Terça, 17 Maio 2022 10:09

Bahia tira zero em ensino na pandemia

A pandemia do novo coronavírus pegou de surpresa todo mundo, nas mais diversas áreas de atuação social. De uma hora para outra, no primeiro semestre de 2020, atividades que eram exercidas presencialmente tiveram que ser modificadas para ter continuidade. Foi o caso de Salvador, capital brasileira que recebeu a melhor nota num estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre a eficiência dos programas de educação pública remota dos estados e capitais brasileiros, durante a pandemia.

Na ponta inversa do ranking, entre os estados, a Bahia surge em último, com nota zero, pois não apresentou nenhum plano para o ensino médio no primeiro ano da pandemia, aponta o estudo. Sheylly Louise, 18 anos, estudante da rede estadual, lembra que no início, a rotina foi bastante complicada. Mesmo quando houve a oferta de aulas online, em 2021, o processo de aprendizagem foi difícil. “Muitos alunos não tinham celulares, mas a gente conseguiu aprender um pouco com as explicações dos professores”, lembra. “A situação de saúde foi realmente muito crítica e nós acabamos ficando sem aulas quase dois anos”, lembra.

Por mais que tenha tentado manter a mesma rotina de sempre, de acordar, estudar e cuidar das outras coisas do dia a dia, Daniel Pereira, 18, conta que a pandemia também afetou a sua rotina. Ele lembra que em 2020, mesmo sem aulas presenciais ou online, a escola em que ele estudava encaminhava atividades para os alunos. Dadas as circunstâncias, com todas as dificuldades, o estudante que sonha em estudar Ciências da Computação, acredita ter se saído bem no período, apesar ter ido para recuperação pela primeira.

O problema, complementa, é que ele viu diversos colegas enfrentarem dificuldades maiores que as dele. “Muita gente em minha turma não tinha acesso à internet. Eu não tive problema porque tenho um Wi-Fi bom”, lembra. Entre as principais dificuldades, comenta, estava a necessidade de se manter focado para aprender. “Você precisa se manter focado para o ensino à distância funcionar. É funcional, mas depende muito do aluno. No meu caso, o foco era mantido pela necessidade”, explica.

Segundo ele, outro aspecto que fez bastante diferença foram os professores. Alguns tinham mais familiaridade com a tecnologia, enquanto outros, não. “Em alguns casos, houve uma grande mudança, com professores que dizem que até preferem o ensino à distância, mas outros ainda se sentem à vontade ensinando presencialmente”, ressalta.

Maria Graziele, 19, já concluiu o ensino médio. Ela trabalha como vendedora atualmente. Em 2020, ela estava cursando o terceiro ano. “A suspensão das aulas foi uma coisa complicada porque fomos informados de que passaríamos uma semana em casa e depois retornaríamos”, lembra. “A escola fazia parte da minha rotina há muitos anos, então ficar afastada por tanto tempo foi bastante difícil”, explica.

Em 2020, durante o período sem aulas, o jeito foi passar o tempo nas redes sociais, lendo e assistindo. “Chegou um momento em que ficou entediante porque eram sempre as mesmas coisas, então ficou claro o quanto o colégio fazia parte da minha vida e o quanto ele fazia falta”, lembra.

“Eu acho que o EAD deixou muito a desejar, mas não por falta de vontade de professores ou alunos, mas pelo momento mesmo. A gente estava em casa, todo mundo assustado, não sabíamos mexer direito nos aplicativos, apesar de ter tido uma aula ensinando, era tudo muito diferente”, lembra. Ela conta que manter a atenção era um desafio no ensino remoto. Além disso, a falta de acesso à tecnologia acabou afastando colegas das aulas. “Eu acredito ter aprendido 10% do que poderia com o ensino presencial, meus amigos também, porém tivemos que concluir desta forma mesmo. Muitos colegas acabaram desistindo”, conta.

A explicação das notas
No levantamento publicado pela FGV, os pesquisadores Lorena G. Barberia, Luiz G. R. Cantarelli e Pedro Henrique De Santana Schmalz, todos do Departamento de Ciência Política, Universidade de São Paulo (USP), construíram um indicador baseado em quatro componentes: meios de transmissão, formas de acesso, supervisão dos alunos e os níveis de ensino cobertos pelo EAD. Questionados pela reportagem, os pesquisadores responderam em nota que o zero recebido pela Bahia se deveu ao fato de o estado “não instituiu ensino remoto em 2020, permitindo, de maneira livre, que municípios e escolas adotassem iniciativas próprias”.

“A prefeitura da capital, por outro lado, apresentou plano que, apesar de bastante limitado, estava acima da média daqueles implementados em outras capitais, que por diversos motivos enfrentaram dificuldades na implementação inicial dos planos”, ponderaram os autores da pesquisa. A capital baiana aparece com uma nota de 5,09684, enquanto a média entre as cidades foi de 1,59.

Segundo os pesquisadores, houve uma grande heterogeneidade quanto à adoção de planos de ensino a distância, já que não houve coordenação do Ministério da Educação nesse sentido. “Percebemos que, em 2020, diversos estados e capitais apresentaram planos insatisfatórios ou nem mesmo apresentaram plano para o ensino remoto. Alguns programas levaram mais de 100 dias para serem implementados”, destacam.

Plano municipal
De acordo com a Secretaria Municipal da Educação (Smed), a Prefeitura de Salvador procurou agir com “bastante rapidez e buscando o resultado mais eficiente possível desde o início da pandemia”. Segundo a Smed, em nota, enquanto as equipes técnicas providenciavam soluções digitais para garantir o ensino, foi criado o Canal Smed no YouTube, com videoaulas produzidas pelos professores da rede. Também foram distribuídos materiais impressos, entregues e devolvidos no momento em que um representante da família ia até a unidade de ensino buscar a cesta de alimentos – iniciativa que visou garantir a segurança alimentar dos alunos. Uma parceria com a Escola Mais, de São Paulo, ofertou de forma gratuita aulas virtuais diárias, através da plataforma Canvas. A ação beneficiou mais de 33 mil alunos do Ensino Fundamental Anos Finais e da EJA II.

De acordo com a secretaria municipal, as aulas da TV ainda estão em exibição e vão se transformar em vídeo aulas a serem exibidas no Canal da Smed no YouTube.

A Secretaria de Educação do Estado da Bahia foi procurada através da sua assessoria de imprensa para comentar os resultados da pesquisa da FGV e para falar sobre os planos pós-pandemia, mas não retornou o contato até o fechamento desta edição.

Professores e alunos ainda sofrem efeitos
Professor em escolas das redes privada e pública, Marcus Reis, 34, ensinava apenas em escolas particulares em 2020. Só a partir de 2021 passou a dar aulas na rede estadual. Para ele, o que mais chamou atenção no momento inicial da pandemia foi a velocidade com que as escolas particulares se adaptaram à nova realidade. “Tenho colegas que estavam dando aulas em escolas públicas em 2020 e o que nos passavam era que todos tinham vontade de fazer alguma coisa, mas ninguém sabia muito bem o que”, diz.

