A pandemia atrasou os planos de quem precisa se aposentar. A fila de espera na Bahia tem, atualmente, 123.569 processos em andamento. Desses, 59.327 estão aguardando uma posição do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e outros 64.242 dependem de algum ato do segurado, como apresentar um documento ou ir até à agência, por exemplo. Os números são do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), com base em dados disponibilizados pelo órgão, e mostram como os pedidos cresceram nos últimos meses, assim como a demora para viabilizar esse processo.

A Bahia é o quarto estado no país com o maior número de benefícios aguardando aprovação. São mais de 1,8 milhão de segurados brasileiros que dependem da liberação. Ainda de acordo com o IBDP, 22.533 é o total de benefícios por incapacidade, auxílio doença e aposentadoria por invalidez. Sendo que destes, 18.480 estão aguardando, provavelmente, por conta da perícia.

“Esse é um número maior que o normal, isso porque com a desordem econômica, o número de pedidos aumenta. Com a pandemia, muitas empresas fecharam, muitas pessoas ficaram desempregadas. Outro fator é o número de mortes. Muitas pessoas morreram e deixam benefícios, o que também contribui para esse aumento. Há também os pedidos por invalidez ou por outras questões causadas por sequelas e doenças psiquiátricas”, avalia o diretor do IBDP, Diego Cherulli.

As agências da Previdência Social estão fechadas desde o dia 20 de março, mas o INSS está fazendo o atendimento remotamente, via internet ou pela central 135. O CORREIO procurou o órgão para saber qual o tempo médio de espera para se aposentar e se está prevista a realização de algum tipo de mutirão para adiantar esses processos, mas não obteve retorno. No site do órgão, já existe uma sinalização para o atendimento presencial nas unidades com hora marcada com agendamento pelo aplicativo ou telefone.

Agências
No mapa das agências abertas na Bahia, que pode ser consultado em covid.inss.gov.br, 65 agências baianas estão aptas para o atendimento, sendo que 64 delas com a realização de perícia médica. Em Salvador, só as agências do Bonfim, Itapuã, Mercês e Odilon Dorea estão fazendo esse agendamento com hora marcada pelos canais de atendimento do INSS.

Entre os serviços que poderão ser realizados presencialmente após a marcação estão o cumprimento de exigência, avaliação social, justificação administrativa ou social, reabilitação profissional e perícia médica. Dados nacionais divulgados pelo INSS no mês passado apontam que, desde março, quando o atendimento presencial foi suspenso, foram concedidas antecipações de 186 mil benefícios de prestação continuada (BPCs), pagos a pessoas com deficiência, e 876 mil antecipações de auxílios-doença. O ápice da fila foi em junho do ano passado, quando havia 2,32 milhões de pedidos em análise pelo INSS.

Para o coordenador-geral e advogado da Casa do Aposentado (Asaprev), Marcos Barroso, a pandemia, de fato, interferiu no processo e provocou esse acúmulo de aprovações dos pedidos, situação que já foi vista, sobretudo, em paralisações mais longas dos servidores do INSS e de médicos peritos em outros anos.


“É um momento de reestruturação do órgão para atender estas demandas que estão represadas. A tecnologia é uma alternativa, mas, ainda assim, a gente reconhece que a espera é grande. Infelizmente, só resta à população aguardar ou optar pela via judicial para tentar dar celeridade a sua aposentadoria”.

Barroso acrescenta que a lei garante um prazo de 45 dias para que o INSS dê algum tipo de resposta ao requerimento. “Ainda que exista a demora, devemos lembrar também que o direito à aposentadoria é garantido, assim que o requerimento é feito, desde que esse segurado tenha todos os requisitos exigidos pelo INSS preenchidos”, completa.

Entraves
A advogada especialista em Direito Civil e Previdenciário, Tuany Lé, afirma que notou um aumento de solicitações de aposentaria, sobretudo, em pessoas consideradas do grupo de risco. “São trabalhadores que decidiram acelerar o pedido, devido a problemas de saúde, fechamento de empresas e responsabilidade familiar. Ainda que o INSS tenha disponibilizado o serviço on-line, muitos trabalhadores não possuem acesso à tecnologia para realizar a operação, o que cada dia mais se prolonga a fila de espera por esse benefício”.


