O salário mínimo ideal para atender às necessidades de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 5.997,14 em janeiro. É o que afirma a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgada nesta segunda-feira, 7. O valor corresponde a 4,95 vezes o piso federal atual, de R$ 1.212.

A estimativa do Dieese é realizada mensalmente e indica qual é o rendimento mínimo necessário para que um trabalhador e sua família possam suprir as despesas do mês com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. A estimativa do valor ideal para janeiro tem como base os preços da cesta básica de São Paulo, com custo de R$ 713,86, a mais cara do mês entre as 17 capitais que são analisadas na pesquisa.

Segundo o Dieese, considerando o preço da cesta básica, o trabalhador que recebe um salário mínimo comprometeu em média 55,20% do seu rendimento líquido de janeiro para adquirir os produtos alimentícios básicos, mesmo com o reajuste de 10,18% dado ao salário mínimo.

O valor ideal de janeiro, de R$ 5.997,14, representa um aumento de 3,4% em relação à estimativa da pesquisa para o salário mínimo ideal de dezembro de 2021, que foi de R$ 5.800,98, também levando em conta a cesta básica de São Paulo. Em dezembro, o piso nacional era R$ 1.100.

Alta de preços

O Dieese indica também que o valor da cesta básica aumentou em janeiro em 16 das 17 capitais nas quais a pesquisa é realizada, com as maiores altas ocorrendo em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%).

A cesta básica mais cara, como mencionado anteriormente, foi a de São Paulo (R$ 713,86), seguida por Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673,00).

As maiores altas acumuladas em 12 meses ocorreram em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%).

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Na contramão da onda de encerramento de negócios por conta da crise econômica agravada com a pandemia, empreendedores baianos decidiram investir na própria empresa. Ao todo, 19.845 estabelecimentos do ramo alimentício começaram a funcionar no estado de março de 2020 até agora, segundo dados fornecidos pela Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb). No comando das empreitadas, 87,6% são Microempreendedores Individuais (MEIs).

Um desses novos empresários é Ruan Neves, proprietário do Casa Bar. O espaço, que pertence à sua mãe e funcionou como centro educacional por 25 anos, ficou vago após uma escola não resistir às agruras do período pandêmico e entregar o ponto. Nesse momento, Ruan teve a ideia de criar seu príprio negócio. Hoje, o Casa Bar já conta com duas unidades.

O empreendimento nasceu em agosto de 2020 e, até maio de 2021, só funcionava como depósito. O local apostou na culinária para angariar admiradores e, desde então, só cresceu. Com a primeira unidade localizada em Pernambués, tem dois principais motivos para o sucesso: o clima aconchegante "de casa" e a “Defumadinha”, feijoada que é servida com carnes que passaram por um processo especial de defumação.

"No primeiro semestre de 2021, comecei a fazer o Casa Bar voltado para a gastronomia. Fui fazendo, chamando uns amigos e a coisa começou a andar. Não tinha intenção de seguir no ramo da alimentação, mas as coisas foram fluindo e gostei. Esse momento encaixou certinho com a possibilidade da volta dos bares e restaurantes. Aí também criei uma feijoada, que conhecem como Defumadinha, e comecei a vender já no formato de restaurante. Depois disso, tomou uma proporção que nem eu mesmo imaginava", conta Ruan Neves.

Segundo o empreendedor, são atendidas, em média, 600 pessoas por semana. Até nas redes sociais, dá para medir o crescimento. Em maio do ano passado, eram 600 seguidores. Hoje, já são quase 19 mil, diz o empresário. Até o cantor Márcio Victor, líder da banda Psirico, já marcou presença no local.

Após o sucesso da primeira unidade, o Casa Bar ganhou mais um espaço, dessa vez na Praça Colombo, no Rio Vermelho. A inauguração aconteceu no dia 28 de janeiro. "A gente se planejou, estudou o mercado. Foi uma aposta junto com um grande desafio porque é um ponto comercial pelo qual já passaram diversas marcas que não deram certo, mas é o coração do Rio Vermelho e a gente queria um lugar mais acessível porque muita gente queria conhecer o Casa Bar mas não ia por ser mais distante", acrescenta o empresário.

O crescimento não para por aí. Ruan já planeja, ainda neste semestre, inaugurar um curso gastronômico social no Casa Bar de Pernambués. Serão aulas gratuitas para pessoas do bairro. "Eu quero, de alguma forma, dar um retorno para as pessoas do bairro, que fazem parte da história e do crescimento do Casa Bar".

Novos empresários

Resultados positivos de uma aposta ousada também são colhidos por Adolfo Maia, proprietário da Arena Dogão, inaugurada em agosto de 2021, na Federação. Adolfo trabalhava antes com gestão em saúde e abriu o negócio logo depois de ver o ponto que considerava ideal para seu projeto ficar disponível.

"Eu procurei um lugar bem movimentado para contar com o fluxo de pessoas a meu favor. Quando vi esse [ponto] na Rua da Muriçoca, sabia que era ele. Antes, funcionava uma loja de roupas, mas fechou na pandemia. Como já tinha a ideia do que fazer e é relativamente fácil montar, botei para a frente", conta ele, que afirma ter movimentado cerca de R$ 7 mil em duas semanas de funcionamento.

Quem também inaugurou seu próprio espaço recentemente foi Jozilda Correia, dona do Vira Copos, ocupando o lugar que era de uma empresa de frios, em Itapuã. "Inauguramos há cinco meses. Abri o negócio depois de vender um apartamento. Queria investir o dinheiro e estava procurando a oportunidade, quando apareceu esse ponto, que é perfeito para a gente. Foi rápido, dei muita sorte. Ponto com grande movimentação ao redor não costuma ficar vago", afirma Jozilda. No início, o Vira Copos funcionava como bar e depósito. Agora, também abre pela manhã, com venda de PF [prato feito] e, aos domingos, feijoada.

Passa-se o ponto

Se por um lado novos negócios surgiram, por outro, a pandemia levou ao fechamento de 24.915 empresas do ramo de alimentação (bares, restaurantes, lanchonetes) no estado. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Bahia (Abrasel-BA), estima que 30% dos comerciantes do setor fecharam as portas em definitivo pós a chegada do novo coronavírus.

Para os novos empreendedores, no entanto, o fechamento desses negócios possibilitou o sonho de ter um estabelecimento que trabalhe com alimentação. Leandro Menezes, presidente da Abrasel, diz que ainda existem pontos à disposição de quem quer investir.

"Não temos esses números ao certo. O que sabemos é que tem ainda muita gente que quebrou e está na esperança de passar os equipamentos, os pontos, porém não tem encontrado para quem", explica.

Para o economista e educador financeiro Edísio Freire, a tendência é que os pontos para serem passados diminuam se a retomada das atividades comerciais continuar sem paralisações. "Se a pandemia melhora, a tendência do movimento nesses estabelecimentos é de crescimento. Isso equilibra as contas, diminui os problemas que os empresários têm enfrentado e, consequentemente, reduz o número de pessoas precisando abrir mão do seu ponto", analisa.

Se comprovada a hipótese de Freire, vai ficar mais difícil fazer movimentos no mercado como os do empresário Pedro Imbassahy, que é sócio dos grupos Lôro e Ergo. Junto com seus associados, ele aproveitou duas oportunidades. Uma para o Ergo, na compra da Gelateria Crema, que tinha três unidades quando foi adquirida e agora conta com nove, incluindo lojas em Salvador, Lauro de Freitas, Praia do Forte e também São Paulo.

Já para o Lôro, foi uma nova unidade na Bahia Marina. "Com a pandemia, surgiu o ponto lá na Bahia Marina que é a nossa cara. Perto do mar, com belas paisagens e ambiente agradável. Os donos antigos sofreram com a pandemia e negociaram com a gente. Temos um retorno muito positivo. Começamos no início de 2021 e janeiro e fevereiro foram ótimos. Fechamos em março de 2021 e voltamos em abril com restrições, mas depois disso foi melhorando a cada mês. Hoje, atendemos uma média semanal entre 40 e 50 pessoas por dia, com mais destaque para os finais de semana”, afirma.

Planejamento

Pedro Imbassahy diz que o negócio teve grande sucesso até novembro de 2021, sem preocupações. Com a chegada da variante Ômicron, o cenário sofreu uma pequena modificação. “Em dezembro e janeiro já sentimos um pouco o efeito da subida dos casos de covid-19. Tem um impacto negativo para os negócios, mas nada que esteja preocupando tanto. Em pouco tempo as coisas devem retornar ao normal”, acredita.

