O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, comentou o resultado da pesquisa Real Time/ Big Data, divulgada nesta quinta-feira, 20, que aponta vitória de Jerônimo Rodrigues, candidato do PT ao Governo do Estado, com 52% dos votos, oito pontos a mais do que o segundo colocado, ACM Neto, do União Brasil, que pontuou 44%.

“Felizmente, os institutos de pesquisa já estão começando a captar a realidade que vemos nas ruas, em Salvador, no interior do estado, com a população abraçando a campanha do nosso candidato e a militância mobilizada cada vez mais para este segundo turno, já que no primeiro não ganhou por pouco”, avaliou o presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, que acredita que a vitória será ainda maior no dia 30 de outubro.

O presidente do PT destacou ainda a importância do apoio de prefeitos, ex-prefeitos, lideranças políticas que antes apoiavam ACM Neto e que desde a vitória de Jerônimo resolveram apoiar o candidato de Lula na Bahia. “No primeiro turno, o ex-prefeito de Salvador, tinha certeza que ganharia as eleições, então acabou enganando muitas lideranças e partidos políticos, e até mesmo a população. Mas o resultado das urnas do dia 2 de outubro mostrou que o povo baiano tem lado e sabe que Jerônimo e Lula são o melhor para a Bahia e para o Brasil”.

A nova pesquisa entrevistou 1.200 eleitores entre os dias 17 e 18 de outubro. O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) sob código BA-02300/2022. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro está em 3 pontos percentuais.

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O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mostrou confiança em sua vitória e afirmou nesta sexta-feira, 14, que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, precisará cumprir os ritos de transição de governo no ano que vem. "Vai ter que ter humildade e, no dia 1º de janeiro, colocar a faixa no meu pescoço", afirmou o petista em coletiva de imprensa em Recife.

Lula voltou a dizer que Bolsonaro faz uso ostensivo da máquina pública pela reeleição, de forma nunca antes vista. Mas reiterou que, na sua avaliação, o movimento será em vão. "Ele pode gastar o que quiser, está dado, o destino do Bolsonaro está traçado", declarou o ex-presidente.

O petista está em giro pelo Nordeste para ampliar sua vantagem na região e levar as eleições no segundo turno. Na quarta-feira, 12, foi a Salvador. Nesta quinta, 13, esteve em Aracaju e Maceió Hoje, finaliza a semana em Recife, com uma caminhada pelo centro da capital pernambucana ao lado da candidata a governadora Marília Arraes (Solidariedade). Atento à ofensiva, Bolsonaro tenta reagir e também organiza comícios no Nordeste.

Ao lado da aliada, Lula ironizou o ato esvaziado do adversário em Recife. "Sei que ele veio aqui ontem. Seria até bom alguém ligar para ele ver na televisão a nossa passeata. Ele vai ver que é bem maior que o vergonhoso ato que ele fez ontem aqui. Se ele tivesse que viver de venda de camisa no ato de ontem aqui, iria morrer de fome, de tão pouca gente que tinha", afirmou o candidato a presidente.

Lula aproveitou o pronunciamento para destacar entregas do PT a Pernambuco ao longo de seus governos e estendeu críticas a Bolsonaro pela gestão da pandemia. "Se ele tivesse deixado de ser ignorante e conversado com pessoal da área da saúde, dos laboratórios, secretários de Estado em vez de brigar com governadores, muita gente hoje teria seu filho em casa, seu pai, mãe", destacou. "Ele é cidadão que não sabe respeitar o mínimo de sensibilidade do ser humano, vive da mentira",finalizou.

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Quinta, 13 Outubro 2022 09:52

Jerônimo não vai ao debate da TV Aratu

Jerônimo Rodrigues (PT) não irá ao debate entre os candidatos ao governo da Bahia, previsto para esta quinta-feira, 13, na TV Aratu. A campanha petista divulgou um comunicado há pouco em que justifica a decisão por causa da "aparente parcialidade da TV Aratu que é, fato público e notório, gerida (CEO) pela candidata a vice-governadora na chapa adversária".

No texto, a coordenação da campanha de Jerônimo Rodrigues argumenta que a emissora não promoveu debate no primeiro turno, fato que "coadunava com o interesse do candidato a Governador ACM Neto naquele momento" e considera que uma concessão pública "não pode estar a serviço de interesse privados, contra o interesse público e a democracia".

