Com o Black Friday, Copa do Mundo e Natal chegando, o número de vendas dispara e a necessidade de contratar profissionais também. Neste último trimestre, o comércio deve gerar 10 mil vagas temporárias na Bahia devido ao crescimento de 15% nas vendas em relação ao Natal de 2021, mostra levantamento do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas). Ao menos 20% desse contingente de trabalhadores temporários deve ser efetivado após as festas, estima a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

Diretor do Sindilojas, Paulo Motta diz que as principais vagas abertas são as de composição do atendimento, como caixas, empacotadores e repositores. Ele ressalta que as contratações começam em setembro, conforme cronograma de cada loja, e o contrato segue perfil de serviço temporário por três meses. O piso salarial fica acima do salário mínimo, em torno de R$ 1.500, além da possibilidade de efetivação em fevereiro - quando em média terminam os contratos.

O coordenador regional da Abrasce na Bahia Edson Piaggio, no entanto, avalia que o cenário de insegurança gerado pelo período eleitoral pode abalar os números da efetivação neste ano. “Há muitos imprevistos no ano eleitoral. Nenhum candidato esclareceu o programa econômico e isso deixa o empresário na expectativa”.

A previsão da Abrasce é de 6 mil vagas para empregos temporários no último trimestre do ano. O índice de geração de emprego é de 15% a mais do que no último ano na Bahia. Isso porque o mercado está voltando a aquecer no pó-pandemia. Segundo Piaggio, o mercado já tem crescimento maior do que em 2019. Nas lojas Leão de Ouro e Lupo, por exemplo, a estimativa é que as vendas superem em 30% o valor do último trimestre da pré-covid.

Lojistas
Lojista de Leão de Ouro e Lupo, Felipe Sica conta que as empresas estão com 70 vagas abertas na Bahia, sendo em maior número as de vendedor e caixa. A Leão de Ouro tem nove comércios no estado e a Lupo, 10. Ele explica que o contrato é de experiência, com período de 90 dias, e a remuneração é igual aos demais colaboradores, sem distinção nos benefícios.

Já o processo seletivo é interno, ou seja, sem intermediação de agência. Os gerentes entram em contato com candidatos por meio dos currículos enviados ao site oficial das lojas. As empresas têm taxa de efetivação de 10%.

“Sempre aproveitamos parte dos temporários para efetivar porque demonstram boa performance nas funções que desempenham. O que mais buscamos hoje é demonstrar vontade. Não requer alto nível de especialização, tem processos internos que a pessoa aprende como atender e operar, o que precisamos é de pessoas motivadas que tenham vontade de trabalhar no varejo”, indica.

Efetivado
Quem transformou o provisório em definitivo foi o atendente André Azevedo, da Central ao Cliente (CAC) do Shopping Bela Vista. Ele conta que sempre fazia “bicos” para o shopping em eventos comemorativos, a exemplo do Natal e Dia das Mães e era elogiado pelos supervisores. Ao conversar com um dos gerentes sobre o interesse em efetivação, veio a resposta positiva, justamente no dia 2 de janeiro, após as festas de fim de ano.

“Minha proatividade e jeito de lidar com pessoas me ajudou bastante. Sou uma pessoa muito inquieta, procuro fazer as coisas. Tenho certeza que quando as pessoas são proativas chamam a atenção em qualquer lugar”, garante.

Ofertas de emprego temporário podem acontecer por seleção direta da loja ou por empresa terceirizada, por isso a orientação de recrutadores é enviar o currículo tanto para os estabelecimentos comerciais quanto agências. Para ser selecionado às vagas, o diretor do Sindilojas preconiza que os candidatos priorizem mostrar um bom atendimento ao cliente ao invés de focar em currículo com certificados e graduações.

“No setor de vendas, [recrutadores] verificam se o trabalhador tem aptidão para ser bom vendedor, ou seja, boa relação com o consumidor. É dar satisfação no atendimento, na liquidez da recomposição. Independente da função”, afirma.

A reportagem solicitou levantamento sobre número de empregos de vagas temporárias à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador e ao Trabalha Brasil - antigo Sine. As instituições não retornaram.

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Shoppings inauguram decoração de Natal

Abrindo a temporada natalina, o Shopping Bela Vista estreia a decoração de Natal da Bela Fábrica de Doces já neste domingo (23). Com direito à vinda do Papai Noel, apresentação do corpo de ballet da Cia On Broadway e show de luzes, a inauguração acontece aberta ao público, às 18h, na Praça Central (L1). A decoração de Natal dentro do shopping também estará oficialmente livre para visitação do público após a abertura no dia.

Gerente de marketing no shopping, Juliana Brandão dá destaque a Ursa Confeiteira, um mecanismo animatrônico de três metros, que interage com o público. "Quem quiser vir conversar, pegar receitas e dicas de presente a ursa vai estar a disposição para receber clientes no período natalino. Não vai ser só cenário contemplativo, vai ser interativo”, diz. A campanha e decoração somaram investimento de R$ 2,5 milhões para contratação, compra de materiais, promoção e espetáculos. A ação gerou mais de 200 empregos diretos e indiretos.

