Com o quarto maior número de habitantes do Brasil, o estado da Bahia ocupa o 5º lugar quando o recorte é o número de pessoas vivendo em favelas no pais. Ao todo, 1.059.838 habitantes do território baiano moram em comunidades, o que equivale a 20,5 Arenas Fonte Nova lotadas. Salvador concentra quase metade dos espaços definidos por urbanistas como favelas, de toda a Bahia. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da prévia do Censo de 2022.

A depender da região do país, o que se entende por “favela” é diferente. O IBGE denomina essas localidades como “aglomerados subnormais”, que precisam ter uma característica essencial: a ocupação ilegal da terra. Ou seja, as pessoas que vivem nesses locais não são donas daqueles espaços.

Também é preciso obedecer ao menos um dos critérios como precariedade na oferta de serviços públicos essenciais, urbanização fora do padrão ou estar em locais de restrição de ocupação (faixas de domínio de rodovias, por exemplo). Como os dados são uma prévia do Censo, ainda não é possível determinar os tamanhos exatos de cada favela de Salvador ou dos demais municípios baianos onde existem essas estruturas urbanas.

Sabe-se, no entanto, que na capital os aglomerados são encontrados em bolsões espalhados em diversos bairros, inclusive aqueles definidos como ‘nobres’.

Termo carioca
O professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Clímaco Dias, explica que a denominação “favela” não é utilizada entre os baianos. “Aqui nós nunca chamamos de favela, quem chama assim é o Rio de Janeiro. A gente chama de avenida, bairro pobre, bairro popular, entre outros”, diz.

Mariana Viveiros, coordenadora de divulgação do Censo 2022 na Bahia, lembra que no Censo passado, realizado em 2010, os bairros de Valéria e Pernambués eram os que mais concentravam os ‘aglomerados subnormais’ na cidade. Para Mariana, a tendência é que esses espaços estejam ainda maiores. Um estudo realizado pelo IBGE em 2019 mostrou que cerca de 40% dos domicílios de Salvador estavam em áreas consideradas de favela.

“São 417 municípios na Bahia e só 33 deles possuem aglomerados subnormais. Em 2019, o IBGE identificou 572 áreas desse tipo no estado, sendo que 270 estavam em Salvador. Depois, está Feira de Santana e Itabuna [como os de maior concentração]”, explica.

No Censo de 2010, a Bahia ocupava o 4º lugar em favelização, o que ainda pode se repetir já que a pesquisa ainda não foi concluída. Como Censo deste ano está em andamento, não é possível elencar aspectos de gênero, raça e renda nessas localidades.

Apesar disso, Mariana Viveiros explica que essas são consideradas questões históricas e sociais e que, por isso, não devem ser alteradas. “A gente tem as informações do Censo de 2010 e o perfil provavelmente não muda tanto. Temos predominância de pessoas pretas e pardas e de baixa renda”.

Já Clímaco Dias defende que os moradores desses locais possuem uma “cidadania incompleta” por não terem seus direitos garantidos como deveriam, o que independe de questões financeiras. Também é característico desses locais o deslocamento de adultos para trabalharem em outros bairros, enquanto crianças e adolescentes acabam restritas à localidade devido ao acesso de serviços básicos.

“Nos bairros populares, a polícia e o tráfico fazem o que querem. Então, as pessoas não têm garantias constitucionais mínimas”, explica o professor.

Fuga dos estereótipos
Não é novidade que bairros populares costumam receber destaque quando situações ruins acontecem, especialmente episódios violentos. Foi pensando nisso que o poeta Sandro Ribeiro, conhecido como Sandro Sussuarana, decidiu fundar o Sarau da Onça (@saraudaonca), em 2011.

Mudar a forma como o bairro de Sussuarana é visto pelas pessoas de fora e pelos próprios moradores foi o motor para a criação do coletivo que desenvolve ações culturais, educacionais e de formação para jovens. “Começamos com o projeto para fomentar a ideia de que a periferia produz muito mais cultura do que violência”, afirma Sandro.

A menos de 20 km de distância, no Engenho Velho de Brotas, outra iniciativa de um morador da comunidade ganhou destaque nas redes sociais. O perfil Nosso Engenho no Instagram acumula mais de 13 mil seguidores e foi criado pelo estudante de Ciências Sociais Carlos Sabino, que se apresenta como Jota.

Há 12 anos, Jota criou um site para ser o canal de comunicação e divulgação de ações da comunidade. Além de festas, no perfil são divulgados serviços de saúde e sociais. “Criamos um canal de divulgação que dá visibilidade às atividades sociais e culturais do Engenho porque a grande mídia só costuma vir aqui quando há crimes”, diz.

Uma em cada três pessoas não respondeu ao Censo em Salvador
Saber com mais profundidade as mazelas da cidade para que políticas públicas funcionais sejam implementadas é um dos objetivos do Censo que ocorre a cada dez anos no país. Porém, isso só é possível quando a população contribui, o que parece não estar acontecendo efetivamente em Salvador. Na cidade, uma em cada três pessoas não respondeu a pesquisa, segundo o IBGE.

