De acordo com a Infraero, 87 dos 478 voos programados para ocorrer no país estão atrasados e 36 (7,5%) foram cancelados.
A paralisação dos trabalhadores da aviação tem cancelado e atrasado voos nos aeroportos do país. Um balanço divulgado às 8h pela Infraero mostra que 87 dos 478 voos programados para ocorrer no país estão atrasados e 36 (7,5%) foram cancelados.

A interrupção dos serviços ocorreu entre as 6h e as 7h de desta quinta-feira (22) e teve a participação de aeroviários, que trabalham em solo como agentes de atendimento, mecânicos e operadores de equipamentos, e aeronautas, que são pilotos e comissários.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), em Salvador, a paralisação não impactou muito os horários programados de voos. Dos 54 voos realizados até as 10h desta quinta-feira (22), oito atrasaram.

Não foram registradas reclamações de passageiros, nem tumulto no saguão. Por conta do horário de Verão, a paralisação na capital baiana aconteceu entre as 5h e 6h da manhã.

Em São Paulo, o aeroporto de Congonhas registra 12 voos cancelados e 12 atrasados entre os 37 que estavam previstos desde o início da paralisação até as 8h. Viracopos teve quatro cancelamentos entre os dez voos previstos. A assessoria de imprensa do Gru-Airport informou que a Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança durante os protestos. Nesse aeroporto, dez voos tiveram atrasos superiores a 30 minutos, entre as 18 partidas que estavam programadas. Não houve cancelamentos. Há previsão de efeito cascata nesses aeroportos para os próximos voos.

A assembleia dos trabalhadores está marcada para as 15h de hoje. As categorias pedem reajuste de 8,5% nos salários e benefícios, além de reivindicar questões ligadas ao gerenciamento de risco do cansaço dos tripulantes e à segurança de voo.
Segundo decisão do ministro Barros Levenhagen, do Tribunal Superior do Trabalho, os grevistas devem manter, no mínimo, 80% do efetivo trabalhando durante a paralisação, inclusive no horário das 6h às 7h. A multa diária em caso de descumprimento é R$ 100 mil.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) argumenta que a paralisação, durante a alta temporada de viagens, pode trazer prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação para os usuários do transporte aéreo. O sindicato sustenta que a paralisação é ilegal por ter sido deflagrada sem o esgotamento das tentativas de negociação.

Entre as reivindicações dos aeroviários estão a criação de piso salarial para agente de check-in, vale-refeição de R$ 16,65 para jornada de trabalho de até seis horas, de R$ 22,71 para os demais, seguro de vida no valor de R$ 20 mil, cesta básica de R$ 326,67, jornada de 36 horas semanais. Os aeronautas pedem a definição de valores para as diárias internacionais, o fim do teto para o vale-alimentação, o pagamento para jornadas semanais acima de 44 horas, aumento de folgas mensais, a limitação de trabalho em madrugadas consecutivas, remuneração das horas de solo e um plano de previdência privada.

