O Jornal da Cidade

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O evento-teste com 500 pessoas, anunciado nesta segunda-feira (5) pela prefeitura de Salvador, será o termômetro da capacidade de controle epidemiológico da capital baiana. O objetivo é se preparar para o carnaval de 2022.

No entanto, segundo o secretário de Saúde da cidade, Leo Prattes, a tradicional festa de rua poderá ser feita com portas fechadas. "Na minha opinião, teremos modelos de carnaval indoor, que possam fazer girar a economia. Em fevereiro ainda teremos cerca de 1 milhão de pessoas não vacinadas (população abaixo de 18 anos). Eu torço para termos o carnaval tradicional, mas não acredito que seja possível", disse em entrevista a Zé Eduardo, no programa Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metropole.

Há, também, a possibilidade de adotar modelos híbridos, mas a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até então, não chegou a uma definição. Em nota, o órgão informou que é ‘um assunto ainda em discussão’.

Sobre o evento-teste, previsto para acontecer no dia 29 de julho no Centro de Convenções municipal, na Orla da Boca do Rio, o gestor da pasta afirmou que a prefeitura fará toda a segurança e acompanhamento do público presente.

"Faremos com todo o controle: exigência de teste PCR, exigência do cartão de vacina com as 2 doses, uma série de medidas para dar segurança ao evento", disse ao Metro1.

A prefeitura pretende ainda realizar uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para realizar um estudo de acompanhamento do público durante 15 dias, para monitorar possíveis casos de covid-19. De acordo com a TV Bahia, representantes da prefeitura e da Fiocruz se reúnem na próxima sexta-feira (9) para tratar do tema.

Além do evento que deve ocorrer na Boca do Rio, Salvador ainda deve fazer um segundo evento-teste, em uma das três ilhas de Salvador.

A campanha de vacinação contra a covid-19 prevista para acontecer para acontecer nesta terça-feira (06) nas ilhas de Paramana e Bom Jesus dos Passos foi suspensa devido ao mau tempo.

Segundo informações da prefeitura, o adiamento ocorreu por conta da impossibilidade da travessia da embarcação que estava levando as doses dos imunizantes às localidades por causa do mau tempo.

A imunização nas ilhas para os moradores das comunidades com idade igual ou superior a 18 anos deve ser retomada na quinta-feira (8).

Vacinação por idade
Em Salvador, a vacinação para pessoas a partir 41 anos continua nesta terça. Os indivíduos nascidos até 6 de maio de 1980 poderão se vacinar entre 08h às 13h.

A imunização com a primeira dose ocorrerá também para as gestantes, puérperas e lactantes nesta terça. Já para os demais grupos estão suspensos.

Haverá antecipação da aplicação das segundas doses das vacinads Oxford e Coronavac, entre 08h às 13h, para as pessoas que estão com a data aprazada no cartão de vacina até o dia 11 de julho.

Nesta segunda-feira, Salvador aplicou 22.559 doses de vacina contra covid, sendo 21.894 entre primeiras dose e dose única e outras 665 segundas doses. Com isso, 1.585.478 doses já foram aplicadas na capital baiana, sendo que 501.055 estão totalmente imunizadas.

Confira os postos de vacinação desta terça-feira (6)

1ª DOSE - 8h às 13h

PESSOAS COM 41 ANOS OU MAIS (Nascidas até 06 de maio de 1980)
Para ter acesso as doses devem ter nome na lista e apresentar documento oficial com foto.

Pontos exclusivos para pessoas com 41 anos ou mais – 8h às 13h
Drivers: Centro de Convenções, 5º Centro de Saúde, Atakadão Atakarejo (Fazenda Coutos), Arena Fonte Nova e Vila Militar (Dendezeiros).
Pontos Fixos: 5º Centro de Saúde, USF Plataforma, USF Cajazeiras V, USF Federação , USF Pirajá e Clube dos Oficiais da Polícia Militar (Dendezeiro).

GESTANTES, PUÉRPERAS E LACTANTES – 8h às 13h
Para ter acesso ao imunizante, todas as gestantes, lactantes puérperas devem ter idade igual ou superior a 18 anos, estar com os nomes no site da SMS e no ato da vacina apresentar documento oficial de identificação com foto, além de:

Gestantes: devem apresentar também cópia impressa do laudo ou relatório médico ou caderneta da gestante.
Puérperas: devem apresentar também cópia impressa da Declaração Nascidos Vivos (DNV) ou certidão de nascimento do bebê.
Lactantes (Amamentando até o 12º mês de vida bebê): devem apresentar também cópia impressa de certidão de nascimento do bebê.

Observação: Mesmo cadastradas automaticamente no sistema, as beneficiadas devem consultar previamente seus médicos para as devidas orientações sobre a vacina.
Está suspensa a vacinação para gestantes e puérperas com o imunizante Oxford/ Astrazeneca/Jansen.
Pontos exclusivos para gestantes, lactantes e puérperas – 08H ÀS 13H
Drive-thru: Shopping da Bahia
Ponto Fixo: USF Colinas de Periperi

2ª DOSE: 08H ÀS 13H
A aplicação das 2ª doses Oxford e CoronaVac acontecerá entre 08h e 13h para aqueles que estão com o reforço atrasado ou com a data agendada no cartão de vacinação para até o dia 11 DE JULHO.

2ª DOSE OXFORD: 08H ÀS 13H
Drives: PAF Ondina e FBDC Brotas.
Pontos Fixos: USF Vista Alegre, USF Vale do Matatu, USF Teotônio Vilela II (Fazenda Coutos II), FBDC Brotas, USF Fernando Filgueiras (Cabula VI) e USF Cajazeiras X.

2ª DOSE CORONAVAC: 08H ÀS 13H
Drive: Barradão e FBDC Cabula
Pontos Fixos: Barradão, UBS Nelson Piauhy Dourado (Águas Claras) e USF Curralinho.

A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) alerta as mulheres para que não façam exames de mamografia imediatamente após terem tomado vacina contra a covid-19. Em entrevista à Agência Brasil, a presidente voluntária da Femama, a mastologista Maira Calfelli Caleffi, diz que a recomendação é de que elas voltem a fazer seus exames de rastreamento de câncer de mama, mas relatem ao médico caso tenham tomado vacina.