Mariana Viveiros afirma que a recusa em participar é pequena na Bahia, de apenas 1,5%. Por outro lado, tem sido difícil manter os recenseadores trabalhando e acessando certos locais. Até a chuva dos últimos dias atrapalhou os trabalhos.

“Nas cidades maiores, como Salvador, temos dificuldades de acessar algumas áreas nos extremos da distribuição de renda. Tanto em condomínios de alto padrão que não querem ‘interfonar’ para os moradores, como em localidades consideradas violentas”, explica.

O ritmo lento fez com que as projeções de finalização do Censo 2022 fossem estendidas e em janeiro do ano que vem os recenseadores vão continuar nas ruas. Isso deve acontecer em 145 das 417 cidades da Bahia, inclusive a capital, que possui 66% de área recenseada.

Cidades com mais pessoas vivendo em favelas:
São Paulo (2,081 milhões)
Rio de Janeiro (1,549 milhão)
Amazonas (1,244 milhão)
Pará (1,179 milhão)
Bahia (1,059 milhão)
Fonte: IBGE

Entenda os termos:

Favela: O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Rio de Janeiro (em vigor desde 2011), define favela como: "Área predominantemente habitacional, caracterizada por ocupação clandestina e de baixa renda, precariedade da infraestrutura urbana e de serviços públicos, vias estreitas e alinhamento irregular, ausência de vínculos de propriedade e construções não licenciadas, em desacordo com os padrões legais". O IBGE segue definição semelhante. Na Bahia, o termo não é usado e o mais comum é ‘bairro popular’;

Comunidade: Em Sociologia, o termo define grupo local, de tamanho variável, integrado por pessoas que ocupam território geograficamente definido e estão unidos pela mesma herança cultural e histórica. No Brasil, usa-se comunidade como um sinônimo para favela, já que esse último é considerado pejorativo por grupos mais engajados da sociedade civil;

Periferia: Segundo artigo acadêmico publicado pela SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso das Ciências, no contexto da história do Brasil, a periferia surge da metropolização do país [anos 1960-70] e define os loteamentos à margem das áreas centrais das cidades, onde vive a população de baixa renda;

Subúrbio: No mesmo artigo da SBPC, está explicado que o termo subúrbio, na origem, definia espaços intermediários entre o centro das cidades e as zonas rurais. Os cariocas passaram a usar subúrbio como sinônimo de periferia e com conotação pejorativa. Com a urbanização, o subúrbio passa a designar bairros mais afastados do miolo das cidades, mas que têm infraestrutura mínima de serviços públicos e transporte, onde geralmente vivem as classes C e D;

Complexo: É a zona urbana que reúne um conjunto de favelas interligadas. O termo é mais usado no Rio de Janeiro

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O time reserva do Brasil não se mostrou suficiente diante de Camarões, mas o objetivo foi cumprido. Já classificada, a Seleção poupou seus titulares, foi castigada por não definir o jogo e perdeu por 1x0 no estádio Lusail, nesta sexta-feira (2). Resultado que, ainda assim, manteve a equipe canarinho no primeiro lugar do Grupo G da Copa do Mundo, no Catar.

O resultado tirou a invencibilidade dos pentacampeões, que estacionaram nos seis pontos, mas o Brasil avançou às oitavas de final na liderança graças ao saldo de gols melhor do que a Suíça (2 contra 1), que ganhou da Sérvia por 3x2 e ficou com a segunda posição. Camaroneses e sérvios foram eliminados e voltam para casa.

Agora, a Seleção se prepara para enfrentar a Coreia do Sul nas oitavas de final. A partida será segunda-feira, às 16h, no estádio 974, em Doha. Quem avançar terá pela frente o vencedor de Croácia x Japão nas quartas de final.

A maior preocupação do jogo foi a lesão de Alex Telles, que deixou o campo chorando durante o segundo tempo, com dor no joelho direito após um choque com o camaronês Andre-Frank Zambo. Imagens da câmera de transmissão mostraram o lateral esquerdo no banco de reservas já iniciando tratamento com gelo.

Após a lesão de Alex Telles, o zagueiro Marquinhos foi quem entrou no jogo. O problema deve forçar o Brasil a acelerar a recuperação de Alex Sandro para as oitavas. Entre os laterais, apenas Daniel Alves, o mais velho (39 anos), não teve problemas físicos até agora.

Primeiro tempo
Como esperado, o Brasil foi escalado por Tite apenas com reservas. Todos os titulares começaram no banco, com exceção dos lesionados Danilo, Alex Sandro e Neymar. Mais cedo, o camisa 10 trabalhou com bola no hotel da Seleção, enquanto os laterais foram ao CT. Depois, os três acompanharam a partida in loco, no estádio Lusail.

Os reservas do Brasil até queriam mostrar serviço, e dominaram as ações no primeiro tempo. Antony, Martinelli e Rodrygo lideraram a Seleção, com o atacante do Arsenal sendo quem mais deu trabalho ao goleiro Epassy.

A primeira grande chance de Martinelli veio aos 13 minutos: Fred recebeu de Daniel Alves na intermediária, e mandou na medida para o camisa 26, na segunda trave. Ele deu a cabeçada, mas Epassy fez uma grande defesa.

