O STF (Supremo Tribunal Federal) começou a julgar na madrugada desta sexta-feira (4) se permite que os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disputem a reeleição para se manterem no cargo até fevereiro de 2023.

A Constituição proíbe os chefes das Casas de tentarem a recondução no posto dentro da mesma legislatura. A legislatura atual começou em fevereiro de 2019 e vai até fevereiro de 2023.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a simpatia de ministros com a postura de Maia e Alcolumbre nos enfrentamentos do presidente Jair Bolsonaro com o Supremo, mudanças constitucionais recentes e as articulações políticas nos bastidores, porém, têm alimentado a esperança de ambos de continuarem à frente do Congresso.

Os ministros Marco Aurélio e Edson Fachin são os que demonstram maior resistência à ideia internamente.

Ainda de acordo com a publicação, todos os integrantes da corte, porém, concordam que Maia e Alcolumbre foram fundamentais para garantir o equilíbrio entre os Poderes em momentos de tensão, o que forçou o chefe do Executivo a respeitar as regras do jogo e, consequentemente, obedecer as decisões do tribunal.

Conforme a Folha, o cenário ideal para os dois é o STF declarar que a reeleição não viola a Constituição. O cenário otimista mais provável, no entanto, é a corte definir que se trata de tema interno do Legislativo, passível de mudança por meio de alteração regimental.

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Líderes do Centrão lançaram nesta terça, 1º, uma ofensiva para barrar a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir caminho para a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara e Davi Alcolumbre (DEM-AP) ao comando do Senado.

Um documento preparado pela cúpula do Progressistas, partido de um dos pré-candidatos à eleição da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem o aval de dez partidos. A carta chama qualquer iniciativa nesse sentido de "coronelismo parlamentar". Principal adversário do grupo comandado por Maia, Lira tem apoio do presidente Jair Bolsonaro para a sucessão na Câmara.

O STF começará a julgar na sexta-feira, 4, ação impetrada pelo PTB pedindo que a Corte impeça a reeleição de Maia e de Alcolumbre. Além disso, a sigla presidida por Roberto Jefferson e o Progressistas querem que o julgamento seja retirado do plenário virtual, já que ali os ministros ficam longe dos holofotes e não sofrem pressão da opinião pública.

"O sistema democrático e representativo brasileiro não comporta a ditadura ou o coronelismo parlamentar", diz um trecho da carta, assinada por Progressistas, PL, PSD, Avante, Patriota, Solidariedade, PSC, PSB, Rede e Cidadania.

Maia foi eleito três vezes presidente da Câmara e nega ser candidato, mas acredita ter o direito de concorrer, caso queira. Ele tenta construir um bloco de partidos, com cerca de 300 deputados - incluindo a esquerda - para apoiar um nome à sua sucessão. Seis parlamentares desse grupo integram a lista dos "cotados": Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), Baleia Rossi (MDB-SP), Elmar Nascimento (DEM-BA), Luciano Bivar (PSL-PE), Marcelo Ramos (PP-AM) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).

No Senado, Alcolumbre trabalha abertamente por um novo mandato à frente da Casa, com respaldo do Palácio do Planalto.

 

Centrão investe contra reeleição de Maia e Alcolumbre no Congresso

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Após reeleição a mais um mandato de vereador de Salvador e a viabilização para continuar no comando da Câmara Municipal para os próximos dois anos, Geraldo Júnior (MDB) passa a adquirir um protagonismo ainda mais visto por todos e assumirá um papel importante como um player fundamental para a movimentação do tabuleiro do xadrez no ano de 2022.

Principal responsável pela oxigenação do MDB na Bahia, o líder, como popularmente é conhecido, comemora os índices do partido no pleito deste ano. Para se ter uma ideia, o partido, que tem GJ como um dos seus principais articuladores, fez 14 prefeituras, dentre elas Feira de Santana e Vitória da Conquista. Conseguiu arrebanhar 393 mil votos. Vai governar os destinos de 9% da população baiana. Elegeu 147 vereadores em toda a Bahia, só na CMS foram dois, entre eles Geraldo. No plano nacional, o partido teve 777 prefeitos, 660 vice-prefeitos e 7.277 vereadores eleitos no pleito deste ano.

