As agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) retomam as atividades presenciais a partir desta segunda-feira (14) em todo o país. Nesta primeira fase de reabertura, somente os atendimentos agendados previamente serão realizados nas agências, incluindo, em alguns casos, a retomada da perícia médica previdenciária, que ocorrerá apenas em unidades específicas.

De acordo com o INSS, cerca de 600 agências estarão reabertas. O número representa menos da metade das unidades do INSS, mas corresponde às maiores agências, as que tem maior capacidade de atendimento. O governo deve divulgar ao longo da semana a lista completa das agências abertas, mas o segurado já pode consultar a informação no aplicativo Meu INSS ou no telefone 135.

"As pessoas só devem ir às agências estando com agendamento prévio feito pelo telefone 135 ou pelo aplicativo Meu INSS. Qualquer dúvida pode ser tirada pelo 135 ou pelo chat Helô. dentro do aplicativo", afirmou o presidente do INSS, Leonardo Rolim Guimarães, na última sexta-feira (11), ao anunciar a reabertura. O horário de funcionamento das agências será de 7h às 13h, de segunda a sexta.

"Um outro ponto importante que a gente precisa lembrar as pessoas é que não devem procurar agendamento para aqueles serviços que podem ser feitos de forma remota, por exemplo, uma aposentadoria, pensão, salário-maternidade. Esses serviços continuam sendo feitos remotamente", acrescentou Rolim.

Procedimentos de reabertura
Além do número limitado de atendimentos, as pessoas que forem às agências devem usar máscaras e ter a temperatura corporal aferida por meio de termômetro infravermelho. Se for constatada temperatura acima de 37,5 graus, o segurado não poderá nem sequer entrar na agência, e ainda será orientado a procurar um serviço médico.

As orientações incluem chegar pouco antes do horário marcado, para evitar a formação de filas, e manter o distanciamento mínimo de um metro das outras pessoas. Servidores do INSS usarão equipamentos de proteção individual durante os atendimentos. No caso das agências que contarão com o serviço de perícia médica previdenciária, houve um reforço ainda maior nos protocolos de higiene.

Entre os serviços que poderão ser realizados presencialmente estão o cumprimento de exigência, avaliação social, justificação administrativa ou social (caso em que a pessoa precisa levar um documento para comprovar tempo de serviço que não não está no cadastro oficial), reabilitação profissional e perícia médica (apenas em algumas agências).

Antecipação de benefícios
Desde março, quando o atendimento presencial foi suspenso, o INSS informou que foram concedidas antecipações de 186 mil benefícios de Prestação Continuada (BPCs), pago a pessoas com deficiência, e 876 mil antecipações de auxílios-doença. Ainda segundo a autarquia, o governo reduziu a quantidade de requerimentos que estavam sob análise do INSS desde o início da pandemia.

Em junho do ano passado, quando a fila de requerimentos que dependiam de um parecer da autarquia chegou ao ápice, havia um total de 2,32 milhões de pedidos em análise. Em janeiro desse ano, a fila tinha caído 1,635 milhão. No início da pandemia, em março, quando o INSS fechou o atendimento ao público, houve uma nova redução, para 1,30 milhão. Hoje, essa fila está em 758 mil.

Apesar da redução do número de requerimentos sob análise do INSS, aumentou a quantidade de requerimentos em exigência, que são aqueles que dependem de uma informação complementar ou documento por parte do segurado. Atualmente, esses requerimentos somam 906 mil na fila.

Publicado em Brasil

O Brasil não atingiu a meta para nenhuma das principais vacinas indicadas a crianças de até um ano de idade, apontam dados de 2019 do Programa Nacional de Imunizações, analisados pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, é a primeira vez em quase 20 anos que isso acontece.

A situação ocorre em um contexto de queda nas coberturas vacinais nos últimos cinco anos, cuja redução já chega a até 27% para alguns imunizantes.

Para complicar, em meio a pandemia do novo coronavírus, equipes de saúde dizem ver atrasos na busca pela vacinação também neste ano —o que indica a possibilidade de nova queda histórica nos índices.