Outra demanda que cresceu foi a de trabalhadores que estão dependendo de perícia para a liberação do benefício. “São pessoas que precisam realizar o exame pericial para ter o pedido liberado e beneficiários que tiveram a renda cortada e devem passar por prova de vida ou revisão. São solicitações presenciais e é nesse momento que trava o processo", pontua.

O advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do Freire Advogados e Associados, Diego Freire, também reconhece que as ferramentas digitais adotadas pelo INSS não deixam de ser uma alternativa, porém, ele nota que elas não dão conta, além dos segurados não terem também um acesso tão fácil pela internet ou em fazer os serviços à distância.

“As ferramentas têm sido bastante utilizadas e encurtam o caminho entre o segurado e o INSS, porém, alguns clientes nos relataram ter de esperar quase duas horas ao telefone para agendar um pedido de concessão de benefício, além da grande instabilidade no acesso das plataformas digitais. A pandemia só ajuda a colocar em evidência as dificuldades do sistema. A fila do INSS é um problema real que traz graves prejuízos aos segurados, especialmente em um momento tão delicado”.

Freire explica o caminho para buscar a aposentadoria via ação judicial: “O percurso corriqueiramente utilizado é o ajuizamento de um Mandado de Segurança visando garantir que o INSS dê andamento ao processo administrativo. Na teoria, o prazo para o INSS manifestar-se administrativamente é de 30 dias, sendo de 45 dias o prazo de implantação do benefício. Nesse sentido, ultrapassado esse período, é possível fazer o ajuizamento da ação pelo benefício”, complementa.

PARA DAR ENTRADA NA APOSENTADORIA

Atendimento via telefone: 135

Site: meu.inss.gov.br

Aplicativo: Meu INSS disponível para os sistemas Android e iOS

Mais informações: covid.inss.gov.br

 

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A taxa de desemprego no País subiu de 13,7% na terceira semana de setembro para 14,4% na quarta semana do mês, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados nesta sexta (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o número mais alto registrado nesta pandemia. Em apenas uma semana, houve aumento no número de pessoas buscando emprego, e redução no total de trabalhadores ocupados.

A população desempregada foi estimada em 14 milhões de pessoas na quarta semana de setembro, cerca de 700 mil a mais que o registrado na semana anterior, quando essa população totalizava 13,3 milhões.

O total de ocupados foi de 83 milhões na quarta semana de setembro, 700 mil a menos que o patamar da semana anterior, quando havia 83,7 milhões de pessoas ocupadas.

Cerca de 2,7 milhões de trabalhadores, o equivalente a 3,3% da população ocupada, estavam afastados do trabalho devido às medidas de isolamento social na quarta semana de setembro. O resultado representa cerca de 100 mil pessoas a menos que o patamar de uma semana antes, quando esse contingente somava 2,8 milhões ou 3,4% da população ocupada.

A população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 77,9 milhões de pessoas, ante um contingente de 78,2 milhões de trabalhadores registrado na semana anterior.

Na quarta semana de setembro, 7,9 milhões de pessoas trabalhavam remotamente. Na semana anterior, havia 7,8 milhões de pessoas em trabalho remoto.

A população fora da força de trabalho - que não estava trabalhando nem procurava por trabalho - somou 73,4 milhões na quarta semana de setembro, cerca de 200 mil a menos que os 73,6 milhões registrados na semana anterior. Entre os inativos, cerca de 25,6 milhões de pessoas, ou 34,8% da população fora da força de trabalho, disseram que gostariam de trabalhar. Aproximadamente 15,3 milhões de inativos que gostariam de trabalhar alegaram que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.

O nível de ocupação foi de 48,7% na quarta semana de setembro, ante 49,1% na semana anterior. A proxy da taxa de informalidade ficou em 34,2% na quarta semana de setembro, ante 33,6% na semana anterior.

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A varejista Ricardo Eletro, que pertence ao grupo Máquina de Vendas, apresentou, na noite de terça-feira, 12, a minuta do seu plano de recuperação judicial, a maior já realizada no setor de varejo. Com dívidas de cerca de R$ 4 bilhões e pouco menos de 20 mil credores, a empresa fechou 400 lojas e "está endereçando o negócio para ser uma plataforma digital", diz Salvatore Milanese, sócio-fundador da Pantalica Partners, assessoria financeira da empresa.

O documento detalha o passo a passo do plano de recuperação e a lista de credores. O pedido de recuperação judicial da varejista foi aprovado pela Justiça em agosto e é justificado pela pandemia, apesar de as concorrentes terem prosperado nos últimos meses.