Segundo Maira, nas últimas seis semanas, foi registrado um aumento agudo de descrições pelos radiologistas, nos laudos de mamografias e ultrassonografias, da presença de linfonodos, também chamados gânglios ou ínguas, nas axilas das pacientes, sugerindo doenças que deveriam ser investigadas. “A paciente, quando ela não está atenta para isso, realmente se apavora”. A mastologista diz ter recebido também muitos casos para investigar, com indicação de punções e cirurgias. “Coisa que não é necessário, desde que a gente constate que ela teve vacina naquele braço, ou até no braço contralateral, nos últimos 15 ou 30 dias”.

Depois desse período, a médica explica que os linfonodos regridem, isto é, voltam ao normal, na grande maioria das vezes. “Por isso, a Femama está fazendo um alerta para prevenir contra essa preocupação. A gente está pedindo que elas não deixem de fazer os exames. Mas se tomou a vacina de covid-19, aguarde de duas a quatro semanas, porque já tem chance de nem aparecer nada”.

Vacina x câncer
A presidente da Femama esclarece que a vacina contra a covid não provoca câncer. “Essa alteração nos gânglios é uma reação do corpo ao imunizante e não tem nenhuma relação com câncer, célula maligna de qualquer natureza. É uma reação inflamatória, como se fosse até uma febre”.

Ela lembra que se as mulheres que tiverem que fazer o exame de rastreamento, porque estão investigando algum nódulo ou caroço suspeito na mama, devem realizar a mamografia, mas informar o médico que tomaram vacina. “O médico já fica alerta. Essa parte é muito importante”. Segundo a Femama, o aumento dos linfonodos pode ser causado por qualquer injeção ou vacina, e não apenas pelos imunizantes contra a covid-19.

Segundo a Femama, a informação é confirmada pela Sociedade Brasileira de Mastologia, pela Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Essas instituições já divulgaram recomendações de conduta frente à linfonodopatia axilar em pacientes que receberam recentemente a vacina contra a covid-19. "Por isso, nossa recomendação é que os agendamentos de exames de mamografia em pacientes sejam realizados antes da primeira dose da vacina ou, então, de duas a quatro semanas depois da aplicação da segunda dose", afirma Maira Caleffi. Caso a linfonodopatia permaneça, é recomendada a investigação, por biópsia, do linfonodo para excluir a malignidade mamária ou outra origem extramamária, recomenda.

 

São pouco mais de dois meses desde que a prefeitura de Salvador autorizou as aulas híbridas na cidade. Desde o dia 3 de maio, 50% dos alunos se revezam entre ensino remoto e ensino presencial. A previsão de algumas escolas particulares para o segundo semestre do ano letivo - as aulas retornaram nesta terça-feira (6) na rede privada - é de que 100% dos alunos possam estar em sala de aula a partir de outubro de 2021.

A expectativa foi feita pelo Grupo de Valorização pela Educação (GVE), que reúne cerca de 60 escolas privadas em Salvador e Lauro de Freitas, na Região Metropolitana. Outras sete escolas particulares ratificaram a afirmativa, além da Secretaria Municipal da Educação de Salvador (Smed).

“Até segunda ordem, o que a gente espera é que, no segundo semestre de 2021, teremos 100% dos alunos em sala de aula. Acreditamos que, em outubro, já possamos retornar, para fazer pelo menos 30 dias antes do final do ano com todos os alunos em sala”, estima o porta-voz do Grupo de Valorização pela Educação (GVE), Wilson Abdon.

O formato 100% presencial seria o mesmo de antes da pandemia da covid-19, sem rodízio, porém, com protocolos sanitários. “Até outubro, teremos todos os profissionais de educação com a segunda dose da vacina, assim como o avanço da vacinação, nesse período, da população geral, que deve estar em 50 a 60%, em toda a Bahia”, justifica Abdon.

Em fevereiro, o governador Rui Costa afirmou que esse percentual de 50% seria atingido em julho. Já em março, a previsão do gestor foi de que 100% da população jovem estivesse vacinada até o final do ano. Até segunda-feira (5), eram 45,83% baianos acima de 18 anos imunizados com a primeira dose, de acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estava em 70% até às 18h30 desta segunda.

A Smed reforçou a estimativa, condicionada a critérios. “O retorno 100% presencial é uma expectativa da Smed, mas a decisão dependerá do cenário da pandemia, considerando as mais diversas variáveis, como contaminação, ocupação de leitos, vacinação, entre outras. Qualquer decisão a esse respeito será tomada pelas autoridades sanitárias”, pontua a secretaria.

O GVE pondera que, mesmo que haja a liberação pela prefeitura, cada escola é livre para agir de acordo com sua realidade. Além disso, o modelo híbrido será oferecido para as famílias que ainda se sentem inseguras.

Favoráveis
O Colégio Adventista de Salvador, que tem 5,8 mil alunos, é favorável ao retorno em outubro: “Estamos preparados para receber os alunos conforme protocolo”, disseram em nota. Eles permaneceram com o ensino remoto e retornarão na modalidade híbrida no segundo semestre. O Sacramentinas também é adepto à previsão. “Se todos os pontos forem observados para o retorno 100% em outubro, voltaremos, porque as famílias já estarão mais seguras”, acredita a coordenadora da secretaria, Priscila Sandin.

No Colégio Maria Helena, em Pernambués, ainda há baixa adesão dos alunos, mas a diretora, Helena Leite, acha que até outubro todos os alunos retornarão. Até então, 35 a 40% dos estudantes estão em sala. “Nosso bairro é muito populoso, então temos que fazer um grande trabalho de conscientização com os pais, mas temos a mesma expectativa, porque, com a segunda dose da vacina, gera uma segurança maior”, comenta.

Na Escola Cresça e Apareça, que tem 75 alunos, quase todos já estão no ensino presencial. Só quatro continuam no ensino remoto, que são famílias com integrantes com comorbidades. “Diminuímos o número de alunos em sala. Iremos oferecer a opção do remoto até o fim da pandemia”, explica Mariana Mongenroth, diretora da escola.

A CEO do Villa Global Education, Viviane Brito, também abraçou a ideia. “Acreditamos estar cada vez mais próximos da possibilidade de um retorno 100% presencial, pelos dados de redução dos casos graves. Também sobre o avanço das campanhas de vacinação e as aprendizagens em relação às medidas protocolares como: uso da máscara, higienização das mãos e afastamento social”. Foram sete casos de covid-19 detectados nas unidades - um entre alunos e seis entre colaboradores.