Aos 20, Camarões viu Choupo-Moting acionar Tolo na esquerda, e o lateral cruzou, forte. Mas Ederson estava atento, se esticou e espalmou. Foi uma das pouquíssimas chances dos africanos, que só voltaram a aparecer com perigo no fim da etapa inicial.

Enquanto isso, o Brasil teve chance com Fred, com Fabinho, com Gabriel Jesus. Em um intervalo de quatro minutos, a Seleção ainda ganhou duas cobranças de falta, mas Rodrygo mandou na barreira, enquanto Daniel Alves chutou por cima do gol. Aliás, a comissão técnica brasileira reclamou de faltas pesadas do time camaronês no primeiro tempo, e os jogadores do Brasil reclamaram entre eles das entradas do rival.

Aos 37, Martinelli apareceu mais uma vez: avançou no meio-campo e sofreu falta de Fai (e até perdeu a chuteira), mas Fred ficou com a bola, e o árbitro deu a vantagem. O volante acionou Antony, que cortou e bateu colocado, para a defesa de Epassy.

O próprio Martinelli ficou com sobra na entrada da área, aos 45, e bateu firme no gol, só que o goleiro de Camarões salvou de novo. Na sequência, Antony cobrou escanteio ajeitando para Rodrygo, que chutou de primeira na rede, mas pelo lado de fora.

No fim, aos 47, Ederson foi obrigado a trabalhar de verdade. Mbeumo recebeu cruzamento, livre na segunda trave, e mandou de cabeça. A bola quicou no chão antes de ir ao gol, e o goleiro do Brasil fez uma defesaça.

Segundo tempo
Querendo a vitória para ter a chance de avançar, Camarões voltou do intervalo dando susto. Aos 5 minutos do segundo tempo, Aboubakar recebeu a bola ajeitada e bateu cruzado, com muito perigo.

Depois de Camarões incomodar, o Brasil voltou a tomar conta do duelo, por volta dos 10 minutos. A Seleção passou a acumular chances, com oportunidades de Gabriel Jesus, Gabriel Martinelli e Militão. Mas o goleiro Epassy fez defesas importantes, e impediu o gol canarinho.

Tite começou a fazer mudanças, e colocou Bruno Guimarães, Everton Ribeiro, Marquinhos, Pedro e Raphinha. O Brasil tinha alto volume, mas não conseguia definir as jogadas.

Aos 46 minutos, o placar foi aberto... por Camarões. Mbekeli recebeu a bola na direita, e cruzou na medida para Aboubakar. Ele cabeceou no cantinho de Ederson, sem dar chances para o goleiro brasileiro. O atacante tirou a camisa na comemoração e, como já tinha um cartão amarelo, foi expulso.

O Brasil foi para cima nos minutos finais, querendo manter a invencibilidade. Mas a equipe finalizou mal, e acabou derrotada no estádio Lusail.

FICHA TÉCNICA

Camarões 1x0 Brasil - Copa do Mundo (3ª rodada)

Camarões: Epassy, Fai, Wooh, Ebosse e Tolo; Anguissa, Kunde (Ntcham) e Ngamaleu (Mbekeli); Mbeumo (Toko Ekambi), Choupo-Moting e Aboubakar. Técnico: Rigobert Song.

Brasil: Ederson, Daniel Alves, Militão, Bremer e Alex Telles (Marquinhos); Fabinho, Fred (Bruno Guimarães) e Rodrygo (Everton Ribeiro); Antony (Raphinha), Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus (Pedro). Técnico: Tite.

Local: estádio Lusail, no Catar
Gol: Aboubakar, aos 46 minutos do segundo tempo;
Cartão amarelo: Tolo, Kunde e Fai, de Camarões; Militão e Bruno Guimarães, do Brasil;
Cartão vermelho: Aboubakar, de Camarões;
Público: 85.986 torcedores pagantes;
Arbitragem: Ismail Elfath, auxiliado por Kyle Atkins e Corey Parker (trio dos Estados Unidos);
VAR: Alejandro Hernandez (Espanha)

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A camisa amarela vai ficar guardada. No terceiro jogo da Copa do Mundo do Catar, o Brasil entrará em campo vestindo azul. Depois de usar o uniforme principal nas vitórias contra Sérvia e Suíça, a Seleção Brasileira precisará adotar a segunda opção nesta sexta-feira (2), às 16h, no estádio Lusail, quando enfrenta Camarões, no encerramento da fase de grupos.

Como a equipe africana é a mandante do jogo, tem o direito de escolher o uniforme que vai utilizar. Camarões jogará com sua camisa principal, que tem a cor verde como predominante, além de amarelo e vermelho em detalhes. Por isso, o Brasil vai estrear a camisa azul na Copa do Catar.

O Brasil já está classificado às oitavas de final do Mundial. Mesmo que não estivesse, não haveria problema com superstição, já que o retrospecto da camisa azul é bastante positivo.

Diante de Camarões, a Seleção Brasileira vai usar o uniforme azul em Copas do Mundo pela 12ª vez. Com ela, a equipe acumula até aqui oito vitórias, um empate e duas derrotas. Foram 25 gols marcados e 17 sofridos.

