Acusada de matar o marido, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), de 59 anos, foi na tarde desta quinta-feira (8) a uma unidade da secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Estado do Rio para instalar o aparelho, cumprindo ordem judicial de 18 de setembro. Ela tinha até as 17h30 desta quinta-feira para fazer isso. Por volta das 15h Flordelis chegou à sede da Seap em São Gonçalo (Região Metropolitana do Rio), de onde saiu cerca de 10 minutos depois, sem falar com a imprensa.

A parlamentar, que é pastora evangélica e cantora gospel, é considerada pela Polícia Civil do Rio a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 16 de junho de 2019 ao chegar em casa, em Niterói (Região Metropolitana do Rio). Ele tinha 42 anos.

Em 24 de agosto, Flordelis foi denunciada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) por quatro crimes consumados e um tentado: homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, associação criminosa, uso de documento falso e falsidade ideológica. Com imunidade parlamentar, ela não foi presa. Sete filhos e uma neta de Flordelis, também denunciados pelos crimes, estão presos.

Em 18 de setembro, a pedido do MP-RJ, a juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinou que a deputada use tornozeleira e não saia de casa das 23h às 6h. A ordem judicial, no entanto, só tem eficácia a partir da intimação da parlamentar. Como os oficiais de justiça não conseguiam localizar Flordelis, em 1 de outubro a juíza determinou que ela fosse intimada mesmo fora do horário de expediente do TJ-RJ e "se necessário com auxílio da força policial".

A parlamentar só foi intimada às 19h de terça-feira (6), em sua casa em Niterói, e tinha até o fim da tarde desta quinta-feira para instalar a tornozeleira.

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A Propaganda Eleitoral no Rádio e na TV começa nesta sexta-feira, 09, após o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) definir, em audiência pública por videoconferência, o plano de mídia do programa para as eleições municipais deste ano. Na audiência, realizada na terça-feira, 06, foi estabelecido o tempo e a ordem de veiculação dos candidatos. No primeiro turno, a propaganda eleitoral gratuita será veiculada até 12 de novembro.

Bruno Reis é o candidato com maior tempo na TV e no Rádio. Sua coligação, a “Salvador Não Pode Parar”, possui 4 minutos e 35 segundos por bloco e um total de 1.352 inserções. Com esse tempo, o democrata vai abordar o trabalho da gestão ACM Neto, da qual ele é vice-prefeito, e os seus projetos para os próximos anos caso vença a disputa pela capital. O postulante acredita que sua campanha é positiva e dialoga com a cidade.

“Vamos apresentar ideias e programas para fazer com que Salvador avance muito mais em todas as áreas, com destaque para o estímulo à economia, para combater as desigualdades históricas, com a geração de emprego e renda para a população. Vamos mostrar os nossos projetos e obras na saúde e educação. A nossa gestão vai ter um foco especial no social. A administração do prefeito ACM Neto já destina quase 80% dos recursos municipais às regiões mais pobres de Salvador. E essa conquista precisa ser assegurada para continuarmos melhorando a qualidade de vida nos quatro cantos da cidade. Quando ACM Neto assumiu, em 2013, Salvador ocupava as piores posições no Ideb, e, hoje, é a capital que mais avança. Salvador tinha também cobertura da atenção básica de apenas 18%. Hoje, já estamos perto dos 60%”, aponta Bruno Reis, que acredita que os soteropolitanos reconhecem os avanços que a atual gestão trouxe para a cidade.

O menor tempo é do candidato Celsinho Cotrim, do PROS, com 18 segundos de propaganda de tv e rádio por bloco e 93 inserções. O candidato diz que vai fazer uma apresentação objetiva das propostas para Salvador durante o pouco tempo que tem. O postulante se mostra confiante e lembra que o presidente Jair Bolsonaro possuía tempo menor que o dele nas eleições 2018.

“Destacaremos o nosso foco nos temas como o aumento nas ofertas de emprego, o desenvolvimento econômico e a educação em tempo integral. Avaliamos a distribuição do tempo de rádio e televisão como antidemocrática e desigual. Afinal, a democracia fica abalada quando o tratamento é diferenciado entre pessoas iguais e que pleiteiam o mesmo espaço, no caso, a prefeitura de Salvador”, pontua Cotrim, que ainda manifesta indignação pelo fato dos candidatos Cezar Leite (PRTB) e Rodrigo Pereira (PCO) ficarem de fora do programa eleitoral gratuito.

A coligação “Que Cuida de Gente”, de Major Denice (PT), possui 1 minuto e 59 segundos, o segundo maior tempo dentre os candidatos. Ela terá 587 inserções durante a programação de rádio e televisão. A petista acredita que o tempo é suficiente para conversar com o seu eleitorado e ressalta que o diálogo será estendido pelas redes sociais (@majordenice). “Planejamos mostrar nossos projetos para Salvador, o que iremos fazer para cuidar das pessoas, além de me apresentar para quem não me conhece. Iremos mostrar que, para cuidar de gente, é preciso ter sentido na pele o mesmo que as pessoas sentem”, comenta.