Para o empresário, as oportunidades aproveitadas apesar do cenário pandêmico são a prova de que o período foi interessante para quem teve capital para investir.

"A pandemia fez surgir muitas oportunidades para quem teve uma boa organização de caixa e conseguiu ter fôlego para fazer investimento. Conseguimos aluguéis mais atrativos, o Custo Total de Ocupação (CTO) usado por quem aluga reduziu bastante. As administrações tiveram que baixar esses preços, o que viabiliza bons resultados já no início do que é um investimento a longo prazo", declara Imbassahy.

Renata Nasser, proprietária da Coxa Coxinha, também conseguiu dois bons negócios, que cobiçava há anos, durante a pandemia. O primeiro foi um quiosque no Shopping Boulevard, de Feira de Santana. O segundo, um estabelecimento no Shopping Barra.

"O de Feira foi uma loja nova. No Barra, me transferi de um ponto antigo para um em frente à praça de alimentação. Fiquei de olho em quem estava saindo e consegui. O aluguel era o dobro do valor, mas fiz essa aposta mesmo assim. Hoje, vendo de 70% a 80% mais do que antigamente no Barra", relata ela.

Depois disso, Renata ainda abriu mais dois pontos em shoppings de Belo Horizonte (MG), um em julho e outro em novembro do ano passado. “Também foi a mesma situação aqui da Bahia. Os antigos donos tiveram dificuldades por conta da pandemia e acabaram tendo que passar os pontos. Aí vi nisso uma oportunidade e aproveitei porque levei dois anos querendo entrar nesses shoppings”, acrescenta.

Sucesso e otimismo

Na Arena Dogão, de Adolfo Maia, o resultado é parecido com o do Coxa Coxinha e o empresário está otimista quanto ao futuro das vendas. "Não fiquei com medo de dar errado e tenho uma previsão boa porque é um ramo interessante e o ponto é um diferencial. Larguei meu emprego fixo na área de saúde, apostei no meu próprio negócio e não tem coisa melhor porque as coisas estão dando certo, clientela aparecendo e aprovando", declara.

Jozilda Correia, do Vira Copos, também acredita que tomou a decisão certa e que seu negócio vai vingar. "A expectativa pra gente é a melhor possível. Estamos no começo ainda, acolhendo o pessoal, mostrando nosso trabalho. Porém, a gente vai conquistando a freguesia aos poucos e, pela localização e a demanda do pessoal por um lugar pra beber, tem tudo pra dar certo".

O otimismo dos empresários não é à toa. Pelo menos, é o que garante Edísio Freire, enquanto fala sobre como a aposta em pontos de qualidade vagos para quem tem planejamento de negócio é uma decisão acertada.

"Se você se planeja e a oportunidade aparece, faz todo sentido apostar. Não dá para investir só pela oportunidade porque é um tiro no pé. Porém, nesses casos, onde já há um projeto em mente, é oportuno aproveitar as vagas ociosas que estão restando no mercado e pode ser o diferencial para o negócio decolar porque o local é fundamental para o sucesso de um empreendimento", conclui Freire.

 

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Mais de 240 mil contribuintes que caíram na malha fina nos últimos anos, por inconsistências nas declarações do Imposto de Renda (IR), mas que acertaram as pendências com a Receita, poderão consultar, a partir das 9h de hoje (24), lote residual de restituições do IR Pessoa Física (IRPF).

O pagamento das restituições será depositado diretamente na conta bancária informada na Declaração do Imposto de Renda. A soma dos valores restituídos é superior a R$ 281 milhões. Desse total, mais de R$ 96 milhões serão pagos a 43.306 contribuintes que têm prioridade legal - idosos acima de 60 anos, pessoas com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave e contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Foram contemplados também 197.438 contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 16/01/2022.

Para consultar, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet, clicar em "Meu Imposto de Renda" e, em seguida, em "Consultar a Restituição". Se identificar alguma pendência na declaração, pode retificá-la, corrigindo as informações que estejam erradas.

A Receita Federal disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones, que possibilita consultar informações sobre liberação das restituições do IRPF e situação cadastral de inscrição no CPF.

Se, por algum motivo, o crédito não for feito, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o contribuinte poderá reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal BB, acessando o endereço: https://www.bb.com.br/irpf, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate o valor da restituição no prazo de um ano, deverá solicitá-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".

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O ano vira, e o aluguel aumenta. Em 2022, ele ficará quase 18% mais caro em relação ao ano passado. Isso porque o índice usado na maioria dos contratos, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), variou 17,78% nos últimos 12 meses. O acumulado é considerado alto pelo setor e, sobretudo, pelos inquilinos. Por isso, mais de 90% dos proprietários não aplicam o reajuste integral, segundo o presidente do Sindicato da Habitação da Bahia (Secovi-BA), Kelsor Fernandes.

A maioria dos locatários tem usado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele mede a inflação geral do país e fechou em 10,06%, em 2021, um valor 76% menor que o IGP-M. Essa também é a recomendação do economista Edísio Freire, que dá algumas dicas de negociação (leia no final da matéria).

A professora de biologia Bruna Saraiva, 23, foi uma das que conseguiram negociar. Ela teria um aumento de 66% no aluguel. O que era R$ 600 ia virar R$ 1 mil. Porém, após conversar com o proprietário, ele abaixou para 50%. Agora, ela pagará R$ 900 pelo apartamento em Pirajá, em Salvador, que divide com a mãe.

“Não teria condição de pagar. Antes da pandemia, tinha dois empregos. Agora, tenho um só, então minha renda reduziu 50%. Liguei e entendi o lado dele, porque, apesar da situação ser absurda, ele também teve o preço do aluguel ajustado e ficaria inviável se não ajustasse o daqui”, narra Bruna.

A advogada Daiana Ribeiro, 39, que acabou de ter um filho, conseguiu reduzir 9% o aumento do aluguel. Antes do acordo, ele tinha aumentado 30%. “Pagava R$ 950. A proprietária pediu R$ 1.250 e, com o acordo, fechamos em R$ 1.150”, conta. Segundo Daiana, a proprietária sempre foi compreensiva. Ela mora há sete anos no imóvel, que fica na Vila Laura, com o esposo.

Com a pandemia, ela teve um aumento de 15% nos custos, por isso, tem tido mais dificuldade em pagar as contas. “A situação está muito mais difícil por causa da pandemia, pois as despesas fixas aumentaram bastante, como energia, gastos com alimentação, transporte, plano de saúde. Já o salário não acompanhou a mesma alta”, relata.

A estudante de medicina veterinária Kathleen Ribeiro, 22, que mora em Ilhéus, no sul da Bahia, não conseguiu negociação. Esse mês, ela pagou R$ 100 a mais que em 2021, pois o proprietário aplicou o reajuste integral do IGP-M. “Ele já veio falando que o preço era esse, que não podia fazer por menos”, conta.

Já Lavínia Muniz dos Anjos, 20, sairá da casa dos pais, em Nazaré das Farinhas, no Recôncavo baiano, para Salvador, com o noivo. O motivo é a volta às aulas presenciais da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em março. Os valores dos apartamentos, porém, adiam a mudança. “Os preços estão muito altos. Não tem nada mais barato que R$ 700, sem mobília, e em lugares muito afastados, como Lauro de Freitas e Camaçari, ou em bairros perigosos. Já com mobília, fica R$1.200”, narra Lavínia.

Proprietários deixam de usar IGP-M
Na avaliação do Secovi-BA, o aumento do IGP-M no último ano foi atípico. “Há anos ele é utilizado nos aluguéis e sempre teve o comportamento adequado, nunca uma disparada como a que aconteceu em 2021. As variações foram para patamares completamente fora do razoável”, avalia Kelsor Fernandes, presidente do Secovi-BA e que está no mercado imobiliário há 40 anos.

Por esse motivo que a maioria dos proprietários negocia o reajuste e não o aplica totalmente. “Ninguém aplicou esse percentual exagerado, só se o contrato estiver muito defasado. Dentro de nossa empresa, 100% dos contratos foram negociados. Na maioria, pela inflação, ou um pouco a mais, para ajustar com o preço de mercado. Também tem proprietário que não está fazendo reajuste, por conta do desemprego”, pontua Fernandes.