No ano passado, já como professor em escolas públicas estaduais, Marcus Reis conta que presenciava de perto a realidade de dificuldades no acesso ao ensino remoto. Ele mesmo teve que se readaptar à nova realidade. “Para nós professores, a dificuldade é muito grande porque a gente não tinha a interação que temos nas salas de aulas. Numa aula presencial, você tem a reação do aluno, se ele não interage, você pode ver que algo não está funcionando”, diz.

Online, a realidade era de microfones e câmeras desligados o tempo inteiro e quase nenhuma interação. “Às vezes eu tinha a sensação de que estava dando aulas só pra mim”, lembra.

“A gente sofreu muito, ficou cansativo”, reconhece. “Eu vi colegas de profissão caindo emocionalmente, e a gente pedindo forças a Deus para encarar este contexto”.

Mesmo agora, após a retomada das aulas presenciais, o tempo sem aulas ou com o ensino remoto segue cobrando um alto preço, destaca o professor. “A dificuldade agora é equilibrar o conteúdo que eles não pegaram no ano passado. Eu estou com uma turma de terceiro ano que não tem interação no conteúdo”, afirma.

“Quando a gente vai colocar na balança, desgasta até um pouco a gente, percebendo que os meninos estão cansados de ouvir sermões ou discursos moralistas, eu evito este desgaste. Eu prefiro ter uma boa relação com eles, diminuo o tom de sermão”, conta. Segundo ele, tem sido comum ver alunos chorando

O coordenador-geral da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, lembra que todo o planejamento que existia para a educação no Brasil estava voltado para o ensino presencial. Para ele isto explica as dificuldades enfrentadas na Bahia e em outros estados. “No primeiro momento, na rede estadual, falou-se em ter uma interatividade com os alunos. O problema é que no Brasil 60% dos estudantes não tem acesso à internet”, lembra.

Após estes dois anos, em 2022, o desafio é lidar com um “lapso temporal de dois anos” no processo de aprendizagem, destaca Rui Oliveira. Para ele, o impacto do momento na educação só será devidamente conhecido mais adiante.

Para Gabriel Corrêa, líder de políticas educacionais do Todos pela Educação, o impacto da pandemia na educação brasileira é tão grande que a nação ainda não percebeu sequer o tamanho do problema. “Nós achamos que a população ainda não se deu conta da magnitude destes efeitos, que começam levando à evasão escolar”, diz. Ou seja, muitos não voltarão para as salas de aulas, ou retornaram e não conseguirão permanecer.

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A edição de 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já tem data confirmada: 13 e 20 de novembro, quando as provas das versões impressa e digital serão aplicadas. O anúncio foi feito no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 29. As inscrições começam no dia 10 de maio e se encerram no dia 21. Interessados devem acessar a página oficial do participante. (https://enem.inep.gov.br/participante/#!)

Nesta sexta-feira termina o tempo limite para a apresentação de recursos para aqueles estudantes que tiveram o pedido de taxa de isenção negado. No caso de solicitações negadas, os alunos têm até o dia 27 de maio para efetuar o pagamento de R$ 85,00.

No ato da inscrição o estudante deve escolher qual formato irá fazer na prova: digital ou impressa. No site, é reforçado que, mesmo optando pela opção informatizada, é necessário se deslocar para o local da prova indicada pelo participante, pois não há alternativa de realizar o exame em casa.

Os estudantes vão realizar provas de quatro áreas de conhecimento, além da redação. No momento da inscrição o aluno também deve decidir qual língua estrangeira será aplicada na prova individual. Ao todo, são 180 questões objetivas.

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O governo federal abriu, nesta segunda-feira (4), o prazo para pedir isenção da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. A solicitação pode ser feita por meio da Página do Participante, até o dia 15 de abril. A taxa de inscrição da última edição do exame foi R$ 85.

Segundo informações da Agência Brasil, o mesmo prazo, de 4 a 15 de abril, vale para os estudantes isentos no Enem 2021, que faltaram no dia da prova e desejam fazer o Enem 2022 gratuitamente. No caso destes alunos, eles devem enviar documentos que justifiquem a falta para obter nova isenção.

Os resultados dos pedidos serão divulgados no dia 22 de abril, também na Página do Participante. Aqueles que tiverem a solicitação negada poderão recorrer entre os dias 25 e 29 de abril. O resultado dos recursos será divulgado no dia 6 de maio.

Direito à isenção
Têm direito de fazer o Enem gratuitamente todos os participantes que estão cursando a última série do ensino médio este ano em escolas públicas. São isentos também aqueles que cursaram todo o ensino médio em escola pública ou que sejam bolsistas integrais em escolas particulares. Esses candidatos precisam ter renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 1.818 por pessoa.

Também podem requerer a isenção os participantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por serem membros de família de baixa renda. Eles devem estar inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Para requerer a isenção, deverão informar o Número de Identificação Social (NIS) único e válido.

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A Caixa e o Banco do Brasil, agentes financeiros do Fies, foram procurados, mas não tinham fontes disponíveis para entrevista. Em nota, o BB informou que a renegociação por ser feita pelo aplicativo ou em qualquer agência. Os canais de contato são o site www.bb.com.br, o WhatsApp (61-4004-0001) e a Central de Atendimento BB (0800-729-0001).

No caso da Caixa, o processo é totalmente digital. A pessoa deve consultar o site da Caixa para simular a renegociação, gerar o boleto para pagamento da primeira ou parcela única. Para mais informações, os estudantes podem acessar www.caixa.gov.br/fies ou ligar no 0800 726 0101.

Fies garante inclusão
Para o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior da Bahia (Semesb), Carlos Joel, o Fies garante a inclusão de estudantes de baixa renda no ensino superior. “O fies tem por objetivo fazer a inclusão de pessoas de baixa renda. Muitas vezes, é a única forma de eles ingressarem na faculdade”, defende Carlos Joel.

Ele também ressalta que o custo com um aluno por financiamento é menor para o governo federal. “Mensalmente, um aluno de Fies custa 30% a menos que um aluno de escola estatal. Além disso, há expectativa que esse aluno pague e se insira no mercado de trabalho”, afirma. Joel julga ainda renegociação como vantajosa para os estudantes e defende que o programa era mais acessível, antes da mudança para o Novo Fies, em 2018.

As inscrições para o Fies 2022 abrem amanhã (8) e vão até sexta-feira (11).

Modalidades de renegociação
- Para quem deve há mais de 90 dias (contados a partir de 30/12/2021): desconto de 12% para pagamento à vista, com isenção de multa e juros, ou parcelado em 150 vezes, sem desconto, mas com isenção de juros e multas
- Para quem deve há mais de 360 dias (contados a partir de 30/12/2021): desconto de 92%, dividido em até 10 vezes ou à vista. É preciso estar cadastrado no CadÚnico ou ter sido beneficiário do auxílio emergencial
- Demais casos: desconto de 86,5% sobre o valor total da dívida, dividido em até 10 vezes ou à vista

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Os irmãos Luiz Fernando Gomes, 11 anos, e João Lucas, 6, estudavam em uma escola particular no bairro da Sussuarana, em Salvador. Porém, em 2021, a operadora de telemarketing Ana Carolina Gomes, 26, retirou os filhos do colégio privado e matriculou em uma escola pública. A pandemia afetou a receita da família e os R$ 600 de mensalidade começaram a pesar demais no orçamento. Assim como os irmãos Gomes, outras 20 mil crianças migraram do ensino privado para o público municipal.