Quem também traz um “ursão” é o Shopping Piedade, que escolheu para este ano o tema “Natal dos Ursos”, com inauguração no dia 27 às 18h. A decoração terá uma árvore de 12 metros e parque temático com mini carrossel de ursos, xícaras giratórias e "brinquedão" com ponte, escorrega e piscina de bolinhas para a criançada.

O shopping está recebendo currículos para temporários de fim de ano. No total serão três turmas, com até 45 pessoas cada. O treinamento, que é gratuito, da primeira já aconteceu. Para segunda turma os currículos podem ser enviados até 4 de novembro. Para a terceira turma os currículos podem ser enviados até 18 de novembro.

Após trazer como tema no último Natal a Patrulha Canina, neste ano o Shopping Paralela escolheu investir em toda a grade dos desenhos da Nickelodeon na temática. A inauguração com a chegada do Papai Noel será no dia 5 de dezembro. Já os encontros ou meet com os personagens como Bob Esponja, Tartarugas Ninjas e Dora Aventureira serão aos finais de semana, de 6 de novembro ao dia 18 de dezembro. O investimento para a interpretação destes três e mais 12 personagens da animação foi de R$ 3 milhões.

“A nossa perspectiva de vendas é um aumento de 20% em relação ao ano passado. Esperamos uma retomada das vendas de forma agressiva, pois, além do Natal, teremos Black Friday e Copa do Mundo, tudo acontecendo no mesmo período”, comenta o coordenador de Marketing do Shopping Paralela, Gabriel Araújo.

Na Mini Cidade de Natal, inspirada no Mini Mundo de Gramado, o Shopping Itaigara replica casas, prédios, viadutos, pontes, estabelecimentos comerciais, instituições como o Corpo de Bombeiros e Correios em um local onde visitante podem caminhar. A abertura é em 28 de outubro e o passaporte para a diversão custa R$ 5 - individual - e R$ 10 - três pessoas.

Crianças com menos de três anos ou altura inferior a 1,30m precisam da companhia de um responsável

Já o Salvador Shopping e o Salvador Norte escolheram o tema “Toy Story” para apresentação natalina neste ano. As decorações poderão ser visitadas no início do mês de novembro. A data de estreia, valor investido e empregos gerados não foram informados pelos shoppings.

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Cerca de 12 milhões de pessoas ainda não sacaram o equivalente a R$ 8 bilhões do saque extraordinário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), segundo a Caixa Econômica Federal. O valor é de até R$ 1 mil por trabalhador e está disponível até o dia 15 de dezembro.

O crédito foi depositado em Conta Poupança Social Digital, aberta automaticamente pela Caixa em nome dos trabalhadores, entre abril e junho deste ano.

Segundo a Caixa, cerca de 45 milhões de trabalhadores já fizeram o saque, um valor total de R$ 30,98 bilhões.

Caso a conta não seja movimentada até o dia 15 de dezembro de 2022, os recursos retornarão à conta do FGTS, devidamente corrigidos e sem prejuízo ao trabalhador.

Por meio do aplicativo Caixa Tem, é possível usar o crédito para pagar boletos e contas, utilizar o cartão de débito virtual para pagamento em lojas, sites ou aplicativos, além de fazer compras em estabelecimentos com o QR code nas maquininhas. O valor também pode ser transferido para outras contas bancárias da Caixa ou de outros bancos.

O trabalhador que ainda deseja receber o crédito pode solicitar o saque no aplicativo FGTS, disponível na Google Play e Apple Store, ou nas agências do banco.

Aqueles que não quiserem receber o saque extraordinário podem desfazer o crédito automático, por meio dos mesmos canais, até 10 de novembro de 2022.

 

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O concurso 2.528 da Mega-Sena, realizado nesta quinta-feira (8) no Espaço Loterias da Caixa em São Paulo, não teve acertadores das seis dezenas. Os números sorteados foram: 04 - 15 - 22 - 53 - 56 - 60.

O próximo concurso (2.529), no sábado (15), deve pagar um prêmio de R$ 23 milhões.

A quina teve 64 ganhadores e cada um vai receber R$ 52.828,97. Os 4.684 acertadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 1.031,18.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

O sorteio é realizado às 20h, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

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Devido ao feriado dessa quarta-feira (12), dia de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, o sorteio do concurso 2.528 da Mega-Sena, que vai pagar um prêmio de R$ 17 milhões, será realizado nesta quinta-feira (13).

As seis dezenas serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, na cidade de São Paulo, com transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube.