Dentre os triunfos com a camisa azul em Copas do Mundo, o maior destaque vai para a final do Mundial de 1958 contra a anfitriã Suécia, quando a Seleção Brasileira comemorou o primeiro título mundial brasileiro: 5 x 2.

Vale registrar também a vitória diante da Holanda (3x2), nas quartas de final, e contra a Suécia (1x0), na semifinal, do tetracampeonato de 1994, na Copa do Mundo disputada nos Estados Unidos. Teve também a vitória contra a Inglaterra (2x1), nas quartas de final do pentacampeonato em 2002.

Confira a seguir todos os jogos disputados pelo Brasil em Copas do Mundo com a camisa azul:

Brasil 6 x 5 Polônia - Copa do Mundo de 1938

Brasil 5 x 2 Suécia - Copa do Mundo de 1958

Brasil 2 x 1 Argentina - Copa do Mundo de 1974

Brasil 0 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 1974

Brasil 3 x 1 Polônia - Copa do Mundo de 1978

Brasil 1 x 1 Suécia - Copa do Mundo de 1994

Brasil 3 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 1994

Brasil 1 x 0 Suécia - Copa do Mundo de 1994

Brasil 2 x 1 Inglaterra - Copa do Mundo de 2002

Brasil 1 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 2010

Brasil 2 x 0 Costa Rica - Copa do Mundo de 2018

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O Brasil bateu o recorde de pessoas em situação de pobreza e de extrema pobreza em 2021. Ao todo, quase uma em cada três pessoas no país, o equivalente a 29,4% da população, estava em situação de pobreza até pelo menos o ano passado e quase uma a cada dez pessoas, 8,4% estava na pobreza extrema.

Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira 2022, divulgada hoje (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

Segundo a publicação, o país tinha, até o ano passado, 62,5 milhões de pessoas em situação de pobreza, ou seja, com uma renda diária de menos de US$ 5,5 dólares por dia, e 17,9 milhões em situação de extrema pobreza, com renda diária de menos US$ 1,90 por dia, segundo os critérios do Banco Mundial. Tanto os números absolutos quanto as porcentagens são as maiores desde o início da série histórica, em 2012.

Não apenas os números são recordes como o aumento entre 2020 e 2021, em meio a pandemia de covid-19, também é. Nesse período, o contingente abaixo da linha de pobreza cresceu 22,7%, o que significa mais 11,6 milhões de pessoas nessa situação, e o das pessoas na extrema pobreza aumentou 48,2%, ou mais 5,8 milhões.

As crianças e adolescentes com menos de 14 anos são as maiores vítimas da pobreza. Até o ano passado, 46,2% dessa população estava abaixo da linha da pobreza, o maior percentual da série, iniciada em 2012.

Desigualdade
A pobreza não atinge igualmente a todos os grupos sociais. A publicação mostra que a proporção de pretos e pardos, conforme a definição do IBGE, abaixo da linha de pobreza (37,7%), é praticamente o dobro da proporção de brancos (18,6%). Considerando as regiões do país, o Nordeste (48,7%) e o Norte (44,9%) tinham as maiores proporções de pessoas pobres na sua população.

Em 2021, o rendimento domiciliar por pessoa caiu para R$ 1.353, o menor nível desde 2012. e o Índice de Gini voltou a crescer e chegou a 0,544, segundo maior patamar da série.

O Índice de Gini é um instrumento para medir o grau de concentração de renda, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. O índice varia de zero a um, sendo que zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. Já o um significa o extremo da desigualdade, ou seja, uma só pessoa detém toda a riqueza.

Os 10% da população com os menores rendimentos tiveram a maior redução, perdendo em torno de um terço do rendimento entre 2020 e 2021. O mesmo grupo teve o dobro de perdas das demais classes de rendimento entre 2019 e 2021. No extremo oposto, os 10% mais ricos perderam, entre 2019 e 2021, 11,2% dos rendimentos e, entre 2020 e 2021, 4,5%.

Insegurança alimentar
A pesquisa SIS mostra, ainda, que aumentou a insegurança alimentar no país. Isso acontece quando as pessoas não têm acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficiente para sua sobrevivência.

O percentual de domicílios do país em situação de segurança alimentar caiu de 65,1%, em 2004, para 63,3% em 2018 e para 41,3% em 2021. Segundo a publicação, como o principal acesso a alimentos é realizado via mercado, a evolução da renda média e das condições do mercado de trabalho são fatores determinantes para a determinação do nível de segurança alimentar, dado que o ato de se alimentar depende, essencialmente, do poder aquisitivo da pessoa.

Segundo a SIS, a desvalorização do real, a inflação, o aumento do trabalho informal são também fatores que impactaram na segurança alimentar da população durante a pandemia.

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Um novo recorde será estabelecido por Daniel Alves na sexta-feira (2), na Copa do Mundo do Catar. Ao entrar em campo contra Camarões, às 16h, no estádio Lusail, o baiano de Juazeiro se tornará o jogador mais velho a defender o Brasil na história dos 22 Mundiais disputados. O lateral direito do Pumas, do México, completou 39 anos em 6 de maio.