No texto, a Máquina de Vendas propõe que os credores com garantia real recebam seus pagamentos com o valor de um excedente do caixa da empresa. Na prática, a proposta é que o que passar do caixa mínimo, de R$ 100 milhões, seja distribuído aos credores. Além disso, será aplicado deságio de 85% sobre os valores.

Se aceito, o pagamento começa após a rede quitar os seus "credores estratégicos". Segundo Luiz Deoclecio Fiore, sócio da OneBehalf, esses credores são, em geral, fornecedores que optam por manter o fornecimento e têm vantagens no recebimento de seus créditos.

Já os credores sem garantia real, no valor de até R$ 3,5 mil, receberão R$ 1,5 mil no prazo de até dois anos, a partir da homologação. Quem tem a receber mais de R$ 3,5 mil terá o pagamento atrelado ao excedente do caixa mínimo.

O deságio para esses credores também é de 85% e o pagamento acontece depois que os credores estratégicos tiverem suas dívidas quitadas. Quem tem mais de R$ 3,5 mil a receber mas quer receber sem depender do caixa excedente, pode optar por receber à vista R$ 1,5 mil em até 24 meses, e abrir mão do que restar. "Nesse momento, estamos dando prioridade às dívidas trabalhistas, pois os trabalhadores demitidos são o principal foco de atenção da empresa", diz Milanese.

A empresa informou à Justiça que tem R$ 30 milhões para pagamento de parte desse valor devido aos trabalhadores. Esses credores devem receber até R$ 4 mil e, para quem tem mais do que isso a receber, haverá o deságio de até 85%.

Com a venda de ativos físicos a RicardoEletro deve apostar no e-commerce. A rede pretende manter cem lojas físicas.

Para Fiore, o plano da empresa tem problemas. Ele considera que a imposição do caixa mínimo de R$ 100 milhões dificulta que os credores recebam seus valores de direito. "O plano deveria ter a situação fiscal da empresa mais detalhada. A companhia teve problemas com pagamentos à União e isso não está exposto de forma que os credores tenham uma noção completa do que a empresa tem a pagar", avalia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou na quarta-feira (14) a criação de um auxílio de R$ 600 para atletas e trabalhadores ligados ao esporte que foram afetados pela pandemia de covid-19.

O texto previa pagamento em três parcelas do benefício. O trabalhador do sertor esportivo precisava cumprir vários requisitos, que incluiam ter atuado na área nos últimos 24 meses, não ter emprego formal e não receber o Bolsa Atleta. Também não podia estar entre os favorecidos do auxílio emergencial e era necessário ter renda familiar mensal de até três salários-mínimos.

A Secretaria-Geral da Presidência justificou no veto que esse público já é contemplado com o auxílio emergencial, que vale para "todos os trabalhadores brasileiros". Também diz que a criação do novo auxílio não teve estimativa do impacto financeiro no orçamento.

O projeto foi aprovado pelo Congresso no fim de setembro. A proposta estipulava que o governo não podia gastar mais do que R$ 1,6 bilhão com esse auxílio.

O presidente também fez outros vetos na norma, incluindo a um dispositivo que permitia que o governo pagasse um tipo de bônus, equivalente ao imposto de renda incidente sobre premiações recebidas durante o período de emergência sanitária.

A premiação adicional valeria para competições oficiais, com limite de R$ 30 mil. O governo apontou que não foi indicada a origem dos recursos para custear esse prêmio.

O Congresso Nacional vai analisar os vetos e pode mantê-los ou não.

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O volume de serviços prestados subiu 2,9% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou nesta quarta-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não houve revisão de dados anteriores.

O resultado de agosto tanto na margem quanto na comparação interanual veio um pouco melhor que as medianas calculadas pelo Projeções Broadcast, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a partir de estimativas do mercado financeiro. Na comparação com julho deste ano, as estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast iam de uma alta de 1,2% a 5,4%, com mediana positiva de 2,5%.

Na comparação com agosto do ano anterior, houve redução de 10% em agosto de 2020, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões iam de uma retração entre 12,70% e 7,10%, com mediana negativa de 10,45%.

A taxa acumulada no ano foi de redução de 9%. Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 5,3%. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 3,5% em agosto ante julho. Na comparação com agosto de 2019, houve recuo de 10,4% na receita nominal.