"O MDB é um partido que tem uma participação histórica na reconstrução da democracia brasileira nas últimas décadas e, atualmente, demonstra que está antenado com os anseios atuais da população, em nível de Brasil e Bahia, com expressivas vitórias", afirmou.

CÂMARA - Geraldo foi responsável por verdadeiras revoluções na Câmara de Salvador como presidente do legislativo municipal. Foi dele a iniciativa, referendada por seus pares, de manter a independência e maior diálogo da Casa com o poder Executivo e, em nenhum momento, como o próprio prefeito ACM Neto (DEM) já pontuou, não fez faltar o compromisso com a cidade.

Dentre os assuntos aprovados sobre o comando do presidente, que busca sua reeleição e já conta com uma frente ampla garantidora da continuidade, está a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e Combate à Intolerância Religiosa, a regulamentação dos transportes por aplicativo e medidas emergenciais diante da pandemia do novo coronavírus.

HISTÓRIA - Geraldo é formado em Direito pela Universidade Católica do Salvador (UCSal) e fez pós-graduação em Processo Civil, dando início à carreira profissional na advocacia privada. Nasceu em 07 de maio de 1969.

Foi coordenador Jurídico da Companhia Municipal de Abastecimento (Comasa) entre os anos de 1993 e 2000, na gestão da então prefeita Lídice da Mata. Na administração do ex-prefeito Antonio Imbassahy, foi subcoordenador das administrações regionais de Salvador. Em seguida, foi convidado a assumir as funções de chefe de gabinete e conselheiro do deputado estadual Jurandy Oliveira.

A chegada à Câmara Municipal de Salvador aconteceu em 2011, quando assumiu a vaga deixada por Luizinho Sobral. Ainda nesse período, Geraldo foi presidente da Comissão Especial de Reforma da Lei Orgânica do Município e do Regimento Interno da Câmara Municipal.

No Biênio de 2012-2013 o vereador assumiu o cargo de Corregedor Geral da CMS e, no biênio seguinte, foi eleito 1º vice-presidente da Casa. Nesta posição, Geraldo fez parte de importantes Comissões da Câmara Municipal, como Membro das Comissões de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJ); Finanças Orçamento e Fiscalização; Vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo.

O vereador também foi membro da Comissão Especial de Acompanhamento aos Assuntos Referentes à Copa do Mundo de 2014. Outro destaque dado ao futuro comandante da CMS foi como Presidente da Comissão Especial de Acompanhamento dos Assuntos Referentes ao PDDU e LOUS.

Em 2016, com a reeleição do prefeito ACM Neto, Geraldo Júnior foi nomeado Secretário Trabalho, Esportes e Lazer. Entre os principais projetos conduzidos por ele na pasta estão a implantação da Piscina Olímpica de Salvador e a retomada da construção dos centros integrados de esporte de Itapoan e São Marcos.

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Segunda vitória na prefeitura de Vitória da Conquista, contra o mesmo adversário. Parece que um raio cai, sim, no mesmo lugar. Herzem Gusmão (MDB) foi reeleito como gestor conquistense com 54% dos votos válidos.

É o segundo triunfo consecutivo diante do adversário petista, Zé Raimundo, que ficou com 46%. Desta vez, o pleito foi mais apertado para o prefeito. Em 2016, Gusmão venceu nos dois turnos. Este ano, a virada aconteceu apenas no segundo turno. Zé Raimundo obteve uma votação melhor no dia 15 de novembro, com 47%, contra 45% do atual vencedor.

A reeleição é a consolidação do crescimento de Herzem Gusmão como figura pública de Conquista. Antes destas duas eleições vitoriosas, o político chegou a disputar as eleições municipais de 2008 e 2012, sem sucesso. Perdeu, nas duas oportunidades, para o também petista Guilherme Menezes.