Em geral, a meta de vacinação de bebês e crianças costuma variar entre 90% e 95%. O primeiro patamar vale para vacinas contra tuberculose e rotavírus, e o segundo para as demais.

Abaixo desse valor, há forte risco de retorno de doenças eliminadas, como já ocorreu com o sarampo, ou aumento na transmissão daquelas que até então vinham sendo controladas.
Em 2019, porém, nenhuma vacina atingiu a meta entre o grupo de bebês e crianças até um ano completo —em 2018, mesmo em queda, 3 das 9 principais indicadas a esse grupo atingiram o patamar ideal .

Em outros momentos, o Brasil também chegou a ter até sete vacinas com cobertura dentro do ideal, com as demais próximas desse cenário.

Os números de 2019, assim, trazem um novo alerta a um país reconhecido por ter um dos maiores e mais bem-sucedidos programas de imunização do mundo.

Ainda de acordo com a Folha, o maior índice de cobertura na vacinação de rotina (91,6%) foi registrado para a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, o que pode estar ligado ao aumento nas informações sobre a doença (em geral, os dados de campanhas específicas pra reforço são registrados à parte).

Já o menor (69%) foi registrado para a pentavalente, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, entre outras, e alvo de desabastecimento em boa parte do último ano.

Na prática, os dados de 2019 mostram que 8 das 9 vacinas indicadas a crianças de até um ano tiveram queda na adesão.

Em alguns casos, como as vacinas contra poliomielite e tuberculose, a cobertura vacinal já chega ao menor índice em ao menos 23 anos. Em outros, como a pentavalente, a cobertura é a menor desde que houve a incorporação completa no SUS.

Publicado em Saúde

As novas parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial serão pagos pelo Governo Federal aos beneficiários do Bolsa Família a partir de 17 de setembro.

Segundo o site Metrópoles, o pagamento seguirá o padrão do Bolsa Família e será efetuado nos últimos 10 dias úteis do mês, segundo a ordem do Número de Identificação Social (NIS) final do beneficiário.

Os depósitos seguirão sendo feitos até dezembro. Não foi revelado o calendário para quem não recebe o Bolsa Família.

Confira:

calendarioauxilio


O pagamento seguirá apenas até o fim do ano. Com isso o número de parcelas pagas depende de quando foi feita a inscrição no programa.

Quem recebeu a primeira parcela em abril receberá 4 pagamentos, enquanto quem só começou a ser pago em julho terá apenas mais um depósito.

Além disso foram editados os critérios e pessoas que não atendem aos seguintes requisitos também não serão beneficiados:

Conseguiu emprego formal após o recebimento do auxílio emergencial;
Recebeu benefício previdenciário, seguro-desemprego ou programa de transferência de renda federal após o recebimento de auxílio emergencial;
Tem renda mensal per capita acima de meio salário mínimo e renda familiar mensal total acima de três salários mínimos;
Mora no exterior;
Recebeu em 2019 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70;
Tinha em 31 de dezembro de 2019 a posse ou a propriedades de bens ou direitos no valor total superior a R$ 300 mil reais;
No ano de 2019 recebeu rendimentos isentos não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte cuja soma seja superior a R$ 40 mil;
Tenha sido incluído em 2019 como dependente de declarante do Imposto de Renda nas hipóteses 5, 6 e 7 acima na condição cônjuge, companheiro com o qual contribuinte tenha filho ou com o qual conviva há mais de 5 anos; ou filho ou enteado com menor de 21 anos ou com menos de 24 anos que esteja matriculado em estabelecimento de ensino superior ou de ensino técnico de nível médio;
Esteja preso em regime fechado;
Tenha menos de 18 anos, exceto em caso de mães adolescente;
Possua indicativo de óbito nas bases de dados do governo federal.