Conforme a Caixa, caso um apostador acerta as seis dezenas do prêmio principal e aplique todo o valor na poupança, receberá um rendimento de R$ 115,7 mil no primeiro mês.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela Internet. A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

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Os cortes de impostos e as variações do custo do petróleo no mercado internacional provocaram uma forte queda nos preços da gasolina e do diesel no Brasil - a tal ponto que, hoje, esses combustíveis são vendidos aqui mais baratos que no mercado internacional. Mas o mesmo efeito não aconteceu no gás de cozinha. Mesmo com reduções recentes anunciadas pela Petrobras no preço do produto, o botijão custa hoje no Brasil 25% mais que no mercado internacional.

Essa situação, que afeta diretamente o bolso das camadas mais pobres, tem persistido pelo menos desde abril. Os dados se baseiam nos preços internacionais que são usados como referência para calcular a defasagem diária no custo da gasolina, do diesel e do GLP, que é o gás de cozinha. A Petrobras, teoricamente, estabelece seus preços com base nessas variações externas. É a chamada "paridade internacional", ou seja, o custo praticado no Brasil deve seguir as oscilações internacionais.

No caso da gasolina e do diesel, como o preço aqui está mais baixo que lá fora, o governo federal passou a pressionar a Petrobras, nos últimos dias, para que não faça nenhum reajuste para cima neste momento, por receio de que isso prejudique o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, em sua corrida no segundo turno, que acontece em 30 de outubro. Segundo os dados da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), para a gasolina, a defasagem está em 10%, enquanto o diesel tem valor represado em 13%.

No caso do gás de cozinha, a situação é inversa: o preço praticado pela estatal tem se mantido bem acima da média internacional. Enquanto o valor internacional correspondente a um botijão de 13 kg está estimado em cerca de R$ 39, a Petrobras pratica hoje, em seus desembarques no Porto de Santos, o valor de R$ 49,19, o que significa um preço 25% superior à referência internacional. Na casa das pessoas, o valor do botijão varia conforme o Estado, mas tem média nacional hoje, incluindo impostos e margens das revendas, de R$ 112,13, conforme acompanhamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Racionamento
O preço alto do gás afeta diretamente a vida de milhões de brasileiros, como Maria do Socorro Maia, que vive na Vila Planalto, em Brasília, com o marido e quatro filhos. Moradora de uma casa a apenas dois quilômetros distância do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, Maria do Socorro diz que tem feito racionamento do fogão para economizar o gás.

"Aqui em casa, a gente passou a fazer comida uma vez por dia, já faz o almoço e a janta de uma vez, pra não ter que ficar cozinhando toda hora. O botijão está R$ 120, a gente tem de comprar um botijão, praticamente, uma vez por mês, está difícil demais", diz ela.

Os anúncios de redução de preço do gás pela Petrobras têm sido bastante explorados por Bolsonaro na campanha. Nos últimos seis meses, a estatal federal fez três reduções no preço que pratica para as distribuidoras do insumo. No dia 9 de abril, o custo médio do botijão vendido para as distribuidoras saiu de R$ 58,21 para R$ 54,94. Em 13 de setembro, caiu para R$ 52,34 e, no dia 23 de setembro, para os atuais R$ 49,19. O fato, porém, é que esse valor continua bem acima do que tem se praticado em todo o mundo.

Bolsonaro tem afirmado que o governo federal fez a sua parte ao zerar os impostos que aplica sobre o gás de cozinha, e que a alta dos preços se deve a impostos cobrados por Estados e municípios, entre a chegada do insumo nas distribuidoras e a casa da população.

A reportagem questionou a Petrobras sobre os patamares que a empresa tem mantido no preço do gás. Por meio de nota, a estatal afirmou que "as cotações publicadas pela Nymex (Bolsa de Nova York) são uma referência de valor para o produto negociado no mercado americano" e que "o valor no mercado brasileiro é resultado do equilíbrio global de oferta e demanda, sendo influenciado, portanto, por outras frentes de suprimento".

A companhia disse ainda não que toma medidas para não repassar "volatilidade" no mercado nacional, apesar de os dados mostrarem que o custo do gás no Brasil está acima da média internacional desde abril, ou seja, há ao menos um semestre. "A Petrobras reafirma seu compromisso com a prática de preços em equilíbrio com o mercado, sem repassar a volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio."

"É o pior dos mundos. A Petrobras cobra mais caro da população mais carente, que depende do acesso ao gás de cozinha, ao mesmo tempo em que alivia a vida das pessoas de renda mais alta, que consomem mais gasolina. Isso tudo sem qualquer transparência, já que o discurso da empresa segue sendo a de que o PPI (preço de paridade de importação) é essencial. Tanto não é que, na prática, não existe mais, e no caso do gás, nunca existiu", afirmou o senador Jean Paul Prates (PT-RN).

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A partir de agora quem recebe o Auxílio Brasil pode fazer empréstimos consignados ao benefício em até 12 instituições financeiras autorizadas pelo Ministério da Cidadania. As parcelas máximas serão de R$ 160, a dívida pode ser parcelada em até 24 vezes e a taxa de juros mensal será de até 3,5%. O valor já pode ser solicitado, mas especialistas dizem que as famílias precisam ter cuidado.