As diretoras Teresa Brasileiro e Walkyria Rodamilane, do Colégio Módulo Criarte e da Escola Lua Nova, respectivamente, desejam que a projeção seja realidade. “A gente tem que ser otimista e nosso desejo é que seja possível, mas não sei se efetivamente será. O que é certo é que estaremos oferecendo o híbrido até o final do ano”, declara Teresa. Segundo ela, 90% dos alunos da educação infantil e 70% do ensino fundamental estão no ensino híbrido.

“Essa previsão depende de vários fatores, como vacinação, índice de contaminação, receio ou não das famílias. Mas desejo que seja verdade, porque é muito importante para a educação e para as crianças”, defende Walkyria, diretora pedagógica da Escola Lua Nova.

Quem perde mais, de acordo com Walkyria, são as crianças. “É preciso conviver com a pandemia. Imagine se levarmos mais dois, três anos? O que faremos com nossas crianças? É muito sofrimento que os meninos estão passando e as consequências são gravíssimas. Na rede particular, muitas crianças estão sendo diagnosticadas com autismo, e não é. É pela falta de troca e pelo isolamento, que a linguagem vai se modificando”, alerta.

A vice-diretora da Escola Tempo de Criança, Larissa Machado, também chama a atenção para a saúde mental das crianças. “As crianças estão com perdas irreparáveis, mental e pedagógica. Elas trazem casos de alteração de humor, fobias, ansiedade, transtorno alimentar… são traumas prolongados que elas vão ter, sequelas que ficarão por mais de 10 anos”, argumenta.

Só em 2022
Já na visão da diretora pedagógica do Colégio Montessoriano, Lúcia Matos, 100% dos alunos em sala só ano que vem. “Se os números da pandemia continuarem caindo e a vacina avançar, creio que a liberação para acesso deve chegar. A aceitação dos pais chega próximo, mas 100% só em 2022 mesmo”, avalia.

Na escola, apenas 25% dos estudantes optaram pelo ensino híbrido. “Em agosto, isso deve dar um salto, com a finalização da vacina dos profissionais. E seguir aumentando até terminar o ano”, acrescenta.

Para o diretor do Colégio Marista Patamares, Carlos Henrique da Silva, não há palpite para o retorno 100% presencial. “Ainda não sabemos quando será nosso retorno 100% presencial, cremos que o ritmo de vacinação e a curva de contágio vão determinar nossa retomada”, estima.

No Marista, 30 a 35% dos alunos matriculados frequentam o sistema híbrido. Silva acredita que esse índice possa dobrar até o final do ano. “Teremos uma adesão maior neste retorno pós recesso devido à experiência de aulas presenciais que tivemos nos meses de maio e junho. Nesse período, passamos confiança de que estamos preparados e é possível retornarmos de forma segura. É possível que cheguemos a 60% de adesão”, acredita.

No Colégio Cevilha, em Itapuã, já houve pais que se pronunciaram a favor do ensino remoto até dezembro. “As famílias ainda estão temerosas com o comportamento das crianças em grupo na escola, mas acredito que com todos os professores vacinados com a segunda dose e a partir de outubro é possível um percentual maior. Mas acredito que não chega a 100%, uns 80% a 90% talvez”, analisa a diretora, Jordânia Santos.

Mensalmente, o colégio faz uma enquete sobre o assunto com as famílias. Cerca de 40% deles, de um total de 170 alunos, optaram pelo ensino presencial.

O diretor financeiro do Pernalonga, Carlos Negrão, afirma que não depende da escola, e sim das autoridades. “Estamos preparados, mas não depende da gente”, afirma. Dos 200 alunos, 84 frequentam a modalidade híbrida - 42% do total.

O diretor geral da área pedagógica do Colégio Integral, Paulo Rocha, acredita que 100% do corpo estudantil só 2022. “Acredito que possa haver uma redução do distanciamento, porém acho difícil voltar a ser 100% presencial, porque ainda não teremos 100% de vacinação, inclusive a segunda dose”, pondera. São 1.200 alunos do colégio, com 65% de adesão às aulas híbridas. Até o final do ano, ele acredita que sejam 75%.

A diretora da Escola Lápis de Cor, Aline Pinto, defende que o ensino híbrido seja disponibilizado até o final de 2021. “A gente precisa respeitar o momento das famílias”, diz. “Ainda existem famílias que só mandam os filhos para a escola depois da vacina, o que não tem nem cenário, a gente não sabe quando vão se vacinar”, exemplifica. Cerca de 60% delas optaram pelo ensino presencial.

Sindicato dos professores critica projeção do GVE

O Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro-BA), que representa 80 mil professores de escolas particulares no estado, discorda da previsão do Grupo de Valorização pela Educação (GVE), que acredita que 100% dos alunos poderão estudar presencialmente em outubro. “Não há nenhuma informação a respeito disso, nem sequer as escolas comandadas pelo Governo do Estado retornaram nas condições dadas até o momento. Ainda fala-se em terceira onda e é muita incerteza”, rebate o coordenador-geral do Sinpro-BA, Allysson Mustafa.

Ele ainda sugeriu que o GVE não representa a categoria. “O GVE não representa ninguém, são um punhado de escolas interessadas exclusivamente em dinheiro, empresários da educação. Eles que pressionaram para que se retornassem [as aulas presenciais]”.

Em nota, o GVE rebateu. “Só temos a dizer que o GVE representa mais de 60 escolas particulares de Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari e vem pautando sua atuação pelo respeito e o entendimento com as autoridades estatuais e municipais e com todos os segmentos da educação”

No caso da rede estadual, as aulas continuam remotas. Elas começaram no dia 15 de março e vão até 28 de dezembro. O Governo do Estado adotou o mesmo critério da Prefeitura de Salvador para o retorno: a taxa de ocupação de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) têm que estar por cinco dias consecutivos abaixo de 75%, o que não ocorreu.

A Secretaria da Educação do Estado (SEC) disse, em nota, que os indicadores da covid-19 “estão sendo monitorados, para que ocorram as demais etapas do planejamento das atividades, ou seja, a migração do remoto para o híbrido até chegar ao presencial”.