Na imobiliária do diretor e 2º secretário Noel Silva do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci-BA), o percentual de aumento está entre 12 e 13%. “Se não houver oposição ao valor, o papel do proprietário é mandar o boleto com o novo valor. Mas, a maioria negocia, porque os salários não sofreram esse mesmo reajuste”, explica Silva. Além do IPCA, outros índices podem entrar no contrato, como o Índice de Preços do Consumidor (IPC), que terminou o ano em 9,73%, e o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), que variou 13,84%.

Perspectivas para 2022
Para o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (ADEMI-BA), Claudio Cunha, as perspectivas de 2022 vão depender do controle ou não da pandemia da covid-19. “A divulgação das taxas de juros futuras e da inflação para este ano demonstra que há uma tendência de normalização, mas tudo vai depender do crescimento da covid”, avalia. A meta do IPCA para 2022 é de 5%. Já as taxas de juros estão 9,25% e a projeção é que ela aumente para 11,75% até o fim do ano.

Para reverter o cenário do mercado imobiliário, Cunha defende que se recupere a produção industrial, para acompanhar a demanda reprimida. Segundo ele, a baixa produção com o aumento do consumo que causou o aumento dos índices, e, consequentemente, os valores dos aluguéis. “Precisamos ter uma recuperação e descentralização da produção industrial para atender a demanda e os preços voltarem a se equilibrar. A partir do segundo semestre, já poderemos notar uma redução”, afirma o presidente da Ademi-BA.

FGV lança novo índice, o IVAR
Em janeiro, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) lançou um índice só para mensurar a evolução dos valores dos apartamentos residenciais alugados no Brasil: o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR). Segundo o coordenador do IPC Brasil do FGV IBRE, Paulo Picchetti, o IVAR é calculado através dos valores de transação, com base em contratos de locação e seus reajustes.

“O IGP-M contem centenas de itens, criado para representar o total da economia brasileira, enquanto o IVAR é composto apenas de informações sobre aluguéis residenciais, portanto, representa mais diretamente a evolução dos valores dos aluguéis”, defende Picchetti. Por enquanto, o índice só analisa quatro capitais brasileiras – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. Sobre a expansão da análise para outras cidades e para Salvador, Paulo Picchetti disse que seria “quando fornecedores de informações sobre contratos de aluguéis permitirem amostras robustas e representativas para outras cidades”.

Para um dos diretores do Creci-BA, Noel Silva, esse índice, por ser muito baixo, não será considerado pelos locatários. Em dezembro de 2021, o IVAR subiu 0,66%, mas a variação dos últimos 12 meses foi negativa, de –0,61%. “Esse índice é muito baixo e só está sendo baseado em quatro capitais brasileiras, então não representa o mercado como um todo. Os aluguéis não subiram esse preço”, argumenta. Já Kelsor Fernandes, presidente do Secovi-BA, desconsidera a possibilidade de ele ser usado nos contratos. “Precisa ser criado um banco de dados e fazer isso em todas as cidades, principalmente, as capitais”, avalia.

Como negociar
O economista Edísio Freire explica que há uma defasagem do aumento do salário mínimo em relação à inflação. Por isso, há espaço para negociação. “O IGP-M destoa do crescimento da renda. O salário mínimo teve reajuste de 10,18%, enquanto o IGP-M, de 17,78%. Só aí, você perde 7% de poder de compra, porque o salário não aumenta na mesma proporção. Partindo dessa lógica, é razoável o bom senso entre as partes e um acordo, para não ficar um reajuste fora da capacidade de pagamento”, orienta.

Ele indica a utilização do IPCA. “Para o dono do imóvel, é mais importante a própria manutenção do aluguel, já que, se ele perder o inquilino, não tem a garantia de restituição da renda de imediato. A oferta de um ajuste na faixa do IPCA garante um preço de inflação geral, mais justo, mas cada caso é um caso”, aconselha Freire.

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Em outubro do ano passado, as micro e pequenas empresas (MPE) baianas tiveram um saldo líquido de 9.553 oportunidades, representando 76,7% dos postos de trabalho gerados no Estado. No acumulado do ano, esse quantitativo foi de 92.511, correspondendo a 77,9% das vagas geradas.

Os segmentos que mais geraram empregos foram serviços e comércio com, respectivamente, 41,7% e 27,4%. Nos dados disponibilizados desagregados por munícipio (mais atualizados), em setembro/2021, as MPE da capital baiana tiveram um saldo líquido de 2.681 oportunidades, representando 248%. No acumulado do ano, até setembro/2021, esse quantitativo foi de 16.669 postos de trabalho, correspondendo a 75% das vagas geradas.

De acordo com a gerente adjunta da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae-Bahia Isabel Ribeiro, em novembro de 2021, a Bahia possuía 19.132.675 empreendimentos de micro e pequeno porte. Esses empreendimentos representam cerca de 98% das empresas no país, que respondem por cerca de 50% dos empregos com carteira assinada. Os micro empreendedores individuais (MEI) correspondem a quase 70% do universo das MPEs.

“Quase nunca esses empreendedores viram oportunidades, geralmente, essas iniciativas surgem por uma necessidade de ocupação e geração de renda para sustentar a sua família”, afirma.

Serviços e comércio


Ela explica ainda que o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, obras de alvenaria, promoção de vendas e comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (minimercados, mercearias e armazéns e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar) concentram a maior quantidade de MEIs.

“Estamos falando de atividades que requerem baixos níveis de investimento, geralmente com nível de abrangência restrita à região onde estão instalados, exceto se adotarem outros canais de entrega (drivethru, entregas a domicílio, vendas on line) ou realizem comercializações/prestações de serviços nas vias públicas”, explica Isabel.


A representante do Sebrae salienta que, como se trata, em grande parte de empreendimentos iniciados com recursos próprios, com elevadas dificuldades em acessar o crédito, são liderados, geralmente, por pessoas de nível educacional mais baixo, com poucas qualificações técnicas ou gerenciais.

“As exceções ocorrem com profissionais liberais, que adquirem formações universitárias, a exemplo de veterinários, fisioterapeutas, jornalistas, educadores físicos, tecnologia da informação, contadores e outras profissões correlatas que, ou iniciaram suas carreiras por conta própria, ou foram desligados dos empregados com carteira de trabalho e passaram a prestar serviços, em geral para as mesmas empresas que foram desligados, na condição de prestadores de serviços”, esclarece.


Talento natural

O presidente da ABRH-BA Vitor Igdal salienta o talento natural do brasileiro para empreende e destaca a sétima posição ocupada pelo país no Global Entrepreneurship Monitor. “Se olharmos para Salvador e para a Bahia, percebemos que nos destacamos pelo talento da criatividade, que se somado com o empreendedorismo, resulta no fortalecimento do segmento da economia criativa”, diz.


O Superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) Evandro Mazo reconhece que a realidade dos pequenos negócios é muito difícil em Salvador e na Bahia, com as restrições e adversidades da pandemia, falta de crédito, inflação em alta e demanda contida.

“No entanto, mesmo com todas essas dificuldades, tem havido um movimento de recuperação da atividade em 2021. No Estado, vê-se uma expressiva contribuição do setor industrial, que vem sendo puxada pela construção e também pelos setores de calçados e produtos alimentícios, compensando a perda ocorrida no ano com o encerramento da Ford”, defende.

Capacitação

Mazo salienta que a maioria dos empreendimentos é de micro e pequenas empresas. “No entanto, é bom destacar que as grandes empresas, apesar de em número reduzido, também geram emprego, além de gerar demanda para os pequenos negócios”, completa.

Isabel reconhece que apesar da importância socioeconômica desses empreendimentos, eles não apresentam potencialidades para o desenvolvimento de encadeamentos produtivos e incorporação de tecnologias mais modernas e robustas, capazes de contribuir para elevar a qualificação e produtividade da mão de obra, a produtividade e competividade da economia, o que deixa o país em uma situação pouco confortável nos indicadores de qualidade e produtividade quando comparada a outros países.

“Na verdade, estamos falando de um cenário de precarização nas relações trabalhistas com níveis de produtividade e competitividade que comprometem o nosso desenvolvimento econômico, produtivo e social”, complementa.
Para Igdal, os interessados em empreender precisam focar seus esforços na capacitação de habilidades como: empreendedorismo, gestão, marketing, liderança, inteligência emocional, vendas, comunicação, gestão de projetos e atendimento. “Só assim eles estarão na direção correta para realizar os seus objetivos pessoais”, acredita.