O crédito consignado do governo federal permite que os beneficiários de programas assistenciais, como Auxílio Brasil, comprometam até 40% da renda com as parcelas do empréstimo. Atualmente, as 17 milhões de famílias brasileiras beneficiadas - 2,5 milhões delas baianas - recebem R$ 600 por mês, mas, como não há garantias de que esse valor permanecerá o mesmo em 2023, o cálculo está sendo realizado em cima de R$ 400.

O empréstimo precisa ser solicitado pelo beneficiário diretamente com o banco (veja lista abaixo), o crédito não é obrigatório e o valor da parcela é descontado automaticamente em folha. Os valores são depositados pela instituição financeira na mesma conta onde é feito o pagamento do benefício, em até dois dias úteis após a contratação.

A dona de casa Márcia Lima, 43 anos, está considerando a possibilidade, mas disse que ainda não decidiu. “Estou fazendo salgados para vender e preciso comprar material, então, preciso do dinheiro. Só que o auxílio é pouco e se eu for tirar R$ 160 não vai sobrar quase nada. Estou pensando se não vou terminar trocando seis por meia dúzia”, brincou.

O ajudante de pedreiro Isaías Souza, 35 anos, também está indeciso. Ele contou que o Auxílio Brasil ajudou a amenizar parte das despesas e que está precisando de um empréstimo para pagar outras dívidas, mas teme comprometer a renda e mesmo assim não conseguir pagar os credores.

“O cartão de crédito virou uma bola de neve e tem outras dívidas que a gente vai fazendo no bairro, é o mercadinho, a peixaria, um dinheiro que pegou emprestado com um amigo, ou seja, é muita coisa. Ainda não sei se vale a pena”, contou.

Cautela
O economista Alex Gama, integrante do Conselho de Economia da Bahia (Corecon-BA) e professor da Unifacs, afirmou que o empréstimo pode ajudar se o dinheiro for usado para pagar dívidas que têm taxas de juros mais altas que os 3,5% mensais oferecidos pelo governo, em outras situações ele não recomenda.

“As condições não são tão atraentes uma vez que a taxa de 3,5% ao mês equivale a um juros anual de 51,1%, mas isso pode ajudar as pessoas que tem dívidas com uma taxa de juros maior e utiliza desses recursos para pagar dívidas no cartão de crédito, por exemplo, que cobra taxas maiores. Se for para fazer uma restruturação da dívida, aí sim vale a pena”, explicou.

Ele orienta que antes de fechar negócio o consumidor pesquise. “É preciso ler as cláusulas do contrato e comparar as taxas entre instruções financeiras que emprestam nessa modalidade. Comprometer 40% da renda pode ser algo bastante arriscado, uma vez que isso pode reduzir a capacidade de consumo da família, principalmente com a alimentação”, afirmou.

O governo tem dito que vai manter o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil no próximo ano, mas o Projeto de Lei Orçamentária de 2023 encaminhado pelo Executivo ao Congresso não determina esse valor. Já o Projeto de Lei 2315/22, proposto por parlamentares para manter os R$ 600, está em análise na Câmara dos Deputados. Durante evento em Salvador, no dia 26 de setembro, o ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, destacou a importância do benefício.

“Na Bahia, são mais de 2,5 milhões de famílias contempladas com Auxílio Brasil. Isso dá um investimento mensal da ordem de R$ 1,5 bilhão que é injetado diretamente na economia, promovendo o consumo dessas famílias. Isso faz com que toda a rede de geração de emprego e renda acabe sendo beneficiada”, afirmou.

Questionado sobre as filas que os brasileiros em busca do Auxílio Brasil têm enfrentado para fazer o Cadastro Único (CadÚnico) em todo o país, o gestor citou o aplicativo 'Cadastro Único' lançado pelo governo, em março, que permite a atualização remota. Porém, a plataforma é criticada pela instabilidade e famílias em vulnerabilidade social, sem celular ou internet, precisam procurar uma unidade e fazer o cadastro pessoalmente.

O CORREIO perguntou ao Ministério da Cidadania como fica a situação de quem pegar o empréstimo consignado e por alguma razão perde o benefício, se existe alguma medida pensada para essas situações, mas a pasta ainda não se manifestou.

Simulação de empréstimo com juros de 3,5% ao mês e 24 prestações*:

VALOR         PARCELA             TOTAL  A PAGAR
R$ 500          R$ 31,14                 R$ 747,27
R$ 1 mil        R$ 62,27                 R$ 1.492,55
R$ 1,5 mil      R$ 93,41                R$ 2.241,82
*Fonte: economista Alex Gama, integrante do Conselho de Economia da Bahia (Corecon-BA) e professor da Unifacs;

Veja onde solicitar o empréstimo:

Caixa Econômica Federal
Banco Agibank S/A
Banco Crefisa S/A
Banco Daycoval S/A
Banco Pan S/A
Banco Safra S/A
Capital Consig Sociedade de Crédito Direto S/A
Facta Financeira S/A Crédito, Financiamento e Investimento
Pintos S/A Créditos
QI Sociedade de Crédito Direto S/A
Valor Sociedade de Crédito Direto S/AZema Crédito, Financiamento e Investimento S/A
Confira as principais informações sobre o empréstimo consignado do Auxílio Brasil:

O que é o crédito consignado lançado pelo governo federal?
É um tipo de empréstimo que permite que os beneficiários de programas assistenciais do governo federal, como Auxílio Brasil (PAB), tenham descontados de seus benefícios as parcelas dos empréstimos contratados em instituições financeiras habilitadas junto ao Ministério da Cidadania.