Daniel já detém o recorde de brasileiro mais velho a ir para uma Copa, o que aconteceu com a convocação atual. Agora, será o também o mais vivido a entrar em campo, já que nas duas partidas anteriores ele não saiu do banco. Dessa vez, com o Brasil classificado para as oitavas de final, Tite vai escalar os reservas na terceira e última rodada da fase de grupos.

Curiosamente, Daniel Alves supera um colega de elenco. O capitão Thiago Silva quebrou o recorde na estreia, dia 24 de novembro, quando foi um dos titulares da Seleção na vitória sobre a Sérvia por 2x0. O zagueiro entrou em campo aos 38 anos. Também enfrentou a Suíça, quatro dias depois.

A dupla de 2022 supera Djalma Santos e Nilton Santos, bicampeões mundiais pelo Brasil em 1958 e 1962. Djalma, que foi da mesma posição de Daniel Alves, tinha 37 anos quando disputou a Copa de 1966, na Inglaterra, a última das quatro que jogou.

Ele era o recordista por uma diferença de três meses em relação à “Enciclopédia”, apelido de Nilton Santos, ídolo do Botafogo e um dos maiores laterais esquerdos da história, que tinha a mesma idade quando disputou o Mundial de 1962, no Chile.

Apesar de ter quebrado o recorde brasileiro, Daniel Alves não é o jogador mais velho presente na Copa do Catar. Esta marca cabe ao experiente goleiro mexicano Alfredo Talavera, com 40 anos de idade - o único “quarentão” no torneio. O meia Atiba Hutchinson, do Canadá, o zagueiro Pepe, de Portugal, e o goleiro Eiji Kawashima, do Japão, também têm 39 e são alguns dias mais velhos do que o baiano.

Esta é a terceira Copa do Mundo de Daniel Alves. Ele esteve na África do Sul, em 2010, e no Brasil, em 2014. O lateral seria convocado para a edição de 2018, na Rússia, mas ficou fora por ter sofrido uma lesão no joelho direito um mês antes.

Já Thiago Silva está em sua quarta Copa, igualando este outro recorde entre jogadores brasileiros. Ele foi reserva na África do Sul, em 2010, e sustentou a titularidade da zaga em 2014, no Brasil, em 2018, na Rússia, e 2022, no Catar.

Neste quesito, Thiago agora faz companhia a sete ex-atletas que foram a quatro Copas do Mundo - nem todos jogaram nas quatro. Veja a lista abaixo:

Thiago Silva (2010, 2014, 2018 e 2022)
Pelé (1958, 1962, 1966 e 1970)
Nilton Santos (1950, 1954, 1958 e 1962)
Castilho (1950, 1954, 1958 e 1962)
Djalma Santos (1954, 1958, 1962 e 1966)
Emerson Leão (1970, 1974, 1978 e 1986)
Cafu (1994, 1998, 2002 e 2006)
Ronaldo (1994, 1998, 2002 e 2006)

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A primeira parcela do 13º salário deve ser depositada até a próxima quarta-feira, 30 de novembro, segundo a legislação. Todos os trabalhadores contratados sob o regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), sejam eles urbanos, rurais, domésticos ou avulsos, e que trabalharam por pelo menos 15 dias no ano, têm direito a receber o valor.

O direito, consagrado na CLT e no artigo 7º da Constituição, prevê que a primeira parcela do 13º deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro, e a segunda, até 20 de dezembro.

Caso o trabalhador falte mais de 15 dias em um mês, sem justificativa, pode ter a fração de 1/12 avos do 13º descontada. Quem pediu o adiantamento do 13º salário nas férias ou no mês de aniversário não recebe a primeira parcela, somente a segunda.

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e pessoas que entraram em licença-maternidade também recebem o 13º salário. Porém, empregados dispensados por justa causa e segurados do Benefício de Prestação Continuada (BPC) não recebem o valor extra.

O atraso ou o não pagamento da gratificação acarreta multa de R$ 170,25 por empregado da empresa. Caso haja reincidência, o valor da infração é dobrado.

Qual é o valor? Veja como calcular o 13º salário

O cálculo do valor a ser recebido é proporcional ao número de meses trabalhados. Divide-se o total do salário mensal por 12 e, na sequência, multiplica-se o resultado pela quantidade de meses que a atividade foi exercida. Outras parcelas de natureza salarial, como horas extras, adicionais (noturno, de insalubridade e de periculosidade) e comissões também entram nesse cálculo.

A base de cálculo do 13° salário é o salário bruto, sem deduções ou adiantamentos, devido no mês de dezembro do ano em curso ou, no caso de dispensa, o do mês do acerto da rescisão contratual.

A primeira parcela do décimo terceiro é de 50% do valor do salário bruto, sem descontos. Já a segunda parcela, que deve ser depositada até 20 de dezembro, são deduzidos Imposto de Renda e INSS.

Para trabalhadores afastados por licença médica, a empresa paga o valor proporcional ao tempo trabalhado, junto com os primeiros 15 dias de afastamento, enquanto o INSS paga o restante.