Publicado em Brasil

O Brasil não conseguiu sair do zero contra uma consistente seleção venezuelana na noite desta terça-feira. O ataque brasileiro teve muita dificuldade para incomodar o goleiro Fariñez e, quando conseguiu romper a linha de defesa adversária, teve o grito de gol reprimido três vezes pela arbitragem do chileno Julio Bascuñán — duas das vezes após checagem pelo VAR, o famigerado árbitro de vídeo. Com o resultado, a seleção brasileira divide com o Peru a liderança do Grupo A da Copa América 2019, com quatro pontos, mas com vantagem de um gol de saldo.

A seleção brasileira começou o jogo pressionando os adversários, e dava a impressão de que venceria o jogo com facilidade até a Venezuela encaixar seu primeiro contra-ataque e mostrar que, apesar de se encolher na defesa, não pretendia passar o jogo todo se defendendo. David Neres e Richarlison foram os jogadores mais efetivos do ataque brasileiro no primeiro tempo, quando a seleção conseguiu fazer apenas um arremate para testar Fariñez. O goleiro peruano espalmou chute de Richarlison para fora. Roberto Firmino ainda colou uma bola para dentro no primeiro tempo, mas o juiz viu falta do atacante antes do arremate.

Os brasileiros voltariam a balançar duas as redes no segundo tempo, e ambos os gols foram anulados após verificação do VAR. No primeiro deles, Firmino dominou uma bola que sobrou dentro da área após desviar na defesa adversária e tocou para Gabriel Jesus (que entrara no lugar de Richarlison) empurrar para as redes. Mas Firmino estava em impedimento, e o gol foi anulado após verificação do árbitro de vídeo. O VAR voltou a apontar impedimento de Firmino quando Philippe Coutinho pegou rebote do goleiro Fariñez após cruzamento de Everton 'Cebolinha', que entrou nem no lugar de David Neres.

Já a Venezuela fez jus aos elogios que tem recebido pela evolução de seu futebol, pelo menos no que diz respeito à organização de sua defesa. Villanueva e Osorio praticamente dispensaram o goleiro Fariñez de praticar defesas. Além disso, os alas Murillo e Machís puxaram contra-ataques rápidos e ao menos uma vez conseguiram deixar o artilheiro Rondón em condição de abrir o placar — na melhor chance venezuelana, no primeiro tempo, o avançado cabeceou bola perigosa ao lado do gol de Alisson, que praticamente não precisou trabalhar ao longo do jogo.

Brasil e Peru se enfrentam no próximo sábado em São Paulo e garantem classificação para a próxima fase no grupo A com um empate se a Venezuela não ganhar da Bolívia.

Fonte: El País

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O Brasil bateu a Itália por 1 a 0 nesta terça-feira, em Valenciennes, na França, pela terceira rodada do grupo C da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019. O único gol da partida foi marcado por Marta, de pênalti; com ele, a brasileira se tornou a maior artilheira entre homens e mulheres de todas as Copas do Mundo, com 17 gols, ultrapassando o alemão Klose. Mesmo com a vitória, a seleção se classificou em terceiro lugar, atrás da própria Itália e da Austrália, e deve enfrentar a seleção francesa, uma das favoritas, já nas oitavas de final.

Com mais posse de bola no primeiro tempo, as brasileiras ameaçaram apenas duas vezes, com Debinha exigindo boa defesa da goleira Giuliani e com Marta acertando o travessão em uma tentativa de gol olímpico. Do outro lado, a Itália aproveitou os espaços da defesa brasileira para assustar a seleção nos contra-ataques. Na principal chance da etapa inicial, aos 39 minutos, a goleira Bárbara impediu o gol de Bonansea, que apareceu sozinha na pequena área para completar cruzamento vindo da direita.