A campanha petista também afirmou que "qualquer benefício dado ao candidato a governador da qual a CEO da TV Aratu é postulante a vice-governadora, poderá ser considerado como abuso dos meios de comunicação e comprovação de parcialidade da concessionária".

Na segunda-feira, 10, a campanha petista disse ao A TARDE que vai analisar caso a caso os compromisso e convites no segundo turno e que não descartaria a participação de Jerônimo em debates.

"Desespero"

O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) também subiu o tom ao afirmar que a vontade de ACM Neto em participar de debates, além da sua ofensiva de "ataques e mentiras", vem do "desespero pela derrota que se aproxima".

O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) questionou o motivo pelo qual a executiva da Aratu mudou, de um turno para o outro, sua decisão de promover o embate entre os candidatos.

"Todos esses ataques e mentiras que estamos vendo nas redes sociais, na campanha, é tudo por conta da derrota. Tudo isso é desespero? Ele só vai no debate da TV da família no primeiro turno, a emissora da vice cancela o debate de forma conveniente a escolha dele, e agora ele quer atacar Jerônimo que foi em todos os debates do primeiro turno? É muita cara de pau", criticou.

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Candidato a governador da Bahia, ACM Neto (União Brasil) afirmou, nesta terça-feira (4), que o desejo de mudança do povo baiano foi demonstrado nas urnas no último domingo (2), quando a maior parte da população da Bahia votou pela alternância de poder no Governo Estadual. Após uma série de reuniões realizadas com lideranças políticas, Neto retoma a agenda de campanha na quarta-feira (05), com carreata em Salvador e participação em entrevistas de rádios.

"Em termos numéricos, a maioria dos eleitores da Bahia optou por um sentimento de mudança. Então, nós vamos buscar esse desejo que foi apresentado pela maioria dos eleitores no primeiro turno para, com isso, tentar virar o jogo e sair vitorioso", avaliou o ex-prefeito de Salvador.

O candidato afirmou que vai retomar a agenda de atividades nas ruas, com caminhadas, carreatas e encontros com os eleitores e lideranças políticas. "A gente fez um primeiro turno bem aquecido, e a ideia é que a gente possa manter esse mesmo aquecimento no segundo turno. Claro que trazendo uma mensagem que possa conquistar os eleitores que não votaram no nosso projeto no primeiro turno", disse o candidato em entrevista para a TV Record.

O ex-prefeito de Salvador ressaltou ainda que nos próximos dias surgirão novidades importantes na campanha. Neto contou que este é um momento de muitas conversas e ajustes, mas que continua focado na sua maior aliança, que "é com o povo da Bahia".

"Agora é um momento de muita conversa com deputados que se elegeram, com deputados que não se elegeram, com lideranças políticas, com prefeitos, vereadores no interior. Eu sempre digo que minha maior conexão é com as pessoas. E esses dois últimos dias foram de muitas horas dedicadas a conversas políticas. E eu não tenho dúvida que novidades surgirão agora nesses próximos dias", antecipou o candidato.

Agenda

Amanhã (05), Neto vai realizar uma carreata em Salvador, às 09h. Antes disso, o candidato participa de uma entrevista na Rádio Piatã a partir das 08h. Já na parte da tarde, às 13h, o ex-prefeito de Salvador estará ao vivo na Rádio UP, de Vitória da Conquista.

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Pesquisadores ouvidos pelo Estadão dizem que não há explicação única para as divergências entre as pesquisas de intenção de voto divulgadas até a véspera do primeiro turno das eleições de 2022 e os resultados saídos das urnas no domingo. As hipóteses apresentadas incluem questões estatísticas, as metodologias dos levantamentos e mudanças no comportamento dos eleitores. Há ainda possibilidades no campo da ciência política que explicariam mudanças de última hora na decisão de voto.

Assim como nas eleições de 2018, as divergências em 2022 foram maiores em relação às intenções de voto do eleitor de direita, em especial dos bolsonaristas. Em boa parte dos Estados e para os diferentes cargos, somam-se exemplos nos quais os levantamentos não conseguiram prever a vitória ou a liderança de políticos desse campo. O destaque foi o desempenho do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que, nos últimos levantamentos dos mais conhecidos institutos de pesquisa (Datafolha e Ipec), aparecia com 36% ou 37% dos votos válidos.