Se o trabalhador ficar afastado durante todo o ano, o 13°será integralmente pago pelo INSS.

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A partir desta sexta-feira (25), o uso de máscaras de proteção facial volta a ser obrigatório em aviões, aeroportos, meios de transporte e outros estabelecimentos localizados na área dos terminais. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início desta semana, visando a reduzir o risco de contágio de covid-19, diante do aumento expressivo de casos da doença nas últimas semanas.

Conforme decisão da Anvisa de 13 de maio deste ano, permanece mantida a possibilidade dos serviços de bordo em voos nacionais. Dessa forma, será permitido remover a máscara para hidratação e alimentação no interior das aeronaves, bem como nas praças de alimentação ou áreas destinadas exclusivamente à realização de refeições nos terminais e demais ambientes dos aeroportos.

De acordo com a resolução aprovada pela Diretoria Colegiada da Anvisa, as máscaras devem ser utilizadas ajustadas ao rosto, cobrindo o nariz, queixo e boca, minimizando espaços que permitam a entrada ou saída do ar e de gotículas respiratórias.

A norma proíbe a utilização de máscaras de acrílico ou de plástico; máscaras dotadas de válvulas de expiração, incluindo as N95 e PFF2; lenços, bandanas de pano ou qualquer outro material que não seja caracterizado como máscara de proteção de uso profissional ou de uso não profissional; protetor facial (face shield) isoladamente; máscaras de proteção de uso não profissional confeccionadas com apenas uma camada ou que não observem os requisitos mínimos de fabricação, previstos na norma ABNT PR 1002.

A obrigação do uso de máscaras será dispensada no caso de pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, bem como no caso de crianças com menos de 3 anos.

Por fim, a norma aprovada prevê que, nos veículos de deslocamento para embarque ou desembarque em área remota, viajantes e motoristas mantenham o uso obrigatório e adequado das máscaras faciais.

Cenário epidemiológico
Para subsidiar a decisão, a Anvisa realizou reunião com especialistas sobre o cenário epidemiológico atual da covid-19 no Brasil. Participaram representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia, Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Fundação Oswaldo Cruz e Associação Brasileira de Saúde Coletiva, além dos epidemiologistas Carla Domingues e Wanderson Oliveira.

“Os participantes da reunião ressaltaram que os dados epidemiológicos demandam o retorno de medidas não farmacológicas de proteção, como o uso de máscaras, principalmente no transporte público, aeroportos e ambientes fechados/confinados”, explicou a agência na ocasião.

A entidade destacou que o uso das máscaras estava previsto como recomendação desde agosto deste ano, principalmente para pessoas com sintomas gripais e para o público mais vulnerável, como imunocomprometidos, gestantes e idosos.

Além dos dados epidemiológicos atuais, o comportamento com características de sazonalidade da pandemia também foi considerado pela Anvisa. “Nos últimos anos, observou-se no Brasil o aumento da transmissão do vírus no período de novembro a janeiro, quadro que pode ser agravado pelo maior fluxo esperado de viajantes, que se deslocam pelos aeroportos para as férias escolares e festas de fim de ano”, acrescentou a agência.

A Anvisa lembrou que atua, mais uma vez, dentro de suas competências legais e “adaptando as regras atuais de forma proporcional ao risco para a saúde da população”. “A agência continuará atenta, avaliando e acompanhando os dados epidemiológicos, a fim de que as medidas possam ser revisitadas sempre que necessário, visando ao cumprimento de sua missão na proteção da saúde das pessoas”.

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Richarlison foi o grande nome da estreia do Brasil na Copa do Mundo do Catar. O atacante anotou os dois gols na vitória por 2x0 sobre a Sérvia, com direito a uma pintura, de voleio, no segundo. Para comemorar, o jogador do Tottenham, da Inglaterra, fez a famosa comemoração de 'pombo' no estádio de Lusail. Mas, afinal, como surgiu isso?

O apelido surgiu em setembro de 2018. Na época, a música Dança do Pombo, de MC Faísca e os Perseguidores, viralizou. Richarlison gravou um vídeo fazendo a coreografia, postou nas redes sociais e as visualizações e curtidas explodiram.

Assim, o atacante aproveitou o sucesso e passou a comemorar seus gols pelo Everton, da Inglaterra - seu clube à época - fazendo a dança. Não teve volta. A celebração se tornou a marca registrada do jogador, que inclusive solta um "pruuu". Em suas redes sociais, Richarlison usa sempre um emoj de pombo.

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O caminho para o hexa começou da melhor forma possível. No estádio de Lusail, palco que abrigará a final da Copa do Mundo, o Brasil estreou diante da Sérvia e mandou a zebra trotar longe daquele gramado. Ao contrário das rivais Argentina e Alemanha, a Seleção Brasileira venceu por 2x0, nesta quinta-feira (24), e mantém firme os planos de passar sem sustos da fase de grupos no Catar.

E para quem nunca havia disputado uma partida de Copa do Mundo, Richarlison fez da vitória sobre a Sérvia um belo cartão de visitas. O atacante do Tottenham, da Inglaterra, balançou as redes duas vezes, uma no oportunismo e outra no puro talento, e mostrou por que Tite não abriu mão de sua escalação no time titular.