Contentes com o empate e a liderança, as italianas escolheram se fechar no segundo tempo, o que colaborou para o crescimento do Brasil no jogo. Aos 27 minutos, Debinha invadiu a área e foi derrubada por Linari: pênalti. Marta converteu deslocando a goleira Giuliani. Já que a Austrália goleava a Jamaica simultaneamente por 4 a 1, o 1 a 0 continuava deixando a seleção brasileira em terceiro lugar; no entanto, mais um gol do Brasil faria a seleção de Vadão ultrapassar as duas adversárias na tabela e se classificar em primeiro, garantindo uma tabela teoricamente mais tranquila na fase de mata-mata. Mesmo assim, o treinador escolheu trocar Marta pela volante Luana e deixar o tempo passar nos últimos 15 minutos. Com a primeira posição garantida, as italianas também não fizeram questão de atacar. Com a vaga entre as melhores terceiro colocadas, as brasileiras aguardam a definição dos outros grupos para saber quem enfrentarão nas oitavas de final. A maior probabilidade é de pegar a França, dona da casa e líder do grupo A. A outra possibilidade, matematicamente menor, é jogar contra a Alemanha, que passou em primeiro no grupo B.

Fonte: El País

Publicado em Esportes

Governadores de 13 estados e do Distrito Federal divulgaram nesta terça-feira (21) uma carta aberta contra o decreto de armas, editado pelo presidente Jair Bolsonaro, no começo do mês.

Na avaliação do grupo, o decreto que amplia o direito do cidadão à arma vai aumentar a violência no país.

"Achamos que isso não vai ajudar, pelo contrário. O que aguardamos é sermos chamados pelo governo federal para debatermos a política de segurança pública do país", afirmou ao blog o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), um dos signatários do documento.

Na carta (veja abaixo), as autoridades de 13 estados e mais o Distrito Federal afirmam que "as medidas previstas pelo decreto não contribuirão para tornar nossos estados mais seguros. Ao contrário, tais medidas terão um impacto negativo na violência – aumentando por exemplo, a quantidade de armas e munições que poderão abastecer criminosos – e aumentarão os riscos de que discussões e brigas entre nossos cidadãos acabem em tragédias".

Camila Santana disse que não há previsão de entrega direta ao presidente Bolsonaro, com quem os governadores do Nordeste estarão reunidos na sexta-feira, na primeira viagem do presidente à região.

Além de Santana, assinam a carta Ibaneis Rocha (DF), Rui Costa (BA), Flavio Dino (MA), Renato Casagrande (ES), Helder Barbalho (PA), entre outros.

Nesta segunda-feira (21), o Jornal Nacional revelou que o decreto de Bolsonaro que regulamenta o uso e porte de armas no país libera compra de fuzil por qualquer cidadão.

O documento permite que as pessoas consigam comprar arma produzida pela Taurus. O Fuzil T4 foi criado em 2017 e se enquadra em novas especificações.

O decreto das armas está em vigor desde o início de maio. Ainda não há um cronograma para regulamentação, mas, desde que foi anunciado, o decreto dividiu opiniões.

O Ministério Público Federal, em Brasília, pediu a suspensão do decreto. Atualmente, existem três ações contra o decreto na Justiça Federal e três no Supremo Tribunal Federal (STF).


Veja a íntegra da carta dos governadores:
Carta dos Governadores sobre o Decreto Presidencial n. 9.785 (07 de maio de 2019) e a Regulação Responsável de Armas e Munições no País

Como governadores de diferentes estados do país, manifestamos nossa preocupação com a flexibilização da atual legislação de controle de armas e munições em razão do decreto presidencial n. 9.785 (07 de maio de 2019) e solicitamos aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União que atuem tanto para sua imediata revogação como para o avanço de uma efetiva política responsável de armas e munição no país.

Sabemos que a violência e a insegurança afetam grande parte da população de nossos estados e que representam um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento humano e econômico do Brasil. Nesse contexto, a grande disponibilidade de armas de fogo e munições que são usadas de maneira ilícita representa um enorme desafio para a segurança pública do país e é preciso enfrentá-lo.

Por essa razão, é urgente a implementação de ações que melhorem a rastreabilidade das armas de fogo e munições durante toda a sua existência, desde sua produção. Também é fundamental aumentar os meios de controle e fiscalização para coibir os desvios, enfrentar o tráfico ilícito e evitar que as armas que nascem na legalidade caiam na ilegalidade e sejam utilizadas no crime. Reconhecemos que essas não são soluções mágicas, mas são condições necessárias para a melhoria de nossa segurança pública.