O crescimento no segundo turno se deu graças as alianças conquistadas. Ele recebeu o apoio do candidato derrotado no primeiro turno, Cabo Herling (PSL). ACM Neto (DEM), atual prefeito de Salvador, também se aliou à campanha, assim como o candidato eleito na capital, Bruno Reis (DEM).

“Com as bênçãos e os votos de vocês, Vitória da Conquista continuará crescendo! Muito obrigado a cada um de vocês, pela campanha limpa, pelo apoio, pelas orações. Vamos seguir retribuindo com o nosso trabalho”, escreveu o prefeito reeleito em uma rede social.

Em seguida, do seu comitê, falou pela primeira vez após a segunda vitória nas urnas. E de virada. “A cidade julgou o nosso trabalho iniciado em 2017, foi a aprovação da nossa gestão. Irma [Lemos], que indicou a filha como vice, preparou Sheila [Lemos] para esse momento e estou muito feliz. Eu sei que Sheila vai ajudar muito”, disse Herzem.

Filho de Conquista, Herzem Gusmão nasceu no dia 2 de junho de 1948. É formado em jornalismo e direito, mas ganhou destaque na cidade como radialista. Chegou a ser deputado estadual suplente, em 2015. “Daremos continuidade no que pensamos e planejamos para o segundo mandato. Portanto, muito obrigado a todos da cidade que acreditaram, votaram, e também à zona rural. Faremos um governo para todos, até porque nem todos poderiam ter votado em mim e em Sheila. Vamos firmes para transformar essa nossa cidade”, completou.

 

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As eleições 2020 marcaram a estagnação do número de mulheres eleitas para comandar prefeituras de capitais no Brasil Pela terceira eleição municipal seguida, apenas uma mulher ganhou. Neste ano, somente Cinthia Ribeiro (PSDB), de Palmas (TO), foi escolhida entre as capitais. Ela assumiu o cargo em 2018 após a renúncia de Carlos Amastha (PSB) e foi reeleita neste ano.

Cinco candidatas tinham chance de aumentar o número de mulheres à frente de prefeituras de capitais nas disputas de 2º turno deste domingo, 29, mas todas foram derrotadas. As que mais chegaram mais perto foram Cristiane Lopes (PP), derrotada em Porto Velho (RO) com 45,55% dos votos válidos por Hildon Chaves (PSDB), que teve 54,45%; e Manuela D'Ávila (PCdoB), derrotada em Porto Alegre (RS) por Sebastião Melo (MDB) por 54,63% a 45,37%.

Também foram derrotadas neste domingo Marília Arraes (PT) em Recife (PE), Delegada Danielle (Cidadania) em Aracaju (SE) e Socorro Neri (PSB) em Rio Branco (AC). João Campos (PSB), Edvaldo Nogueira (PDT) e Tião Bocalom (PP) foram os vencedores nessas cidades, respectivamente.

Em Macapá, onde a eleição foi postergada para dezembro por causa dos problemas no fornecimento de energia elétrica, Patrícia Ferraz (Podemos) aparece em segundo lugar na pesquisa Ibope divulgada em 11 de novembro, atrás de Josiel (DEM), com 26%, e apenas um ponto porcentual acima de Dr. Furlan (Cidadania).

Em 2012, Teresa Surita (MDB) foi eleita prefeita de Boa Vista (RR), a única mulher escolhida para comandar uma capital no País Quatro anos depois, repetiu o feito em sua reeleição.

Levantamento da agência de dados Fiquem Sabendo divulgado no mês passado mostrou que apenas sete mulheres foram eleitas prefeitas de capitais brasileiras nos últimos 20 anos. Agora, oito. A presença feminina não passa de 8% no comando de capitais desde 2000, quando cinco mulheres foram eleitas. Em 2004 e em 2008, foram duas.