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Atleta levou três tiros em frente a casa da família na segunda (19). Ele passou por quatro cirurgias mas não resistiu aos ferimentos.
Familiares comunicaram, no início da tarde desta terça-feira (20), a morte do surfista catarinense Ricardo dos Santos, de 24 anos. Ele levou três tiros em frente à casa da família, na Guarda do Embaú, em Palhoça, Santa Catarina. O atleta passou por quatro cirurgias no Hospital Regional de São José, mas não reagiu aos procedimentos médicos e as hemorragias não cessaram, causando sua morte. Um policial militar, de 25 anos, é o principal suspeito dos disparos.
Após a notícia, amigos e familiares permaneceram na entrada do hospital, onde estavam desde segunda-feira (19). O principal suspeito dos disparos está detido no quartel da PM em Florianópolis. Segundo o delegado responsável pela investigação, Marcelo Arruda, será solicitada a tipificação do inquérito de tentativa de homicídio para homicídio doloso qualificado. alteração que ainda deve ser analisada pela promotoria de Justiça, em paralelo, o PM também responderá a um inquérito militar, pelo mesmo crime.
Baleado na Guarda do Embaú
Ricardinho, especialista em ondas pesadas e tubulares e reconhecido internacionalmente por diversos títulos, foi baleado na manhã de segunda-feira na praia do Guarda do Embaú, em Palhoça.
Conforme depoimento de testemunhas à Polícia Militar, ele pediu para que duas pessoas, um policial militar e um menor – irmão do PM, segundo a polícia –, que estariam consumindo drogas, saíssem da frente da casa dele. Houve discussão, e Ricardinho foi atingido por três tiros entre o tórax e o abdômen.
Os familiares do esportista dizem que um dos homens teria estacionado o carro sobre um cano que faz parte de uma obra realizada na casa de Ricardo, o que teria motivado o pedido para que saíssem do local. A investigação apura as duas versões, conforme o delegado, Marcelo Arruda.
Além do policial militar, o irmão dele, menor de idade, foi apreendido. O agente público estava de férias, segundo a PM informou em nota. Conforme o texto, ele responderá inquérito administrativo, além do que foi instaurado pela Polícia Civil. O soldado, que está na corporação desde julho de 2008, pertence ao 8º Batalhão de Joinville, no Norte do estado.
Duas versões
O policial afirmou em depoimento que atirou para se defender. "Ele alegou legítima defesa. Disse que a vítima teria tentado agredir e que ele teve que se defender", detalhou o delegado Marcelo Arruda, responsável pelo caso.
O policial manteve a versão apresentada também pelo irmão, um menor que estava junto com ele no momento da discussão. O garoto foi liberado.
A Polícia Civil também coletou depoimentos do avô e de um tio do surfista e de dois policiais militares que atenderam a ocorrência.
"São duas versões conflitantes. Uma parte alega que agiu em legítima defesa, que teria sido ameaçada antes, e a outra parte fala que não, que foram feitos os disparos injustificados, que não houve nenhum tipo de agressão anterior que motivassem esses disparos", afirma Marcelo Arruda.
O delegado disse que o menor de idade foi ouvido pela polícia como testemunha. "Ele não teve envolvimento e alega que a vítima foi para cima deles com um facão, e ele [o policial] só reagiu em legítima defesa", detalha Arruda.
No entanto, segundo Arruda, os policiais militares que atenderam a ocorrência não apreenderam nenhum facão no local dos disparos. Já a arma do policial, assim como o veículo dele, foi encaminhada para o Instituto Geral de Perícias.
"Com certeza vamos fazer reconstituição para ficar melhor esclarecido. Não vai demorar, porque como se trata de pessoa presa, o prazo é bem exíguo", explica o delegado Arruda. "Não tem mais ninguém para ser ouvido", detalha. Ele acredita que o inquérito seja concluído em 10 dias.

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O gabinete da Presidência da República elevou em 51% os gastos com cartões corporativos em 2014, com 99% das despesas sendo declaradas sigilosas. O montante foi de R$ 8,8 milhões de reais, sendo que em 2013 o total havia sido de R$ 5,8 milhões, em valores já corrigidos, segundo levantamento divulgado pela Veja. Os gastos de Dilma e sua equipe mais próxima constituíram uma média de R$ 24.007,00 por dia em 2014, incluindo feriados e fins de semana. Os cartões corporativos, oficialmente chamados de cartões de pagamento do governo federal, só podem ser usados para compra de material e contratação de serviços de pequeno vulto, em caráter excepcional. Despesas com passagens aéreas e diárias de hotéis, por exemplo, estão vetadas. 

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Para quem realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e quer, através da nota dele, ingressar no ensino superior neste semestre, as próximas semanas são decisivas. Primeiro, o MEC prometeu divulgar hoje as notas dos candidatos - se você ainda não conferiu a sua, pode fazê-lo no site enem.inep.gov.br.
Com a nota na mão, o segundo passo é sondar as vagas disponíveis pelo Sisu, que é o Sistema de Seleção Unificada das instituições públicas de ensino. Só em universidades públicas baianas são 12.886. Embora ainda não haja informações de notas de corte dos cursos, já é possível conferir quantas vagas e em qual campus ou cidade está o curso que você quer.

Para este semestre, há nove instituições de ensino ofertando vagas na Bahia, distribuídas em 43 cidades; Salvador reserva quase 37% delas, com 4.746 cadeiras em 114 opções de curso. Veja ao lado todas as vagas na capital baiana e o mapa das vagas na Bahia.

Na próxima segunda-feira e até quinta (22) ficam abertas as inscrições no Sisu. Vale destacar que o sistema do Ministério da Educação (MEC) permite que o inscrito no sistema se candidate para uma vaga em qualquer uma das 205.514 vagas, 5.631 cursos ou 128 instituições públicas de educação superior em todo o país — ou seja, não há nenhuma restrição por estado. A consulta das vagas já está disponível no site sisu.mec.gov.br.