É tanta gente que o déficit de vagas nas séries iniciais triplicou. O programa Pé na Escola – através do qual a prefeitura compra vagas em instituições particulares e oferece para alunos matriculados na rede pública, para conseguir atender a demanda, saltou de 5 mil, em 2020, para 12,5 mil, em 2021, e para 15 mil, em 2022. Ana Carolina contou que estava receosa de que os filhos não conseguissem se adaptar, porque eles sempre estudaram em colégios privados, mas o processo foi mais fácil do que ela imaginava.

“Eles ficaram empolgados, disseram que gostaram muito da escola e já fizeram amigos. O processo de adaptação foi bastante tranquilo. Em relação ao ensino, estou achando muito bom. Minha única reclamação é de que acontecem muitas faltas de professores e pontos facultativos. Acredito que essas interrupções não são boas para o processo de aprendizagem das crianças”, conta.

João Lucas e Luiz Fernando são alunos na Escola Municipal Novo Horizonte. O colégio particular em que eles estudavam antes da mudança não suportou a crise e fechou as portas.

A prefeitura fez um cadastro antes da matrícula, no final do ano passado, para saber quantas crianças de 2 a 5 anos, que estão fora da escola, pretendem ingressar na rede, em 2022. Cerca de 24 mil confirmaram presença. Até a sexta-feira (11), havia 142 mil crianças matriculadas na rede municipal e 20 mil vagas em aberto.

As gêmeas Maria Clara e Giovana Ribeiro, 11 anos, estão nessa lista. A faxineira Marilene Ribeiro, 41, contou que nos anos iniciais matriculou as filhas em uma escola particular porque não havia vagas nas escolas públicas próximas da casa delas, mas as mensalidades estavam pesando no orçamento. Em 2022, as irmãs vão permanecer na Escola Municipal Teodoro Sampaio, no bairro da Santa Cruz, onde a família mora.

“Tenho um filho que estudou nessa mesma escola e que adorava. Elas também gostaram bastante, apesar de a maior parte do tempo ter sido de ensino remoto. Não vi muita diferença na comparação do ensino público com a escola particular. Elas tiveram muitas atividades remotas, ainda precisam melhorar a caligrafia, mas tiraram boas notas”, revela.

Mudança
A crise econômica provocada pelo novo coronavírus teve impacto direto sobre a educação. O diretor da Escola Municipal Elysio Athayde, em Cajazeiras V, Hamilton Sousa, está há 22 anos na educação e disse que todos os anos a escola recebe alunos da rede privada, mas que nos dois últimos anos foi diferente.

“Tivemos um quantitativo significativo [de transferências] por conta da pandemia, muito acima do normal. Em alguns casos, a adaptação é um processo difícil porque a rede pública tem dificuldades que, muitas vezes, não existem na rede particular. Na rede privada os pais conseguem, por exemplo, acessar mais facilmente a escola. Na rede pública temos uma limitação de funcionários que podem ficar à disposição deles”, diz.

O diretor contou que apesar desses percalços a adequação acontece de forma natural e listou algumas vantagens. “Nesse momento de crise não ter que pagar mensalidade, fardamento e livros é um grande alívio para os pais. Em relação ao ensino, muitos dos professores que lecionam na rede privada são professores também da rede pública, então, acaba não tendo muita diferença”, afirma.

A rede municipal tem 432 escolas e 162 mil vagas. Por conta do aumento na demanda foi necessário fazer adaptações na rede para conseguir atender todos os estudantes. A prefeitura informou que está reformando 128 escolas, 29 sendo ampliadas e construindo outras 14 unidades, que juntas vão gerar 2 mil novas vagas. O investimento em infraestrutura é de R$ 300 milhões.

Frequência
Apesar dos apelos das autoridades públicas metade das famílias soteropolitanas ainda resiste em levar os filhos para a escola. Na segunda-feira (14) completou uma semana que as aulas presenciais foram retomadas e, segundo o prefeito Bruno Reis (DEM), a frequência dos estudantes tem sido de 50%.

Ele esteve na inauguração da Escola Municipal Professora Alita Ribeiro de Araújo Soares, em São Marcos, e tentou novamente sensibilizar as famílias. A nova unidade é uma homenagem a avó do prefeito, tem dez salas, 1,3 mil m² de área construída e capacidade para 580 alunos. O investimento foi de R$ 4,6 milhões.

“Se estou aqui hoje [como prefeito] é por conta da educação. É por isso que eu faço um apelo aos pais e mães para que levem seus filhos para a escola. Estamos com percentuais baixos de frequência de alunos e precisamos de uma mobilização da sociedade. Foram dois anos praticamente sem aula e esse poderá ser um dos principais efeitos colaterais da pandemia”, diz.

Na rede estadual, as aulas também foram retomadas em fevereiro. O governador Rui Costa (PT) contou que algumas unidades no interior do estado conseguiram registrar quase a totalidade de presenças. Ele participou de um evento no Parque de Exposições, em Salvador, para a entrega de equipamentos, ambulâncias e tratores agrícolas para municípios baianos.

“Sinto um entusiasmo e um comprometimento grande dos alunos. Nesses primeiros dias [de volta às aulas] em que estive nos municípios vi um desejo forte dos professores e dos colegas de chamar de volta aqueles que por acaso deixaram a escola nesse período. Fiquei muito satisfeito por onde passei em ver a alegria e o entusiasmo da comunidade escolar com o retorno às aulas”, declara.

Terça, 01 Fevereiro 2022 11:35

Bahia terá mais de 15 mil vagas no Sisu

Após quase dois anos de ensino remoto, as universidades federais e estaduais vão voltar ao modelo presencial com protocolos contra a proliferação do coronavírus. As inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam no próximo dia 15, quatro dias após a divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e vão até 18 de fevereiro, com resultado previsto para o dia 22. Na Bahia, são 15.540 vagas distribuídas em nove universidades, segundo levantamento feito pela reportagem a partir dos dados do Sisu. São 1.940 vagas a mais, em comparação com a seleção do ano passado.

Quem deseja concorrer às vagas, precisa ter realizado o último Enem, que teve duas aplicações - uma em novembro do ano passado e outra em janeiro de 2022, por conta da pandemia. Além disso, o estudante não pode ter zerado a redação. Entre as instituições do estado, a que mais oferece vagas é a Universidade Federal da Bahia (Ufba). Presente em Salvador, Camaçari e Vitória da Conquista, a Ufba disponibilizou 4.693 vagas, sendo 2.348 destinadas à ampla concorrência e 2.348 reservadas para cotas. São, ao todo, 93 cursos.