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Enfim, a vitória. Na sua quarta tentativa nas eleições municipais de Feira de Santana para o cargo de prefeito, a Princesinha do Sertão finalmente elegeu Colbert Martins (MDB). O político é o atual gestor da cidade, mas não da forma convencional. Em 2016, Colbert foi eleito vice-prefeito de José Ronaldo, que se retirou do cargo em 2018 para concorrer ao pleito de Governador do Estado. Ele acabou assumindo a cidade. Desta vez, foi eleito nas urnas com 54% dos votos válidos, desbancando Zé Neto, do PT, com 45%. E foi de virada. No primeiro turno, o adversário foi melhor nas urnas, com 41% dos votos, contra 38% do agora vencedor.

Nas últimas três eleições que concorreu a prefeito, Colbert perdeu todas para o PFL, hoje DEM. No último, em 2008, ficou com apenas 24,44% dos votos, perdendo para Tarcízio Pimenta. Em 2004 e 2000 perdeu para José Ronaldo, com 19,21% e 33,7% dos eleitores, respectivamente. Se não pode com o inimigo, junte-se a ele. Em 2016, Colbert se aliou ao próprio Zé Ronaldo, do DEM, conquistando a vaga de vice-prefeito. Acabou sendo o caminho para o cobiçado cargo de prefeito.

Aos 65 anos, o político feirense finalmente vai seguir os passos do saudoso pai, Colbert Martins da Silva, que foi eleito prefeito de Feira por duas vezes, nos anos de 76 e 88. Contudo, a vaga de prefeito não é o primeiro cargo político do Colbert filho. Antes de finalmente assumir a gestão da cidade, o atual gestor foi deputado estadual, entre os anos de 1991 e 1995, conquistando ainda a vaga de deputado federal em três mandatos (1997-1999, 2003-2007 e 2007-2011).

Nascido no dia 2 de outubro de 1952, em Feira de Santana, Colbert Martins da Silva Filho se formou em medicina pela UFBA, em Salvador. Na capital, foi diretor do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia e vice-presidente da Associação Baiana de Medicina. Em Feira, também foi diretor regional e subsecretário de Saúde, além de professor de Epidemiologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS, desde 1989. Na vida pública, foi autor do projeto que implantou a Região Metropolitana de Feira de Santana, sancionada em 2011.

Novos passos
Em participação, ao vivo, no programa do CORREIO exibido em todas as redes sociais do jornal após a apuração dos votos, Colbert ressaltou os próximos passos da sua gestão. "Agradeço ao povo da minha terra e dedico essa campanha a meu pai, que, onde ele estiver ele sabe que eu estou seguindo o caminho dele. Nesse segundo turno nos comportamos como se fosse uma segunda eleição. Trabalhamos muito e vencemos. Nesse segundo mandato vamos priorizar a saúde. A epidemia não acabou. A covid continua aí. Nosso hospital de campanha continuará aberto. Não há vacina no médio prazo previsto. Estou pronto com 174 postos de saúde para iniciar a vacinação quando tiver uma vacina que seja segura de qualquer lugar que a vacina seja segura pela Anvisa", destacou o prefeito lembrando que irá para Brasília na quarta-feira em busca de apoio de parlamentares com emendas.

O prefeito reeleito ressaltou que pretende fazer uma reforma administrativa na cidade. "Em janeiro de 2021 nós famos fazer uma reforma administrativa. A forma como a prefeitura de Feira de Santana é organizada hoje já dura 30 anos. Vamos organizar as secretarias, estamos pensando nas superintendência. Vamos fazer uma mescla de pessoas experientes com novas pessoas", destacou.

Colbert agradeceu ainda o apoio do prefeito de Salvador, ACM Neto, que também é presidente nacional do Democratas. "2022 começou agora. Vimos que o PT diminuiu muito. Mas esse novo cenário mostra uma força grande de nós que estamos na oposição. E, nesse cenário, vemos uma força muito grande do prefeito ACM Neto. Inclusive, agradeci a ele pois ele foi muito improtante e fundamental para a nossa vitória", pontuou.