A Secretária de Desenvolvimento Econômico Mila Paes acredita que os interessados em vagas como essas podem ainda se preparar para participar dos processos seletivos, através de oficinas que ensinam desde a elaboração de um currículo até como se comportar em uma entrevista. “Há vagas disponíveis no SIMM, que são ofertadas através do Instagram: @semdecsimmsalvador e o agendamento do atendimento através do site: agendamentosemdec.salvador.ba.gov.br.”, finaliza.

Para garantir vagas:
1. Mantenha seu currículo atualizado;

2. Mantenha o seu processo de aprendizagem atualizado;

3. Reúna e apresente certificados de qualificações;

4. Reúna e apresenta Cartas de Recomendações;

5. Busque no seu bairro e nas redes sociais informações sobre qualificações, não apenas o Sistema S como outras ONGs – Organizações Não Governamentais tem ofertado uma ampla gama de capacitações. Participar de capacitações também uma forma de desenvolver redes de contatos e relacionamentos que podem gerar indicações e informar sobre oportunidades de emprego;

6. Acesse os sites de organismos públicos estaduais e municipais de intermediação de mão de obra;

7. Acesse sites e aplicativos particulares de intermediação de mão de obra;

8. Leia jornais e acesse outras mídias que informam sobre o mercado de trabalho.

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Com a chegada das festas de fim de ano, estabelecimentos como shoppings, centros de compras e supermercados costumam anunciar horários de funcionamentos especiais. Confira como será o acesso a estes locais nos feriados de Natal e Ano Novo.

SHOPPINGS

Shopping Bela Vista
De 17/12 a 20/12 (sexta, sábado, domingo e segunda): das 9h às 23h;
De 21/12 a 23/12 (terça, quarta e quinta): das 9h à 0h;
24/12 (sexta): das 9h às 18h;
25/12 (sábado): lojas fechadas e alimentação, das 12h às 21h;
26/12 a 30/12: funcionamento normal – domingo, das 12h às 21h, e de segunda a quinta, das 9h às 22h;
31/12 (sexta): das 9h às 18h;
01/01/2022 (sábado): lojas fechadas e alimentação, das 12h às 21h.
Cinépolis: consulte programação no site www.cinepolis.com.br
SAC: consulte o horário no site www.sac.ba.gov.br
Alpha Fitness: consulte o horário no site www.redealphafitness.com.br
Centro Médico Bela Vista: consulte o horário no site www.centromedicobelavista.com.br

Salvador Shopping:
17 a 21 de dezembro: 9h às 23h;
22 e 23 de dezembro: 9h às 00h
24 de dezembro: 9h às 18h;
25 de dezembro (Natal): lazer: 12h às 21h; Praça de Alimentação, Boulevard dos Restaurantes e Espaço Gourmet com abertura opcional: 12h às 21h; Bompreço, demais lojas e quiosques: fechados;
26 de dezembro: 12h às 21h;
27 a 30 de dezembro: 9h às 22h;
31 de dezembro (Réveillon): 9h às 18h;
1° de janeiro de 2022: lazer: 12h às 21h; Praça de Alimentação, Boulevard dos Restaurantes e Espaço Gourmet com abertura opcional: 12h às 21h; Bompreço, demais lojas e quiosques: fechados;

Salvador Norte Shopping:
18 a 23 de dezembro: 9h às 23h;
24 de dezembro: 9h às 18h;
25 de dezembro (Natal): lazer: 12h às 21h; Praça de Alimentação com abertura opcional: 12h às 21h; demais lojas e quiosques: fechados;
26 de dezembro: 12h às 21h;
27 a 30 de dezembro: 9h às 22h;
31 de dezembro (Réveillon): 9h às 18h;
1° de janeiro: lazer: 12h às 21h; Praça de Alimentação: abertura opcional: 12h às 21h; demais lojas e quiosques: fechados.

Shopping da Bahia:
Dias 17 a 20/12 (sexta a segunda) - 9h às 23h
Dias 21 e 22/12 (terça e quarta) - 9h às 24h
Dias 23 e 24/12 (quinta e sexta) - PLANTÃO 32H - Das 9h do dia 23/12 às 18h do dia 24/12.
Dia 25/12 (sábado) - Lojas fechadas / Lazer e alimentação - 12h às 21h

Shopping Paralela
22/12 (quarta) – Lojas, praça de alimentação e atrações de lazer abrem das 9h às 23h.
23/12 (quinta) – Lojas, praça de alimentação e atrações de lazer abrem das 9h às 00h.
24/12 (sexta) - Lojas, praça de alimentação e atrações de lazer abrem das 08h às 18h.
25/12 (sábado) – Lojas fechadas. Praça de alimentação e atrações de lazer funcionam das 12h às 21h (facultativo).
26/12 (domingo) - Lojas, praça de alimentação e atrações de lazer abrem das 12h às 21h.
27 a 30/12 (segunda a quinta) - Lojas, praça de alimentação e atrações de lazer abrem das 09h às 22h.
31/12 (sexta) – Lojas, praça de alimentação e atrações de lazer funcionam das 09h às 17h.
01/01 (sábado) - Lojas fechadas. Praça de alimentação e atrações de lazer funcionam das 12h às 21h (facultativo).

Center Lapa
23/12: Lojas, quiosques e praça de alimentação abrem das 8h às 21h.
24/12: Lojas, quiosques e praça de alimentação abrem das 8h às 18h
25/12: Não funciona
26/12: Cinema e a praça de alimentação funcionarão das 11h às 19h e as Lojas Americanas, Riachuelo e C&A, das 11h às 17h. As demais operações estarão fechadas.
De 27 a 30/12: Funciona das 9h às 21h
31/12: Lojas, quiosques e praça de alimentação estarão abertas das 9h às 18h. O cinema não funcionará.
01/01: Não haverá funcionamento.

Shopping Piedade
- Segunda-feira (20) a quinta-feira (23): Lojas, quiosques e praça de alimentação, de 8h às 22h.
- Sexta-feira (24): Lojas, quiosques e praça de alimentação, de 8h às 18h.
- Sábado e domingo (25 e 26): Fechado
-Segunda-feira a quinta-feira (27 a 30.12): Lojas, quiosques e praça de alimentação, 09h às 21h
-Sexta-feira (31.12): Lojas, quiosques e praça de alimentação, 09h às 18h
-Sábado (01.01): Fechado
-Domingo (02.01): Fechado
-Segunda (03.01): Lojas, quiosques e praça de alimentação, 09h às 21h

Shopping Itaigara:
Dia 19/12 (domingo), lojas e quiosques das 12h às 18h e praça de alimentação das 11h às 18h, com estacionamento gratuito.
Dia 24 (véspera de Natal), das 9h às 17h.
Dia 31 (véspera de réveillon), das 9h às 15h.
Nos demais dias, o horário permanece o mesmo, de segunda a sexta das 9h às 21h e no sábado, das 9h às 20h.

Shopping Paeo
Funcionamento dos dias 24 e 31 de dezembro:
. Lojas e quiosques: 09h às 17h
. Restaurantes: funcionamento a partir das 12h
Funcionamento dos dias 25 de dezembro e 01 de janeiro:
. Lojas e quiosques: Fechados
. Restaurantes: Funcionamento opcional a partir das 12h

Shopping Barra
Confira os horários:
• 17 a 21/12 (sexta, sábado, domingo, segunda e terça) - Lojas e praça de alimentação, das 9h às 23h; Barra Gourmet, Madero, Mamma Jamma e Tortarelli, a partir das 12h.

• 22 e 23/12 (quarta e quinta)- Lojas e praça de alimentação, das 9h às 0h; Barra Gourmet, Madero, Mamma Jamma e Tortarelli, a partir das 12h.

• 24/12 (sexta) - Véspera de Natal - Lojas e praça de alimentação, das 9h às 18h; Barra Gourmet, Madero, Mamma Jamma e Tortarelli, a partir das 12h.

• 25/12 (sábado) - Lojas fechadas; praça de alimentação, Barra Gourmet, Madero, Mamma Jamma e Tortarelli terão o funcionamento facultativo.

• 31/12 (sexta) - Lojas e praça de alimentação, das 9h às 18h; Barra Gourmet, Madero, Mamma Jamma e Tortarelli, a partir das 12h.

• 1 de janeiro (sexta) -Lojas fechadas; praça de alimentação, Barra Gourmet, Madero, Mamma Jamma e Tortarelli terão o funcionamento facultativo.

Nas datas não mencionadas (de 26 a 30/12), o horário de funcionamento será normal, de 9h às 22h.