Ao fim da apuração em primeiro turno, Bolsonaro somava mais de 43% dos votos. A diferença ultrapassou as margens de erro, gerando críticas entre políticos aliados ao presidente.

A distância entre os números da pesquisa e o resultado do primeiro turno não foi tão ampla no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele registrava de 50% a 51% das intenções de voto nas pesquisas mais recentes. Acabou com pouco mais de 48%, dentro da margem de erro de dois pontos, para mais e para menos. No caso do petista, acertou.

Institutos como o Paraná Pesquisas (Lula 47% dos votos válidos a 41% de Bolsonaro) e o Futura Inteligência, contratado pelo Banco Modal (43,6% para Lula ante 40,5% de Bolsonaro), ficaram mais próximos do resultado da votação.

Variáveis
Na estatística, um dos problemas considerados é a definição da amostra. Esse é o grupo de pessoas que serão entrevistadas. A precisão da pesquisa passa por uma amostra que reflita, da forma mais fiel possível, a composição demográfica do eleitorado brasileiro. Entram aí variáveis como sexo, renda, religião, idade. A ideia é reproduzir um modelo semelhante à sociedade a ser submetida à pesquisa de opinião.

O problema neste caso é a desatualização do Censo. Tradicionalmente feito a cada dez anos, o recenseamento demográfico mais recente é de 2010. O de 2020 foi adiado, por causa de cortes orçamentários e da pandemia de covid-19. Está em campo o Censo 2022, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já anunciou atrasos na coleta das informações

Segundo Roberto Olinto, ex-presidente do IBGE e pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), a desatualização do Censo faz diferença na definição das amostras das pesquisas. Isso porque o Censo é o melhor e mais fiel retrato da composição demográfica do País. Idealmente, o IBGE faz o Censo a cada dez anos. A cada cinco, faz uma contagem populacional mais rápida, para acompanhar o crescimento populacional. A contagem de 2015 foi cancelada, de novo por causa de restrições orçamentárias.

Com base nesse retrato, o IBGE investiga permanentemente diversas informações sobre demografia e aspectos socioeconômicos por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Só que, assim como as pesquisas de intenção de voto, a Pnad é amostral. Usa um grupo menor para representar toda a sociedade. Mesmo tendo uma amostra gigantesca, com entrevistas em torno de 210 mil domicílios, a Pnad Contínua também é baseada no Censo mais recente. A pesquisa domiciliar serve para atualizar as informações demográficas e socioeconômicas ao longo da década. Mas precisa da atualização do Censo para se manter precisa.

Em 12 anos, desde o Censo 2010, a sociedade brasileira "mudou muito", ressaltou Olinto. Isso inclui vários aspectos importantes para pesquisar as intenções do eleitorado. Mudou, por exemplo, a proporção de evangélicos no total da população e a estratificação da população por faixas etárias. "O Brasil ficou mais velho."

Olinto, porém, avalia que os problemas não se resumem a questões estatísticas. O fato de a votação de Lula ter sido próxima ao previsto nas margens de erro sinaliza que o problema estaria mais localizado na aferição das intenções de voto dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Nesse caso, as explicações estariam mais ligadas ao comportamento do eleitor, explicado pela ciência política.

Transparência
Segundo Alexandre Patriota, professor do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, os institutos de pesquisa eleitoral deveriam mudar a forma de divulgar seus resultados. Uma sugestão seria essas empresas informarem, para a comunidade de pesquisadores, mais detalhes sobre sua metodologia. Ressaltando que não é especialista em pesquisa eleitoral, mas, sim, estudioso dos fundamentos da probabilidade e da estatística, o professor citou que pode haver problemas tanto na forma como as informações são coletadas quanto na definição das amostras.

"A metodologia estatística adequada depende de como os dados foram coletados. A transparência é uma das formas de resolver o problema. Não há nem como diagnosticar o problema se não temos informações exatas sobre o processo completo", disse Patriota, em entrevista por escrito. "Empresas precisam repensar a forma de divulgação dos resultados. Precisamos de mais transparência sobre como as estimativas são obtidas, como são corrigidas, quais são as ponderações usadas nas correções, etc. Uma forma seria disponibilizar os dados brutos ou agregados em algum nível para que seja possível reconstruir as estimativas e suas variabilidades. Assim os especialistas poderiam recalcular estimativas utilizando outras metodologias."