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O governo da Bahia anunciou nesta quarta-feira (14) que vai abrir um novo edital para selecionar uma nova empresa para assumir o comando da administração do Hospital Espanhol, em Salvador.

A unidade, que estava fechada desde setembro de 2014, reabriu as portas em abril, para atuar como hospital exclusivo para pacientes de covid-19. Com capacidade para 220 leitos, o prédio recebeu uma reforma e ganhou novos equipamentos.

Hoje, a unidade é gerida pelo Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Gestão Pública (INTS), mas o contrato vence este mês. Embora a Justiça Federal tenha autorizado um termo aditivo no documento contratual, o governo optou por abrir o chamamento público para escolher outra empresa.

Os ministérios públicos Estadual e Federal solicitaram que a progrrogação contratual fosse impedida, mas o juiz Federal da 10ª Vara da Seção Judiciária do Estado da Bahia, Dr. Iran Esmeraldo Leite, negou o pedido, alegando que a prorrogação do contrato é autorizada enquanto persistirem os efeitos do Decreto Legislativo que reconheceu o estado de emergência decorrente da Covid-19.

Publicado em Bahia

O número de pessoas rigorosamente isoladas para contenção da pandemia da covid-19 caiu em 1,6 milhão entre a segunda e a terceira semana de setembro, totalizando 33,8 milhões. Cerca de 5,1 milhões de pessoas interromperam as medidas mais rígidas de isolamento nas três primeiras semanas de setembro.

Os dados constam da edição semanal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, divulgada hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo das pessoas que reduziu o contato, mas continuou saindo ou recebendo visitas, aumentou em 2,4 milhões na terceira semana de setembro. Segundo o IBGE, pela primeira vez, desde junho, quando esse tema começou a ser abordado pela pesquisa, esse é o maior grupo entre os pesquisados, representando 40,5% da população brasileira. As pessoas que adotaram esse comportamento mais flexível, agora, somam 85,7 milhões.

Segundo o IBGE, anteriormente o maior grupo entre a população era formado por pessoas que ficavam em casa e só saíam por necessidade básica, que, na semana de 13 a 19 de setembro representavam 39,9% dos brasileiros. Essa parcela da população é formada por 84,4 milhões de pessoas, ficando estável em relação à semana anterior.

Outro grupo que permaneceu estável foi o formado por aqueles que não adotaram qualquer medida de restrição, somando 6,5 milhões de pessoas, ou 3,1% da população.

Para a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, a flexibilização do isolamento social é uma tendência que vem sendo observada desde que o tema passou a ser levantado. “Toda semana tem cada vez menos pessoas que ficam rigorosamente isoladas dentro de casa e elas passam para uma medida um pouco menos restritiva, que é sair para resolver algumas coisas”, disse a pesquisadora, em nota.

Mercado de trabalho

Segundo Maria Lucia, a flexibilização também levou parte da população a buscar novamente o mercado de trabalho. “As pessoas estão, semana a semana, voltando a procurar trabalho ou a trabalhar. A pandemia vem deixando de ser a principal causa de as pessoas não buscarem trabalho”, disse.

Na terceira semana de setembro, segundo o levantamento, houve queda de cerca de 859 mil na população que não estava ocupada e que apontava como motivos para não procurar emprego a pandemia ou não encontrar vagas na localidade. Esse contingente passou a ser formado por 15,4 milhões de pessoas.

De acordo com a pesquisa, outro possível reflexo da flexibilização das medidas de isolamento foi o aumento no nível de ocupação da segunda para a terceira semana de setembro, chegando a 49,1%.

“É a primeira vez [na série histórica da pesquisa] que o nível de ocupação tem um aumento significativo. Ele se dá a partir de variações positivas sucessivas da população ocupada nessas últimas quatro semanas. Esse contingente vem aumentando um pouco, não de forma estaticamente significativa, mas há uma tendência de crescimento. O mercado de trabalho já parece mostrar as primeiras reações de recuperação”, disse a gerente da pesquisa.

A população ocupada foi estimada em 83,7 milhões, o que é considerado estatisticamente estável na comparação com a semana anterior, quando eram 82,6 milhões de ocupados. O número de desempregados também se manteve estável, totalizando 13,3 milhões. Com isso, a taxa de desemprego foi de 13,7%.