No país, se comparado com a edição de janeiro de 2014, houve crescimento de 11% no número de instituições participantes (na Bahia, se mantiveram as 9), 20% no de vagas ofertadas e 19% no de cursos com oferta de vagas.

Ansiedade
A sensação dos estudantes, desde ontem, era de ansiedade por conta da divulgação da nota. O estudante Vítor Ribeiro, 18 anos, pretende, através do Sisu, concorrer a vagas para o curso de Engenharia Elétrica nas federais de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. E destaca o benefício do Sisu.

“Você pode só com o Enem, que é uma prova considerada mais fácil, concorrer em todo o país, sem precisar viajar para fazer o vestibular”, avalia. Mas há também o temor desse aspecto da prova, e ele mesmo pondera: “A concorrência também é muito maior. Eu acredito que para o curso que eu quero dê pra passar na Ufba, que é uma nota de 750, mas em outros cursos é mais de 800, que é a nota de corte daqui para cursos como Medicina”, conta. As notas de corte vigentes para o processo seletivo deste ano só serão divulgadas quando a seleção iniciar.

Ufba
Quase a totalidade das vagas (4.252) na capital são da Universidade Federal da Bahia, que este ano fez uma nova alteração na forma de seleção. Este será o segundo ano em que a Ufba adere completamente ao Sisu e não realiza vestibular. Em 2015, no entanto, ela vai pela primeira vez ter dois processos seletivos em um mesmo ano. As vagas do primeiro e do segundo semestre vão ser distribuídas nas duas edições que o Sisu faz por ano. A mudança foi para evitar deixar vagas ociosas no segundo semestre, quando, na experiência do ano anterior, foram necessárias várias listas de chamadas para o preenchimento das vagas.

As demais vagas na capital são distribuídas entre os 23 cursos da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) - que este ano reservou 346 vagas para o Sisu, já que ainda mantém o vestibular tradicional da instituição. Entre elas, há vagas para as concorridas Medicina (16), Administração (26) e Relações Públicas (26).

Já o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba) tem 148 vagas na capital. No interior, 8.140 vagas são ofertadas.

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No quesito feriado prolongado, o ano de 2015 será bem menos injusto que o passado. Os feriados da Independência do Brasil (7 de setembro), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro) e Finados (2 de novembro), que caíram no domingo em 2014, passarão a ser na segunda-feira, o que ajuda a aumentar a conta dos feriadões.Ao todo serão dez, o dobro de feriadões nacionais em relação a 2014: Confraternização Universal (1º), Carnaval, Páscoa, Tiradentes, Dia do Trabalho, Corpus Christi, Independência, Nossa Senhora Aparecida, Finados e Natal.

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Em uma sessão que durou mais de 18 horas, o Congresso Nacional aprovou no fim da madrugada desta quinta-feira o projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, permitindo a revisão da meta de resultado fiscal deste ano. Apesar da longa obstrução dos oposicionistas, o governo conseguiu manter o quórum e aprovar o projeto por votação nominal. Foram 240 votos a favor, na Câmara, e 39 no Senado.

Após a aprovação do texto principal, os parlamentares rejeitaram, por votação simbólica, três destaques que propunham mudanças ao projeto. O último destaque, por falta de quórum, não foi votado. Em função disso, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) marcou nova sessão para terça-feira (9) da próxima semana, ao meio-dia, a fim de apreciar e votar o último destaque. Em seguida, às 5h, Renan encerrou a sessão.

Está pendente de votação emenda do deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) que tenta limitar as despesas correntes discricionárias (que o governo pode escolher se executa ou não) ao montante executado no ano anterior.
Na prática, a matéria aprovada permite ao Executivo descontar da meta fiscal os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as perdas de receita geradas por incentivos fiscais concedidos no último ano.

A oposição considera que a revisão da meta fiscal compromete a credibilidade da economia brasileira com investidores internacionais e entende como uma manobra para evitar que a presidente Dilma responda por descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Os governistas, no entanto, alegam que o projeto visa a evitar que o governo tenha que fazer cortes radicais em todas as áreas e programas para alcançar a poupança prevista inicialmente.