Com 1 minuto e 10 segundos, a coligação “Experiência, Amor e Raça”, de Olívia Santana (PC do B), tem o terceiro maior tempo dentre os aspirantes à Prefeitura. A candidata possui 345 inserções. De acordo com a assessoria de comunicação de Olívia, os programas dela vão debater a cidade e um governo que cuida do povo, não apenas realiza obras.

Sobre o tempo disponível no horário eleitoral, os assessores de Olívia acreditam que, apesar de possuírem um período menor que outros programas, será possível apresentar o retrato da candidata e sua política para a população. A campanha ressalta que, para mais conteúdo sobre a postulante, basta checar a agenda da candidata e suas redes sociais.

Com a coligação “Vamos Cuidar De Gente”, o Pastor Sargento Isidório (Avante) possui 1 minuto e 2 segundos de TV e Rádio, além de 308 inserções. Procurado, o candidato optou não comentar sobre o que vai exibir no programa eleitoral e seu tempo de televisão e rádio.

Trinta segundos

Meio minuto é o tempo que o candidato do Podemos, Bacelar, possui em cada bloco do horário eleitoral gratuito com a coligação “Salvador Dos Bairros É Salvador De Todos”. O postulante terá 150 inserções na programação. Pelo período reduzido nas TVs e rádios, o aspirante ao Palácio Thomé de Souza vai apresentar sínteses dos principais pontos do programa de governo e convidar os espectadores para as suas redes sociais.

“Infelizmente, nosso tempo de programa eleitoral é pouco. Não é o suficiente para informar à população sobre nossas propostas e planos de governo. A divisão não é justa. Ainda vamos convidar à todos para as redes sociais. A internet é um instrumento essencial nos dias de hoje e temos que aproveitar esse poder”, aponta Bacelar.

Na coligação “Frente Capital Da Resistência”, Hilton Coelho (PSOL) possui 21 segundos. O candidato tem 105 inserções. No Horário Eleitoral Gratuito, a Coligação Frente Capital da Resistência (PSOL, UP e PCB) apresentará as propostas mais emblemáticas de seu projeto popular e coletivo, que expressa o envolvimento direto da população de Salvador sobre as políticas a serem desenvolvidas pelo executivo municipal.

De acordo com o candidato Hilton Coelho, há muitos outros conteúdos do projeto que precisam ser dialogados com a população de outra forma, já que a Frente Capital da Resistência tem o segundo menor tempo de rádio e TV entre as outras coligações postulantes. "Isso demonstra o quanto o processo eleitoral no Brasil não tem equidade. Está entre os princípios da democracia a alternância de poder. Isso é algo importante para a sociedade. No entanto, a regra que define o espaço de exposição dos projetos em disputa reforça essa desigualdade e dificulta esse processo", disse o candidato.

Cláusula de Barreira

Os candidatos Cezar Leite (PRTB) e Rodrigo Pereira (PCO) ficaram sem tempo de rádio e TV porque seus partidos não atingiram a cláusula de barreira nas eleições 2018, conforme instituído pela Emenda Constitucional 97/2017.

O analista judiciário do TRE-BA, Jaime Barreiros Neto, explica que apenas os partidos com, pelo menos, 1,5% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados em 2018 têm direito ao horário eleitoral gratuito e o fundo eleitoral para o pleito de 2020. Os votos devem ser distribuídos em pelo menos 9 unidades da federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas. A sigla também pode ter acesso aos benefícios se tiver elegido pelo menos 9 deputados federais, distribuídos em um mínimo de 9 unidades da federação.

O postulante do Partido da Causa Operária vai fazer campanha nas ruas. “Estas eleições, de 2020, são as mais antidemocráticas da história. O fato de nós, do PCO, e mais 9 outros partidos não terem tempo de televisão, mostra que estamos sobre um regime ditatorial e antidemocrático. O povo e a esquerda não podem se iludir com esta farsa feita para eleger a direita golpista. A burguesia pressiona pela aprovação de legislação que impede que a população conheça todos os candidatos e não garante a pluralidade de ideias”, critica Rodrigo Pereira, que ainda aponta que algumas siglas não recebem recursos do fundo partidário, enquanto outros recebem milhões de reais.

Sem tempo de TV e rádio, Cezar Leite diz que vai continuar divulgando suas propostas e interagindo com os apoiadores por meio das redes sociais. O candidato também vai aproveitar as ocasiões em que é convidado para participar de programas em emissoras. “Lamentamos a assimetria que ocorre na disputa das eleições brasileiras, na qual as alianças partidárias garantem vantagens a determinados candidatos às custas de outros. É o preço que pagamos pela coerência de sair sem coligação e manter a chapa pura sem comprometer nossas bandeiras e ideais”, complementa Leite.

Cálculo

A Resolução TSE 23.610/2019 determina que 90% do tempo de rádio e TV seja distribuído de forma proporcional ao número de representantes na Câmara dos Deputados. Os 10% restantes são divididos igualmente entre partidos e coligações.