A novidade deste ano é que cinco cursos que já existiam na Escola de Belas Artes e Teatro da Ufba, passarão a ter entrada pelo Sisu: Licenciatura em Teatro, Interpretação Teatral, Direção, Artes Plásticas e Design. “Isso é positivo porque mais alunos vão conseguir visualizar esses cursos e vamos poder receber alunos de outros estados”, afirma o Pró-Reitor Penildon Silva Filho.

Apesar do retorno presencial da Ufba ter sido aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni) para 7 de março, o Pró-Reitor explica que outras possibilidades ainda não foram totalmente descartadas, como adiamento ou aulas remotas. “Vamos fazer uma reavaliação no início de fevereiro, levando em consideração dados científicos e o avanço da variante Ômicron. Aí todas as opções estarão na mesa”.

A Universidade do Estado da Bahia (Uneb), que costuma ser opção para muitos moradores da capital e interior, vai oferecer 3.879 vagas em 92 cursos. Entre elas, 1.817 são destinadas à ampla concorrência e 2.062 voltadas a políticas de ações afirmativas.

Interior do estado

Na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) disponibilizará 605 vagas em 37 cursos, nos campis de Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista. Já a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) divulgou na segunda-feira (24), o adiamento do retorno das aulas, previsto inicialmente para 2 de fevereiro e que agora será dia 14. A mudança foi feita em função do aumento dos casos de covid-19 no estado.

A Universidade Federal do Recôncavo (Ufrb) tem 1.636 vagas em 45 cursos distribuídos nas cidades de Cruz das Almas, Amargosa, Cachoeira, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus. E a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsb) divulgou que tem 1.710 vagas em 53 cursos, nos campis de Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

Também participando do Sisu, a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) possui 960 vagas distribuídas em 30 cursos para o primeiro semestre de 2022. A quantidade é a mesma do ano passado e os campis estão dispostos em Barra, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Luís Eduardo Magalhães e Santa Maria da Vitória. A Ufob possui um diferencial: apenas Medicina e Direito abrem vagas nos dois semestres do Sisu.

A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), situada nos polos urbanos de Ilhéus e Itabuna, anunciou 1.746 vagas nos 33 cursos, sendo 839 para ampla concorrência e 907 destinadas às cotas. O IF Baiano vai ofertar 860 vagas em 22 cursos, espalhados em 24 municípios diferentes.

Tanto a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) como a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) possuem atuação em diferentes estados e não somente na Bahia. Esta última vai ofertar 110 vagas no campus localizado em São Francisco do Conde, para os cursos de Letras e Bacharelado Interdisciplinar. Já a Univasf não informou à reportagem quantas das 1.610 vagas são destinadas ao estado.

Nervosismo e ansiedade com o resultado

As incertezas nos calendários acadêmicos por conta da pandemia não desmotivam os futuros graduandos. Clara Medeiros, 17, terminou o ensino médio no ano passado e está confiante com a nota do Enem, que pretende usar para ingressar em Direito. Segundo dados da Ufba, o curso terá 75 vagas para a ampla concorrência, sendo 35 à noite. “Não fiz vestibular além do Enem. Tenho a previsão de ficar em uma universidade pública, para parar de ter custos com mensalidade, pois sempre estudei em escola particular”, afirma Clara.

Apesar de ter a federal como primeira opção, a jovem não descarta estudar em outra universidade. Clara conta que sua segunda opção é a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), que vai oferecer 1.087 vagas em 30 cursos diferentes. São 20 vagas para ampla concorrência em direito. “Não tenho interesse em sair da Bahia, mas tenho a opção de Feira de Santana, porque tenho casa e conhecidos na cidade”, explica.

Apesar da confiança, a estudante não esconde o nervosismo na expectativa de passar, na primeira tentativa, em um curso concorrido: “Fico um pouco ansiosa por ter dado o meu melhor e gostaria muito que fosse suficiente para passar na faculdade que eu tenho vontade. Mas tento não pensar muito nisso para não endoidar”.

A psicopedagoga Elizangela Santos ressalta que esse período costuma ser de muita tensão para os jovens: “A partir do resultado do Enem, novos rumos e objetivos de vida serão traçados, por isso, é muito natural que essa expectativa mexa com os sentimentos e com o emocional”.

Família unida no Enem

É comum encontrar, em uma mesma família, parentes que fizeram o Enem no mesmo ano. Eduarda e Fernanda Saio são irmãs e moram na Região Metropolitana de Salvador, ambas desejam entrar na universidade neste ano. A primeira tem 20 anos e chegou a cursar Engenharia Elétrica em Florianópolis. No ano passado, resolveu entrar no cursinho, na capital baiana, para tentar uma vaga em Direito, dessa vez em Salvador.

Eduarda conta que a ansiedade está menor neste ano, em comparação com o primeiro vestibular que enfrentou. Isso porque ela conseguiu uma vaga em Direito na universidade que estudava: “Cancelei a minha matrícula em Engenharia Elétrica e me matriculei em Direito, mas se eu passar aqui pretendo voltar”. Já a irmã, Fernanda, 18, está em dúvida de qual área da comunicação pretende seguir, uma vez que a linha do curso depende da universidade escolhida.

“Estou nervosa e com medo, se não conseguir passar, já tenho noção que vou fazer cursinho”, desabafa. Para os que ainda não tem certeza do curso que pretendem ingressar, a psicopedagoga Elizangela Santos dá dicas. Pensar nas áreas que o jovem mais se identificava na escola, procurar profissionais do mercado, fazer pesquisas e conversar com a família são alguns pontos que, segundo ela, podem ajudar a fazer uma escolha mais assertiva.

Menor adesão no Enem e alunos com dificuldades

Apesar da taxa de abstenção do último Enem ter diminuído de 51,9% para 29,9%, na comparação com 2020, o número de inscritos foi o menor desde 2005 (3,1 milhões de candidatos). Na segunda aplicação do Enem, em 9 e 16 de janeiro, os faltosos chegaram a 70,5%, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação responsável pela prova.

“Por causa da pandemia, muitos alunos do ensino médio evadiram, outros atrasaram sua formação e ainda tiveram aqueles que se desestimularam de entrar na faculdade, o que nos preocupa muito. Temos que fazer um trabalho de recomposição dessa demanda. E os encaminhamentos que foram dados ao Enem por parte do Inep não ajudaram. Às vezes, os alunos tinham dificuldade de se inscrever porque tinham que pagar, depois ficou gratuito, mudou a data”, enumera o pró-Reitor da Ufba, Penildon Silva Filho.

A psicopedagoga Elizangela Santos pondera que muitos alunos não tiveram acesso a ferramentas para acompanhar as aulas online. Além disso, o isolamento social e questões emocionais podem ter impactado no desempenho de muitos no Enem. “Somos seres sociáveis e a aprendizagem depende desse contato com o outro e da interação”, afirma.

Ana Clara Ribeiro, 21, faz cursinho há três anos para conseguir entrar no curso de Medicina. Ela conta que a pandemia acabou prejudicando seus estudos, principalmente no início: “Tive muita dificuldade em me adaptar às aulas online e acabei deixando os estudos de lado por um tempo”.