Diante deste cenário, e a partir das evidências disponíveis, julgamos que as medidas previstas pelo decreto não contribuirão para tornar nossos estados mais seguros. Ao contrário, tais medidas terão um impacto negativo na violência – aumentando por exemplo, a quantidade de armas e munições que poderão abastecer criminosos – e aumentarão os riscos de que discussões e brigas entre nossos cidadãos acabem em tragédias.


As soluções para reverter o cenário de violência e insegurança no país serão fortalecidas com a coordenação de esforços da União, Estados e Municípios para fortalecer políticas públicas baseadas em evidências e para implementar o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, fortalecendo a prevenção focalizada nas populações e territórios mais afetados pela violência e a repressão qualificada da criminalidade.

Reforçamos nosso compromisso com o diálogo e com a melhoria da segurança pública do país. Juntos, podemos construir um Brasil seguro para as atuais e futuras gerações.

IBANEIS ROCHA

Governador do Distrito Federal

FLÁVIO DINO

Governador do Estado do Maranhão

WELLINGTON DIAS

Governador do Estado do Piauí

PAULO CÂMARA

Governador do Estado de Pernambuco

CAMILO SANTANA

Governador do Estado do Ceará

JOÃO AZEVEDO

Governador do Estado da Paraíba

RENATO CASAGRANDE

Governador do Estado do Espírito Santo

RUI COSTA

Governador do Estado da Bahia

FÁTIMA BEZERRA

Governadora do Estado do Rio Grande do Norte

RENAN FILHO

Governador do Estado de Alagoas

BELIVALDO CHAGAS

Governador do Estado de Sergipe

WALDEZ GÓES

Governador do Estado do Amapá

MAURO CARLESSE

Governador do Estado do Tocantins

HELDER BARBALHO

Governador do Estado do Pará

Fonte: G1

Publicado em Política

A taxa de desemprego no Brasil fechou em 12,4% nos três meses até fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (29). O percentual está acima dos 11,6% registrados nos três meses até novembro. Projeção da Bloomberg para a taxa de desemprego era de 12,5%.

Os números divulgados nesta sexta representam a entrada de 892 mil pessoas na condição de desocupação, totalizando 13,1 milhões de trabalhadores nessa situação no país. "A desocupação voltou a subir, mas não é a maior da série. Neste mesmo trimestre, a maior foi de 13,2%, em 2017. Esperava-se que ela fosse subir, é um aumento que costuma acontecer no começo do ano", afirmou o coordenador do IBGE Cimar Azeredo.

Na última avaliação feita pelo IBGE, nos três meses até janeiro, a taxa havia ficado em 12%. No período até fevereiro, a população subutilizada -grupo que inclui desocupados, quem trabalha menos de 40 horas semanais e os disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego- chegou ao pico da série, iniciada em 2012, ao atingir 27,9 milhões de pessoas.

Outro recorde foi o número de pessoas desalentadas -aquelas que desistem de procurar emprego. Nesses três meses, 4,9 milhões de brasileiros se encontravam nessa condição.

"Dado que o desemprego chegou neste nível tão alto, isso alimenta o desalento também. Essas pessoas não se veem em condições de procurar trabalho", disse Cimar. O número de trabalhadores no setor privado com carteira assinada permaneceu estável, enquanto os empregados sem carteira assinada caiu 4,8%, na comparação com o trimestre anterior.

O rendimento médio mensal real também chegou ao seu patamar mais alto, em R$ 2.285, em um aumento de R$ 35 em relação ao trimestre encerrado em novembro.

Fonte: Folhapress

Publicado em Economia

O Brasil vai perder o certificado de eliminação do sarampo. O Ministério da Saúde confirmou um caso da doença no dia 23 de fevereiro, completando, assim, mais de um ano de transmissão sustentada da infecção no País. Em comunicado oficial encaminhado à Organização Pan-Americana de Saúde, o governo informa que irá colocar em prática um plano para recuperar o título de país livre da doença, concedido em 2016.