Prefeito de Salvador, ACM Neto se envolveu diretamente nas campanhas de Colbert e também de Herzem Gusmão, em Conquista, eleito em Feira em condições semelhantes, e comemorou as viradas.

"As vitórias de Herzem, em Conquista, e de Colbert, em Feira, são simbólicas e confirmam que novos ventos começam a soprar em nosso estado. Ventos que mostram que os baianos estão preparados para construir um futuro ainda muito melhor", escreveu Neto no Twitter.

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, mentiu na quinta-feira, 26, ao negar que tenha se referido à covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, como uma "gripezinha". Bolsonaro usou a palavra pelo menos duas vezes publicamente, uma delas ao responder ao jornal O Estado de S. Paulo.

Durante live no Palácio da Alvorada na quinta, o presidente lançou um desafio, pedindo que apresentassem vídeos ou áudios em que ele tenha citado o termo. Bolsonaro fez o comentário ao citar estudo de universidades brasileiras, que sugerem risco 34% menor de internação em pacientes que praticam atividade física regularmente.

"Eu falei lá atrás que no meu caso, pelo meu passado de atleta, não generalizei, se pegasse o covid não sentiria quase nada. É o que eu falei. O pessoal da mídia, grande mídia, falando que chamei de gripezinha a questão do covid. Não existe um vídeo ou áudio meu falando dessa forma. Eu falei pelo meu estado atlético, minha vida pregressa", disse o presidente no Alvorada. "Nunca fui sedentário e disse que se o vírus um dia chegasse em mim não sentiria quase nada pelo meu passado de atleta. O pessoal foi para a gozação, falaram que eu estava menosprezando as mortes, zombando."

Diferentemente do que o presidente afirma agora, porém, ele comparou, sim, os sintomas da covid-19 a uma gripe em mais de uma ocasião.

No mês de eclosão da pandemia, em março, o presidente citou a "gripezinha", pelo menos duas vezes, ambas gravadas em vídeos oficiais do governo federal e transmitidas ao vivo. Bolsonaro tentava evitar a paralisação de atividades econômicas e minimizava os efeitos do novo coronavírus. Só em uma delas Bolsonaro refere-se às práticas desportivas que fazia no Exército. Ele se formou em Educação Física na Força Terrestre.

A primeira vez em que Bolsonaro tratou a covid-19 como "gripezinha" foi em 20 março, durante entrevista coletiva, no Palácio do Planalto. "Depois da facada não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar, tá ok?", afirmou Bolsonaro, ao responder questionamento do jornal O Estado de S. Paulo sobre o motivo pelo qual não divulgava de forma transparente o laudo completo de seus exames negativos para o coronavírus (à época, o presidente apenas dizia que não havia sido infectado, o que ocorreria mais tarde).

Quatro dias mais depois, Bolsonaro voltaria a citar a "gripezinha". Usou a expressão que minimiza os riscos da doença durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, em 24 de março. Na ocasião, vinculou os sintomas à sua capacidade física. "No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão", declarou o presidente, em referência ao doutor Dráuzio Varella, da TV Globo, cuja atuação motivou disputas de narrativa política por parte de apoiadores do bolsonarismo.

No canal do jornal O Estado de S. Paulo no YouTube, há um vídeo no qual há várias citações de Bolsonaro sobre o novo coronavírus.

 

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O Facebook anunciou nesta segunda-feira (23) que removeu mais de 140 mil publicações que violavam as políticas contra interferência eleitoral no primeiro turno das eleições municipais, tanto na plataforma quanto no Instagram. Na avaliação da empresa, as publicações continham informações que poderiam desencorajar as pessoas ao voto.