De volta ao ensino presencial, a estudante conta que está ansiosa pelo resultado do Enem, mas vê pouca possibilidade de ingressar em universidades públicas. “Tenho feito cursos específicos para faculdades particulares. Além disso, a quantidade de vagas é bem pequena, o que torna a concorrência muito grande”.
*Com a orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro.

OFERTA DE VAGAS NA BAHIA

UFBA - 4.693 vagas em 93 cursos
UFRB - 1.636 vagas em 45 cursos
UFOB - 960 vagas em 30 cursos
UFSB - 1.710 vagas em 53 cursos
UNEB - 3.879 vagas em 92 cursos
UESB - 605 vagas em 37 cursos
UEFS - 1.087 vagas em 30 cursos
Unilab - 110 vagas em 2 cursos
IF Baiano - 860 vagas em 22 cursos

Publicado em Bahia

A vacina contra a covid-19 não será uma exigência para que os alunos da rede municipal de Salvador frequentem as aulas. Segundo o prefeito Bruno Reis, a medida é para não dificultar o acesso à educação.

"Eu não vou exigir que os pais que não querem, vacinem seus filhos para terem acesso à educação. Não quero dificultar o retorno às aulas. Os prejuízos são incalculáveis. Em nossas avaliações internas com os alunos, os números são tristes", justificou o prefeito.

Bruno disse ainda que a medida só será cobrada caso haja um decreto estadual que inclua as escolas da rede municipal. "Essa sempre foi uma exigência do governo estadual. Em relação às crianças da nossa rede, temos que separar os alunos do ensino infantil e fundamental dos alunos do ensino médio, que são da rede estadual. Se for uma exigência do governo do estado, se atingir Salvador, terá que ser cumprido", disse.

O prefeito ressaltou que os pais e responsáveis pelas crianças devem ter consciência sobre a vacinação. "Tem crianças que não têm comorbidades, que não têm doenças, que têm alimentação saudável, que não comem glúten, não bebem refrigerante, usam complexo vitamínicos e são saudáveis. Você vai exigir desse pai e dessa mãe que vacine seu filho? Essa é uma pergunta a ser respondida. Mas esse pai e essa mãe precisam ter a consciência de que o filho pode contrair o vírus, agravar e não ter leito de UTI. A nossa recomendação é de que vacine seu filho".

O momento mais esperado pelos estudantes que querem ingressar no ensino superior está chegando. O primeiro dia da versão impressa e digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é nesse domingo (21). Mas a quatro dias da prova, será que ainda dá para absorver conteúdos? O ideal é revisar ou fazer exercícios? Apesar do prazo curto para a prova, não é hora para desespero e nem exagero nos estudos. É para desacelerar!

Manuela Daidone, 18 anos, é aluna do Colégio Oficina e vai fazer o Enem este ano buscando o curso de Medicina. Ela optou por diminuir o ritmo de estudo nesta semana para driblar o nervosismo e a ansiedade. “Confesso que estou nervosa, então, agora eu diminuí o meu ritmo. Vou resolver questões porque acho que parar não é o ideal, mas minha rotina vai ser mais tranquila. Vou também assistir a filmes que eu possa usar para repertório na redação porque é uma maneira mais leve de estudar e nada de ficar até de madrugada.

Segundo Kátia Vasconcelos, pedagoga e diretora do Colégio Bernoulli, unidade Pituba, Manuela fez uma boa escolha. Ela diz que controlar a ansiedade agora é muito importante e que, para isso, é preciso saber equilibrar as coisas. Ficar estudando até de madrugada não vai ajudar. Os alunos podem revisar assuntos que acreditem ser necessários, mas não é ideal aprender algo do zero porque não vão conseguir uma resposta tão positiva”, orienta.

O diretor executivo das Unidades Escolares do Bernoulli Educação, Marcos Raggazzi, completa que é hora de resolver questões, fazer simulados e provas de edições passadas. Para a revisão dos conteúdos, a dica é priorizar. “Se o aluno ainda tem muito conteúdo para estudar, é importante que ele faça um planejamento e revise os conteúdos que são os mais recorrentes na prova do Enem”.

Bernardo Queiroz, 18 anos, está focado na resolução de questões. Ele é estudante do Colégio São Paulo e vai fazer o Enem este ano para cursar Engenharia Civil. ““Durante o ano, eu não deixei o assunto acumular, então, nessa reta final, estou assistindo às aulas e resolvendo exercícios. O que era para ser aprendido já foi”. Ele também conta que não quer exagerar nos estudos e revela preocupação com as horas de sono. “Eu busco administrar o meu tempo, não fico até tarde porque não quero ficar fissurado nos estudos para não acabar mais nervoso. Durmo por volta das 10h e acordo às 6h, tentando sempre completar as 8h de sono”, diz.

O professor de História do Colégio Antonio Vieira Carlos Nazaré também defende a realização de simulados e provas de edições anteriores nessa reta final. “O foco agora deve ser na parte prática, ou seja, resolução de exercícios, porque o tempo é muito curto para a parte teórica, é muito difícil que o aluno absorva o que não aprendeu ao longo do ano. Quanto mais exercícios, melhor, e sempre com foco no que mais cai na prova”, aconselha.

Para a preparação da redação, o professor do Montessoriano Josimar Mota afirma que o importante é revisar regras e buscar dicas importantes. “O momento é de rever a estrutura do texto, buscar repertórios coringas, revisar as situações que levem à nota zero e revisar as cinco competências específicas que o Enem usa para corrigir a redação. A estrutura é aquilo de introdução, desenvolvimento e conclusão, mas é importante relembrar o que precisa estar em cada uma dessas partes e em cada um dos parágrafos”, opina.

Preparo psicológico
Maria Fernanda Aras, 18 anos, é aluna do Colégio Anchieta e vai fazer o Enem para cursar Direito. Ela já fez uma redação esta semana e agora vai focar na busca por repertórios coringas. Além disso, ela criou estratégias para equilibrar revisão de conteúdo e preparação emocional. “Estou focando na parte emocional, tentando relaxar mais, fazer uma preparação leve, acreditando em tudo que já fiz durante o ano. Estou essa semana olhando os resumos que fiz ao longo do ano, revisando os assuntos que eu costumo errar e também os assuntos que mais caem nas provas”, conta.

A psicóloga Priscila Pardo, membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC), ressalta que o fator psicológico pode ser determinante para indicar quem vai ter um bom desempenho e quem não vai. A mente afeta o corpo, gerando ansiedade e sintomas físicos que podem atrapalhar bastante na hora da prova. “Para esta semana, é momento de buscar estratégias para relaxar, se desligar, porque o conteúdo que tinha que ser absorvido já foi. Pode ser ir para a praia, meditar, estar com a família ou com os amigos”, recomenda Priscila.

O psicólogo social e clínico Ricardo Moura completa que a ansiedade desestrutura o candidato e dá algumas dicas para driblá-la. “Uma coisa que pode aliviar isso na véspera da prova é já deixar tudo preparado, como a roupa, a sacola, e também visitar o local de prova para já saber o caminho, identificar onde é. Quando a ansiedade bater, é importante trabalhar a respiração, existem diversos exercícios na internet e também vídeos e áudios de meditação guiada que vão trazer o aluno para o presente e prepará-lo para aquele acontecimento intenso”, orienta.