Boulevard Camaçari
Lojas:
- Terça (21): das 9h às 22h.
- Quarta (22) e quinta (23): das 9h às 23h.
- Sexta (24, véspera de Natal): das 8h às 18h.
- Sábado (25, Natal): fechadas.
- Domingo (26): âncoras (C&A, Renner, Riachuelo, Le Biscuit e Americanas), das 13h às 21h; as demais abrem das 14h às 21h.
- Sexta (31, véspera de Ano Novo): das 9h às 18h.
- Sábado (1º, Ano Novo): fechadas.
- Domingo (2): âncoras (C&A, Renner, Riachuelo, Le Biscuit e Americanas), das 13h às 21h; as demais abrem das 14h às 21h.

Praça de alimentação e lazer:
- Terça (21): das 11h às 22h.
- Quarta (22) e quinta (23): das 11h às 23h.
- Sexta (24, véspera de Natal): das 11h às 18h.
- Sábado (25, Natal): das 12h às 20h.
- Domingo (26): das 12h às 21h.
- Sexta (31, véspera de Ano Novo): das 11h às 18h.
- Sábado (1º, Ano Novo): das 12h às 20h.
- Domingo (2): das 12h às 21h.

Academia:
- Terça (21), quarta (22) e quinta (23): das 6h às 23h.
- Sexta (24, véspera de Natal): das 6h às 12h.
- Sábado (25, Natal): fechada.
- Domingo (26): das 8h às 14h.
- Sexta (31, véspera de Ano Novo): das 6h às 12h.
- Sábado (1º, Ano Novo): fechada.
- Domingo (2): das 8h às 14h.

Cinema:
Conforme a programação (confira aqui).

SAC:
- Sexta (24, véspera de Natal): fechado.
- Sábado (25, Natal): fechado.
- Domingo (26): fechado.
- Sexta (31, véspera de Ano Novo): fechado.
- Sábado (1º, Ano Novo): Fechado.
- Domingo (2): Fechado.

Cartórios do 1º e 2º ofício de notas de Camaçari:
- Sexta (24, véspera de Natal): fechados.
- Sábado (25, Natal): fechados.
- Domingo (26): Fechados.
- Quinta (30) e sexta (31, véspera de Ano Novo): fechados
- Sábado (1º, Ano Novo): fechados.
- Domingo (2): Fechados.

SUPERMERCADOS E OUTROS CENTROS DE COMPRAS

GBARBOSA
23/12
Iguatemi e Lauro de Freitas – das 7h às 23h
Costa Azul – das 7h às 00h
San Martin. Pau da Lima e Guarajuba – das 7h às 22h
Brotas e Cabula – das 7h às 21h
Horto Bela Vista - horário de funcionamento do centro de compras

24/12
Iguatemi, Costa Azul, San Martin, Lauro de Freitas e Pau da Lima - das 7h às 18h
Brotas, Cabula e Guarajuba – das 6h30 às 18h
Horto Bela Vista - horário de funcionamento do centro de compras

25/12
Iguatemi, Costa Azul, San Martin, Lauro de Freitas, Pau da Lima, Cabula, Brotas e Horto Bela Vista – Fechadas
Guarajuba – das 8h às 17h

29/12
Iguatemi e Lauro de Freitas – das 7h às 22h
Costa Azul – das 7h às 23h
Brotas, San Martin, Pau da Lima, Cabula e Guarajuba – das 7h às 21h
Horto Bela Vista - horário de funcionamento do centro de compras

30/12
Iguatemi e Lauro de Freitas – das 7h às 23h
Costa Azul – das 7h às 00h
San Martin e Guarajuba – das 7h às 22h
Brotas, Pau da Lima e Cabula – das 7h às 21h
Horto Bela Vista - horário de funcionamento do centro de compras

31/12
Iguatemi, Costa Azul, San Martin, Lauro de Freitas, Pau da Lima e Cabula - das 7h às 18h
Brotas – das 6h30 às 18h
Guarajuba – das 6h às 18h
Horto Bela Vista - horário de funcionamento do centro de compras

01/01
Iguatemi, Costa Azul, San Martin, Lauro de Freitas, Pau da Lima, Cabula, Brotas e Horto Bela Vista – Fechadas
Guarajuba – das 10h às 18h

Perini
Pituba, Vasco da Gama e Graça
23/12 - das 6h30 às 21h
24/12 - das 6h30 às 18h
25/12 - Fechadas
30/12 - das 6h30 às 21h
31/12 – das 6h30 às 18h
01/01 - Fechadas

Café Costa Azul
23/12 – das 7h às 22h
24/12 – das 7h às 18h
25/12 – Fechada
30/12 – das 7h às 22h
31/12 – das 7h às 18h
01/12 - Fechada

Guarajuba
23/12 – das 7h30 às 20h
24/12 – das 6h às 18h
25/12 – Fechada
30/12 – das 7hàs 20h
31/12 – das 7h30 às 18h
01/12 - Fechada

Nos Shoppings Barra, da Bahia, Paralela e Salvador, as lojas seguirão horário dos respectivos centros de compras.

Mercantil Rodrigues
Calçada, Ogunjá e Pirajá
23/12 – das 7h às 22h
24/12 – das 7h às 18h
25/12 – Fechadas
31/12 – das 7h às 18h
01/01 - Fechadas

Lauro de Freitas
23/12 – das 7h às 22h
24/12 – das 7h às 18h
25/12 – Fechada
31/12 – das 7h às 18h
01/01 - Fechada

Ferreira Costa
Na véspera de Natal (24), a loja vai abrir das 8h às 17h. No Natal (25), estará fechada. Na terça-feira (31), o home center funciona apenas das 8h às 14h e no dia 1º de janeiro, estará fechada. *No domingo (02/01), a loja reabre das 8h30 às 17h*. Mais informações no Instagram e no site https://www.ferreiracosta.com.

TRAVESSIAS

Travessia Salvador-Mar Grande:
De Salvador – para Mar Grande – 6h30, 7h, 7h30, 8h, 8h30, 9h, 9h30, 10h, 10h30, 11h, 11h30, 12h, 12h30, 13h, 13h30, 14h, 14h30, 15h, 15h30, 16h, 16h30, 17h, 17h30, 18h, 18h30, 19h e 19h30.

De Mar Grande para Salvador – _5h, 5h30, 6h, 6h30, 7h, 7h30, 8h, 8h30, 9h, 9h30, 10h, 10h30, 11h, 11h30, 12h, 12h30, 13h, 13h30, 14h, 14h30, 15h, 15h30, 16h, 16h30, 17h, 17h30 e 18h.

Travessia Salvador-Morro de São Paulo
Os horários para Morro de São Paulo saindo do Terminal Náutico, em Salvador, são os seguintes: às 8h30, 9h, 10h30, 13h e 14h30. Já as saídas de Morro de São Paulo acontecem às 9h, 11h30, 13h, 14h30 e 15h. A passagem custa R$ 113 e a viagem dura em média 2 horas e 20 minutos.

ESPAÇOS CULTURAIS

Confira o funcionamento de espaços culturais e vilas natalinas no feriado:
Os equipamentos geridos pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), tais como a Casa do Carnaval (Pelourinho), Cidade da Música (Comércio), Casa de Jorge Amado e Zélia Gattai (Rio Vermelho), além dos Espaços Pierre de Verger da Fotografia Baiana e Carybé de Artes (ambos na Barra) não abrirão na sexta-feira (24) e sábado (25). Todos esses locais voltam a receber público apenas no domingo (26), com funcionamento das 10h às 18h – o último horário de acesso a esses museus, no entanto, deve acontecer até as 17h. Os ingressos custam R$20 inteira e R$10 meia.

Estarão em recesso até o dia 3 de janeiro a Casa do Benin (Pelourinho), o Teatro Gregório de Mattos (TGM) e Espaço Cultural da Barroquinha (ambos no Centro), além dos quatro espaços Boca de Brasa situados em Cajazeiras, Centro, CEU de Valéria e Subúrbio 360.

Vilas natalinas:
A decoração especial montada pela Prefeitura na Praça da Revolução, em Periperi, funcionará na sexta-feira (24), de 18h até 21h; e no sábado (24) e domingo (25), de 18h às 22h.