O texto aprovado é um substitutivo da Comissão Mista de Orçamento, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que garante ao governo a possibilidade de usar mais que o limite atual de R$ 67 bilhões para abater despesas a fim de chegar à meta de resultado fiscal, fixada em R$ 116 bilhões.
Assim, todos os gastos com ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com as desonerações tributárias concedidas neste ano poderão ser deduzidos da meta. A execução do PAC até o início de novembro soma R$ 51,5 bilhões. As desonerações, segundo a Receita Federal, estavam em R$ 75,1 bilhões até setembro. Como todas essas despesas devem subir até dezembro, o valor do desconto pode passar dos R$ 140 bilhões, mais do que o dobro do abatimento em vigor.

Mudança não é nova
A mudança na forma como o governo pode cumprir as metas de superavit primário não é novidade na legislação orçamentária. A primeira delas ocorreu em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso, quando foi mudada na LDO a forma de citação do superavit: de percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para um valor em reais.

A alteração permitiu o uso de um superavit maior de estatais (R$ 10 bilhões) para compensar um deficit primário nos orçamentos fiscal e da Seguridade (R$ 8 bilhões a menos que a meta de R$ 28 bilhões).

Na mudança aprovada nesta quarta-feira, entretanto, os oposicionistas criticaram a edição de um decreto (8.367/14) de liberação de recursos represados, em um total de R$ 10 bilhões, condicionados à aprovação do PLN 36/14. Segundo a oposição, o problema é que, além do condicionamento, nesses R$ 10 bilhões há R$ 444 milhões para emendas parlamentares individuais ao Orçamento de 2014.

Para o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), a própria LDO obriga a publicação do decreto com o valor que está sendo liberado para custeio, no qual está inserido um percentual para as emendas parlamentares devido à regra do orçamento impositivo incluída na LDO 2014.

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Antes de apreciar o projeto que revê a meta de resultado fiscal, o Congresso aprovou o Projeto de Lei (PLN) 31/14, que abre crédito especial no valor de R$ 248 milhões para o pagamento de dívida do Instituto Aerus de Seguridade Social. O Aerus reúne aposentados e pensionistas das extintas empresas aéreas Varig, Transbrasil e Cruzeiro.
Os recursos são para o cumprimento de execução provisória de ação movida contra a União pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas e pela Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas da Transbrasil. O projeto segue agora à sanção presidencial.


Os parlamentares também limparam a pauta em relação aos vetos presidenciais que ainda estavam pendentes de apreciação. Com isso, será possível analisar em breve o projeto da LDO e o Orçamento Geral da União para 2015. Ambos, contudo, ainda precisam ser aprovados na Comissão Mista de Orçamento.

Com informações da Agência Câmara

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Após passar mal e com suspeitas de infecção urinária, o ex-jogador Pelé deu entrada nesta segunda feira (24) no hospital Albert Einstein, zona sul de São Paulo.
A assessoria do hospital informou não ter notícias sobre o quadro de saúde doi ícone Pelé.
No dia 12 de novembro, Pelé se queixou de dores, onde foi levado para o mesmo hospital, onde passou por vários exames.

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Miriam Leitão entrevistou o governador Geraldo Alckmin, reeleito no primeiro turno para conduzir o estado de São Paulo nos próximos quatro anos. O estado enfrenta a pior crise hídrica da história do país. Mesmo assim, o governador encarna a figura de um dos principais líderes do PSDB e de toda a oposição.

Alckmin recebeu Miriam Leitão no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para falar sobre a seca de São Paulo, a dificuldade de ser oposição no Brasil e a expectativa para os próximos anos.

Sobre a falta de água, Alckmin disse: “São questões localizadas. O que nós fizemos para enfrentar a seca e com antecedência? Primeiro, lançamos o bônus, em fevereiro, há dez meses O único governo do Brasil que disse: ‘economize, faça uso racional da água e ganhe um prêmio’.”

O governador disse que o racionamento é “tecnicamente inadequado”, e explicou: “A seca foi a maior seca dos últimos 84 anos. E ela pegou uma faixa do Sudeste. Não é São Paulo inteiro. O sul de São Paulo não teve nenhum problema de chuvas. O problema foi o noroeste do estado, o sul de Minas Gerais e um pouco o Triângulo Mineiro”.

Alckmin também falou sobre a ajuda do governo federal em seu governo. “O que caracteriza a federação é a parceria entre os entes federativos. E nós precisamos ser republicanos. O dinheiro do governo do estado não é do PSDB. É do contribuinte. O recurso federal não é do PT. Ele é do contribuinte brasileiro. É da população que paga impostos. Então, os recursos devem ir aonde há necessidade”, afirmou.