'Antecipação'
Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, especializado no comportamento das famílias de renda média, que ficaram conhecidas como "classe C", concorda com o peso da desatualização do Censo. Mas destaca uma série de hipóteses para explicar o que parece ter sido uma "migração" das intenções de votos de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) para Bolsonaro.

Uma hipótese é que tenha havido uma "antecipação" do segundo turno. Ou seja, potenciais eleitores de Simone e Ciro que não descartavam a possibilidade de votar em Bolsonaro teriam feito o "voto útil", já no primeiro turno, pela reeleição do presidente. O fato de as intenções de voto de Bolsonaro num eventual segundo turno se situarem próximas da votação de domingo reforçaria a hipótese.

Avalia-se que, com as urnas eletrônicas, as intenções de voto seriam medidas com maior precisão na pergunta espontânea. Os institutos divulgam prioritariamente as informações obtidas pela pergunta estimulada. Nela, o entrevistado responde sua intenção de voto perante uma lista com os nomes dos candidatos.

A questão é que, na urna eletrônica, não há lista de nomes.

Recusa
Outra hipótese citada frequentemente por especialistas é o que Meirelles chama de "viés de recusa". Nesse caso, eleitores do presidente Bolsonaro tenderiam a se recusar a responder aos institutos de pesquisa numa frequência superior à média do eleitorado.

A antropóloga Isabela Kalil, acha possível que os eleitores de Bolsonaro se recusem a responder pesquisas com frequência maior, como um ataque à precisão das pesquisas eleitorais. Para ela, outro fator são as redes sociais e a internet nos celulares, que contribui para mudanças rápidas na opinião pública.

 

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Se você for um dos mais de 2,4 milhões de eleitores aptos a votar na Bahia que, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-BA), não exerceram seu direito nesse domingo (2), saiba que isso não te impede de fazê-lo no dia 30, quando será realizado o segundo turno das eleições para o governo estadual e a Presidência. Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “cada turno de votação é uma eleição independente”.

Nem mesmo quem ainda não tiver justificado a ausência no primeiro turno até a data do segundo será impedido de votar: basta não ultrapassar o prazo estabelecido pelo TSE, de 60 dias — ou 1º de dezembro de 2022 —, para apresentar a justificativa. A arquiteta Michele Lanzzarini, de 37 anos, por exemplo, mora em Salvador e, dessa vez, não pôde se deslocar até seu domicílio eleitoral, São Francisco do Conde, na região metropolitana.

Ela, que já justificou a ausência, afirma que gostaria de exercer o direito de votar, pelo menos, no segundo turno, mas ainda não sabe se será possível. “Eu estou com um bebê de 5 meses. Aí, preciso de uma pessoa que me leve”, conta. Isso poderia ter sido resolvido se Michele tivesse solicitado o voto em trânsito — direito de votar em cidade diferente da que consta no título —, mas ela não o fez até o limite, 18 de agosto, e não será dada uma nova oportunidade pelo TSE nestas eleições.

Quem não comparecer às urnas também no segundo turno deve justificar novamente à Justiça Eleitoral. O prazo é igual, 60 dias — ou 9 de janeiro de 2023. Quem estiver fora do Brasil tem mais 30 dias após o retorno ao país.

Segundo o TRE-BA, se for no mesmo dia do pleito, a justificativa dispensa comprovação documental e pode ser feita de duas formas:

1- Pelo aplicativo ‘e-Título’, disponível para qualquer smartphone;

2- Pelo formulário ‘Requerimento de Justificativa Eleitoral’, que deve ser preenchido e apresentado, com um documento de identificação com foto, às mesas receptoras de votos ou de justificativas instaladas nos locais divulgados pelos TREs e pelos Cartórios Eleitorais.

Caso seja depois do dia da votação, há três meios — todos, com exigência de documentação que comprove o motivo da ausência:

1- Pelo ‘e-Título’;

2- Pelo ‘Sistema Justifica’, que pode ser acessado nos portais da Justiça Eleitoral;

3- Pelo formulário ‘Requerimento de Justificativa Eleitoral (pós-eleição)’.