O treinador foi a campo com uma escalação ofensiva. Colocou Vinícius Jr. em campo, sacando Fred, volante, e recuando Lucas Paquetá para a posição. Com isso, o ponta do Real Madrid atuou pelo lado esquerdo do ataque, enquanto Neymar ficou na posição clássica de um camisa 10.

Essa escalação pode ser considerada inédita porque, apesar da formação do meio-campo já ter sido testada, a linha de defesa estava diferente. Em setembro, no amistoso contra Gana, o penúltimo antes do Mundial, as laterais foram ocupadas por Éder Militão e Alex Telles, enquanto hoje Alex Sandro e Danilo preencheram suas posições habituais.

E a escolha por Vini Jr. tinha um principal objetivo: apostar na boa fase do jovem jogador, que estreou em Copas do Mundo, e, taticamente, abrir espaços na defesa sérvia. Como era esperado, o adversário impôs à Seleção algumas dificuldades. A começar pela estatura da equipe europeia, que tem média de 1,88m e dificulta na movimentação de bola aérea tanto ofensiva quanto defensiva. A saída era, de fato, buscar jogadas em velocidade para quebrar a linha de marcação armada pelo técnico Dragan Stojkovic, com cinco homens.

Nos dez primeiros minutos, o jogo foi muito disputado no meio-campo, sem chances para qualquer um dos lados. Dali em diante a Seleção cresceu, minou as investidas da Sérvia e passou a ter a bola, chegando a bater mais 60% de posse em quase toda a primeira etapa.

Com a bola, a equipe tinha dificuldades para passar da linha de marcação, tanto que a primeira finalização próxima do gol saiu apenas aos 34 minutos e foi fácil para o goleiro Vanja Milinkovic-Savic encaixar.

Antes disso, outra oportunidade de dentro da área saiu com uma infiltração de Vini Jr. nas costas da defesa sérvia, mas Vanja saiu do gol para tirar a bola rasteira e levou a melhor mais uma vez. De fora da área, as chances saíram dos pés de Neymar, que tentou gol olímpico, e Casemiro, ambos sem levar perigo à meta adversária.

Na defesa, Alisson pouco tocou na bola e a cobertura pelas laterais também funcionou. A Sérvia não finalizou nenhuma bola na meta brasileira

O segundo tempo voltou com o Brasil em cima, buscando sempre o gol. Raphinha perdeu de cara com o goleiro logo no primeiro minuto. Em outro lance, Neymar recebeu cruzamento da esquerda e finalizou para fora. Alex Sandro arriscou de fora da área e carimbou a trave.

Tudo isso antes de finalmente furar o bloqueio sérvio. Vinícius Júnior a todo momento chamava jogadas individuais pelo lado esquerdo, e foi de lá que saíram os gols.

No primeiro, Neymar carregou pela meia-lua e tocou na área para Vini Jr, que bateu de chapa, Vanja deu rebote e Richarlison, que não tinha finalizado no jogo até então, fez valer a máxima do centroavante: no lugar certo e na hora certa. O camisa 9 só precisou deixar a perna, a bola bateu e entrou na rede. Brasil 1x0 aos 16 minutos.

Daí em diante a Seleção passou a encontrar muito mais facilidade de chegar ao ataque, ao passo em que a Sérvia fez duas substituições imediatas decorrentes da necessidade de abrir o time para buscar o ataque. E então só deu Brasil.

Vini Jr. teve a chance de fazer o segundo, mas escorregou na hora de chute e bateu para fora. Depois fez tabelinha com Neymar, só que a defesa estava atenta. Na jogada seguinte dele, saiu o gol. Aliás, o golaço.

O atacante do Real Madrid adentrou a área pela esquerda, cruzou para o centro e Richarlison fez o gol mais bonito da primeira rodada da Copa do Mundo, encerrada hoje.

Foi um gol para apresentar Richarlison àquele torcedor que só vê futebol de quatro em quatro anos. O camisa 9 aparou a bola, girou e acertou o voleio no canto: 2x0 no placar e caminho aberto para a vitória.

Tite aproveitou a vantagem para mexer no time e colocou em campo outros atacantes, como Gabriel Jesus, Rodrygo, Antony e Martinelli. Além de Fred, que entrou no meio-campo no lugar de Paquetá.

Àquela altura, a Sérvia estava entregue - o pouco que assustou foi enquanto o jogo esteve 1x0. Casemiro, com categoria, acertou o travessão e quase fez um golaço. Fred teve sua oportunidade e parou no goleiro.

A partida mostrou a força coletiva do Brasil, muito equilibrado entre defesa e ataque e com individualidades que podem desequilibrar um jogo. O próximo é contra a Suíça, na segunda-feira (28), às 13h (de Brasília).

Preocupação com Neymar

Apesar da vitória, nem tudo terminou bem para o Brasil no Estádio Lusail. Neymar saiu machucado no tornozelo. Em um dos lances de ataque no segundo tempo, ele recebeu um carrinho em uma dividida que acabou tirando o atacante do campo nos minutos finais.