O cálculo do tempo de TV e rádio leva em conta a soma do número de representantes dos seis maiores partidos que formam a coligação, informa o analista judiciário do TRE-BA, Jaime Barreiros Neto.

As propagandas em bloco dos candidatos a prefeito são exibidos duas vezes por dia, de segunda a sábado. Na TV, os programas passam sempre das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40. No rádio, o horário eleitoral ocorre das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10.

Candidatos à câmara de vereadores e prefeitura possuem inserções na programação do rádio e da TV entre às 5h e 0h durante todos os dias da semana. Os postulantes ao legislativo municipal possuem 28 minutos diários para inserções, enquanto os candidatos ao cargo de prefeito detêm 42 minutos diários.

Durante o sorteio, quatro coligações e 12 partidos foram contemplados com 30 segundos a mais de inserção. Para o cargo de prefeito, o uso do tempo extra seguirá a seguinte ordem:

“Salvador dos Bairros é Salvador de Todos”, “Que Cuida da Gente”, “Vamos Cuidar de Gente” e o Partido Republicano da Ordem Social (PROS). Para o cargo de vereador, os partidos que terão sobra de tempo serão, nesta ordem: Partido Social Liberal; Partido Cidadania; Solidariedade; Partido Socialista Brasileiro; Partido Trabalhista Brasileiro; Partido Verde; Partido Progressista; Partido Patriota; Democratas; Partido Social Democrático; Partido Republicano da Ordem Social e Movimento Democrático Brasileiro.

Sorteio

Um sorteio definiu a ordem da veiculação da propaganda do primeiro dia do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. A grade muda a cada dia. O programa exibido por último em um dia deverá ser o primeiro a se apresentar no dia seguinte, seguindo a sequência estabelecida para o 1º dia de transmissão. Segundo o TRE-BA, a medida visa garantir que cada partido e/ou coligação inicie a propaganda eleitoral.

Para a disputa da prefeitura, o bloco do horário eleitoral no primeiro dia será aberto pela a coligação “Salvador Não Pode Parar”, composta por DEM, PDT, Republicanos, MDB, Solidariedade, Cidadania, PL, PSL, PSC, Patriota, PSDB, PV, DC, PMN e PTB, do candidato Bruno Reis. Em seguida, virá o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), de Celsinho Cotrim.

No primeiro dia do horário eleitoral, a coligação “Experiência, Amor e Raça”, formada por PC do B e PP, em torno da candidatura de Olívia, será a terceira a exibir o programa. Seguida da coligação “Vamos Cuidar de Gente”, do Avante, PMB e PSD, do postulante Pastor Sargento Isidório; da “Frente Capital da Resistência” (UP, Psol e PCB), de Hilton Coelho; da coligação “Que Cuida da Gente”, do PT e PSB, de Major Denice e, por último, é exibido o programa da coligação “Salvador dos Bairros é Salvador de Todos” (Podemos, Rede e PTC), de Bacelar.

A TV Record foi sorteada como a primeira geradora do conteúdo do horário eleitoral gratuito, sendo a responsável pela primeira semana de transmissão. Em seguida, a responsabilidade pela geração do conteúdo em rádio e TV caberá às emissoras: TV Aratu (2º); TV Bandeirantes (3º); TV Educativa (4º) e TV Bahia (5º)

Confira a ordem dos programas no primeiro dia:

1º - Salvador Não Pode Parar (DEM, PDT, Republicanos, MDB, Solidariedade, Cidadania, PL, PSL, PSC, Patriota, PSDB, PV, DC, PMN e PTB), de Bruno Reis: 4 minutos e 35 segundos;

2º - Partido Republicano da Ordem Social (PROS), de Celsinho Cotrim: 18 segundos;

3º - Experiência, Amor e Raça (PC do B e PP), de Olívia: 1 minuto e 10 segundos;

4º - Vamos Cuidar De Gente (Avante, PMB e PSD), Pastor Sargento Isidório: 1 minuto e 2 segundos;

5º - Frente Capital Da Resistência (UP, PSOL e PCB), Hilton Coelho: 21 segundos;

6º - Que Cuida de Gente (PSB e PT), MAJOR DENICE: 1 minuto e 59 segundos;

7º - Salvador Dos Bairros É Salvador De Todos (Podemos, Rede e PTC), Bacelar: 30 segundos;

Sem tempo de Rádio e TV - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB): de Cezar Leite e Partido da Causa Operária (PCO): de Rodrigo Pereira

Horários de exibição da propaganda:

TV - blocos de propaganda para prefeitos são exibidos de segunda a sábado, das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40
Rádio - blocos de propaganda para prefeitos são exibidos de segunda a sábado, das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10
Inserções - Ao longo da programação diariamente, das 5h à 0h, com 42 minutos diários para candidatos a prefeito e 28 minutos para os postulantes a vereador.

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A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) foi intimada por oficiais de justiça, nessa terça-feira (6), para se apresentar em até 48 horas na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap-RJ) para colocar tornozeleira eletrônica. O prazo se encerra às 19h dessa quinta-feira (8). As informações são do portal G1.