Entre as medidas analisadas estão a ampliação do turno de postos de saúde e a exigência da carteria de vacinação no momento da matrícula das crianças em escolas. A Organização Pan-Americana de Saúde avalia que a perda do certificado deverá ocorrer dentro de 2 semanas.

O retorno do sarampo no País teve início no ano passado. Os primeiros casos foram registrados nos estados do Norte. A região recebeu um grande número de refugiados da Venezuela, país que já enfrentava um surto da doença. Especialistas são unânimes, no entanto, em afirmar que se a vacinação da população brasileira fosse adequada, não haveria condições de o ciclo da doença se estabelecer.

Mas a região Norte, como boa parte do País, apresentava uma cobertura vacinal baixa contra a doença. Com a população suscetível e a circulação do vírus, havia condições propícias para o início de um surto do sarampo. Foi o o que ocorreu. Durante 2018, foram confirmados 10.326 casos da doença. O pico foi registrado em julho, com 3.950 infecções constatadas.

O ciclo de transmissão permanece. Este ano já foram confirmados 48 casos da doença, a maioria deles relacionada à cadeia de transmissão iniciada no Brasil em 19 de fevereiro. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em fevereiro já havia deixado claro o risco que o País enfrentava da perda do certificado. Na época, ele chegou a afirmar que o fim da condição de país livre da doença poderia trazer perdas econômicas para o País. A OPAS, contudo, informou que a princípio não haveria nenhum tipo de barreira, seja de trânsito de pessoas, seja para o comércio.

Mandetta afirmou, por meio de nota, que o plano para a retomada do título de país livre de sarampo deverá passar pelo envio ao Congresso de um projeto que torne obrigatória a apresentação do certificado de vacinação no momento da matrícula. Hoje o documento já é exigido, mas de forma burocrática. Pela proposta, o calendário atrasado não impediria a matrícula da criança, mas poderia trazer algumas implicações para os responsáveis. Uma das propostas seria encaminhar o caso para o conselho tutelar.

Não há detalhes do que poderia ser requisitado para os responsáveis, mas há consciência da equipe que casos têm de ser analisados individualmente. Isso porque há uma série de fatores que poderiam levar ao atraso na carteira que ultrapassam a responsabilidade dos pais. Entre elas, a falta da vacina no posto, a recusa de profissionais de vacinarem a criança no dia em que pais conseguem levá-la para a imunização, ou o horário restrito de funcionamento das unidades de saúde.

Em alguns postos de saúde, a recomendação é de que não sejam abertos frascos da vacina no fim do expediente, para não perder demais doses. Muitos dos imunizantes são fornecidos em apresentações que trazem várias doses. Quando um frasco é aberto em um dia e não é utilizado, ele tem de ser descartado. Temendo questionamentos do Tribunal de Contas da União, alguns municípios recomendam que a criança retorne no dia seguinte. O problema, no entanto, é que muitos pais não têm condições de voltar.

Quando tomou posse no cargo de ministro, Mandetta anunciou a criação de terceiro turno nas unidades de saúde, justamente para atender pais e mães que trabalham e não têm como levar seus filhos no horário comercial. De acordo com a equipe de Mandetta, a mudança deverá ser colocada em prática num curto período de tempo.

Fonte: Estadão

Publicado em Saúde

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira (25), na Colômbia, que o governo brasileiro acredita que é possível encontrar uma solução "sem qualquer medida extrema" para, segundo ele, "devolver a Venezuela ao convívio democrático das Américas".

Mourão deu a declaração durante pronunciamento em encontro do Grupo de Lima realizado nesta segunda em Bogotá. O governo brasileiro foi representado pelo vice-presidente e pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

O Grupo de Lima foi criado, em 2017, por iniciativa do governo peruano com o objetivo de pressionar o regime Nicolás Maduro a restabelecer a democracia na Venezuela. Além de Brasil e Peru, mais 11 países integram o grupo: Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá e Paraguai.