Se aceita, a justificativa será registrada no histórico do título eleitoral; se negada, a pessoa terá que quitar o débito.

Horário eleitoral e debates
Conforme divulgado pelo TSE, às 17h dessa segunda-feira (3), foram liberadas a propaganda eleitoral por alto-falantes ou amplificadores de som — das 8h às 22h; a distribuição de material gráfico, caminhada, carreata ou passeata; os comícios; e a propaganda na internet. O horário eleitoral gratuito nas emissoras de rádio e televisão recomeça nesta sexta-feira (7), e o tempo de propaganda será dividido igualmente entre os candidatos.

As propagandas dos postulantes à Presidência serão veiculadas na televisão de segunda a sábado, entre 13h e 13h10, e 20h30 e 20h40; no rádio, vão ao ar de 7h a 7h10 e de 12h a 12h10. O candidato que obteve o maior número de votos no primeiro turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será o primeiro a se apresentar, com alternância da ordem a cada programa ou inserção.

Tanto na Bahia como nos outros 11 estados em que a disputa para o governo será definida no segundo turno, os candidatos poderão veicular propaganda entre 7h10 e 7h20, e 12h10 e 12h20 no rádio; na televisão, será de 13h10 a 13h20, e de 20h40 a 20h50. Além disso, de segunda a domingo, as emissoras devem destinar a cada um, dos dois cargos em disputa, 25 minutos de suas programações, para que sejam exibidas inserções de 30 e 60 segundos.

Os primeiros debates já têm data marcada, com transmissão da TV Band: o presidencial será neste domingo (9), e o para governador, na próxima segunda-feira (10).

Mais votantes, mais faltantes
De acordo com dados do TSE, 11.291.528 pessoas estavam aptas a votar em toda a Bahia, e 2.408.472 delas não foram, o que corresponde a 21,32%. Com isso, o número de ausentes no primeiro turno deste ano foi percentualmente superior ao das eleições de 2018, quando 2.154.937 pessoas deixaram de votar no estado, o equivalente a 20,74% dos eleitores, já que, naquele ano, havia 10.393.170 aptos ao voto.

Por outro lado, votos nulos e brancos dados pelos baianos apresentaram quedas quantitativa e percentual: ao todo, 328.371 pessoas votaram nulo (3,70%), e 123.445, em branco (1,39%). Juntas, as duas opções representaram 5,09% dos votos no estado. Para que se tenha noção da diferença, há quatro anos, 314.605 (3,82%) eleitores que compareceram às urnas votaram em branco, e 1.170.405 (14,21%) anularam o voto.

Longas filas
O domingo (2) ficou marcado por reclamações de pessoas que chegaram a passar duas horas nas filas em suas seções, para poder votar. Segundo o presidente do TRE-BA, Roberto Maynard Frank, a longa espera registrada nos pontos de votação foi resultado de três fatores: o aumento do número de votantes, o uso da biometria e o protocolo de recolhimento dos celulares.

"A Bahia foi o estado que percentualmente mais cresceu em seu eleitorado: praticamente 1 milhão de eleitores além de 2020. [...] Isso tudo associado, ainda, a uma eleição com regulamentação do TSE de entrega do celular, cuja participação do eleitorado foi híbrida, eleitores biometrizados e não biometrizados", disse Frank, no balanço que fez do pleito no estado, na noite de domingo.

Questionado sobre como irá agir para diminuir o tempo de espera nas seções, o TRE-BA afirmou, por meio de sua assessoria, que as estratégias para o segundo turno começarão a ser pensadas nesta terça-feira (4).

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Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União Brasil), vão disputar o governo da Bahia no segundo turno das eleições 2022. O resultado foi matematicamente confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste domingo (2). Nenhum dos candidatos obteve votos válidos suficientes para decidir a eleição no primeiro turno.

Com 100% das urnas apuradas, às 2h02, o petista recebeu 4.019.830 de votos, o que representa 49,45% dos votos válidos. O candidato do União Brasil conquistou 3.316.711 de votos, o que representa 40,80%.