A parlamentar virou ré, acusada de ser mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.

Sete filhos e uma neta da parlamentar foram presos por participação no crime, mas a deputada não pode ir para a prisão devido a sua imunidade parlamentar.

O deputado Paulo Bengtson (PTB-PA) apresentou um parecer ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recomendando o envio do processo contra a deputada para o Conselho de Ética para que ela tenha o mandato cassado e possa ser presa.

Denúncia
Flordelis foi denunciada como mandante da morte do pastor Anderson do Carmo, com mais de 30 tiros, ocorrida em junho de 2019. No dia 24 de agosto, uma operação da Polícia Civil do RJ e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) foi deflagrada para cumprir nove mandados de prisão e 17 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo. Entre os presos, estavam filhos do casal, uma neta e um ex-PM.

Segundo a investigação, antes do assassinato a tiros, Flordelis tentou envenenar o marido pelo menos quatro vezes. O crime teria sido motivado por questões financeiras, visto que o pastor Anderson controlava todo o dinheiro do Ministério Flordelis.

Um dos mandados foi cumprido na casa da deputada, local do crime, no bairro de Pendotiba, em Niterói, na Região Metropolitana do RJ.

Em nota, na época da operação, o MP do Rio afirmou que a denúncia "aponta que Flávio dos Santos Rodrigues, em conluio com Lucas Cézar dos Santos de Souza, Flordelis e os demais denunciados, atirou diversas vezes contra Anderson do Carmo de Souza, na madrugada do dia 16 de junho de 2019, em sua casa no bairro Badu, Pendotiba, Niterói".

"Flordelis é responsabilizada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia", afirmaram os promotores.

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O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) apresentou na última terça-feira (29) em depoimento à Polícia Federal (PF) informações que vinculariam diretamente o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao esquema que difunde conteúdo falso na internet, as chamadas "fake news".

A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. A TV Globo também teve acesso ao depoimento, dado por Frota como parte do inquérito da PF que investiga os organizadores e financiadores de atos antidemocráticos.

A TV Globo não conseguiu contato com deputado Eduardo Bolsonaro.

Segundo Alexandre Frota, Eduardo Bolsonaro estaria envolvido com a orientação e a divulgação dos atos, alguns dos quais pediam fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e intervenção militar.

De acordo com os dados apresentados por Frota, os computadores de onde partiram orientações para os atos estão relacionados a endereços de Eduardo Bolsonaro ou de assessores dele.

No depoimento à PF, Frota também apontou envolvimento de outro filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), do Rio de Janeiro.

Indagado pela PF, o deputado Frota disse que o chamado "gabinete do ódio" atuava para incitar animosidade entre as Forças Armadas, o STF e o Congresso e era voltado a impedir o livre exercício dos poderes, conforme conteúdos preservados na investigação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga mensagens falsas e ataques virtuais, a chamada CPI das Fake News.

O deputado disse que as ações tinham também o objetivo de atingir a honra dos presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo.

"Indagado se tem conhecimento de que tal estrutura ou as ações decorrentes foram, de qualquer forma, dirigidas a tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos poderes da União ou dos estados, respondeu que sim, conforme conteúdos preservados na investigação da CPMI, como exemplo o sequestro simulado do ministro Gilmar Mendes [do STF] com utilização de boneco", diz o texto do relatório da PF sobre o depoimento.

Ainda no depoimento, Frota apontou um homem que seria assessor do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) como um dos responsáveis pela organização do ato antidemocrático em frente ao quartel-general do Exército, em abril, e do disparo de fogos de artifício em direção ao prédio do STF, em junho. O deputado declarou à PF que procurou Otoni de Paula e, segundo afirmou, o colega disse conhecer o homem mas negou que fosse seu assessor.

Segundo Frota afirmou à PF, as informações que forneceu constam em documentos produzidos pela CPI das Fake News. Investigadores afirmaram que, embora o depoimento tenha sido colhido no âmbito do inquérito que apura os atos antidemocráticos, será compartilhado com o inquérito das fake news, que investiga ofensas e ameaças a ministros do STF.

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Uma cidade do interior baiano está livre da tradicional disputa política nestas eleições. É Licínio de Almeida, de pouco mais de 12 mil habitantes, localizada no centro-sul do estado, quase na divisa com Minas Gerais. Lá, apenas um cidadão se apresentou à população como candidato a assumir o cargo de prefeito. É Frederico Vasconcellos Ferreira, o Dr. Fred (PC do B), o atual administrador do município, que tenta a reeleição, mas sem concorrência.

Natural de Cantagalo, no Rio de Janeiro, Fred tem 34 anos, é médico e vive em Licínio de Almeida desde 2010, quando foi para a cidade a trabalho e decidiu ficar. A esposa e duas filhas nascidas na cidade baiana ajudaram o médico a se estabelecer definitivamente.