Moura também destaca a importância da atividade física, do cuidado com o sono e dos momentos de lazer para o dia que antecede a prova. “A atividade física é fundamental para liberar endorfina e melhorar o foco e concentração. É fundamental cuidar do sono, não ficar acordado até tarde para poder ter disposição para o dia seguinte. Pegue leve e priorize o lazer”, finaliza o psicólogo.

Manuela Daidone já sabe o que vai fazer no sábado. Os livros vão ficar de lado. “Não vou estudar para não despertar a ansiedade. Vou ficar mais tranquila, distrair a cabeça. Se precisar, tanto para o sábado quanto para o domingo, aprendi algumas técnicas de respiração, sei que é bom fechar os olhos e respirar fundo. Também funciona para mim os óleos essenciais e escutar música”.

Maria Fernanda Aras também vai parar os estudos na sexta. “No sábado eu vou sair com a minha família, com o meu namorado e descansar, dormir cedo”, conta. Bernardo Queiroz também tem programação com a família. “Eu pretendo ficar com a minha família, fazer uma programação leve, comer algo que eu goste e descansar”, diz.

Orientações para os dias de prova

Primeiro dia

Prova: 90 questões objetivas, sendo 45 questões das disciplinas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e outras 45 questões das disciplinas de Ciências Humanas e suas Tecnologias, além da redação dissertativa-argumentativa.
Abertura dos portões: 12 horas (horário de Brasília)
Fechamento dos portões: 13h (horário de Brasília)
Duração da prova: 5 horas e 30 minutos - das 13 horas e 30 minutos às 19 horas. (Quem quiser levar o caderno de questões para casa deve sair da sala a partir das 18h30)

Segundo dia

Prova: 90 questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias, tendo cada uma das áreas 45 questões objetivas.
Abertura dos portões: 12 horas (horário de Brasília)
Fechamento dos portões: 13h (horário de Brasília)
Duração da prova: 5 horas - das 13 horas e 30 minutos às 18 horas e 30 minutos.(Quem quiser levar o caderno de questões para casa deve sair da sala a partir das 18h)

Além do documento oficial de identificação com foto e da caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, a máscara de proteção facial é item obrigatório.

10 dicas para a hora da prova:

-Chegue com antecedência para que possa encontrar sua sala de prova, encher a garrafinha, ir ao banheiro, enfim, se preparar melhor para começar a realizar a prova do Enem.
-Lembre de não levar objetos metálicos no bolso pois você deverá passar por detectores de metal ao ir ao banheiro
-Não esqueça de desligar o celular antes de colocar na embalagem que será entregue pelo aplicador da prova
-É importante saber quais áreas da prova terão mais peso na composição da nota para o curso que você deseja. Na hora da prova, dê mais atenção a elas
-Lembre-se que é importante dedicar cerca de 1h para elaborar o rascunho e passar a limpo a redação. Ela geralmente tem bastante peso na nota, então pode ser melhor fazê-la primeiro, com a cabeça mais ‘fresca’
-Fique atento a todos os detalhes das questões, principalmente a fonte e a data dos textos, que podem dar dicas ou até mesmo as respostas
-Resolva as questões mais fáceis primeiro, com textos mais objetivos o mais rápido possível, e deixe o tempo que sobrar para as questões mais difíceis, mais trabalhosas
-As questões se dividem entre texto, comando e alternativas. Comece a leitura pelo comando, identificando o que a questão quer do candidato, porque só com isso pode ser possível responder a questão e evitar uma leitura desnecessária de texto
-Ao resolver a questão, vá eliminando as alternativas aos poucos. As questões costumam ter uma ou duas alternativas sem muito sentido e também alternativas verdadeiras, mas que não respondem ao que o enunciado pergunta. Lembre-se de estar respondendo ao que a prova está te perguntando
-Não deixe questões em branco e tente, ao máximo, não fazer chutes
-Na editoria Revisão Enem do CORREIO, no link https://www.correio24horas.com.br/revisao/, você encontra matérias especiais, informações sobre o Enem e dicas de preparação, de realização da prova e de aplicação para o Sisu.

Confira os aulões gratuitos que acontecem antes do Enem

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) realiza, até o dia 26 de novembro, a maratona de aulões do Enem 2021, na página do YouTube do EMITec, no canal TV Educa Bahia e na página da Rede Enem. A ação, realizada em parceria com a Rede Enem, integra aulões das disciplinas das quatro áreas de conhecimento e de Redação.

As aulas acontecem às segundas, quartas e sextas, às 17h. Para acompanhar os aulões, ao vivo, é preciso realizar a inscrição por meio do link: https://bityli.com/rlYcGB. Os links para baixar e-Books e fazer simulados estão no endereço https://cursoenemgratuito.com.br/bahia/. O conteúdo também fica salvo no canal do YouTube.

O projeto IngreSSAr, promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), vai promover um aulão de revisão na sexta-feira (19), das 9h às 17h, no Espaço Moriah Hall (ao lado da FTC), na Paralela. A atividade é gratuita e, para participar, basta fazer a inscrição no site ingressar.salvador.ba.gov.br. Até a quinta-feira (18), as aulas de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o vestibular têm transmissão às 7h30 e reprise às 13h, na Band Bahia, canal 7.2 da TV aberta, ou no próprio site do programa.
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No próximo sábado (20) a Unijorge vai promover a 4ª edição do Missão Enem, um mega aulão gratuito de revisão com uma equipe de professores das principais escolas do ensino médio de Salvador, que vão tirar dúvidas e dar dicas para a prova. O evento será realizado das 8h às 13h30, no auditório Zélia Gattai, na Unijorge campus Paralela, nos formatos presencial e on-line. Ainda estão disponíveis as inscrições para assistir a transmissão on-line, que ocorrerá de forma simultânea, ao vivo. Os interessados podem realizar a inscrição no site: https://transformauj.com.br/circuitoenem.

Para ajudar os estudantes na reta final de preparação, o Diretor Executivo Pedagógico das Unidades Escolares do Bernoulli Educação, o professor Marcos Raggazzi, vai compartilhar informações e dicas importantes para os estudantes se darem bem no exame em duas lives. O encontro virtual terá a participação do Coordenador do Pré-vestibular Edmundo Castilho Filho. A live é gratuita e vai acontecer nesta quinta-feira (18), às 19h50. A live vai ser transmitida pelo canal do Youtube do Bernoulli e vai abordar estratégias de prova, técnicas de relaxamento e de atitude mental, além de dicas sobre o que revisar na semana entre as provas.

Publicado em Brasil

Em todo o Brasil, em 2022, os alunos do primeiro ano do ensino médio vão encontrar uma escola diferente da que existe atualmente. Na Bahia, essa regra é uma exceção. Ao contrário das outras unidades federativas, o Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA) estabeleceu que só em 2023 e 2024 é que as instituições de ensino públicas e particulares do estado são obrigadas a alterar o currículo referencial para o Ensino Médio.