De acordo com informações do G1, o Facebook anunciou ainda que no período eleitoral também foram rejeitadas 250 mil submissões de anúncios sobre política ou eleições que não tinham o rótulo “Propaganda Eleitoral” ou “Pago por”. No Brasil, qualquer pessoa ou organização que queira impulsionar conteúdos desse tipo precisa passar por um processo de autorização, com confirmação de sua identidade e residência no Brasil.

A empresa detentora do WhatsApp divulgou ainda que 3 milhões de pessoas acessaram um aviso fixado no topo do feed de notícias convidando os eleitores a se prepararem para o primeiro turno, com detalhes sobre protocolos sanitários para o dia da votação no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Das nove vereadoras eleitas em 2020 para atuar na Câmara Municipal de Salvador na legislatura que vai de 2021 a 2024, cinco são novatas e outras quatro já têm experiência de mandatos anteriores. Todas, no entanto, trazem pensamentos múltiplos para a nova composição da Casa, que é formada por 43 legisladores e teve uma renovação de mais de um terço – 17 dos eleitos são estreantes.

Entre as novas vereadoras está Roberta Caires (Patriota). Uma de suas missões é se unir às colegas na CMS para fortalecer a causa feminina pois, entre outras bandeiras, ela defende tornar as mulheres líderes para que ocupem os espaços públicos de poder e de tomada de decisão em qualquer âmbito.

“É uma necessidade formar e capacitar as mulheres também para que elas possam escolher onde vão atuar, além de empreender, indo além da questão da subsistência, para que possam abrir e administrar seus próprios negócios por vocação, por exemplo”, afirma.

Outras prioridades da gestão da patriota são a causa das pessoas com deficiência, para garantir a inclusão e a acessibilidade em Salvador; e as questões sociais, para proporcionar igualdade de oportunidades, equidade e equilíbrio na cidade.

Além disso, a vereadora eleita também traz a empregabilidade do jovem como um foco de trabalho. Roberta acredita que trabalhar o presente econômico e social da capital de forma sustentável traz reflexos positivos no futuro. Dentre seus projetos, estão previstos as criações do auxílio ao empreendedorismo, dos Centros Regionais de Empreendedorismo e Formação Feminina e do Cargo de Tradutor/Intérprete de Libras Municipal.

“À frente da Diretoria de Defesa do Consumidor antes de me candidatar, tive a oportunidade de entender melhor as relações de consumo e hoje trabalho para que consumidor e fornecedor tenham uma relação de ganha-ganha, e essa é também uma bandeira minha como vereadora”, completa Roberta Caires.

Ireuda Silva (Republicanos), que foi reeleita, também trabalha por mais direitos e oportunidades para as mulheres; além de lutar contra o racismo. Essa dedicação busca criar uma Salvador mais justa e igualitária. Segundo a vereadora, a partir de janeiro de 2021, a previsão é “ampliar e aprofundar o trabalho de ajudar a sanar desigualdades, que têm raízes históricas e, infelizmente, não acabam da noite para o dia”.

A vereadora também diz lutar há anos para erradicar a violência contra a mulher. Ela compreende que é preciso oferecer e ampliar o suporte às vítimas e investir em políticas de prevenção, com ações como disseminação de informação e conscientização sobre a importância da denúncia.

“Temos em tramitação ou em vias de serem implementados uma série de projetos. Um deles é a Guardiã Maria da Penha nas Escolas, que promoverá atividades socioeducativas para alunos, pais e professores sobre a violência doméstica. A ideia é que as crianças tomem contato com esse debate desde cedo, tanto evitando que surjam novos potenciais agressores como conscientizando sobre a gravidade desse problema, que precisa ser combatido por todos nós. Além disso, queremos implantar a Guardiã Maria da Penha na Guarda Municipal”, aponta Ireuda Silva.

Também reeleita, Marta Rodrigues (PT) quer que a população tenha participação ampla dentro dos mandatos políticos e que os bairros sejam acompanhados diariamente. Na agenda política da petista também estão pautadas a educação básica e infantil de qualidade, saúde pública de qualidade, com postos eficientes e sem terceirização do serviço, acesso digno à moradia popular, combate ao racismo religioso e à lgbtfobia.