Segundo a última pesquisa Datafolha, ACM Neto liderava as intenções de voto, com 51%, enquanto Jerônimo tinha 38%. O Instituto Ipec também apontava liderança do candidato do União Brasil, com 51%, e o petista com 40%.

João Roma, do PL, ficou em terceiro lugar, seguido por Kleber Rosa (PSOL). Os dois ficaram de fora da disputa no segundo turno.

O resultado é histórico, uma vez que há 28 anos as eleições para o governo da Bahia não são definidas no segundo turno. A última vez foi em 1994, entre Paulo Souto e João Durval Carneiro, com vitória para o carlista Souto.

O segundo turno tende a acirrar ainda mais a briga entre adversários históricos. Lula, que obteve na Bahia 69,65% dos votos válidos, deve apoiar de forma ostensiva o candidato petista, garantindo, também, a mobilização do eleitorado em seu favor. Por sua vez, ACM Neto, que não deu palanque a presidenciáveis e buscou manter-se distante da polarização Lula-Jair Bolsonaro (PL), desnacionalizando, deverá decidir sobre qual estratégia adotar daqui para a frente, o que deve esbarrar, inclusive, nos interesses de seu partido em âmbito nacional.

Após o resultado, ACM Neto falou à imprensa e chamou a atenção para o fato de que “o porcentual de eleitores que não deseja o governo do PT na Bahia é superior ao que obteve Jerônimo Rodrigues” – o que indica o olhar nos votos bolsonaristas.

Já Jerônimo Rodrigues, que ocupou a pasta da Educação no Estado e nunca concorreu a um cargo eletivo, passa de quase total desconhecido para o “candidato de Lula” e “candidato de Rui Costa (governador)”, que goza de boa aprovação, com uma administração baseada em obras de infraestrutura.

Além disso, a coligação petista reelegeu o senador Otto Alencar, cacique do PSD baiano. O PSD foi o partido que mais elegeu prefeituras em 2020. E, agora, deve entrar com tudo na disputa em favor de Jerônimo.

Veja votos dos candidatos a governador da Bahia:
Jerônimo (PT): 4.019.589 (49,44%)
ACM Neto (União Brasil): 3.316.644 (40,80%)
João Roma (PL): 738.305 (9,08%)
Kleber Rosa (PSOL): 48.239 (0,59%)
Giovani Damico (PCB): 5.951 (0,07%)
Marcelo Millet (PCO): 826 (0,01%)
Nulos: 499.829 (5,64%)
Brancos: 236.744 (2,67%)

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A maior parte dos Tribunais regionais eleitorais (TREs) estão alertando sobre alterações feitas nos locais de votação e reforçando a necessidade de que o eleitor confira a localização de sua seção antes de sair de casa, mesmo que sempre tenha votado no mesmo local.

Na capital paulista, por exemplo, foi fechado o maior centro de votação da cidade, o Centro Universitário Anhanguera, que atendia a 25 mil pessoas. Esses eleitores foram redistribuídos para três outros locais de votação.

As mudanças ocorrem em todas as regiões, de norte a sul do Brasil. Em Pernambuco, por exemplo, foram alterados 92 locais de votação, enquanto em Santa Catarina 51 municípios tiveram deslocamento de seções eleitorais para endereços diferentes dos utilizados em pleitos anteriores.

Levantamento da Agência Brasil encontrou alertas de alterações em pelo menos 17 estados e no Distrito Federal, mas o mais provável, de acordo com a Justiça Eleitoral, é que haja adequações na distribuição de eleitores em todas as unidades da Federação.

As mudanças ocorrem devido a adequações do contingente de eleitores e, às vezes, por impedimentos estruturais, como reformas ou fechamento de estabelecimentos e prédios.

Consulta antecipada
Para consultar o local de votação com antecedência, o eleitor tem várias opções. A verificação pode ser feita no portal do TSE, na aba Eleitor e Eleições, na parte superior da página. Em seguida, deve-se clicar na opção Local de votação/zonas eleitorais.

Para pesquisar, basta preencher três informações:

– o nome, número do título de eleitor ou CPF;

– data de nascimento;

– nome da mãe.