Segundo a Secretaria Municipal da Educação de Salvador (Smed), desde que as aulas retornaram na rede pública, não houve casos de alunos infectados pela covid-19. Já entre professores, foram 10 contaminados pela doença. As regiões que mais tiveram docentes com coronavírus foram Cajazeiras (3), Itapuã (2) e Liberdade (2). Também houve casos na região da Orla, São Caetano e Subúrbio. A pasta ainda alegou que “não há qualquer indício” que a contaminação entre os servidores tenha ocorrido no ambiente escolar.

Lauro de Freitas volta ao ensino híbrido na próxima segunda
As escolas da rede privada do município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), voltarão às aulas no formato de ensino híbrido a partir do dia 12 de julho, ou seja, na segunda-feira da próxima semana. Até então, o modelo de ensino na cidade era 100% remoto. A decisão de retornar ou não cabe a cada escola. De acordo com a prefeitura, foi feito um acordo com a representação das escolas particulares, condicionado a avaliação do período de 18 dias após o São João para o início das aulas, como medida de segurança. Protocolos de prevenção à covid-19 também serão adotados.

Segundo a prefeita Moema Gramacho, a medida é estratégica para avaliar os efeitos decorrentes da pandemia nesse período. “A ideia de só voltar no dia 12 de julho é que damos tempo de uma quarentena para apresentação de possíveis contaminações depois dos dias juninos. Se tivermos aumento do número de casos e das ocupações de leitos UTI de covid-19, acordado entre nós na marca de 75%, obviamente teremos que reavaliar o retorno”, explica a gestora.

Os Colégios Logo, Panamericano, Gregor Mendel, Portinari, Lince, Antônio Vieira, São Paulo, São José, Salesiano, o Acbeu Maple Bear, a Escola Tempo de Crescer Colégio, a Escola Gênesis e o Centro Educacional Maria José (Cemj) foram procurados, mas não responderam à reportagem até o fechamento do texto.

O Sartre e o Oficina aguardam as determinações das autoridades e dos órgãos competentes. O Vitória Régia e o Anchieta, por sua vez, não quiseram se pronunciar. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, não pôde responder por estar em fase de recuperação da covid-19.

Os frequentadores da Livraria Cultura vão ter que buscar outro lugar para comprar seus livros. O espaço, que ficava no Salvador Shopping, fechou as portas na última quarta-feira (30). No local ocupado pela livraria, que já tinha sido reduzido em março de 2019, será inaugurada uma loja de artigos esportivos. Mas, para os amantes da leitura, nem tudo está perdido. O shopping vai passar a contar com uma unidade da Livraria Leitura. A abertura deve acontecer até setembro.

O Salvador Shopping já tinha perdido, em setembro de 2020, a Livraria Saraiva, que se despediu da Bahia fechando também as lojas nos shoppings Barra, Paralela e antigo Iguatemi. A unidade da Livraria Cultura no Salvador Shopping foi inaugurada em novembro de 2010 e era a única da cidade e do estado. A rede, que já chegou a ter mais de 13 lojas no país, agora conta com apenas seis.

Em nota, a Cultura informou que encerrou as atividades no local por questões financeiras. Em 2020, a rede assinou um contrato com o grupo JCPM para mudar a localização da loja para um espaço novo, de 700m², mas voltou atrás na decisão. “Avaliando o cenário para os próximos meses, a rentabilidade prevista até o fim deste ano, e com o prolongamento da crise sanitária, resolvemos devolver o novo espaço e rescindir o acordo”, diz a resposta.

A livraria também ressaltou que as lojas físicas então enfrentando grandes desafios, mas prometeu retornar a Salvador no futuro. “Nosso foco continua na rentabilidade da empresa e na introdução de novos serviços com o objetivo de nos adequarmos às novas demandas do consumidor. A nova realidade traz desafios importantes para o modelo de lojas físicas e principalmente para as livrarias que tinham parte importante de suas receitas provenientes de atividades socioculturais. No momento adequado, retornaremos à praça de Salvador com um novo modelo de loja, mais completo e preparado às exigências de nossos clientes. Estamos criando uma nova empresa”, conclui.

Além do momento de expansão de lojas virtuais, o mercado de livros já vinha apresentando queda. Uma pesquisa feita pela Nielsen Book para a Câmara Brasileira do Livro e Sindicato Nacional de Editores de Livros aponta que o mercado editorial encolheu 20% de 2006 para 2019 - com a crise se acentuando depois de 2015. Com a pandemia, a situação ficou ainda pior. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de livros do varejo baiano em 2020 registrou o pior desempenho dos últimos anos, com quedas de -44,1% no mês e de 42% no acumulado de janeiro a outubro.

O comportamento de alguns amantes dos livros ajuda a explicar esse cenário. O estudante Guilherme Hohenfeld, de 22 anos, não podia ir ao shopping sem passar na Livraria Cultura. Mesmo tão apegado aos livros físicos a ponto de não emprestar nenhum deles e exibi-los numa estante que ninguém além dele podia mexer, ele mudou seu hábito de leitura, deixando de lado as livrarias.

“Eu acabei comprando um Kindle que facilitou muito a minha vida, até porque os preços são bem mais em conta. Mas eu continuo preferindo os livros físicos, só que esses eu acabo comprando pela internet pela facilidade de encontrar os que eu quero e pela comodidade mesmo”, conta ele.

Frequentador assíduo da Livraria Cultura desde adolescente, Guilherme diz que a loja vai deixar saudades, por ser, além de um ponto de venda de livros, um ambiente que fez parte de sua vida. “Uma vez eu fui lá para uma sessão de autógrafos com Raphael Draccon, um escritor por quem eu sou apaixonado. Foi lá na Cultura que eu pude encontrar e falar com ele e isso foi bem marcante e especial”, diz.

O estudante Leonardo Lima, de 20 anos, também vai sentir falta da loja. Ele costumava ir até lá ao menos três vezes por mês e também coleciona histórias vividas na livraria. “Era um lugar legal pra encontrar com os amigos e eu também já tive alguns encontros no café de lá. Quando eu não ia comprar livro ou encontrar alguém, eu ao menos dava uma conferida nos preços e comprava revistas que não encontrava nas bancas de rua”.

O sentimento, agora, é de tristeza. “Quando a Cultura teve aquela redução de espaço eu já tinha ficado triste. E agora que fecharam de vez eu sinto que perdi um lugarzinho meu, sabe? Eu adoro o ambiente de livrarias em si, me passa uma sensação de aconchego”, explica Leonardo.