Educação

Na semana de 13 a 19 de setembro, o país tinha cerca de 46,3 milhões de estudantes que frequentavam escolas ou universidades. Desses, 13,7%, ou 6,3 milhões, não tiveram atividades escolares na terceira semana de setembro. Esse contingente ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior de 6,8 milhões ou 14,7% dos estudantes, mas caiu frente à semana de 28 de junho a 4 de julho, de 9 milhões ou 20% dos estudantes.

Entre os 39,5 milhões de estudantes que tiveram atividades escolares na terceira semana de setembro, 26,2 milhões, ou 66,3%, tiveram atividades em cinco dias da semana, mantendo estabilidade frente à semana anterior, que era de 25,5 milhões, ou 65,4%.

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O Dia das Crianças, comemorado na próxima segunda-feira (12), será atípico este ano. Por causa da pandemia do novo coronavírus, alguns espaços públicos que costumavam atrair muita gente na data — que coincide com o feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida — ficarão fechados, a exemplo de parques públicos e praias, conforme os protocolos sanitários. Mas, para quem pretende ficar em casa, será possível ir às compras e curtir com a garotada sem deixar de lado os cuidados com a saúde.

“Os estabelecimentos que abrirem deverão receber uma grande demanda de público. Por isso, nossa preocupação é que sejam respeitadas as normativas de proteção à vida, definidas para evitar a contaminação da Covid-19. O feriado vai permitir a diversão de muitas famílias. Mas é importante a colaboração de todos para que isso ocorra com prudência”, diz Everaldo Freitas, coordenador de Fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur). O órgão, a propósito, disponibilizará 10 equipes, com o total de 40 agentes, para fiscalizar os protocolos de funcionamento do comércio até a data.

Os shoppings centers da cidade estão entre as opções de lazer. Sob adoção de protocolos rígidos, esses estabelecimentos funcionarão das 11h às 21h, inclusive no feriado, obedecendo à capacidade máxima de uma pessoa a cada nove metros quadrados em áreas comuns e de uma a cada cinco metros quadrados de área em cada loja.

Nesses locais, a população deve ficar atenta na hora de comprar brinquedos e presentes infantis, observando limites de distanciamento nas áreas de circulação, inclusive nas escadas rolantes. Como os centros de compras devem disponibilizar dispensers de álcool em gel em pontos de fácil acesso, a recomendação é higienizar as mãos sempre que possível, na chegada e na saída.

Se a pretensão é recorrer a grandes lojas de rua (que possuem acima de 200 metros quadrados de área) para ir atrás da lembrancinha para o filho, sobrinho ou enteado, o horário de funcionamento é um pouco mais cedo — abrirão às 10h e fecham às 20h. Além disso, a capacidade máxima de ocupação nessas lojas é de uma pessoa a cada nove metros quadrados de área total.

Sem promoções

“Vale lembrar que nenhum estabelecimento comercial, seja shopping ou comércio local de rua, pode realizar eventos promocionais presenciais que gerem aglomeração. Por isso, é importante que as pessoas também fiscalizem as atividades e exijam dos proprietários o cumprimento dos protocolos de segurança, caso haja qualquer irregularidade. Denúncias também podem ser registradas pelo Disque Coronavírus 160”, acrescenta coordenador de Fiscalização da Sedur.

Restaurantes

Os restaurantes também poderão fazer parte do itinerário de quem deseja levar a criançada para almoçar ou jantar na próxima segunda-feira (12). Os estabelecimentos do setor funcionarão das 12h até meia-noite.

“Os clientes devem observar se as mesas estarão sendo higienizadas após a saída de outro consumidor, bem como o afastamento entre as mesas, que deve ser de no mínimo 2m. Nesses locais, o uso de máscaras é obrigatório, exceto durante as refeições”, orienta Everaldo Freitas.

Balanço

Desde o início da retomada das atividades econômicas em Salvador, do dia 24 de julho, até a quarta (7), a Sedur fez 38.624 vistorias. Nesse período foram efetuadas 275 interdições e sete cassações de alvará a estabelecimentos que descumpriram os protocolos sanitários de enfrentamento ao coronavírus.

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Acusada de matar o marido, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), de 59 anos, foi na tarde desta quinta-feira (8) a uma unidade da secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Estado do Rio para instalar o aparelho, cumprindo ordem judicial de 18 de setembro. Ela tinha até as 17h30 desta quinta-feira para fazer isso. Por volta das 15h Flordelis chegou à sede da Seap em São Gonçalo (Região Metropolitana do Rio), de onde saiu cerca de 10 minutos depois, sem falar com a imprensa.