Em 2016, pela primeira vez na vida, Dr. Fred disputou um cargo eleitoral, justamente o de prefeito. Por apenas 270 votos de diferença, venceu Cosme Silveira Cangussu (DEM), 69 anos, que já foi prefeito da cidade por três mandatos e atua na política municipal desde 1988. Por seu histórico, Cosme é o líder da oposição em Licínio de Almeida e seria, naturalmente, o candidato da oposição nas eleições de 2020. Mas, dessa vez, ele decidiu “tirar férias”.

“Já tenho 30 anos de vida pública. Esperava que surgisse um novo nome, mas não aconteceu. Acho que o baixo poder econômico e a falta de coragem prejudicaram para que surgisse esse candidato da oposição. Sempre era eu que estava à frente”, disse o ex-prefeito, que ainda não sabe se vai votar esse ano. “Se eu ficar aqui, votarei. Mas estou pensando em fazer uma viagem”, afirmou.

A última vez que Cosme sentou na cadeira de prefeito foi em 2008, quando foi derrotada nas urnas por outro médico, Dr. Alan, que governou Licínio de Almeida por oito anos e apoiou a campanha de Dr. Fred, em 2016. Nessa época, no entanto, a eleição foi bem diferente do que acontece agora em 2020.

“Aqui a política era bem concorrida. Antes tinha aquela guerra mesmo de oposição e situação. A cidade não tem muitos moradores, todo mundo conhece todo mundo e a cidade fica dividida. Se eu sou de um lado, não converso com o do outro. Se alguém pulava de um lado político, tinham muitos fogos para comemorar. Havia também muita aposta”, lembra saudosista a comerciante Suzygleidy Baleeiro. “Há uma saudade desse movimento, pois está muito calmo. A gente vai na cidade vizinha e vê o falatório. Aqui está uma paz”, descreveu.

Para a enfermeira Elaine Tais, 29 anos, no entanto devido a pandemia do novo coronavírus é até bom não ver a agitação tradicional na sua cidade. “Esse ano está muito conturbado. Eu acredito que todos ficarão tranquilos nessa eleição. Agora, se tivesse uma disputa, a gente estaria com medo de como ela se realizaria por causa do vírus”, opinou.

Sem concorrentes

Mas, afinal, quais foram os fatores políticos que levaram Licínio de Almeida a ter só um candidato a prefeito em 2020? Para todos os entrevistados na reportagem, inclusive para o próprio Dr. Fred, é unanimidade que houve uma desarticulação da oposição. Dos quatro vereadores de oposição eleitos em 2016, dois “pularam” para o lado da situação.

Um deles, inclusive, é Roberto Davi de Souza, o Robertinho, que é o atual candidato a vice-prefeito. Ele vem de uma tradicional família política de Licínio de Almeida. Seu pai foi vereador por quatro vezes e ele mesmo, sempre pelo Democratas, se elegeu vereador por outros quatro mandatos. Essa é a primeira vez que alguém da família vai para um cargo do executivo.

“Eu era da oposição e, mesmo assim, tinha amizade com ele, antes mesmo dele pensar em entrar na política. Vi que o trabalho dele era excelente e que ele dava assistência a todos, independentemente de ter votado nele ou não. Ele soube ter articulação com a oposição. Então, me convidou para eu ser o vice e eu aceitei”, explicou.

Já para o Dr. Fred, outros fatores foram importantes para definir essa realidade de candidatura única. “Estamos acompanhando o nosso mandato com pesquisas e sempre observamos aprovação muito alta. A última que a gente tinha deu quase 90% de aprovação. Acho também que a pandemia contribuiu, pois uma pessoa sem bagagem política teria dificuldade para disputar uma eleição, agora, pela primeira vez”, disse.

Para serem eleitos, os únicos candidatos precisam ter apenas um voto válido, que pode ser o do próprio prefeito, por exemplo. Votos nulos ou brancos não são considerados como válidos, o que torna a eleição praticamente ganha. Mesmo assim, para Dr. Fred, a campanha de 2020 vai acontecer normalmente.

“No período eleitoral, a gente tem que ter um diálogo mais franco com a população. É o momento de sabermos em que pontos temos que melhorar e avançar. Vamos lembrar o que fizemos nos últimos anos e mostrar que temos o melhor plano de governo. Eu me sinto preparado para conduzir a cidade nos próximos quatro anos”, afirmou.

Fred é filiado ao Partido Comunista do Brasil (PC do B), mas deixa claro que não promove um governo comunista na cidade. “Essa disputa ideológica acontece mais na macropolítica do Brasil. Agora, o governo tem a influência do que a esquerda prega, que é o investimento no serviço público. Minha filha sempre estudou e estuda em escola pública. Ela nasceu num hospital público, assim como a mais nova”, disse.

Vereadores

Se apenas uma pessoa vai disputar o cargo de prefeito, 33 querem ocupar as nove vagas da Câmara Municipal. Eles estão divididos em quatro partidos: PC do B e PSD, com 23 candidatos da situação; Psol, com sete candidatos que, segundo Dr. Fred, são uma espécie de terceira via; e, Democratas, com apenas três candidatos da oposição. Desses, dois são os atuais vereadores de oposição da cidade, Bené e Jackson Ribeiro, presidente municipal do partido.