Mas o estudante é mais um que, mesmo com o apego às livrarias, se rendeu às facilidades da internet. Com a quarentena, ele teve tempo para colocar em dia as leituras atrasadas e adquirir novos livros, mas as compras foram pela internet. “Em 2019, eu li 12 livros e, em 2020, foram 27. Mesmo tendo um Kindle, eu prefiro mil vezes o livro físico, mas acabo comprando agora pela internet”, completa.

Cadê a livraria que estava aqui?

Em 21 de setembro de 2020, a Saraiva fechou todas quatro Mega Stores da Livraria Saraiva na capital baiana, após 13 anos de operação na cidade. Ainda em maio, quando as lojas físicas estavam impedidas de funcionar por conta da pandemia, a Saraiva já havia anunciado o fechamento de diversas livrarias em São Paulo, no Distrito federal, Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.

O diretor de negócios do grupo, Deric Guilhen, havia divulgado um comunicado aos funcionários da rede, anunciando o fechamento de algumas das lojas, associando a causa aos prejuízos causados pela suspensão das atividades devido à crise do coronavírus. No segundo trimestre de 2020, o prejuízo da Saraiva cresceu 64% com perda de R$ 118,2 milhões, no período. A receita entre os meses de abril a junho caiu 82%.

O Shopping Piedade, Shopping Center Lapa, Shopping Itaigara e Shopping Bela Vista informaram que não possuem livrarias. Este último afirmou que está em processo de negociação com uma livraria para implementação no estabelecimento. No Shopping Salvador Norte, há uma unidade da Livraria Leitura, assim como no Shopping da Bahia. O Shopping Paralela, além de também contar com uma loja da Leitura, possui uma Livraria Nobel. O Shopping Paseo conta com a Livraria LDM e, por fim, o Shopping Barra abriga a unidade da Livraria Escariz, inaugurada em dezembro de 2020. Vale ressaltar que há alguns sebos, bancas, estantes e revistarias em alguns shoppings citados.

Os sebos, mesmo com preços mais em conta do que os ofertados pelas livrarias, não escapam dos obstáculos impostos à compra de livros físicos. O Sebo J.E. possuía três unidades em Salvador e, agora, mantém somente uma. Em 2016, as lojas da Barroquinha e da Lapa foram fechadas e a proprietária, Elizabeth Ferreira, foi tocando o negócio apesar das dificuldades. Em 2019, a situação estava tão apertada que ela decidiu implementar as vendas online, contando com a ajuda da plataforma Estante Virtual. Mas, quando a pandemia chegou, a crise veio junto.

“Com a pandemia, as vendas caíram em 50%, eu tive que trocar de ponto em busca de um aluguel mais barato e demiti três funcionários. Mesmo com a liberação de abertura, os clientes sumiram porque muitos ficaram com medo e ainda estão, essa volta está caminhando a passos lentos. A venda online é o que está segurando a gente hoje”, diz Elizabeth.

Para ela, o futuro dos livros físicos não é promissor e o fim da crise causada pela pandemia não deve dar alívio ao setor. “Eu percebo que os livros físicos estão sendo deixados para trás. Não é que as pessoas não estão lendo, mas estão indo muito pelo caminho dos livros digitais. Tem livros na internet com preços muito baixos e até gratuitos, então fica bem complicado. Eu não sou pessimista, mas eu não acredito que, com o fim da crise da pandemia, o mercado de livros físicos vá se recuperar totalmente”, opina.

Na contramão da crise dos livros

No sentido oposto do momento de fechamento das livrarias Saraiva e Cultura, a Livraria Leitura, mesmo com o encerramento das atividades da unidade do Shopping Bela Vista em março de 2020, está inaugurando mais duas lojas na cidade. Além da nova loja no Salvador Shopping com a saída da Cultura, a rede continua com a unidade do Salvador Norte Shopping, aberta em 2011, e vai inaugurar uma loja no Shopping Pararela, em agosto, e também no Shopping da Bahia, em setembro. Neste último, a rede ocupa, desde maio, um espaço provisório e agora irá migrar para o espaço que antes era ocupado pela Saraiva.

A sócia da livraria e gerente das unidades de Salvador, Liliane Zebral, explica que a Livraria Leitura está em momento de expansão e aproveitando as oportunidades deixadas pelas Saraiva e Cultura. “O shopping abriu esse espaço e nós, que estávamos esperando essa oportunidade, abraçamos a ideia. A Leitura está em expansão, abrindo novas lojas, num movimento de contramão em meio a outras marcas, pois acreditamos na importância de manter as lojas físicas. Os nossos leitores necessitam manusear os livros”, revela Liliane.

Outra livraria em expansão é a Escariz. Com cinco unidades em Aracaju, a loja chegou a Salvador em dezembro de 2020, no Shopping Barra, ocupando o lugar da antiga Saraiva. A diretora de vendas da empresa, Fátima Escariz, explica que também encontrou no fechamento das livrarias um espaço promissor. Para ela, o setor ainda tem um grande futuro pela frente.

“A gente acredita muito no potencial do livro.Tem décadas que a gente escuta que o livro vai acabar por causa do mundo digital. E vimos, nessa pandemia, o quanto o livro é importante como companhia, entretenimento, ocupação. O público infanto-juvenil, por exemplo, nunca leu tanto quanto agora, nós percebemos um crescimento. Nesta pandemia, aumentamos muito nossas vendas por delivery. As pessoas foram atrás de uma alternativa”, coloca Fátima.

Onde comprar livros online?

Cantinho Sebo - Unidades na Pituba e no Shopping Center Lapa. O catálogo fica disponível no perfil do Instagram @sebopituba e, através do WhatsApp (71) 9956-6222, o cliente pode realizar a compra e receber o produto em casa.
Estante Virtual - Plataforma que reúne sebos e vendedores individuais de todo o país, que ofertam livros semi-novos e usados.
Amazon - Uma das maiores revendedoras de livros online, possuindo uma enorme variedade de exemplares físicos e digitais. Além disso, ela permite que qualquer autor publique seus livros na plataforma.
Americanas - A Lojas Americanas atua em diversas áreas, inclusive no ramo de eletrônicos, produtos pessoais e entretenimento, também ofertando livros. A loja possui um site de vendas, além de um aplicativo para iPhone (iOS) e Android.
Submarino Livros - A plataforma de e-commerce conta com um extenso catálogo de produções editoriais de diversos assuntos.
Travessa - A Travessa conta com cerca de oito pontos físicos no Brasil, concentrados na região sudeste, mas também possui uma loja virtual.
Leiturinha - Loja online de livros infantis que também possui um clube de leitura com opções de planos de assinatura.
Livraria Escariz - Rede de livraria com unidades físicas que também possui opção de vendas online, através de site.
Livraria Saraiva - Rede de livraria com unidades físicas que também possui opção de vendas online, através de site.
Livraria Cultura - Rede de livraria com unidades físicas que também possui opção de vendas online, através de site.
Livraria Leitura - Rede de livraria com unidades físicas que também possui opção de vendas online, através de site.