"O Brasil acredita firmemente que é possível devolver a Venezuela ao convívio democrático das Américas sem qualquer medida extrema que nos confunda com aquelas nações que serão julgadas pela história como agressoras, invasoras e violadoras das soberanias nacionais", discursou Mourão diante dos representantes dos outros países do Grupo de Lima.

O vice-presidente ressaltou ainda que, no contexto atual, o governo brasileiro reconhece que a Venezuela "não vai conseguir se livrar sozinha do regime Maduro". De acordo com ele, só haverá uma alternância de poder no país sul-americano se houver uma ajuda externa.

Ele ponderou que a comunidade internacional deve avaliar a imposição de ainda mais sanções contra o regime chavista. Mourão sugeriu pressão sobre Caracas por parte de organismos internacionais – como as Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) – e também agências de aplicação de tratados internacionais, tribunais e bancos de fomento e investimentos.

"À luz dos acontecimentos acumulados há mais de uma década, sabemos que a Venezuela não vai conseguir se libertar sozinha da opressão do regime chavista. A hora é de solidariedade latino-americana" (Hamilton Mourão)
O vice-presidente brasileiro também destacou que, nos últimos anos, houve uma corrida armamentista na Venezuela patrocinada pelo regime chavista. Segundo Mourão, as compras de equipamentos bélicos sofisticados por parte de Caracas desde 2009 contrastam com o fato de a América do Sul ser a região menos militarizada do mundo.

Ele também acusou integrantes do governo Maduro de estarem envolvidos com crimes transnacionais. Em janeiro, o Itamaraty divulgou nota na qual afirmava que o regime chavista é baseado no tráfico de drogas e de pessoas e no terrorismo.

Recado dos EUA

Convidado especial do encontro do Grupo de Lima, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, prometeu sanções "ainda mais fortes" ao que classificou de "rede de corrupção financeira" do regime de Nicolás Maduro.

Pence pediu que o Grupo de Lima congele os bens da PDVSA, a petroleira estatal da Venezuela, e os transfira para a administração do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó. Presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Guaidó se autoproclamou no mês passado presidente interino da Venezuela.

O vice dos EUA fez um apelo para que todos os países do Grupo de Lima reconheçam os representantes do presidente autoproclamado venezuelano.

Publicado em Mundo

O conselho de Administração da Petrobras, em reunião nesta sexta-feira (6), aprovou, por maioria, a eleição de Aldemir Bendine para o cargo de presidente da estatal. Bendine substituirá a presidente Graça Foster. Com a substituição, Graça será desligada do conselho. De acordo com nota da empresa, Aldemir Bendine era presidente e membro do Conselho de Administração do Banco do Brasil. É graduado em Administração de Empresas pela PUC-Rio, com MBA em Finanças e em Formação Geral para Altos Executivos. O Conselho de Administração também elegeu, por maioria, Ivan de Souza Monteiro como diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, em substituição a Almir Guilherme Barbassa. Ivan Monteiro era vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do Banco do Brasil desde junho de 2009, onde já havia ocupado cargos de Diretor Comercial, vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores, além de presidente do Conselho de Supervisão da BB AG. É graduado em Engenharia Eletrônica e Telecomunicações pela INATEL-MG, com MBA em Finanças e Gestão. Além disso, foram eleitos, por maioria, para exercerem interinamente a função de Diretor os seguintes executivos: a atual gerente Executiva de Exploração e Produção Corporativa, Solange da Silva Guedes, como diretora de Exploração e Produção. O atual gerente Executivo de Logística do Abastecimento, Jorge Celestino Ramos, como diretor de Abastecimento em substituição ao diretor José Carlos Cosenza. O atual gerente Executivo de Gás e Energia Corporativo, Hugo Repsold Júnior, como diretor de Gás e Energia em substituição a José Alcides Santoro Martins. O atual gerente Executivo de Engenharia para Empreendimentos Submarinos, Roberto Moro, como diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais em substituição a José Antônio de Figueiredo. 

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