Como será feito o empréstimo?
O empréstimo poderá ser feito pelo responsável familiar da família beneficiária do Auxílio Brasil, diretamente em instituições financeiras habilitadas junto ao Ministério da Cidadania. A parcela do empréstimo pode ser de até 40% do valor do benefício (R$ 160). O pagamento será descontado mensalmente, em folha de pagamento.

Quem pode contratar o empréstimo consignado?
Responsáveis Familiares das famílias recebedoras do Programa Auxílio Brasil e titulares do Benefício de Prestação Continuada.

A contratação de empréstimos consignados é obrigatória?
Não. Somente quem quiser poderá solicitar à instituição financeira a contração. Nenhuma instituição poderá obrigar o beneficiário a fazer qualquer contrato.

Em quais bancos posso fazer esse empréstimo?
Em qualquer instituição financeira habilitada junto ao Ministério da Cidadania.

Qual o prazo máximo para pagamento do empréstimo?
O empréstimo consignado em benefícios do Programa Auxílio Brasil pode ser realizado em até 24 parcelas mensais.

Qual a taxa de juros do empréstimo?
A taxa máxima de juros permitida para o empréstimo consignado em benefícios do Programa Auxílio Brasil é de até 3,5% ao mês. Porém cada instituição financeira pode adotar taxas menores do que essa. Você pode pesquisar esta taxa junto às instituições para verificar qual a melhor proposta para você.

Como é feito o pagamento do empréstimo?
O valor da parcela é descontado automaticamente do valor mensal pago do benefício, durante o prazo contratado.

*Fonte: Ministério da Cidadania

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Pelo menos R$ 8,049 milhões estão bloqueados de universidades e institutos federais da Bahia após o decreto presidencial nº 11.216, que se refere à execução orçamentária deste ano. O valor, no entanto, é maior, porque apenas metade das instituições informaram quanto deixarão de utilizar com o bloqueio. Na prática, isso significa que a verba não pode ser empregada pelas instituições para pagar despesas discricionárias, como as contas de água e luz. Em todo o Brasil, o bloqueio foi de R$ 328,5 milhões, o que representa 5,8% do orçamento que estava previsto para o ano.

Apesar de haver expectativa de que a verba seja desbloqueada em dezembro, a preocupação dos dirigentes das federais baianas é sobre como se dará o funcionamento das instituições nos próximos dois meses. Caso o bloqueio se concretize como corte, haverá possibilidade de paralisação das atividades. Ao todo, o Ministério da Educação (MEC) teve R$ 2,4 bilhões bloqueados pelo decreto. 

O que chama atenção no contingenciamento – nome técnico dado ao bloqueio dos recursos - é o fato de ter sido realizado no final do ano, quando as universidades já não possuem tanta verba disponível. Em junho, outros R$ 60 milhões já haviam sido bloqueados das instituições baianas. Ao todo, foram R$ 763 milhões contingenciados pelo Governo Federal nas universidades e institutos federais do país só neste ano.

Impactos
Na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), o decreto presidencial bloqueou R$ 2,09 milhões. Em nota, a instituição afirma que os impactos são imediatos e serão sentidos na suspensão de empenho de despesas para insumos básicos de aulas e atividades de pesquisa, manutenção predial, ações de acessibilidade e novos editais.

A maior instituição do estado, a Universidade Federal da Bahia (Ufba), que possui 61 mil estudantes, não divulgou o total bloqueado. Segundo o Reitor Paulo Miguez, o valor estava sendo contabilizado e deve ser divulgado na sexta-feira (11). Em nota, a Ufba informou que os bloqueios “dificultam o planejamento de ações, impedem pagamentos em dia e podem resultar em descontinuidade de serviços”, mas não especificou os impactos.

“[O novo bloqueio] vai tornar a atuação não só da Ufba, mas de todas as universidades do país, muito difícil. Não há mais cortes que possamos fazer. Tudo que era possível, já foi cortado. Não há mais gordura nem carne, só ossos”, afirmou Miguez.

Já a Pró-Reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), Leriane Cardozo, afirmou que o bloqueio não deve impactar o funcionamento nos próximos meses, a não ser que a verba não seja desbloqueada em dezembro. Lá, o bloqueio é de R$ 1,3 milhão.