Isso foi determinado, pois só em 2022 é que será implementado o Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) do Ensino Médio. É esse documento que vai servir de referência para as escolas montarem suas matrizes curriculares e submeterem à aprovação do próprio CEE. A DCRB, inclusive, deve ter como base as orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que desde 2018 foi aprovada.

De acordo com o presidente do CEE, Paulo Gabriel Nacif, a alternação no cronograma aconteceu, dentre outros motivos, para ampliar o debate para a construção de um documento que respeite a diversidade e a realidade de cada região. “O Conselho está atento e vem cumprindo com suas atribuições no processo de implementação da BNCC na Bahia, assegurando os princípios educacionais e os direitos de aprendizagem de todos os estudantes do território estadual, em toda a Educação Básica”, reforçou.

A Resolução que altera o cronograma foi aprovada pelos 24 conselheiros estaduais de Educação e homologada pelo secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues. De acordo com a diretora acadêmica do Colégio Antônio Vieira (CAV), a professora Ana Paula Marques, mestre em Gestão Educacional, a decisão do conselho impede a implementação completa do novo ensino médio ainda em 2022. “A gente não pode mexer na nossa estrutura curricular enquanto não houver esse documento”, lamenta.

Mesmo assim, o Antônio Vieira não vai ficar ‘esperando sentado’ e já começou a implantar no Ensino Médio aquilo que não impacta na BNCC. “Tem toda uma novidade, que são os itinerários formativos, que os alunos do primeiro ano começarão a ter em 2022. É para eles já estarem no ritmo do novo ensino médio”, explica a gestora. Ela acredita que o atraso na mudança curricular não vai prejudicar o ensino.

“Normalmente, as escolas privadas já têm carga horária bem densa. Com a DCRB em mão, o que vamos fazer é muito mais uma readequação dessa carga horária. O quanto de linguagem fica e o que será preciso recompor? São questões como essa que serão resolvidas. Essa parte é bem consolidada na instituição, pois é a que prepara os alunos para os vestibulares", aponta Ana Paula.

Regras
Uma das principais mudanças com o novo ensino médio é o aumento da carga horária mínima. Agora não serão mais necessárias 800 horas anuais e sim 1 mil horas, o que vai fazer com que cada dia letivo tenha, no mínimo, cinco horas de aulas. Desse período, 60% do tempo será destinado as áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas), que vão substituir as disciplinas individuais.

Algumas escolas particulares já começarão com essa mudança em 2022. É o caso do Colégio Perfil. “Para o primeiro ano, vai ser 100% dessa maneira. Estamos, inclusive, transformando nosso curso em semestral. No primeiro semestre, o aluno vai ter português, matemática. toda área de humanas e o projeto de vida, eletivas e trilha. No segundo semestre, sai humanas e entra natureza. É uma mudança ousada para dar ao aluno tempo e foco”, explica Bruno Abdon, professor e coordenador do núcleo de tecnologia e inovação.

Essas eletivas e trilhas citadas por Bruno fazem parte dos itinerários formativos, que são considerados a maior novidade no novo ensino médio. Eles serão escolhidos pelo estudante conforme a disponibilidade da instituição.

“É algo que vai dar liberdade e personalizar o ensino. Com os itinerários, os estudantes vão poder botar a mão na massa, desenvolver projetos, produzir entregar resultados e até já montar um portfólio”, aponta.

Os itinerários vão ocupar os 40% restantes das aulas, junto com uma outra novidade, o Projeto de Vida. Trata-se de um programa que deve ajudar os alunos a entender o que eles querem para o futuro. O Vieira já fornece esse tipo de projeto. “Ele me serviu para confirmar o que eu quero, ter certeza do que definitivamente não quero e do que pode servir como segunda opção”, explica a estudante Luísa Coelho, 17 anos, que pretende cursar Ciências da Computação. “Desde o primeiro ano eu pensava em fazer Medicina. Hoje, com o autoconhecimento do projeto de vida, pude ampliar meu campo de visão e já penso em outras possibilidades”, relata a estudante Beatriz Costa, 17 anos.

Outro colégio que já tem um tipo de Projeto de Vida é o Montessoriano. Por lá, o nome do programa é Líder em Mim (Lem). “O Lem é um programa de educação socioemocional focado em promover a mudança comportamental em educadores e alunos, desenvolvendo sua autoestima e autoconhecimento para que se tornem protagonistas de suas próprias vidas e da transformação da sociedade”, explica a pedagoga Carina Menezes, coordenadora do 9º ano do fundamental 2 ao ensino médio da instituição.

No Colégio Oficina, a partir de 2022, um projeto de trilhas será oferecido aos alunos do primeiro ano do ensino médio, em preparação para o novo sistema. “A partir do próximo ano, já estaremos implantando gradativamente, desde o projeto de vida até as trilhas”, relata a diretora Marcia Khalid.

Para especialista, colégios precisam de planejamento ao adotar novo ensino médio
No Villa Global Education, as novidades do novo ensino médio começaram a aparecer já em 2021 na primeira série. “Em 2022, vai ser ampliado para a segunda série e, em 2023, para todo o ensino médio. Temos uma carga horária estendida, divisão do currículo em formação geral básica e itinerário formativo, com matérias eletivas que permitem o aluno traçar o próprio currículo”, explica Ricardo Andrade, diretor pedagógico do Villa.

Ele considera como principal ponto positivo do novo ensino médio a possibilidade de os alunos poderem ter uma parte dos estudos mais relacionada com o interesse para o ensino superior.

“Os principais desafios são fazer com que a gente tenha uma escola que atenda em 360 graus a diversidade dos alunos. Temos que bancar os que gostam mais de humanas, de natureza... o colégio tem que se preparar tanto curricularmente, mas ter cautela para os impactos financeiros que isso pode causar. Um deslize pode inviabilizar toda a operação”, recomenda.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia informou que o estado finalizou, no dia 26 de agosto, a consulta pública do Documento Curricular Referencial Bahia (DCRB) do Ensino Médio e está em fase de revisão do texto-base para envio ao Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA). “A consulta pública e o diálogo com diferentes atores contribuiu para que o DCRB do Ensino Médio contemple a diversidade e particularidade da Bahia, evidenciando a identidade do povo baiano”, disseram.

Ainda segundo a pasta estadual, 50% das escolas da rede já estão implementando o novo ensino médio. “No próximo ano, 100% já estarão adotando a nova arquitetura curricular nas turmas de 1ª série e, de forma gradual, as demais séries, até 2024”, prometeu.

