferta das duas modalidades é opcional e depende dos estabelecimentos.

Publicado em Economia

A Caixa Econômica Federal começa a pagar nesta terça-feira (9) a parcela de agosto do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás. Recebem hoje os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) com final 1. Esta é a primeira parcela com o valor mínimo de R$ 600, que vigorará até dezembro, conforme emenda constitucional promulgada em julho pelo Congresso Nacional.

A emenda constitucional também liberou a inclusão de 2,2 milhões de famílias no Auxílio Brasil. Com isso, o total de beneficiários atendidos pelo programa sobe para 20,2 milhões a partir deste mês.

O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Em janeiro, o valor mínimo do Auxílio Brasil voltará a R$ 400, a menos que uma nova proposta de emenda à Constituição seja aprovada. Tradicionalmente, as datas do Auxílio Brasil seguem o modelo do Bolsa Família, que pagava nos dez últimos dias úteis do mês. No entanto, uma portaria editada no início deste mês antecipou o pagamento da parcela de agosto para o período de 9 a 22.

Auxílio Gás
O Auxílio Gás também será pago hoje às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 1. Com valor de R$ 110 em junho, o benefício segue o calendário do Auxílio Brasil.

Com duração prevista de cinco anos, o programa beneficiará 5,5 milhões de famílias até o fim de 2026. O benefício, que equivalia a 50% do preço médio do botijão de 13 quilos nos últimos seis meses, será retomado com o valor de 100% do preço médio, o que equivale a R$ 110 em agosto. Esse aumento vigorará até dezembro, conforme emenda constitucional promulgada pelo Congresso.

Pago a cada dois meses, o Auxílio Gás originalmente tinha orçamento de R$ 1,9 bilhão para este ano, mas a verba subiu para R$ 2,95 bilhões após a promulgação da emenda.

Só pode fazer parte do programa quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Benefícios básicos
O Auxílio Brasil tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga emprego ou tenha filho que se destaque em competições esportivas, científicas ou acadêmicas.

Podem receber os benefícios extras as famílias com renda per capita até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e até R$ 200, em condição de pobreza.

A Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o Auxílio Brasil. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para integrar o programa social, os nove tipos diferentes de benefícios e o que aconteceu com o Bolsa Família e o auxílio emergencial, que vigoraram até outubro do ano passado.

Publicado em Brasil

Um em cada quatro brasileiros vive uma dura realidade: no fim do mês, falta dinheiro para pagar todas as contas e sobram dívidas. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que aponta ainda que, com o orçamento apertado, mais da metade dos entrevistados reduziram as despesas com lazer, deixaram de comprar roupas ou desistiram de viajar.

Além da redução de despesas com lazer e itens de uso pessoal, como roupas e calçados, o orçamento apertado também trouxe mudanças no dia a dia do brasileiro, como parar de comer fora de casa (45%), diminuir gastos com transporte público (43%) e deixar de comprar alguns alimentos (40%).

Quando questionados sobre algumas situações específicas neste ano sobre o orçamento pessoal, 34% dos entrevistados informaram que já atrasaram contas de luz ou água;, 19% deixaram de pagar o plano de saúde; e 16% tiveram de vender algum bem para quitar dívidas.

-O estudo mostra os efeitos da situação econômica do país nos hábitos da população. O aumento de preços de produtos como gás de cozinha, alimentos e combustível impacta diretamente no orçamento das famílias e isso reflete na redução do consumo de uma forma mais ampla - destaca o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

E em um cenário em que é difícil sair do vermelho, poucos poupam, pois 69% da população não conseguem guardar dinheiro. Os poupadores são 29%.

A pesquisa mostra ainda que, com o orçamento apertado, mais da metade dos entrevistados reduziram as despesas com lazer, deixaram de comprar roupas ou desistiram de viajar.

Apesar disso, a expectativa da população é chegar ao fim do ano com um pouco mais de folga nas finanças. Do total de entrevistados, 56% acreditam que, até dezembro, estarão com uma situação econômica pessoal melhor ou muito melhor.

Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade lembra que a pandemia de Covid-19 e uma série de outros desafios, como a guerra na Ucrânia, comprometeram a recuperação da economia e a retomada do crescimento no Brasil\;

- A aceleração da inflação levou a um novo ciclo de aumento de juros, o que desestimulou o consumo e os investimentos. Ao menos, estamos diante de um cenário de recuperação do mercado de trabalho, com redução do desemprego e aumento do rendimento da população - o que nos dá uma perspectiva de superação, ainda que gradual, dessa série de dificuldades que as famílias estão enfrentando.

Corte de gastos
Sem conseguir poupar ou sair do negativo, a maioria da população (64%) cortou gastos desde o início do ano e um em cada cinco brasileiros pegou algum empréstimo ou contraiu dívidas nos últimos doze meses. Entre quem reduziu o consumo, 61% demonstram otimismo e dizem ser uma situação temporária. Mas apenas 14% dos brasileiros pretendem aumentar os gastos até o fim do ano.

Sobre o aumento dos gastos, gás de cozinha lidera o ranking de produtos cujos preços mais subiram nos últimos seis meses na percepção da população. Nesta edição da pesquisa, 68% disseram que o valor do gás está maior contra 56% em abril.

Em seguida, vem alimentos, conta de luz e combustível. Mais da metade dos brasileiros apontaram que o valor desses itens aumentou no período. A percepção de alta dos preços de itens como arroz e feijão e carne vermelha também cresceu bastante em relação à pesquisa de abril, com aumento de mais de 10 pontos percentuais em julho.

Diante do aumento dos preços, a maioria da população (68%) pechinchou antes de fazer uma compra este ano e utilizou o cartão de crédito (51%).

O famoso “comprar fiado” fez parte da realidade de 3 em cada 10 brasileiros este ano, mais que cheque especial, crédito consignado ou empréstimo com outras pessoas, que tiveram menos de 15% de uso cada um entre os entrevistados.

Publicado em Brasil