“Para isso, é preciso intensa fiscalização dos gastos públicos pelo executivo para que o orçamento seja aplicado de fato nas políticas públicas necessárias, intensa participação nas comissões e cobrar da Câmara o acesso da população para que a Casa mantenha a relação de poder autônomo diante do Poder Executivo no município”, explica a vereadora Marta Rodrigues.

Na luta por uma cidade menos desigual, Marta Rodrigues vai apresentar um projeto de estágios na prefeitura por cor/raça e gênero. “É inadmissível que a capital mais negra não tenha uma política de reparação por parte da prefeitura”, ressalta.

A saúde vai ser a prioridade da gestão de Debora Santana (Avante). Dentro do tema, a vereadora eleita vai focar em três pontos: à saúde do homem, da mulher e no esporte. Ela conta que os homens vão pouco ao médico, visitas ao urologista para acompanhar a próstata, então, ficam ainda mais de lado. Por isso, ela vai lutar pela criação do Centro de Atenção à Saúde do Homem.

“Meu marido faleceu de infarto durante um ‘baba’, desde lá, eu trabalho com saúde no esporte. Vou lutar para que os torneios de bairro tenham que fazer exames dos participantes. Ainda vou fortalecer a saúde da mulher porque já vi, durante meu trabalho como enfermeira, mulheres com câncer de colo de útero por falta de preventivo, por exemplo”, pontua Débora Santana

A luta pela melhoria no trabalho dos enfermeiros também será uma pauta de Débora na CMS. Evangélica, ela ainda vai legislar para defender os interesses da comunidade evangélica, como o apoio à criação de um centro batismal em Salvador.

A novata Cris Correia (PSDB) vai priorizar a educação, com a qualificação profissional e a formação integral. Além disso, a vereadora eleita aponta que não deixará as lutas pelos direitos da mulheres de lado.

Para Cris Correia, os maiores problemas de Salvador são a violência, a dificuldade de inserção no mercado de trabalho e o transporte urbano. A vereadora eleita acredita que, para sanar estas questões, é preciso analisar as propostas do executivo e unir esforços.

“Não adianta propor um projeto que não seja harmônico com o executivo, tem que se ver como é possível somar”, afirma Cris Correia.

Mesmo com alguns projetos em mente, a tucana vai utilizar o começo do mandato para se apropriar dos instrumentos, da rotina de trabalho e dos conhecimentos da Câmara. “Vou começar dessa forma porque vejo muitos projetos que não saem do papel. Então, tenho que saber como o projeto é viável antes de propor”, diz.

A cultura será um dos grandes focos de atuação da vereadora eleita Maria Marighella (PT). Um dos caminhos propostos por ela é pensar a cultura no centro de desenvolvimento de Salvador reivindicando que a área cultural tenha protagonismo na política, seja um ativo de democracia e um autor do desenvolvimento de Salvador.

Além do âmbito da cultura, a vereadora eleita também luta pelo “direito à cidade, o antirracismo, os feminismos, o direito à infância, a educação, as juventudes, as pessoas LGBTQIA+, a Justiça e memória e outros modos de fazer política”.

A vereadora eleita pelo PT acredita que a desigualdade é o maior problema de Salvador e pretende trazer o povo para o seu mandato para atuar no combate das desigualdades.

“Vou abrir a Câmara para a participação. Encontramos a cidade afastada da política e vamos fazer essa reaproximação. Vou construir um modelo de mandato com práticas de compartilhamento que tragam as pessoas para dentro da Câmara. Vamos fazer um mandato para fora”, explica Maria Marighella

Voz feminina

A Câmara é majoritariamente masculina, mas isso não intimida as vereadoras eleitas. A novata Roberta Caires vai buscar o apoio dos homens para as pautas femininas. Ela acredita que a formação atual da CMS é um reflexo das barreiras estruturais e culturais existentes, mas que estão sendo vencidas pouco a pouco.