“Se isso se transformar em corte, trará impactos diretos em contratos que já foram acordados anteriormente e impedirá ações da universidade”, explicou a Pró-Reitora

Para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), cerca de R$ 2,5 milhões foram bloqueados. A cifra se soma ao corte de R$ 6,3 milhões que já havia sido realizado em junho. A instituição não detalhou os impactos. Já na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), o bloqueio foi de R$ 2,06 milhões. Segundo a universidade, bolsas e auxílios estudantis não serão afetados e as demais despesas serão avaliadas.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Fonseca, explicou que cada instituição possui uma realidade financeira própria e por isso não é possível afirmar quais serão os desdobramentos específicos. A Associação está trabalhando para que a decisão seja revertida e estuda se a medida é inconstitucional ou não.

“Causa perplexidade o decreto ter sido feito no final de execução orçamentária. Em março, o governo já tinha liberado 100% do orçamento para o ano e agora veio essa limitação de empenho. Isso, salvo engano, é sem precedentes”, disse.

Em nota, o MEC informou que o decreto presidencial estabeleceu limitação de movimentação e empenho para a pasta e que por isso foram realizados os estornos necessários. O Ministério da Economia informa que os limites serão restabelecidos em dezembro.

Além da Ufba, a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsb), a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e o Instituto Federal Baiano (IF Baiano) não informaram o valor exato do bloqueio e seus impactos até a publicação desta reportagem.

Publicado em Política

O acúmulo de dívidas de Lázaro Viana, 26 anos, teve início na pandemia e chegou a somar cerca de R$3 mil. Mesmo trabalhando, o baiano de Vitória da Conquista não conseguiu dar conta das despesas do cotidiano. O jovem faz parte de um contexto que se repete em milhares de lares baianos. Prova disso é que o estado é o quarto em número absoluto de inadimplentes, com mais de 4,33 milhões de pessoas com dívidas, de acordo com o Mapa da Inadimplência divulgado pelo Serasa Experian na quarta-feira (28).

A dívida com bancos por causa de cartões de crédito não foi só a sina de Viana. O segmento é responsável por quase 30% das inadimplências dos baianos. Em seguida, estão serviços de utilidade pública, como água e luz (23%), e dívidas com empresas de varejo (19%). Um dos motivos que fazem o cartão de crédito ser o grande vilão dos endividamentos é a falsa noção de que muitas pessoas têm de que ele é um complemento de renda, como explica o presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-BA), Gustavo Pessoti.

“O cartão de crédito é uma antecipação da renda e não um prolongamento da renda. Então, não faz sentido alguém ter mais do que duas bandeiras de cartão. Pessoas que têm muitos cartões, de lojas e supermercados, tendem a sofrerem mais com a impulsividade e podem negligenciar as despesas que não são pagas no cartão de crédito”, explica o economista.

Em dois dos três bancos que contraiu dívidas, Lázaro conseguiu fazer acordos e agora paga parcelas mensais que somadas custam R$ 217. Mesmo subindo de cargo na empresa que trabalha, o jovem teve que cortar despesas para que as parcelas pudessem caber no orçamento.

“Eu fiz muitos cortes de despesas desnecessárias e de pouco consumo, como sair, o que possibilitou que eu fizesse o acordo com os bancos”, afirma Lázaro.

A educação financeira, no entanto, não é nem de longe o único motivo para que 44% da população com mais de 19 anos esteja endividada na Bahia. A desigualdade social é um motor para que muitas famílias não tenham nem o que poupar e acabem acumulando dívidas com as despesas básicas. Cerca de 70% das dívidas do cartão de crédito dos brasileiros são com gastos essenciais, como alimentação.

“A maior parte das pessoas no país, e a Bahia é um exemplo claro disso, possuem um nível de renda muito baixo e necessidades altas. São recursos escassos para necessidades ilimitadas, que se renovam no dia a dia. No mercado, por exemplo, ao longo dos dias, há manutenção de preços de determinados produtos”, afirma Gustavo Pessoti. A maior parte dos inadimplentes são mulheres (52,5%) e possuem entre 41 e 60 anos (35%). Em seguida está a faixa etária de 26 e 40 anos (34%).

Pandemia e inflação ajudam a tornar o cenário ainda mais difícil. Entre janeiro deste ano e agosto, o número de inadimplentes cresceu de 64,8 milhões para 67,9 milhões no país. “As pessoas tiveram redução de renda na pandemia e aumento dos gastos, o que impactou no pagamento das contas”, explica Fernando Gambaro, especialista do Serasa Experian.

A Bahia fica atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os três estados mais populosos do país, no ranking do endividamento. Apesar de o Serasa não divulgar a lista de estados com inadimplentes proporcionais à população, se utilizarmos como base o censo de 2010, a Bahia possui taxa de 31%, menor do que Pernambuco (35%) e Rio de Janeiro (42%).

Financiamento

Desde de que se formou há seis anos, Risley Moura, 28, carrega um peso nas costas e nas contas bancárias. O jovem cursou Odontologia em uma faculdade particular em Salvador e, por conta da condição financeira da família, teve que optar pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Assim que terminou o curso, começou a trabalhar para pagar parcelas de cerca de R$ 1 mil que, no total, somavam R$ 130 mil.