Na Praça do Campo Grande, a vila natalina funcionará na sexta (24) com três sessões: 18h, 19h e 20h. No sábado (25), o público poderá prestigiar os atrativos do local nos horários de 18h, 19h, 20h, 21h e 22h. Por fim, no domingo (26), a visitação estará aberta às 18h, 19h, 20h e 21h. Para ter acesso ao local é necessário efetuar agendamento no site www. natal. salvador. ba. gov. br.

Bibliotecas
As bibliotecas geridas pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), sendo elas a Edgard Santos (Ribeira), Denise Tavares (Curuzu) e Nair Goulart (CEU de Valéria), estarão fechadas nesta sexta (24), retornando às atividades na segunda-feira (27).

FEIRAS E MERCADOS MUNICIPAIS

Dia 24 (sexta-feira): Mercado Popular (6h às 14h); Mercado do Bonfim (8h às 14h); Nacs de Itapuã (7h às 17h); Mercado das Flores: 8h às 14h); Mercado Dois de Julho (8h às 14h); Mercado de Itapuã (8h às 18h); Nacs de Periperi (7h às 17h); Mercado de Cajazeiras (8h às 14h); Mercado São Miguel (8h às 14h); Mercado Modelo (8h às 15h); Mercado da Liberdade (8h às 15h); Mercado Jardim Cruzeiro (8h às 17h); Mercado Municipal São Cristóvão (8h às 16h); e Mercado de Fazenda Coutos (8h às 17h).

Dia 25 (sábado): Mercado Popular (6h às 12h); Mercado do Bonfim (Fechado); Nacs de Itapuã (7h às 12h); Mercado das Flores: (Fechado); Mercado Dois de Julho (Fechado); Mercado de Itapuã (Fechado); Nacs de Periperi (7h às 14h); Mercado de Cajazeiras (Fechado); Mercado São Miguel (Fechado); Mercado Modelo (Fechado); Mercado da Liberdade (Fechado); Mercado de Jardim Cruzeiro (8h às 14h); Mercado Municipal São Cristóvão (Fechado); Mercado de Fazenda Coutos (Fechado).

Dia 31 (sexta-feira): Mercado Popular (6h às 12h); Mercado do Bonfim (8h às 14h); Nacs de Itapuã (7h às 14h); Mercado das Flores: (8h às 14h); Mercado Dois de Julho (8h às 14h); Mercado de Itapuã (8h às 15h); Nacs de Periperi (7h às 17h); Mercado de Cajazeiras (8h às 14h); Mercado São Miguel (8h às 14h); Mercado Modelo (8h às 15h); Mercado da Liberdade (8h às 15h); Mercado Jardim Cruzeiro (8h às 17h); Mercado Municipal de São Cristóvão (8h às 16h); Mercado de Fazenda Coutos (8h às 17h).

OUTROS SERVIÇOS

Lotéricas:
- Sexta (24, véspera de Natal): das 9h às 18h.
- Sábado (25, Natal): fechada.
- Domingo (26): fechada.
- Segunda a quinta-feira (27 a 30/12) das 9h às 19h (horário estendido)
- Sexta (31, véspera de Ano Novo): das 9h às 18h.
- Sábado (1º, Ano Novo): fechada.
- Domingo (2): fechada.

Publicado em Bahia

O preço do tomate salgou o tempero dos baianos. O produto aumentou de 50% a 133% entre 1 de outubro e 29 de novembro deste ano, segundo o Centro de Abastecimento da Bahia (Ceasa), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE). O que mais encareceu foi o tomate de segunda, de menor qualidade, cuja caixa de 20 a 22 quilos, saltou de R$ 30 para R$ 70 (+133,3%).

Nos mercados de Salvador, o preço do tomate chegou a R$ 8,98 o quilo, na rede Hiper Ideal. Em um mercado na Baixa de Quintas, o produto ainda é encontrado por R$ 5,20/kg. Para driblar o aumento, os baianos passaram a consumir menos a fruta. Macarronada ao sugo e à bolonhesa terá molhos menos vermelhos, já que o ingrediente está mais raro nas receitas.

A assistente administrativa Sarah Fonseca, 19, consumia de 1,5 kg a 2 kg de tomate por semana. Agora, compra essa mesma quantidade a cada 30 dias. Ou seja, seu consumo reduziu mais de 75%. “Só sei cozinhar com tomate, cebola e pimentão. É a base da minha comida. Então, continuo comendo todo dia, mas reduzi a quantidade”, conta Sarah.

Em um almoço com uma amiga, ela modificou uma receita para não gastar tanto. “A gente foi fazer macarrão à bolonhesa. Eram muitos tomates para fazer o molho, não me recordo quantos, mas a gente só usou dois, porque não dá para cozinhar sem tomate”, explicou a assistente administrativa.

O aumento de preço do tomate rasteiro, que foi de 50% no último mês, tem diminuído a margem de lucro dos restaurantes italianos de Salvador. É o caso do restaurante Bottino, no Rio Vermelho. Em outubro, a cantina pagava R$ 2,60/kg. Agora, o mesmo produto passou a custar R$ 4 - uma alta de 53,8%. “Toda vez que existe aumento de alguma matéria-prima, principalmente, que a gente usa em abundância, a gente perde margem”, reconhece Claudio Bottino, dono do restaurante. Ele pontua que não repassou o preço para os clientes nem fez alterações no cardápio.

Aumento geral

Não foi só em Salvador que o preço do tomate disparou. Várias outras capitais tiveram alta, de acordo com o último levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Ipca), de outubro. Em Belo Horizonte (MG), o aumento foi de 36%; em Vitória (ES), 48%; e na cidade de Goiânia (GO), 33%. “A média de preços foi muito elevada em praticamente todas as regiões do Brasil, não foi algo específico de Salvador”, afirma Guilherme Dietze, economista da Federação do Comércio do Estado da Bahia (Fecomércio-BA).

Segundo ele, houve uma redução da produção do tomate, o que fez encarecer os preços. “Tivemos uma estiagem muito grande e, logo na sequência, uma geada. Isso complicou a safra e o plantio de alguns produtos como o tomate. Daí vem uma produção bem mais baixa, que acarreta um preço mais elevado”, esclarece o economista.

Contudo, ele acredita que a situação deva se normalizar no próximo mês. “Voltamos a ter período chuvoso e isso, de certa forma, melhora a produção. Pode ser um indicativo de que o aumento foi pontual e não uma inflação geral”, estima Dietze.

Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), explicou, por meio de nota, que, em outubro, houve pouca disponibilidade do produto no mercado, por conta de vários fatores, e isso afetou o preço do tomate em novembro.

“As geadas de julho provocaram perdas na lavoura e necessidade de replantio, postergando a disponibilidade do produto no mercado. Além disso, as temperaturas um pouco mais amenas seguraram o amadurecimento do fruto, reduzindo ainda mais sua oferta. As chuvas também contribuíram com o cenário, na medida em que dificultam o andamento da colheita”, esclarece a Conab.

A companhia ainda afirmou que o nível de oferta atual deriva da diminuição da área plantada na safra de inverno e que os dados oficiais do Ceasa/BA ainda não foram repassados para o governo federal.

A Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) confirma que houve redução da área plantada. "O aumento do valor do tomate é devido à redução de área plantada, reflexo dos aumentos dos custos de produção, como alta dos insumos. Além disso, esse período é de safra em Pernambuco e Paraíba, mas é um período de plantio do hortifruti aqui na Bahia", pontua a Federação.

O coordenador de Estudos e Projetos Agrícolas da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Marcelo Libório, acrescenta ainda que o ciclo da cultura do tomate é curto e isso influencia diretamente no preço. "Se a lavoura for bem conduzida, com cerca de seis a sete meses ela se esgota.

Essa característica de ser uma cultura rápida faz com que o produtor se planeje em função do preço. Quando ele percebe que o mercado está demandando o fruto ele planta, ele deixa de plantar ou reduz a área", explica Libório.

Na Bahia, a região que se produz tomate é, principalmente, a Chapada Diamantina, nos municípios de Mucugê e Ibicoara. "Nessa região, se encontram os grandes produtores. Já no entorno desses municípios, estão os pequenos e médios produtores", informa Marcelo Libório.

Como economizar

Uma forma de se esquivar dos altos preços é fazer como Sarah Fonseca, lá do começo da reportagem: comprar menos. Ao menos, a estratégia deve ser adotada até que o preço dê uma aliviada, orienta a presidente do Movimento de Donas de Casa e Consumidores da Bahia (MDCCB), Selma Magnavita.