“Eu continuo na oposição, pois não acredito que exista isso de todo mundo só de um lado. O sistema político brasileiro não permite isso. Tem que ter alguém para fiscalizar, ver se tem irregularidades, cobrar e dar uma resposta para quem quer outra opção. Mesmo ele sendo candidato único, eu acredito que ele vai ter uma grande quantidade de votos brancos ou nulos”, disse Jackson.

Por estar apenas com três candidatos, seu partido terá dificuldade em eleger vereadores. Para isso acontecer, o Democratas terá que ter uma votação superior ao quociente eleitoral da cidade, que é a razão dos votos válidos pela quantidade de vagas. Isso significa que, se todos os 9,8 mil eleitores da cidade votarem de forma válida, os três candidatos do Democratas teriam que somar quase 1,1 mil votos para que o mais votado entre os três seja eleito.

"Estamos conscientes disso. Só estamos com três pessoas na disputa, pois vários dos candidatos que estão no atual grupo do prefeito eram do nosso grupo. Eles falavam que iam ficar conosco, mas de última hora, o grupo do prefeito tomou um rumo e levou todo esse pessoal. Aí ficou muito complicado ir atrás de novas pessoas, pois o processo eleitoral estava perto”, explicou Jackson.
Para o professor do Departamento de Ciência Política da Ufba, Cloves Oliveira, ter uma oposição enfraquecida no cenário político é algo que prejudica a democracia.

“Isso acontece quando não se tem muitos grupos disputando o poder. Um grupo predomina, se faz presente na cena política municipal e atrai para seu centro outros atores. Na Democracia, o ideal é que a gente tenha alternância de poder, disputa entre grupos para criar opção para o eleitorado e permitir que novos atores surjam”, explicou.

No Brasil, 106 cidades de 17 estados terão só um candidato a prefeito em 2020. Na Bahia, a situação de Licínio de Almeida é única, mesmo com o aumento na quantidade de candidatos a prefeito, vice e vereador no estado comparando a eleição de 2016 e a deste ano. Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2016, 1.246 pessoas concorreram a 417 vagas de prefeito na Bahia. Em 2020, esse número saltou para 1.359, um aumento de 9%. Já para vereadores, em 2016 foram 34,268 candidatos, número que cresceu para 38.454, um salto de 12% no pleito deste ano.

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Além dos percentuais de intenção de voto para a Prefeitura de Salvador nas Eleições 2020, a Pesquisa Ibope divulgada pela TV Bahia nesta segunda-feira (5) também mostra os percentuais de avaliação das administrações do prefeito da capital baiana, ACM Neto (DEM), e do governador da Bahia, Rui Costa (PT).

O levantamento questionou os cidadãos sobre as classificações ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo dos dois governantes e ainda perguntou diretamente se os entrevistados aprovavam ou não a administração de ACM Neto, que encerra sua gestão em 31 de dezembro deste ano. Confira os resultados abaixo.

ACM Neto
Avaliação:

Ótima/Boa: 73%
Regular: 19%;
Ruim/Péssima: 6%
Não sabem avaliar: 1%
Aprovação:

Aprova: 85%;
Desaprova: 12%;
Não sabem avaliar: 3%
Rui Costa
Avaliação:

Ótima/Boa: 64%
Regular: 26%;
Ruim/Péssima: 8%
Não sabem avaliar: 2%
Sobre a pesquisa
Margem de erro: 4 pontos percentuais para mais ou para menos
Quem foi ouvido: 602 eleitores da cidade de Salvador.
Quando a pesquisa foi feita: 3 e 4 de outubro.
Número de identificação na Justiça Eleitoral: BA-03105/2020
O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.

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A primeira pesquisa Ibope registrada dessa eleição, em Salvador, foi divulga pela TV Bahia na tarde desta segunda-feira (5) e traz o candidato Bruno Reis (DEM) na dianteira, seguido de Pastor Sargento Isidório (Avante). As candidatas Major Denice (PT) e Olívia Santana (PCdoB) empatam na terceira posição.

Confira os percentuais de intenção de voto para a Prefeitura de Salvador nas Eleições 2020 abaixo:

Bruno Reis (DEM): 42%
Pastor Sargento Isidório (Avante): 10%
Major Denice (PT): 6%
Olívia Santana (PC do B): 6%
Bacelar (Podemos): 5%
Cézar Leite (PRTB): 3%
Hilton Coelho (PSOL): 2%
Rodrigo Pereira (PCO): 1%
Celsinho Cotrim (PROS): 0%
Ao todo, Branco/Nulo: 17%
Não sabe/Não respondeu: 8%
Ao todo, 602 eleitores de Salvador foram ouvidos entre o sábado (3) e domingo (4) passados. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número BA-03105/2020.

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A comissão mista que analisa os impactos econômicos do novo coronavírus discute na próxima quarta-feira (7) a adesão do Brasil à aliança global coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que reúne governos e fabricantes para garantir o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 e o acesso igualitário a ela.