Já integrante do legislativo, Marta Rodrigues afirma que existe sempre uma tentativa de silenciamento das mulheres. “Nosso tom tem que ser alto, nossa imposição tem que ser reforçada para nos fazermos ouvidas. Obviamente, que em um espaço político onde não há paridade de gênero, haverá mais dificuldades para a melhoria de vida e dos direitos das mulheres”, ressalta.

Maria Marighella aponta que a quantidade de mulheres na Câmara pouco avançou - passando de 8, em 2016, para 9 neste ano. Para ela, além de votar em candidaturas femininas, é preciso eleger feministas.

Durante sua atuação na CMS, Ireuda Silva diz sentir estar desbravando um espaço que ainda parece ser avesso à presença da mulher. A vereadora acredita que a presença escassa das mulheres nos espaços de poder reflete o lugar que a mulher ocupa na sociedade.

“Se não votarmos em mulheres, os espaços sempre serão domínio dos homens. E se a presença feminina nesses espaços não for ampliada, a representação política sempre estará aquém das necessidades das mulheres”, alerta.

Tanto Cris Correia quanto Debora Santana se sentem preparadas para ingressar na Câmara e enfrentar os desafios de ser minoria no espaço. “Sempre trabalhei em ambientes masculinos e desenvolvi as habilidades para lidar com esses desafios. A política é muito machista, mas vou fazer um trabalho que vai conquistar a confiança e o respeito deles”, afirma Cris Correia.

Debora Santana diz já ter liderado equipes formadas por homens durante seu trabalho como enfermeira. “Sempre tive um bom relacionamento. Para se ter respeito, é preciso ter conhecimento e eu só discuto sobre o que tenho conhecimento”, pontua.

As vereadoras eleitas Cátia Rodrigues (DEM), Marcelle Moraes (DEM) e Laina Crisóstomo. do mandato coletivo Pretas por Salvador (Psol), não responderam às questões até o fechamento desta edição. As duas integrantes do Democratas já integram a Câmara.

Mulheres nas Eleições:

*Candidatas à Câmara
2020 - 9 mulheres eleitas (20,9% dos eleitos para o cargo de vereador)
2016 - 8 mulheres eleitas (18,6% das cadeiras da Câmara Municipal de Salvador)

*Candidatas na Eleição 2020

Vereador
1.590 pedidos de inscrição de candidatura para o cargo de vereador - 502 mulheres (31,57% do total de solicitações)

Prefeitura de Salvador
Mulheres foram 22.2% das candidaturas: 7 homens e 2 mulheres concorreram ao cargo

Vice-prefeitura
4 mulheres e 5 homens concorreram ao cargo
Mulheres representavam 44,4% do total de candidatos

 

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De acordo com a coluna Satélite do Jornal Correio*, líderes de bancada na Câmara de Vereadores de Salvador consideram praticamente sacramentada a reeleição do presidente da Casa, Geraldo Júnior (MDB), para o comando do Legislativo municipal pelos próximos dois anos.

Em conversas reservadas, integrantes da base aliada e da oposição calculam que, após o PT fechar apoio dos quatro vereadores eleitos e reeleitos do partido à sua candidatura, ele já reúne ao menos 30 dos 43 votos da Câmara e pode somar outros dez até o fim do ano. Além do aval do futuro prefeito, Bruno Reis (DEM), e do bom trânsito entre os mais diferentes blocos partidários, Geraldo Júnior tem como trunfo a ausência de virtuais adversários com musculatura para provocar uma reviravolta no atual cenário. Ao mesmo tempo, o emedebista vem atraindo gradativamente a adesão dos 17 novos vereadores.

O único risco para ele, afirmaram as fontes ouvidas pela Satélite, está em eventuais conflitos gerados pela escolha das lideranças de bancadas alinhadas ao Palácio Thomé de Souza.

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