“O consumidor pode deixar de usar até que baixe o preço, porque é a demanda que faz o preço. Se você não consome, o tomate vai ficar na prateleira. E vão ter que desovar baixando o preço ou jogando fora”, aconselha Selma.

Ela pontua que os aumentos de preço estão cada vez maiores. “Tudo que está aumentando de preço, está aumentando desastrosamente. Não são mais 20, 50 centavos. Agora são R$ 3 ou mais. O consumidor precisa observar isso para driblar a carestia, substituindo, trocando de marca, ou não comprando. Se tiver a necessidade absoluta de comprar aquele produto, compre menos. Porque se não fizer isso, vai sempre abalar o bolso”, recomenda.

Selma Magnavita ainda diz que é mais vantajoso, em vez de comprar a fruta, optar pelos molhos de tomate já prontos. Além disso, vale até mesmo substituí-lo por alimentos de coloração semelhante, como cenoura, abóbora, caqui, melancia e goiaba, e abusar de temperos como páprica e cúrcuma. “É preciso deixar de ser radical no uso do tomate nas receitas, trazendo a criatividade”, conclui.

Restaurantes italianos sofrem com escassez de tomate pelati

Os restaurantes italianos de Salvador que trabalham com o tomate pelati - do tipo enlatado, sem casca - relatam a escassez do produto. Importado, o produto chega à capital de navio, transportado direto da Itália pelo Atlântico. “Além do aumento do preço, a falta do tomate, principalmente enlatado, tem atrapalhado bastante. O preço está só aumentando. Em outubro, a gente pagava R$ 24 por uma caixa de 2kg. Agora, estamos fazendo cotação e está R$ 33”, conta a supervisora de compras do restaurante Di Liana, Tábata Polecco.

Em breve, Tábata diz que será preciso fazer um reajuste no preço dos pratos. “A gente não consegue achar com nenhum fornecedor e estamos tentando achar onde tem, comprando pelo preço de mercado, tentando negociar. Mas o valor está muito alto. Por enquanto, não estamos tendo prejuízo, porque essa falta tem só 15 dias. Mas vamos reajustar o cardápio”, afirma a supervisora de compras, que não sabe ainda de quanto será o reajuste.

Já no restaurante Bela Napoli, no Caminho das Árvores, foi feito um estoque de tomate pelati, quando se soube que o setor ia ter problemas com o abastecimento. “Quando vi que estava tendo isso, pela experiência, a gente já saiu buscando no mercado. Comprei antes da alta da procura e fiz estoque até dezembro, porque a gente não pode deixar que isso afete o preço ou repassar para os clientes”, esclarece Gian Angelino, dono do Bela Napoli. O preço normal que ele pagava em uma caixa de 20 kg de tomate pelati era R$ 45 a 50. No final de outubro, ela chegou a custar R$ 140. Agora, está em torno de R$ 100.

Para as baianas de acarajé, a situação também está difícil. Se o tomate continuar a subir de preço, o vinagrete da baiana vai sumir, segundo a presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam), Rita Santos.

“Não temos como repassar os preços dos insumos para os clientes, porque os clientes também estão sem dinheiro”, explica Rita. “O que vai acontecer é não colocar a salada, se continuar no preço que está”, alerta. Ela comprava, há um mês, o quilo de tomate por R$ 2,95. Hoje, a mesma quantidade está por R$ 5,99 - um aumento de 103%.

Preço do tomate:
G Barbosa: R$ 7,95
Big Bompreço: R$ 8,19/kg
Hiper Ideal: R$ 8,98/kg
Rede mix (Pituba): R$ 5,98/kg
Mercado Acupe de Brotas: R$ 5,89/kg
Mercado Super Barato (Baixa de Quintas): R$ 5,20/kg

Aumento do tomate de outubro para novembro*:
Tomate Extra - R$70 para R$120 (+71,4%)
Tomate Primeira - R$60 para R$90 (+50%)
Tomate rasteiro - R$60 para R$110 (+83,3%)
Tomate segunda - R$30 para R$70 (+133,3%)
*Caixa de 20 a 22kg

Fonte: Ceasa/SDE

A Caixa, responsável pelo pagamento das parcelas do programa Auxílio Brasil, já disponibilizou o calendário de pagamentos para o mês de dezembro. De acordo com a instituição, famílias que já recebiam o Bolsa Família e estão com os dados atualizados no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) não precisam fazer nenhum novo cadastro para receber os valores.

O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e o aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

O calendário de recebimento segue o padrão do antigo Bolsa Família, e usa o último dígito do NIS para definir a data do crédito.

Confira abaixo a tabela atualizada:

NIS final 1 -  10 de dezembro
NIS final 2  - 13 de dezembro
NIS final 3  - 14 de dezembro
NIS final 4  - 15 de dezembro
NIS final 5  - 16 de dezembro
NIS final 6  - 17 de dezembro
NIS final 7  - 20 de dezembro
NIS final 8  - 21 de dezembro
NIS final 9  - 22 de dezembro
NIS final 0  - 23 de dezembro

Publicado em Economia

Alimentos naturais, cultivados sem o uso de agrotóxicos e sem organismos geneticamente modificados estão conquistando cada vez mais espaço no solo baiano. Isto porque, segundo dados do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em setembro desse ano, o estado já contava 1.483 produtores orgânicos certificados – um crescimento de mais de 70% quando comparado ao ano passado. No Brasil, existe, no total, cerca de 25 mil produtores com o mesmo certificado, o que mostra o quanto esse segmento ainda tem a expandir.

“A Bahia tem um grande potencial para expansão da produção orgânica, considerando a oportunidade de terras disponíveis para a produção orgânica, o cenário positivo de expansão produtiva no oeste do estado e a diversidade de possibilidades de produção nos três biomas do estado: Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado”, destaca o assessor especial da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri-BA) e coordenador da Comissão de Produção Orgânica da Bahia, Thiago Guedes.

E dá para entender o tamanho dessa oportunidade. A Bahia tem, aproximadamente, 700 mil agricultores familiares. Este número representa 0,2% de produtores certificados, o que demonstra o montante de produtores que ainda podem ser certificados como orgânico, agregando mais valor ao produto e fortalecendo a cadeia. Com base no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO) entre os produtos que contam com selo produzidos por aqui estão o cacau, umbu, maracujá da caatinga, mamão, melão, alface, coentro, rúcula, milho, cebola, beterraba, cenoura, cana, aipim, goiaba, couve, abóbora, melancia, cebolinha, pimentão, tomate e limão.

“Sem dúvida, existe uma grande demanda de produtos orgânicos no estado que ainda não é abastecida pela produção interna, o que acaba oportunizando um cenário de ampliação da produção para atender o mercado interno. Atualmente, alguns produtores comercializam para os estados do sudeste do país. Precisamos localmente de consumidores ativos e participantes”, opina Guedes.

Produtora da comunidade de Lagoa Funda, no município de Barro Alto, território de Irecê, Paula Ferreira, produz um pouco de tudo: frutas, verduras e hortaliças e também agroindústria certificada com a fabricação de extrato de tomate, geleias, doces, temperos, farinhas e ervas desidratadas. Ela faz parte da Rede de Agroecológica Povos da Mata e está certificada há cinco anos.

“Vejo o orgânico como uma crescente tanto para quem produz, como para quem precisa desse alimento para garantir a segurança alimentar e nutricional de suas famílias. Acredito que em 2022 teremos saltos importantes no aumento de novos agricultores e agriculturas produzindo e com certificação no estado”, afirma.

Atualmente, os principais mercados que Paula atende estão nas feiras agroecológicas e os mercados coletivos, através do entreposto de comercialização gerido pela Associação Raízes do Sertão. “Ainda faltam assistência técnica e crédito. A melhor forma para ter investimentos e ampliar o número de produtores é fazer com quem os consumidores procurem os espaços públicos de comercialização, as feiras. Porque é ali que a venda é direta de quem produz”, complementa a produtora.

Hoje, a Rede Povos da Mata têm 900 produtores certificados. A expectativa, de acordo com o presidente, o Hércules Sar, é que esse número possa triplicar nos próximos dois anos.

“Nosso território tem uma diversidade de produtos muito grande. Mas precisamos de mais apoio para uma comercialização justa para se possa chegar até o consumidor sem atravessadores”.

Tendência
Em 2020, dados do Conselho Nacional da Produção Orgânica e Sustentável (Organis) apontaram que houve um crescimento do mercado brasileiro de orgânicos na faixa dos 30%, movimentando cerca de R$ 5,8 bilhões. Em termos mundiais, o faturamento do setor de orgânicos já ultrapassou a barreira dos 100 bilhões de dólares. Os Estados Unidos representam quase a metade do mercado mundial, seguidos pela Alemanha, França, China e Canadá.