A adesão foi autorizada por meio da Medida Provisória 1003/20, que está em análise no Congresso.

A aliança foi batizada de Instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19 (Covax Facility) e reúne mais de 150 países, entre aqueles que já aderiram formalmente ou confirmaram o interesse. Na América do Sul já participam Argentina, Chile, Colômbia e Paraguai.

Junto com a MP 1003/20, o governo editou a MP 1004/20, que prevê a liberação de R$ 2,5 bilhões para financiar os custos do ingresso do Brasil no Covax Facility.

Convidados
O debate será realizado, a partir das 10 horas, por meio de videoconferência no portal e-Decmocracia.

Foram convidados para discutir o assunto com os parlamentares o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Coronel Élcio Franco; e o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto.

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Foi dada a largada nos debates de candidatos à prefeitura de Salvador nas Eleições 2020. O primeiro deles foi transmitido nesta quinta-feira (1), na Band, onde sete dos nove prefeituráveis se encararam frente a frente, num debate morno, sem grandes confrontos, marcado por temas como geração de emprego e educação.

Seguindo uma série de protocolos sanitários de distanciamento, participaram Bacelar (Podemos), Bruno Reis (DEM), Celsinho Cotrim (PROS), Hilton Coelho (PSOL), Major Denice (PT), Olívia Santana (PCdoB) e Pastor Sargento Isidório (Avante). Ficaram de fora Cézar Leite (PRTB) e Rodrigo Pereira (PCO).

Antes mesmo do início do debate, apoiadores de Cézar Leite causaram aglomeração na porta da emissora, protestando contra a falta do candidato bolsonarista, que não possuía os requisitos estabelecidos para ocupar um dos púlpitos. Foram convidados apenas candidatos cujo partido tenha, no mínimo, cinco parlamentares no Congresso Nacional. Em caso de coligação, foi considerada a regra de somar cinco parlamentares considerando os seis maiores partidos da coligação.

Mediado pela jornalista Carolina Rosa, o debate teve início às 22h30, formado de cinco blocos, com falas individuais de cada um e também troca de perguntas entre eles, no sistema pinga-fogo. No estúdio, todos os participantes tiveram que usar máscaras, só podendo retirá-las no momento de sua fala.

A princípio, todos tiveram que responder à seguinte pergunta, feita pelo jornalismo da Band: Sabemos que a situação do desemprego foi agravada pela pandemia, que afetou dois setores para a geração de renda e emprego, que foram o turismo e a cultura. Se eleito, quais são suas propostas para a retomada desses setores?

Por ordem de sorteio, a Major Denice foi a primeira a responder. Em atenção à pergunta, ela disse que o seu plano é criar 13 grandes centros de fomento à economia criativa, dando incentivos às áreas de tecnologia, cultura e arte para capacitar pessoas e potencializar o surgimento de novos empreendimentos.

Em seguida, foi a vez do Pastor Sargento Isidório, que disse que na pós-pandemia pretende isentar de impostos as empresas que queiram investir em Salvador, além de incentivar a criação de um polo comercial na Nova Rodoviária, no bairro de Águas Claras.

O candidato Hilton Coelho propôs uma melhor estruturação do turismo do Centro Histórico e a criação do “Banco de Salvador”, uma alternativa para que a população deixe de depender de grandes bancos e a cidade possa superar melhor a desigualdade social.

Bruno Reis relembrou os investimentos da gestão dele na recuperação do Centro Histórico, da entrega no Novo Centro de Convenções, da criação do Caminho da Fé para incentivar o turismo religioso, além da implantação do Museu do Carnaval e da criação do calendário de eventos festivos. Ele certificou que, se eleito, entregará ainda o Centro Cultural Casa da Música, o Museu de Bem Estar e Saúde e um Arquivo da Memória de Salvador.

A candidata Olívia Santana garantiu que pretende democratizar os recursos do turismo e da cultura, fazendo um calendário de eventos que estimule o turismo regional. Celsinho Cotrim, por sua vez, disse que sua ideia é reunir o trade turístico para criar políticas pública de geração de emprego, chamando-os para intermediação de cursos de profissionalização e captação de mão de obra para o turismo.

Já Bacelar disse que, enquanto durar a pandemia, Salvador não poderá receber grandes eventos como o Carnaval, e por isso deve apostar no turismo cultural, esportivo e ecológico, investindo fortemente em conotação étnica, como museus da cultura afro-brasileira.

Educação

Perguntado sobre os seus planos para a educação, Bruno Reis disse que apostará no reforço escolar para que os estudantes recuperem o tempo perdido com a pandemia. Ele disse que, com apoio da tecnologia, as crianças poderão estudar presencialmente pela manhã e ter aulas de reforço online. Propôs ainda a criação da Escola Digital do Pelourinho e o Centro de Inovação do Subúrbio.

Major Denice prometeu valorização dos servidores da educação e disse que aumentará as vagas de creches, colocando as crianças para estudar próximo de suas casas a fim de diminuir a evasão escolar. Olívia falou que as creches também são sua prioridade e defendeu investimento para a educação integral e com acesso a esporte, arte e cultura.