Identificado inicialmente como um serial killer, o criminoso baiano Lázaro Barbosa faria parte, na verdade, de uma organização criminosa com fazendeiros e políticos.

“Nessa organização criminosa, a gente já levantou que pessoas importantes participam dela. Nós temos empresários, fazendeiros, políticos...”, conta a delegada Rafaela Azzi. Um dos suspeitos é o fazendeiro Elmi Caetano, que segundo as investigações teria escondido Lázaro em uma de suas propriedades.

Durante as investigações, a polícia encontrou um áudio no celular do fazendeiro que indicaria a localização de Lázaro. “Ele está dormindo lá naquele barraco onde a mãe dele morava”, dizia no áudio.

A polícia considera que Elmi seria o mandante de uma chacina em Ceilândia. “Considerando que havia um laço anterior, que o Lázaro já era conhecido do proprietário e que na entrevista (interrogatório inicial) o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha realmente usado Lázaro para cobrar a dívida, e em não recebendo, matar aquelas pessoas”, explica Rafaela Azzi.

O número de microempreendedores individuais (MEIs) teve um aumento de 18,8% na Bahia de 2020 para 2021. Em abril do ano passado, eram 540.934 registros e, em abril deste ano, 642.540. Os dados são do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Segundo especialistas, esse crescimento está diretamente conectado ao mundo digital, que vem facilitando a vida de muitos empreendedores e impulsionando seus negócios. Uma pesquisa feita pelo Sebrae em maio deste ano apontou que 87,55% dos empresários baianos pretendem permanecer ou iniciar a comercialização dos seus produtos através dos meios digitais.

Ainda de acordo com a pesquisa, daqueles que já estão vendendo online, 61,41% afirmam usar a ferramenta WhatsApp Business, enquanto 48,96% usam redes sociais, como o Instagram. Segundo a diretora de operações do aplicativo na América Latina, Adriana Grineberg, o Instagram atua como um grande canal de conexão entre marcas e consumidores, quebrando a barreira física que, especialmente durante a pandemia, tem se mostrado bastante limitante.

“As diversas ferramentas da plataforma, como stories, IGTV, reels e outras, permitem que os negócios possam continuar conectados com os clientes e aproveitar as datas comerciais para alcançar novos públicos potenciais. Estamos comprometidos em continuar apoiando negócios de todos os tamanhos a seguirem em frente e embarcarem nesse processo de digitalização tão essencial para o momento”, afirma a diretora de operações.

A loja Prata Salvador é uma das novas apostas online que surgiram com a pandemia, entre fevereiro e março de 2020. Através do perfil no Instagram e da conta no WhatsApp, as sócias Letícia e Vanessa vendem acessórios de prata para todo o Brasil, se dividindo entre a parte administrativa/financeira e divulgação/vendas. Para elas, a loja física também não foi vista como vantagem.

“Priorizamos trabalhar de forma online por conta das vantagens que a internet nos oferece e também por um pouco de receio diante daquele começo de pandemia que já se mostrava preocupante. A gente acreditava que não era o momento de passar por uma exposição maior e investir em uma estrutura física”, explica Letícia Nacarini, de 32 anos.

Letícia e Vanessa utilizam o Instagram e o WhatsApp e estão agora investindo em um site. “O Instagram sempre foi a nossa vitrine, um espaço democrático onde compartilhamos nossos gostos, ideias, produtos, pensamentos e identidade. Hoje, conseguimos alcançar pessoas em todos os cantos do mundo graças aos benefícios da internet. Quando atendemos clientes de outros estados, por exemplo, sem dúvida, é consequência dessa rede de comunicação virtual e gera uma alegria enorme pra gente. Com certeza vamos explorar cada vez mais esse universo online”, ressalta Letícia.

Mas, assim como em qualquer negócio, os desafios bateram à porta virtual da Prata Salvador. Mesmo com o domínio das ferramentas do aplicativo, passar a utilizá-las para um negócio foi uma mudança que exigiu adaptações. “A internet é muito dinâmica. Não é tão difícil assim ficar desatualizado em pouco tempo. Então fomos estudar as redes sociais e buscar informações. E seguimos fazendo isso”, diz a sócia Vanessa Malvar, de 34 anos.

Além das dificuldades de lidar com as exigências do aplicativo, uma loja virtual também demanda tempo e disponibilidade. “Temos que ter uma frequência de postagens, atender todos os clientes em tempo hábil e criar um canal de comunicação direta para maior facilidade. Aos poucos, estamos descobrindo novas formas de fazer mais e melhor. Isso requer bastante tempo e estudo, mas estamos aí pra isso”, acrescenta Vanessa.

A loja online @vistoqueverso também teve início em 2020 e se mantém 100% online. Formada pelo casal Gabriel e Renata em novembro do ano passado, ela oferta camisas com frases bordadas. O processo de divulgação e venda da Visto que Verso é feito exclusivamente pelo Instagram e pelo WhatsApp Business. Hoje, o perfil da loja tem mais de 5 mil seguidores e o casal já chegou a marca de 60 encomendas na época do Natal, enviando camisas também para outros estados do país.

“Desde o início, já fomos com foco no Instagram, não consideramos local físico porque exigiria um investimento muito grande. O Instagram é uma forma simples, prática e que muita gente está usando. Tem muita loja surgindo, de um monte de coisa, como roupa, acessórios, comida. A gente foi vendo isso e pensando que era uma coisa que estava dando certo para um monte de gente, então poderia dar certo para a gente também”, conta Renata Marchi, de 22 anos.