A parlamentar, que é pastora evangélica e cantora gospel, é considerada pela Polícia Civil do Rio a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 16 de junho de 2019 ao chegar em casa, em Niterói (Região Metropolitana do Rio). Ele tinha 42 anos.

Em 24 de agosto, Flordelis foi denunciada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) por quatro crimes consumados e um tentado: homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, associação criminosa, uso de documento falso e falsidade ideológica. Com imunidade parlamentar, ela não foi presa. Sete filhos e uma neta de Flordelis, também denunciados pelos crimes, estão presos.

Em 18 de setembro, a pedido do MP-RJ, a juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinou que a deputada use tornozeleira e não saia de casa das 23h às 6h. A ordem judicial, no entanto, só tem eficácia a partir da intimação da parlamentar. Como os oficiais de justiça não conseguiam localizar Flordelis, em 1 de outubro a juíza determinou que ela fosse intimada mesmo fora do horário de expediente do TJ-RJ e "se necessário com auxílio da força policial".

A parlamentar só foi intimada às 19h de terça-feira (6), em sua casa em Niterói, e tinha até o fim da tarde desta quinta-feira para instalar a tornozeleira.

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Ainda sob os efeitos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, as famílias brasileiras fizeram mais depósitos do que saques na caderneta de poupança no mês passado. Dados do Banco Central mostram que, em setembro, os depósitos líquidos somaram R$ 13,229 bilhões. Este é o maior volume de depósitos líquidos para um mês de setembro, em valores nominais, em toda a série histórica do BC, iniciada em 1995.

O mês de setembro também foi o sétimo consecutivo em que houve registro de depósitos líquidos. Em março, quando a pandemia do novo coronavírus fez com que o isolamento social se intensificasse, com reflexos sobre a atividade econômica, as famílias haviam depositado R$ 12,169 bilhões líquidos na poupança. Em abril, foram R$ 30,459 bilhões; em maio, R$ 37,201 bilhões; em junho, R$ 20,534 bilhões; em julho, R$ 28,144 bilhões; e em agosto, R$ 11,403 bilhões.

Esta corrida para a caderneta é justificada pela postura das famílias em relação à crise e pelas ações do governo para manter a renda da população.

Nos últimos meses, o BC vem citando, por meio de documentos oficiais, que existe o risco de que a pandemia aumente a "poupança precaucional" no Brasil. Em outras palavras, o BC vê o risco de que as famílias, com medo do desemprego e da redução da renda, aumentem depósitos em aplicações como a caderneta de poupança, para formar um "colchão" em caso de emergências. Isso é visto com ressalvas, porque mais dinheiro na poupança significa menos consumo - e ainda mais dificuldades para as empresas brasileiras.

O pagamento do auxílio emergencial à população de baixa renda nos últimos meses, no valor de R$ 600, é outro fator que contribuiu para o aumento dos depósitos na poupança. Os depósitos começaram a ser feitos em 9 de abril e parte deles segue depositada na poupança, por precaução. Além disso, o governo já começou a depositar na conta dos beneficiários a extensão do auxílio emergencial, no valor de R$ 300. Este valor continuará a ser depositado até o fim deste ano.

Os números de setembro mostram que os depósitos brutos na caderneta foram de R$ 294,015 bilhões, enquanto os saques atingiram R$ 280,787 bilhões. Com isso, chegou-se à captação líquida de R$ 13,229 bilhões. Considerando o rendimento de R$ 1 644 bilhão de setembro, o saldo total da poupança atingiu R$ 1 002 trilhão no mês passado. Esta é a primeira vez na história que o saldo da caderneta supera, em valores nominais, a marca de R$ 1 trilhão.

No ano até setembro, a poupança acumulou depósitos líquidos de R$ 137,211 bilhões. Chama a atenção o fato de que a poupança vem recebendo depósitos líquidos nos últimos meses a despeito de sua rentabilidade estar cada vez menor. Atualmente, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está em zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros). A Selic, por sua vez, está em 2,00% ao ano, no menor patamar da história. Na prática, a remuneração atual da poupança é de 1,4% ao ano - um porcentual que pode nem mesmo compensar a inflação corrente.

Esta regra de remuneração da poupança vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano).

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