Moradia digna

O candidato Celsinho Cotrim fez um compromisso público de que “para cada centavo gasto em bairros ricos, gastará dois em bairros pobres”. Bruno Reis disse que seguirá investindo no Programa Morar Melhor, que deve chegar a 50 mil casas reformadas até o ano que vem e apostará em iluminação pública como modo de garantir mais segurança nas localidades, prometendo entregar a cidade com luz completamente moderna e mais econômica até a metade de 2021.

Também sobre iluminação, Hilton Coelho alfinetou que este serviço virou moeda de troca na política, apontando que os moradores precisam implorar para vereadores, quando deveria ser uma obrigação do poder público.

Major Denice propôs melhorar as condições das casas em Salvador através de assessoria técnica em parceria com universidades, com projetos criados por alunos recém-formados. Já Olívia apresentou uma proposta de destinar imóveis abandonados da cidade para uso como moradia social.

O confronto na Band terminou quase à 1h da madrugada. O próximo debate dos candidatos acontecerá no dia 24 de outubro, às 18h30, na emissora TVE, com duração prevista de duas horas.

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O governo de Jair Bolsonaro desviou R$ 7,5 milhões doados pela empresa Marfrig, cuja finalidade era contribuir para a aquisição de testes contra o novo coronavírus, que provoca a Covid-19.

O montante foi repassado para o programa Pátria Voluntária, comandado pela esposa do presidente, a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Conforme informações da Folha de S.Paulo, a Marfrig, que é um dos maiores frigoríficos de carne bovina do Brasil, anunciou no dia 23 de março a doação ao Ministério da Saúde para compra dos testes rápidos. Na ocasião, o país enfrentava as primeiras semanas da pandemia e não tinha material suficiente.

No dia 20 de maio, contudo, segundo a empresa disse por escrito à Folha, a Casa Civil informou que o dinheiro seria usado “com fim específico de aquisição e aplicação de testes de Covid-19”. No dia 1º de julho, no entanto, com o dinheiro já transferido, o governo Jair Bolsonaro a consultou sobre a possibilidade de utilizar a verba não mais nos testes, mas em outras ações de combate à pandemia. Os recursos foram então parar no projeto Arrecadação Solidária, vinculado ao Pátria.

Vale lembrar que, sem edital de concorrência, o programa de Michelle repassou, na última quarta-feira (30), dinheiro do Arrecadação Solidária a instituições missionárias evangélicas aliadas da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), para a compra e distribuição de cestas básicas.

Os R$ 7,5 milhões da Marfrig representam quase 70% da arrecadação do programa até agora —R$ 10, 9 milhões. Na ocasião das doações para os testes de Covid, a empresa citou o Ministério da Saúde e celebrou o gesto.

“Esperamos que nossa iniciativa seja seguida por outras companhias brasileiras”, disse o presidente do conselho de administração da empresa, Marcos Molina. A empresa também lembrava que, um dia antes, em 22 de março, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que o governo tentaria firmar parcerias com a iniciativa privada para financiamento de parte das compras dos kits.

O governo de Jair Bolsonaro desviou R$ 7,5 milhões doados pela empresa Marfrig, cuja finalidade era contribuir para a aquisição de testes contra o novo coronavírus, que provoca a Covid-19.

O montante foi repassado para o programa Pátria Voluntária, comandado pela esposa do presidente, a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Conforme informações da Folha de S.Paulo, a Marfrig, que é um dos maiores frigoríficos de carne bovina do Brasil, anunciou no dia 23 de março a doação ao Ministério da Saúde para compra dos testes rápidos. Na ocasião, o país enfrentava as primeiras semanas da pandemia e não tinha material suficiente.

No dia 20 de maio, contudo, segundo a empresa disse por escrito à Folha, a Casa Civil informou que o dinheiro seria usado “com fim específico de aquisição e aplicação de testes de Covid-19”. No dia 1º de julho, no entanto, com o dinheiro já transferido, o governo Jair Bolsonaro a consultou sobre a possibilidade de utilizar a verba não mais nos testes, mas em outras ações de combate à pandemia. Os recursos foram então parar no projeto Arrecadação Solidária, vinculado ao Pátria.

Vale lembrar que, sem edital de concorrência, o programa de Michelle repassou, na última quarta-feira (30), dinheiro do Arrecadação Solidária a instituições missionárias evangélicas aliadas da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), para a compra e distribuição de cestas básicas.

Os R$ 7,5 milhões da Marfrig representam quase 70% da arrecadação do programa até agora —R$ 10, 9 milhões. Na ocasião das doações para os testes de Covid, a empresa citou o Ministério da Saúde e celebrou o gesto.

“Esperamos que nossa iniciativa seja seguida por outras companhias brasileiras”, disse o presidente do conselho de administração da empresa, Marcos Molina. A empresa também lembrava que, um dia antes, em 22 de março, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que o governo tentaria firmar parcerias com a iniciativa privada para financiamento de parte das compras dos kits.

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