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O reajuste no preço da gasolina, anunciado nesta quinta-feira (6) pela Petrobras é, na avaliação de líderes do PSDB, mais um item no que eles classificam de "estelionato eleitoral" praticado pelo governo petista. Segundo o partido, os reajustes nos preços dos combustíveis e da energia elétrica, além do aumento de juros, foram feitos logo após a reeleição da petista, em contradição ao discurso que ela fez durante a campanha presidencial. Na avaliação do líder do PSDB na Câmara dos Deputados, o baiano Antonio Imbassahy, esses são alguns itens do pacote de maldades que começou a ser entregue aos brasileiros logo após as eleições. Segundo o líder, três dias após ser eleita, a presidente Dilma mandou subir os juros, enquanto dizia na campanha que isso não iria acontecer. "Ela mentiu para os brasileiros, agora caiu a máscara", emendou. E, na mesma linha, disse que ela autorizou o reajuste da gasolina, em contradição ao que dizia durante a corrida presidencial. "Quem pode acreditar (na Dilma)?", questionou, emendando: "Essa é a presidente que fez uma campanha há algumas semanas e agora anuncia medidas que dizia repudiar. É por isso que ela perdeu a credibilidade e, quando isso acontece, a situação tende a piorar". O deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) citou o aumento das tarifas de energia. Segundo ele, os cariocas terão aumento em suas contas de 17,75% a partir de amanhã e para os consumidores industriais o aumento poderá chegar a 20,25%. Para os tucanos, aumento como este anula o desconto na conta de luz concedido pelo governo federal em 2012. Para o parlamentar tucano, "a falta de honestidade em deixar claro que a luz iria aumentar é um verdadeiro estelionato eleitoral"

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BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que o governo pretende “fazer o dever de casa” e cortar gastos. A presidente disse que não pretende mexer na meta de inflação (4,5% ao ano) ou no intervalo de tolerância, que hoje é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. De acordo com a presidente, as contas serão verificadas com “lupa”.

LEIA: íntegra da entrevista com Dilma

- Vamos fazer o dever de casa, apertar o controle da inflação e teremos limites fiscais. Vamos reduzir os gastos. Vamos olhar todas as contas com lupa e ver o que pode ser reduzido e o que pode ser cortado. Temos que fazer um ajuste em várias coisas, várias contas podem ser reduzidas. Minha visão de corte de gastos não é similar àquela maluca de choque de gestão — disse Dilma, em entrevista para os principais jornais do país.

pregou durante a campanha eleitoral, Dilma defendeu a manutenção do número de ministérios.

- Essa história de cortar ministério é lorota.

A presidente reafirmou que o nome do novo ministro da Fazenda não será anunciado antes da reunião de cúpula do G- 20, que ocorre de 15 e 16 de novembro, na Austrália.

Perguntada sobre a operação Lava-Jato que investiga corrupção na Petrobras, a presidente afirmou que trata-se de uma oportunidade para "acabar com a impunidade”.

- A operação trouxe o momento para acabar com a impunidade no país. Não vou engavetar nada, não vou pressionar opara não investigar, quero todos os responsáveis punidos - afirmou Dilma.

Segundo Dilma, o compromisso do governo é com as instituições e com a democracia.

- Acho fundamental a separação dos poderes, a independência do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. As instituições estão funcionado e as nossas eleições são produto disso. Nós avançamos muito, somos exemplo de uma grande democracia. O eleitor não é de ninguém, ninguém é dono do eleitor. Se tem um momento que todos somos iguais é na urna. A visão de que o eleitor é meu, é ultrapassada, é patrimonialista.

Dilma repetiu que é necessário “saber perder e saber ganhar”. No entanto, ela reconheceu que saber ganhar é tão difícil como saber perder.

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- Saber ganhar na democracia é tão difícil quanto saber perder, porque existe a tendência das pessoas acharem que é o rei da cocada preta. Não sairá da sua cabeça o que fazer pelo país, tem que ter uma interação. Não estou propondo nenhum diálogo metafísico, sobre quem sou, o que quero, para onde vai — afirmou.

Sobre a resolução divulgada pelo PT na segunda-feira, que classificou a campanha da oposição de "racista e machista", a presidente não chancelou o texto:

- Eu não represento o PT, eu represento o país, a Presidência da República. Não sou presidente do PT. A opinião do PT é a opinião de um partido. O PT, como todo partido, tem posição de partes. É típico deles.

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