Publicado em Bahia

A pandemia aumentou a demanda pela rede municipal de ensino. Em 2021, o sistema recebeu 10 mil novos estudantes vindos da rede privada e o programa Pé na Escola saltou de 5 mil para 12 mil vagas em menos de um ano. O secretário municipal de Educação Marcelo Oliveira falou sobre o cenário atual das 432 escolas de Salvador. Apenas 30% dos 162 mil alunos estão frequentando as aulas presenciais. O gestor teme que haja dificuldade no aprendizado e diz que vai apostar em tecnologia para reduzir a defasagem. Ele responsabiliza também os professores pelo não retorno dos alunos e conta que haverá um cadastro antes da matrícula. Confira a entrevista:

A Secretaria definiu quando vai começar a matrícula?
No ano que vem. Mas, antes, será preciso fazer um cadastro. Em 2021 houve uma forte migração de alunos de escolas privadas para a rede municipal, principalmente nos anos iniciais e no ensino infantil. Com a interrupção das aulas muitos pais não viram razão para manter as crianças na escola, pagando a mensalidade com elas em casa. Muitas escolas fecharam as portas. Em 2020, o setor que mais desempregou em Salvador foi o da educação. Os pais retiraram os filhos das escolas particulares e matricularam na rede municipal.

Qual foi o impacto disso na rede municipal?
No ano de 2021 tivemos um acréscimo de 10 mil alunos. Tivemos que arranjar sala de aula, professor, enfim, todo o aparato para receber esses estudantes. Nossa preocupação é com o que vai acontecer em 2022. Vai continuar nessa intensidade? Ou os pais vão voltar para as escolas privadas que sobreviveram a esse período da pandemia? Por isso vamos fazer esse cadastro. A gente sabe que com a queda nas atividades econômicas muitas pessoas tiveram redução de renda e a inflação está aumentando. Tivemos que recorrer ao tesouro municipal para distribuir cestas básicas para os alunos.

Antes do acréscimo de alunos novos já havia déficit na educação infantil. Como está a situação agora?
Ele aumentou. A gente tem recorrido às escolas de bairro, nas quais compramos vagas, através do programa Pé na Escola. São 12 mil alunos. Eram 5 mil no ano passado. Ampliamos o programa justamente por conta dessa migração que houve da escola privada para a rede municipal. Ao mesmo tempo temos um programa de construção de novas unidades escolares, com investimento de R$ 300 milhões. São mais de 150 escolas que vão passar por algum tipo de intervenção, como construção, reconstrução, reforma ou ampliação, exatamente para fazer frente a essa demanda por vagas.

Como está o cenário das aulas presenciais?
Todas as escolas estão abertas e os professores estão em sala de aula, mas, lamentavelmente, as famílias não estão levando as crianças para a escola. Essa é uma situação muito preocupante. Tentamos voltar em maio, mas a adesão dos alunos foi de menos de 10%. A gente só conseguiu voltar de fato em agosto, quando os professores já tinham tomado a segunda dose da vacina e passado o período de imunização. Mesmo assim, cerca de 70% dos alunos ainda não retornaram.

Por que os pais estão resistindo em levar os filhos para a escola?
Esse afastamento tem origem no tempo excessivamente longo longe da sala de aula por conta da pandemia, mas também por conta da posição obstinada da representação sindical dos professores que insistia em não voltar às aulas enquanto não estivessem completamente vacinados. Isso prejudicou muito o retorno. Eles chegaram a fazer campanha, aterrorizando os pais dizendo que se as crianças fossem para a escola iriam morrer, levar o vírus para casa e matar todo mundo, o que carece de verdade, é uma falácia. Todos os estudos mostram que o retorno às aulas em outras cidades e países não causou nenhum impacto sobre a curva de transmissão da covid-19. Isso prejudicou muito.

A Prefeitura tem procurado os pais dos estudantes para conversar?
Nossas equipes estão indo nas casas das famílias, nas associações de bairro, nas igrejas, fazendo reuniões nas escolas e elaborando comunicados buscando sensibilizar as famílias. Mas muitas delas dizem que vão deixar para voltar no próximo ano. Depois de 18 meses sem aula ainda estão esperando perder mais dois ou três meses.

Qual o impacto da decisão dos pais de não levar as crianças para a escola?
Não sei se as pessoas têm noção da gravidade disso. Nenhuma atividade econômica, social ou de lazer ficou tanto tempo interrompida quanto a escola. Nenhuma. Imagine uma criança que entrou no 1º ano em 2020, com 6 anos. Ela tem que se alfabetizar, e não há maneira de fazer isso remotamente. O resultado é que ela não foi alfabetizada, mas como a aprovação é automática ela vai entrar, em 2021, no 2º ano. E ela também não teve aula, porque a escola estava aberta, mas a família não levou. Ela vai ser automaticamente promovida para o 3º ano, em 2022, sem saber ler nem escrever, sem ter conhecimento nenhum. Essa criança vai ter problemas sérios de desenvolvimento escolar.

Quando o ano letivo de 2021 será concluído?
Em 29 de dezembro de 2021, seguindo o currículo especial que estabelecemos para esse ano com os conteúdos de 2020 e 2021. Todas as redes estão fazendo da mesma forma, mas o conhecimento adquirido por essas crianças no período remoto vai causar um enorme desafio para os profissionais em 2022. Temos plena consciência dessa situação.

O que a Secretaria da Educação vai fazer para resolver esse problema?
Estamos fazendo a aquisição de equipamentos de informática. Vamos distribuir um tablet com acesso à internet, com pacote de dados, para cada aluno do ensino fundamental, e a gente também está contratando um portal pedagógico que vai acompanhar o desempenho dos estudantes. Estamos fazendo avaliações desses alunos com institutos profissionais para identificar onde temos as lacunas mais graves de conhecimento e nortear o plano de ação para 2022, e vamos investir em capacitação. Temos um planejamento estratégico muito bem elaborado, projetos arrojados e com foco na melhoria do aprendizado e na recuperação do ensino perdido.

Quando começa o ano letivo de 2022?
No início de fevereiro. Estamos ajustando a data por conta dos feriados, mas teremos os 200 dias letivos.

Como anda a relação com os professores?
O diálogo sempre foi muito aberto, mesmo quando a direção do sindicato tinha um discurso mais ríspido ou intransigente, a gente sempre manteve a conversa. Passada essa questão do retorno às aulas e da vacinação, esse assunto está superado. Agora, o que precisamos fazer é atualizar os professores com linguísticas, técnicas e métodos de ensino e a própria tecnologia que vamos usar a partir do início do próximo ano.

Existe perspectiva de realização de novo concurso para professores?
Temos um concurso em vigor. Chamamos todas as vagas e estamos com cadastro de reserva que será chamado à medida que as vagas forem surgindo, mas, hoje, estamos com apenas 30% dos alunos em sala de aula. Depois do cadastro, vamos poder dimensionar a quantidade necessária de professores e certamente vamos fazer novas convocações.

Quais mudanças dos últimos dois anos o senhor acredita que vão persistir?
A tecnologia é uma necessidade. Hoje em dia ninguém mais faz reuniões presenciais. E não é por conta de estar preocupado com a pandemia, porque os índices epidemiológicos estão sob controle e estamos vacinados. A questão é que a gente percebeu que a tecnologia torna o processo mais eficaz. Essa mudança veio para ficar e a Educação tem que acompanhar. Levei para o prefeito Bruno Reis uma série de investimentos vultosos, em tecnologia e profissionalização. O prefeito aprovou e alocou o recurso necessário, então, Salvador tem todas as ferramentas para enfrentar o desafio.

 

Fonte: Correio*