O processo de crescimento da loja, porém, não foi tão simples e exige, até hoje, pesquisa e dedicação. Renata e Gabriel começaram a divulgação do perfil entre os amigos e, depois, fizeram parcerias com outras páginas com propostas parecidas com a deles e também realizaram sorteios. Segundo Renata, essas estratégias foram fundamentais para o crescimento do número de seguidores. Mas o trabalho não parou por aí.

“Fizemos alguns cursos básicos de e-commerce para aprender a como gerenciar essas redes e como conseguir mais clientes. O Instagram é cheio de regras, tem o algoritmo, são muitos detalhes. Aí fomos aprendendo também com a prática. Começamos com posts de forma forma, aí vimos que não deu muito certo e mudamos. Quando algo tem muita curtida, comentário, divulgação, a gente já vê que aquilo funciona e aí passa a usar mais”, diz.

A Confeitaria Sirley Lemos não nasceu no Instagram, mas as vendas foram impulsionadas a partir da criação do perfil @sirleylemosconfeitaria no aplicativo, no primeiro semestre de 2020. Sirley, de 52 anos, começou fazendo bolos de aniversário a partir de pedidos de amigos e familiares em datas especiais, mas a situação financeira apertou e ela precisou complementar a renda. A confeitaria foi ganhando forma aos poucos, até que Verônica, prima de Sirley, teve a ideia de divulgar o negócio através do aplicativo. Hoje, a confeitaria recebe uma média de 30 encomendas por semana.

“Ela não é especialista, mas entende dessas coisas e quis ajudar. Aí ela montou uma logo, criou a conta e até já conseguiu logo seguidores. Foi ótimo! Foi a partir disso que o negócio impulsionou mesmo. Eu coloquei um link na bio que vai direto para o meu WhatsApp e é por lá que tenho o contato com os clientes”, diz Sirley.

A empreendedora diz que tinha receio da exposição e também de como iria administrar a página, mas, com a ajuda da filha de 14 anos, ela vem superando os obstáculos do mundo digital. “Na minha idade, esse lado tecnológico ainda é um pouco complicado, então ela é que está por dentro de tudo. Aí a gente faz os stories e ela diz quais são as melhores músicas para inserir, qual o melhor horário para postar. Agora a moda é o reels, então ela já disse que precisamos fazer um. Também já me disse que eu preciso aparecer mais nas publicações porque as pessoas gostam disso, então já estamos pensando nisso”, conta.

Crie um perfil comercial: Habilite o perfil comercial do Instagram. Com ele, o empreendedor tem acesso a importantes ferramentas para desenvolver seus objetivos de negócio, conhecer sua audiência e analisar o desempenho da marca.
Feed: O Feed é a sua vitrine virtual! Mostre os detalhes dos seus produtos através das fotos e não esqueça de incluir informações, como materiais, usos e preços.
Stories: O formato é um importante aliado das marcas. Procure desenvolver conteúdo criativo que capte a atenção do seu consumidor e utilize o Stories para anunciar novos produtos, promoções e mostrar o dia-dia da marca, aumentando ainda mais a proximidade com o consumidor. Com a ferramenta, também é possível criar um "Destaque" com todos os produtos que fazem parte da nova coleção ou todas as informações para saber qual o seu tamanho, por exemplo. Além disso, o adesivo de perguntas também é um ótimo recurso para conhecer a sua audiência.
Reels: A nova ferramenta de vídeos curtos oferece ao empreendedor a oportunidade de inovar e ser criativo para apresentar sua marca e produtos. Através de diversas ferramentas de edição, é possível mostrar as diferentes maneiras de utilizar uma saia, por exemplo.
Direct: O perfil no Instagram é uma comunicação de via dupla! Responda as mensagens recebidas e tire as dúvidas dos seus clientes através do Direct. Também é possível classificar por estrelas ou filtrar as conversas para voltar às mensagens que o empreendedor deseja acompanhar.
IGTV: Oportunidade de produzir um conteúdo mais aprofundado, seja sobre o processo de produção, as inspirações da última coleção ou até mesmo um conteúdo adicional que tenha sintonia com a marca e possa fortalecer a conexão com os consumidores, como por exemplo uma receita.
Ao Vivo: As transmissões oferecem uma conexão instantânea com os seguidores e é uma oportunidade para compartilhar novidades, gerar um debate sobre questões relacionadas à marca, responder dúvidas e interagir com os clientes. A facilidade de começar a transmitir Ao Vivo com apenas um toque no Instagram também ajuda para possibilitar essa conexão de forma rápida, simples e sem necessidade de uma grande produção específica
Ferramenta de compras: Através de um catálogo de produtos é possível marcar os respectivos preços em suas fotos, assim como é feito o tag em pessoas. A aba "Comprar" no Instagram realiza uma das tarefas mais importantes na melhoria do desempenho do comércio eletrônico: facilita a compra. Com um clique, o público pode ir diretamente para a página do produto e adicioná-lo ao carrinho e, reduzindo o tempo de pesquisa e cliques e aumentando as chances de conversão.
Insights e métricas: Utilize esta ferramenta para tomar decisões estratégicas com base nos dados que a plataforma oferece. Ela fornece informações como visualizações do perfil, cliques em sites e informações valiosas sobre seus seguidores, como idade e os horários em que estão mais ativos no Instagram.

A apresentadora Ana Maria Braga, 72 anos, testou positivo para a covid-19. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (5) pelo apresentador Fabricio Battaglini, que a substituiu na apresentação do Mais Você.

"Vocês devem estar estranhando, perguntando: cadê a Ana? A Ana está bem. Hoje cedo quando ela foi fazer o teste de covid, hoje o teste da Ana deu positivo. Ela está bem, os sintomas são leves. Ela está com dor de garganta, um pouco cansada. Tá no hospital, inclusive. Mas o importante é saber que a Ana está bem", explicou o apresentador sobre os procedimentos realizados antes do programa.

Segundo ele, Ana Maria apresenta sintomas leves, como dor de garganta. Ela foi encaminhada a um hospital. Ana Maria já tomou as duas doses da vacina.

Em uma entrevista ao vivo do hospital, ela contou que se sente bem, dentro do possível. "Está tudo ótimo, na verdade, dentro do possível. Eu estava achando que era uma gripinha. Estava mais ou menos assim desde quinta-feira. A gente não espera. Eu nunca penso no pior. Pra mim está tudo ótimo", contou Ana.