Na saída para os vestiários, o jogador passou mancando, sem a chuteira do pé direito e com o tornozelo inchado. Ainda não há informações sobre a gravidade da lesão, que deve afastá-lo do jogo contra a Suíça.

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O Brasil começa sua jornada na Copa do Mundo do Catar nesta quinta-feira (24). A Seleção entra em campo às 16h para enfrentar a Sérvia, no estádio Lusail. O rival é, em teoria, o mais complicado do Grupo G - que também tem Suíça e Camarões. Mas, quando se trata de estreia na competição, o retrospecto é muito favorável.

A equipe canarinha não perde o primeiro jogo de um Mundial desde 1934. Naquela época, não havia fase de grupos. O Brasil estreou nas oitavas e enfrentou a Espanha, em Turim. Os europeus levaram a melhor por 3x1. A Seleção também perdeu a estreia na primeira Copa, em 1930, no Uruguai: derrota por 2x1 para a Iugoslávia.

Mas, há 88 anos, os resultados vem sendo bons, com 16 vitórias e três empates na partida inaugural. A mais recente foi na edição de 2018, disputada na Rússia. Ali, a equipe canarinha empatou por 1x1 com a Suíça - o gol do Brasil foi marcado por Philippe Coutinho.

Os outros empates em estreia vieram em 1974, com o 0x0 com a Iugoslávia, e em 1978, com o 1x1 com a Suécia.

Em todos os cinco anos em que o Brasil foi campeão, venceu na estreia. Em 1958, aplicou 3x0 na Áustria. Na sequência, em 1962, a equipe fez 2x0 em cima do México. Na Copa de 1970, o primeiro jogo terminou com triunfo de 4x1 sobre a Tchecoslováquia. A campanha do tetra começou com um 2x0 sobre a Rússia, em 1994. E a conquista do penta, em 2002, iniciou com o 2x1 sobre a Turquia.

Veja os resultados de todas as estreias do Brasil em Copa do Mundo:

Copa do Mundo 1930 (Uruguai)
Estreia: Brasil 1 x 2 Iugoslávia
Gol brasileiro: Preguinho;

Copa do Mundo 1934 (Itália)
Estreia: Espanha 3 x 1 Brasil
Gol brasileiro: Leônidas;

Copa do Mundo 1938 (França)
Estreia: Brasil 6 x 5 Polônia na prorrogação (a estreia era já nas oitavas de final)
Gols brasileiros: Leônidas (3), Perácio (2) e Romeu;

Copa do Mundo 1950 (Brasil)
Estreia: Brasil 4 x 0 México
Gols brasileiros: Ademir (2), Jair e Baltazar;

Copa do Mundo 1954 (Suíça)
Estreia: Brasil 5 x 0 México
Gols brasileiros: Pinga (2), Julinho, Didi e Baltazar;

Copa do Mundo 1958 (Suécia)
Estreia: Brasil 3 x 0 Áustria
Gols brasileiros: Mazzola (2) e Nilton Santos;

Copa do Mundo 1962 (Chile)
Estreia: Brasil 2 x 0 México
Gols brasileiros: Zagallo e Pelé;

Copa do Mundo 1966 (Inglaterra)
Estreia: Brasil 2 x 0 Bulgária
Gols brasileiros: Pelé e Garrincha;

Copa do Mundo 1970 (México)
Estreia: Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia
Gols brasileiros: Jairzinho (2), Pelé e Rivellino;

Copa do Mundo 1974 (Alemanha)
Estreia: Brasil 0 x 0 Iugoslávia

Copa do Mundo 1978 (Argentina)
Estreia: Brasil 1 x 1 Suécia
Gol brasileiro: Reinaldo;

Copa do Mundo 1982 (Espanha)
Estreia: Brasil 2 x 1 União Soviética
Gols brasileiros: Sócrates e Éder;

Copa do Mundo 1986 (México)
Estreia: Brasil 1 x 0 Espanha
Gols brasileiros: Sócrates;

Copa do Mundo 1990 (Itália)
Estreia: Brasil 2 x 1 Suécia
Gols brasileiros: Careca (2);

Copa do Mundo 1994 (Estados Unidos)
Estreia: Brasil 2 x 0 Rússia
Gols: Romário e Raí;

Copa do Mundo 1998 (França)
Estreia: Brasil 2 x 1 Escócia
Gols: César Sampaio e Boyd (contra);

Copa do Mundo 2002 (Coreia do Sul)
Estreia: Brasil 2 x 1 Turquia
Gols: Ronaldo e Rivaldo;

Copa do Mundo 2006 (Alemanha)
Estreia: Brasil 1 x 0 Croácia
Gols: Kaká;

Copa do Mundo 2010 (África do Sul)
Estreia: Brasil 2 x 1 Coreia do Norte
Gols: Elano e Maicon;

Copa do Mundo 2014 (Brasil)
Estreia: Brasil 3 x 1 Croácia
Gols: Neymar (2) e Oscar;

Copa do Mundo 2018 (Rússia)
Estreia: Brasil 1 x 1 Suíça
Gol brasileiro: Coutinho;

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