“As parcelas estavam altas para mim na época e eu não consegui negociar. Aí eu fui me virando para pagar entre 2018 e 2020, mas aí veio a pandemia. Uma das clínicas que eu trabalhava teve que fechar as portas e eu não tive mais condições de manter o pagamento das parcelas. Aí tudo foi embolando”, conta Risley.

O dentista até tentou fazer a renegociação da dívida com o desconto disponibilizado pelo Governo Federal neste ano, mas não conseguiu pela internet e nem pelo telefone. Como sua agência bancária fica no Piauí, ele planeja uma viagem para resolver a questão. Enquanto isso, Risley acaba sendo prejudicado no cotidiano por conta do nome sujo.

“Meu nome está no Serasa, então por mais que eu pague as parcelas do cartão de crédito da forma correta, os bancos sempre demoram mais do que o normal para aumentar o meu limite”, diz.

Depois de pagar a primeira parcela da renegociação, inadimplente já pode ficar com o nome limpo

Para que Lázaro Viana pudesse fazer acordo com os bancos, foi necessário muita organização e contenção das despesas. Entender quais são os valores das dívidas e para quem se deve, é o primeiro passo para começar uma negociação com instituições bancárias, segundo Gustavo Pessoti. É importante que a pessoa inadimplente também não se proponha a pagar parcelas que não caibam no orçamento. Quando a primeira parcela da negociação com o Serasa é paga no tempo certo, o nome já fica limpo.

“O Serasa Limpa Nome é a maior plataforma de negociação de dívidas do país. Pelo site é possível consultar mais de 152 empresas entre bancos e varejo de vários segmentos. A partir do momento em que a dívida é parcelada e a primeira parcela da renegociação é paga no tempo certo, o nome já fica limpo e a pontuação de crédito melhora”, explica Fernando Gambaro.

Os consumidores que buscam renegociar dívidas no Serasa podem conseguir até 90% de desconto. Para isso, é preciso acessar os canais oficiais como o site, aplicativo, ligação 0800 591 1222 ou ainda pelo WhatsApp 11 99575-2096. Também é possível realizar a consulta e negociação presencialmente em agências dos Correios.

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Quem já comprou uma moto sabe: não dá para chegar na concessionária, comprar e sair, no mesmo dia, pilotando sobre duas rodas novas em folha. Em geral, quando o pagamento é à vista, dava para fazer isso a partir de três dias. Via consórcio ou financiamento, demorava mais um pouco, mas a espera não costumava ultrapassar os sete dias.

Da pandemia para cá, essa realidade mudou e, para tirar uma moto zero da concessionária, o tempo médio de espera na fila é de quatro meses na Bahia, segundo gerentes. O soteropolitano Lucas Sousa, 22 anos, é um exemplo disso. Ele comprou sua primeira moto agora em 2022, quando a adquiriu com um lance em consórcio, que foi pago ainda no mês de janeiro.

Apesar disso, só mais de 120 dias depois ele pôde colocá-la em sua garagem. "Tinha um consórcio na Honda, fiz o lance e paguei. Aí fui informado de um prazo mínimo de 120 dias para entrega. Disseram que poderia chegar antes, mas não garantiam. E foi o que aconteceu, demorou esse tempo para eu pegar ela emplacada com tudo direitinho", fala Lucas, que trabalha como e-commerce.

De acordo com ele, apesar da demora, era possível até que a espera fosse mais longa a depender da cor escolhida. "Como as motos das cores vermelha e preta têm muita demanda, se eu não tivesse pegado a cinza, iria esperar muito mais. Além disso, motos que não são da linha popular demoram ainda mais. A minha é uma CG 160, por isso demorou esse tempo", conta.

O porquê da demora

Gerente de vendas da Motopema, concessionária da Honda em Salvador, Moisés Neves confirma a previsão de entrega mais demorada para alguns modelos. "Alguns modelos nem têm sido vendidos à vista. Quadriciclo, XR300 e PCX só são vendidos em consórcio para atender acordos pré-firmados. Hoje, para esses modelos, os clientes aguardam em média 120 dias", relata o gerente.

O pintor Ricardo Carneiro, 38, esperou, mais precisamente 119 dias para tirar a sua moto Honda PCX da concessionária. Ele conta que não esperava tanta demora. "A gente estava imaginando uns trinta dias de espera, mas foi bem como eles avisaram, que podia ser em 30 ou em 120. Quase chegou no final do prazo. Foi uma espera danada para quem estava ansioso", diz.

Para modelos mais populares, no entanto, a gerência da Honda informa que a espera não chega aos 120 dias. Quem quiser tirar da concessionária a linha CG, formada por Start, Fan e Titan, no momento vai esperar a média entre 45 e 60 dias, de acordo com a gerência. A previsão, porém, é que esse prazo seja reduzido e volte ao normal com o passar do tempo.