Fabrício Battaglini abrindo o #MaisVocê de hoje. @anamariabraga testou positivo para Covid-19, mas ela está bem e com sintomas leves. Mais informações daqui a pouco no programa. pic.twitter.com/9Oyla7IYGE

— TV Globo em ???? (@tvglobo)
July 5, 2021

Os alunos da rede municipal de ensino de Mata de São João retornaram às aulas nesta segunda-feira (5), após o recesso junino. Ao todo, as 36 unidades de ensino, entre creches e escolas, retomaram suas atividades e darão prosseguimento ao ano letivo de 2021, O calendário deste ano será encerrado em 21 de dezembro.

Atualmente, a rede municipal matense de ensino possui cerca de 10 mil alunos matriculados em seu sistema. De acordo com o secretário de Educação, Alex Carvalho, embora as aulas iniciem na segunda-feira, os colaboradores mantiveram o foco no trabalho. “Durante esse período de recesso, nossos gestores e o corpo técnico permaneceram desenvolvendo todo trabalho necessário para garantir boas condições de receptividade para nossos alunos", afirma o gestor.

Em nota, a prefeitura informou que um monitoramento da Vigilância Epidemiológica de Mata de São João mostrou que as escolas municipais são ambientes completamente seguros para os alunos. Com pouco mais de um mês da volta às aulas presenciais (entre 10 de maio e 17 de junho), nenhum caso de contaminação pelo coronavírus foi registrado entre as crianças dos ensinos fundamental I, fundamental II e infantil.

Durante o período, 2.300 alunos frequentaram as 27 escolas e 9 creches da Sede, da Zona Rural e do Litoral. De acordo com a Secretaria de Saúde do Município, não houve nenhuma notificação de crianças das unidades de educação.

O protocolo de segurança sanitária adotado pelas secretarias de Educação e de Saúde prevê que, quem apresentar sintomas gripais permaneça em casa, realize o teste e informe à escola/creche que estuda.

Desde que as aulas presenciais retornaram, as equipes pedagógicas e os estudantes entenderam a rotina com os protocolos de segurança. Entre as principais normas implementadas nas unidades de ensino estão o uso obrigatório de máscara, lavagem constante das mãos, uso do álcool a 70% e o distanciamento social.

A Prefeitura de Mata de São João, por meio da SEDUC, iniciou a entrega de cerca de 10 mil máscaras de proteção e 10 mil garrafinhas de água aos estudantes da Rede Municipal. A ação tem o objetivo de prevenir a transmissão do coronavírus e proteger a saúde dos alunos.

As máscaras de proteção individual são confeccionadas em tecido e podem ser lavados e reutilizados. A garrafinha de água é fundamental nas escolas, pois além de proporcionar hidratação, tem o objetivo de barrar a contaminação, já que cada estudante terá a sua. A rede municipal matense tem cerca de 10 mil alunos.

A partir desta sexta-feira (2), as praias de Salvador estarão fechadas ao público, sendo reabertas apenas na segunda (5) – a exceção é aplicada ao Porto da Barra, que terá acesso liberado novamente na terça-feira (6).

Já as repartições públicas municipais, anunciou a Prefeitura, estarão fechadas nesta sexta, feriado da Independência do Brasil na Bahia, funcionando apenas serviços essenciais.

As atividades comerciais, profissionais e esportivas seguirão as mesmas determinações vigentes de funcionamento, incluindo as indicadas no decreto estadual, com validade até o próximo dia 8. Uma delas é referente ao toque de recolher, que passa a ser de 22h às 5h, incluindo os finais de semana.

Outra determinação é a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos, até mesmo pelo sistema de delivery, até as 5h da segunda-feira (5). A exceção é para as regiões de saúde que alcancem a taxa de 75% ou menos de ocupação de leitos de UTI, durante cinco dias consecutivos – o que é o caso da capital baiana.

Os clubes sociais, recreativos e esportivos seguem funcionando das 6h às 21h – aos sábados, até 18h e, aos domingos, até 14h. Os cinemas continuam abrindo das 10h às 21h; e centros e espaços de exposições terão horário livre para eventos científicos de até 50 pessoas.

Podem abrir diariamente: os shoppings centers, centros comerciais e similares, das 10h às 21h – os prestadores de serviços situados nestes locais devem obedecer ao horário dos shoppings. Os restaurantes, bares, pizzarias, temakerias, sorveterias, doçarias, cafeterias e similares podem operar das 11h às 21h30, sendo que os clientes só poderão acessar os estabelecimentos até uma hora antes do fechamento, ou seja, às 20h30.

Serviços relacionados à construção civil podem funcionar das 7h às 17h; clínicas de estética, das 7h às 20h; escritórios administrativos (contabilidades, consultoria e similares), das 10h às 19h; escritórios de advocacia, das 10h às 19h; autoescolas, das 10h às 20h; comércio de rua, das 10h às 18h. Os salões de beleza, barbearias e similares podem funcionar das 10h às 20h. As lanchonetes, por sua vez, das 7h às 15h.

Sem restrição de horário
Funcionam todos os dias e sem limites de horários os serviços de saúde, supermercados, panificadoras, delicatessens, açougues e conveniências, farmácias e drogarias, agências bancárias, lotéricas, laboratórios de análises clínicas, postos de combustíveis, call centers, oficinas mecânicas e borracharias, cemitérios e serviços funerários, hotéis, pousadas e demais estabelecimentos de alojamento, academias de ginástica e similares, cursos livres, templos religiosos e igrejas, indústria e funcionalismo público não essencial.

Com a prorrogação do decreto, prevalecem as disposições referentes ao funcionamento de call center; também continua proibida a realização de qualquer ação que implique em emissão sonora, através de qualquer equipamento, seja em logradouros públicos ou em estabelecimentos particulares. Além disso, os mercados e supermercados do município precisam estabelecer um horário especial de atendimento exclusivo para idosos, pessoas com diagnóstico de câncer e em uso de medicamentos imunossupressores, das 7h às 9h.

Proteção à vida
Até a segunda-feira (5), as medidas de proteção à vida prosseguem nos bairros de Brotas, Lobato, Fazenda Grande do Retiro, Boca do Rio, São Caetano e São Marcos. Nestes locais, a Prefeitura realiza testagem rápida, higienização das vias, distribuição de máscara e serviços de assistência social. As informações são da SecomPMS.