Feito isso, a página indicará o resultado com o número da zona eleitoral, da seção e o endereço do local de votação.

e-Título
Outra opção é o aplicativo e-Título, que funciona como via digital do título de eleitor. Pela ferramenta, que está disponível em versões para Android e iOS, basta fazer o login com suas informações e, em seguida, ir em Onde votar. Uma nova tela se abrirá, com os dados sobre a seção, zona e o endereço.

Na maioria dos locais, o aplicativo oferece ainda o serviço de georreferenciamento, indicando em um mapa a localização da seção eleitoral.

Vale lembrar que o aplicativo não poderá ser baixado no dia da eleição, devendo ser instalado e configurado ao menos até o sábado anterior ao pleito.

Neste ano, o TSE criou, em parceria com o WhatsApp, um assistente virtual por meio do qual o eleitor pode perguntar onde fica seu local de votação. Basta enviar um “oi” para o número +55 61 996371078 no WhatsApp ou clicar no link https://wa.me/556196371078 e salvar o contato para receber os conteúdos do bot.

A consulta ao local de votação deve ser feita da seguinte forma: no menu principal, basta clicar em Acesse o Chatbot e, em seguida, ver tópicos. Na sequência, dentro de Serviços ao Eleitor, escolha a opção Local de votação. A partir daí, a consulta pode ser feita pelo nome completo, título de eleitor ou CPF.

“Ao inserir qualquer um desses dados, juntamente com a data de nascimento e o nome completo da mãe, o aplicativo apresentará o resultado, com as informações sobre o domicílio eleitoral – zona, seção, local, endereço e município – e com um mapa que indica, com precisão, o local onde a eleitora e o eleitor devem comparecer para votar no dia 2 de outubro, primeiro turno das Eleições 2022”, explica o TSE.

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O candidato a governador ACM Neto (União Brasil) segue consolidado na liderança da corrida pelo Governo da Bahia e manteve a expectativa de vitória no primeiro turno nas eleições do próximo do domingo (2) com ampla vantagem, segundo aponta pesquisa realizada pelo instituto Dataqualy e publicada nesta sexta-feira (30) pelo Política Livre.

De acordo com o levantamento, o ex-prefeito de Salvador registra 58,2% dos votos válidos, com mais de 20 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, Jerônimo Rodrigues (PT), que tem 35%.

A pesquisa ainda registrou uma queda do candidato João Roma (PL) em relação aos demais institutos. Na consulta do Dataqualy, Roma aparece com 5,6% dos votos válidos, enquanto em outros levantamentos recentes o ex-ministro chegou a pontuar com 8% a 9%.

A queda acontece no momento em que candidatos e lideranças políticas da oposição pregam o voto útil em ACM Neto para derrotar o atual grupo que governa a Bahia há 16 anos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 29 de setembro de maneira presencial e ouviu 2.027 pessoas em 94 municipios da Bahia. O levantamento tem margem de erro de 2,2% e nível de confiança de 95%. A consulta foi regustrada na Justiça Eleitoral sob o número BA-05521/2022.

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É falsa a informação que circula nas redes sociais e em aplicativos de mensagem que sugere obrigatoriedade do uso de máscara e apresentação de comprovante de vacinação contra a covid-19 nas seções eleitorais no próximo domingo (2). Na Bahia, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TER) seguirá o decreto do Governo do Estado que desobrigou, em 12 de abril deste ano, o uso de máscaras em locais fechados.

O eleitor também está desobrigado da apresentação da carteira de vacinação nos locais de votação, de acordo com o Regional baiano.

Para exercer o direito ao voto, o eleitor precisa apresentar apenas um documento oficial com foto, que pode ser a sua carteira de identidade, passaporte, carteira de categoria profissional reconhecida por lei, certificado de reservista, carteira de trabalho, ou CNH.

Covid-19
Os protocolos sanitários, que incluem uso de máscara de proteção individual e de álcool em gel, são exclusivamente voltados aos servidores da Justiça Eleitoral, ou seja, mesários e outros colaboradores. Na Bahia, os itens serão distribuídos pelo próprio TRE.

A ação atende a uma preocupação da Justiça Eleitoral com a saúde e segurança dos seus colaboradores. Vale ressaltar, porém, que, conforme legislação vigente, o uso das máscaras será facultativo, tanto para os eleitores quanto para os convocados para atuar no dia do pleito.

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