Moisés Neves explica que a espera mais longa se dá por três fatores: restrições da indústria na pandemia e falta de matéria prima. "Nossa fábrica fica em Manaus, uma das cidades que mais sofreu, e isso comprometeu o funcionamento. Quando para a linha de produção, é difícil retomar. [...] Além disso, ainda sofremos hoje com falta de componentes usados na fabricação, há uma escassez grande de eletrônicos que vêm basicamente da China, onde está faltando", afirma.

Bárbara Passos, gerente comercial do Grupo Yamaha Motofácil, admite que a fila de espera já foi um problema e chegou a ser formada por 400 cliente. Hoje, no entanto, a situação está diferente e modelos já são vendidos a pronta entrega, de acordo com ela.

"Temos alguns modelos que temos para pronta entrega como Lander 250 e Factor 250 ou 125. O que aconteceu ano passado era por conta de uma falta de insumos e devido também ao crescimento do mercado. Começamos a vender bastante e acabou agravando a situação. Uma coisa que aconteceu com várias montadoras", fala Bárbara, sem citar a porcentagem de aumento.

Segundo a gerente, o único modelo que tinha a fila de espera em 120 dias era da NMAX, scouter da marca. Hoje, no entanto, o prazo é de 30 dias e a fila foi reduzida.

Opção mais viável

Ao falar do crescimento nas vendas, Bárbara pontua que as motocicletas viraram alvo de compra dos consumidores por conta da praticidade e do cenário econômico. Isso porque, em relação aos gastos, levam vantagem sobre os carros.

"A questão do aumento do combustível fez muita gente procurar pelas motos, abrindo mão dos carros. Isso também é um fator no Brasil como um todo. Hoje, tem gente que usa o carro pra passear e a moto pra trabalho pela economia e praticidade", afirma ela.

Na Honda, também foi observado um aumento nas compras que influenciou no crescimento da fila pelas motos. Moisés Neves destaca que as motocicletas viraram meio para renda em tempos de muito desemprego.

"Querendo ou não, a moto se tornou uma solução nesse período pela possibilidade de você ter um trabalho direto como moto-taxista ou entregador. Com um investimento razoável, você consegue ser independente e gerar renda e isso acendeu o farol para as motos", fala ele, que não tinha a disposição os números de crescimento nas vendas.

Para quem quer também entrar numa fila, que daqui para frente deve ser mais curta, há três modelos principais de compra. Veja as vantagens e desvantagens de cada um:

À vista

É a forma mais econômica para tirar uma moto da concessionária, além de ser a mais rápida também. Evita juros que pesam no bolso ao longo do tempo em que se efetua o pagamento da motocicleta comprada.

Financiamento

No caso de um financiamento de motocicleta, o cliente realiza um tipo de empréstimo com um banco ou outra instituição para obter crédito e comprar à vista a moto na concessionária. O pagamento do crédito é feito ao credor e, desta forma, o comprador arca com juros que podem ser altos, dependendo do acordo feito.

Consórcio

Neste modo, são formados grupos, que podem ter número variado de integrantes, onde pessoas se unem para formar uma poupança e programar a compra da moto. A vantagem dessa modalidade é que se realiza a compra sem pagar juros ou entrada.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em -0,17% na Região Metropolitana de Salvador em setembro, em uma segunda deflação seguida. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo IBGE. Os preços foram coletados entre 13 de agosto e 14 de setembro.

Essa segunda queda seguida teve ritmo menor do que frente a agosto, quando o IPCA-15 ficou em -0,82%. Esse foi o maior recuo do índice em um mês de setembro desde 2018, aponta o IBGE. O indicador na RMS ficou acima da média do país (-0,37%) e é o quarto maior entre as 11 áreas pesquisadas.

Com o resultado, a inflação da RMS tem alta de 5,75% nesse ano até aqui. O índice está acima do Brasil (4,63%) e é a segunda maior prévia da inflação no país, abaixo apenas do Rio (5,83%).

Considerando os 12 meses encerrados em setembro, a prévia da inflação da RMS segue a mais alta do país (9,72%).

Produtos
A deflação na RMS em setembro teve destaques para quedas no setor de transportes (-2,66%) e de comunicação (-3,09%).

Nos transportes, a principal influência foi a deflação nos combustíveis, com queda de 8,62%, em especial a gasolina.

Já o grupo comunicação teve a maior deflação nos 22 anos da série histórica do IBGE, que começou em 2000. O recuo foi puxado pelos preços do acesso à internet, com queda de 13,17%.

No sentido inverso, sete grupos analisados na RMS tiveram altas. As principais pressões para aumento da inflação vieram do grupo de saúdes e cuidados pessoais (1,05%) e alimentação e bebidas (0,47%). Ambos, contudo, aumentaram menos em setembro do que em agosto.

No setor de alimentos, os destaques para alta são o queijo (3,62%) e o leite
longa vida (2,47%). Já nos cuidados pessoais, as pressões vieram dos planos de saúde (1,07%) e medicamentos em geral (1,13%).