Para o coordenador de cooperativa E da Feira Estação Orgânica Grapiúna, em Itabuna, Claudio Lyrio, para além de uma tendência mundial, a pandemia fez com que as pessoas se preocupassem mais ainda com a saúde e alimentação. Ele faz parte do Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica (OCA).

“As pessoas ficaram em casa, cuidaram mais da saúde, passaram a voltar uma atenção maior à alimentação. Se antes da pandemia, a coisa já estava em uma crescente, pós-pandemia, com certeza, esse universo pode se multiplicar. Inclusive, as grandes redes de supermercado já estão aumentando seus espaços de alimentos orgânicos. Se elas já perceberam isso, é um nicho de mercado que efetivamente está expandindo”.

Com o crescimento do mercado, o setor espera que aumente também o consumo. “Só com esse aumento, é que podemos trabalhar a questão do preço, o que é algo sempre questionado quando se diz respeito aos orgânicos. O grande gargalo com a questão do preço é o custo. Ele ainda é alto porque a nossa produção é em escala pequena, comparada ao produto convencional”, acrescenta Lyrio.

Produtor de orgânicos e membro da Comissão de Produção Orgânica da Bahia, Tércio Vieira, pontua que custa caro para o pequeno produtor obter a certificação como orgânico, o que acaba sendo mais uma limitação para uma ampla popularização desses produtos.

“A certificação orgânica pode ser participativa ou individual, mas aí o pequeno produtor precisa contratar uma empresa especializada para dar essa consultoria, o que fica em torno de R$ 2 mil a R$ 4 mil. Então, falta uma assistência técnica para preparar esse produtor e trabalhar o valor agregado do seu produto”.

Tércio defende, que ao adquirir um orgânico, o consumidor leva para casa não só aquele alimento, mas o cuidado com a questão da preservação ambiental, o cumprimento das leis trabalhistas e as práticas sustentáveis que o transformaram em um produto.

“A gente vem percebendo que o consumo aumentou e as pessoas entenderam a necessidade de consumir orgânicos que tem todo um cuidado com a sua produção. O que temos é um preço justo que contempla todo o custo com esse processo. Por outro lado, comparado com os alimentos convencionais onde há uma oscilação de preços constante, no orgânico o valor é mais estável”, completa Vieira.

QUAL A DIFERENÇA?

Orgânicos
São aqueles produzidos dentro de um sistema orgânico ou extrativista sustentável, ou seja, que beneficie o ecossistema local, proteja os recursos naturais, respeite as características socioeconômicas e culturais da comunidade local, além de preservar preserve os direitos dos trabalhadores envolvidos. Além disso, os orgânicos não utilizam organismos geneticamente modificados nem químicos sintéticos. Eles recebem certificação com o selo Produto Orgânico Brasil.

Agroecológicos
Os produtos agroecológicos são cultivados de forma justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável, agrotóxicos e transgênicos. Porém, diferente do orgânico, o agroecológico não tem ainda uma certificação e legislação para esse produto.

Hidropônicos
São alimentos cultivados artificialmente em uma estufa, sem a utilização de terra. Geralmente, a raiz é inserida em estruturas artificiais, como canos e tubos, que contêm água e os nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta.

Convencionais
Nesse caso, a produção tem ênfase em larga escala e conta com a utilização de insumos e tecnologias agrícolas como, por exemplo, fertilizantes e defensivos químicos.

Publicado em Bahia

No aniversário de um ano, o Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), ganha nova funcionalidade. Entra em vigor hoje (16) o Mecanismo Especial de Devolução, que agilizará o ressarcimento ao usuário vítima de fraude ou de falha operacional das instituições financeiras.

O mecanismo está regulamentado por uma resolução editada pelo BC em junho. Desde então, as instituições financeiras estavam se adaptando aos procedimentos.

Até agora, em uma eventual fraude ou falha operacional, as instituições envolvidas precisavam estabelecer procedimentos operacionais bilaterais para devolver o dinheiro. Segundo o BC, isso dificultava o processo e aumentava o tempo necessário para que o caso fosse analisado e finalizado. Com o Mecanismo Especial de Devolução, as regras e os procedimentos serão padronizados.

Pix Saque e Troco
Outras novidades para o Pix virão em breve. A partir do dia 29 estarão disponíveis o Pix Saque e o Pix Troco, que permitem o saque em espécie e a obtenção de troco em estabelecimentos comerciais e outros lugares de circulação pública.

No Pix Saque, o cliente poderá fazer saques em qualquer ponto que ofertar o serviço, como comércios e caixas eletrônicos, tanto em terminais compartilhados quanto da própria instituição financeira. Nessa modalidade, o correntista apontará a câmera do celular para um código QR (versão avançada do código de barras), fará um Pix para o estabelecimento ou para a instituição financeira e retirará o dinheiro na boca do caixa.

O Pix Troco permite o saque durante o pagamento de uma compra. O cliente fará um Pix equivalente à soma da compra e do saque e receberá a diferença como troco em espécie. O extrato do cliente especificará a parcela destinada à compra e a quantia sacada como troco.

Open banking
Ainda neste trimestre, o BC pretende estender o iniciador de pagamentos ao Pix. Por meio dessa ferramenta, existente para pagamentos por redes sociais e por aplicativos de compras e de mensagens, o cliente recebe um link com os dados da transação e confirma o pagamento.

Atualmente, o iniciador de pagamentos existe para compras com cartões de crédito e de débito. O BC pretende ampliar a ferramenta para o Pix, o que só será possível por causa da terceira fase do open banking (compartilhamento de dados entre instituições financeiras), que entrou em vigor no fim de outubro.

Com a troca de informações, o cliente poderá fazer transações Pix sem abrir o aplicativo da instituição financeira, como ocorre hoje. O usuário apenas clicará no link e informa a senha ou a biometria da conta corrente para concluir a transação. Tudo sem sair do site de compras, do aplicativo de entregas ou da rede social.

Estatísticas
Até o fim de outubro, segundo os dados mais recentes do BC, o Pix tinha 348,1 milhões de chaves cadastradas por 112,65 milhões de usuários. Desse total, 105,24 milhões são pessoas físicas e 7,41, pessoas jurídicas. Cada pessoa física pode cadastrar até cinco chaves Pix e cada pessoa jurídica, até 20. As chaves podem ser distribuídas em um ou mais bancos.

Em um ano de funcionamento, o volume de transações pelo Pix deu um salto. Em outubro, o sistema de pagamentos instantâneos movimentou R$ 502 bilhões, contra R$ 25,1 bilhões liquidados em novembro do ano passado. Segundo o Banco Central, 75% das transações do Pix em outubro ocorreram entre pessoas físicas, contra 87% no primeiro mês de funcionamento. Os pagamentos de pessoa física para empresa saltaram de 5% para 16% no mesmo período.

Empresas e governo
O aumento nos pagamentos a empresas decorre de funcionalidades adicionadas ao longo deste ano para estimular o recebimento de Pix por empresas e prestadores de serviço. Em maio, começou a funcionar o Pix Cobrança, que substitui o boleto bancário e permite o pagamento instantâneo por meio de um código QR (versão avançada do código de barras) fotografado com a câmera do celular.

Em julho, começou a ser ofertado o Pix Agendado, que permite o agendamento de cobranças, com a definição de uma data futura para a transação. Em setembro, o oferecimento da funcionalidade por todas as instituições financeiras passou a ser obrigatório.

As transações entre pessoas físicas e o governo aumentaram de R$ 2,25 milhões em novembro de 2020 para R$ 409,83 milhões em outubro deste ano. Apesar de pequenas em relação ao total movimentado, essas operações estão subindo graças a medidas como o pagamento de alguns tributos por grandes, micro e pequenas empresas e à quitação de taxas federais por meio do Pix.

Segurança
O Pix completa um ano em meio a preocupações com a segurança do sistema. Por causa do aumento de sequestros-relâmpago e de fraudes relacionadas ao Pix, o BC limitou, em outubro, as transferências a R$ 1 mil entre as 20h e as 6h. Medidas adicionais de segurança foram adotadas, como o bloqueio, por até 72 horas, do recebimento de recursos por pessoas físicas em caso de suspeita de fraude.

Em setembro, ocorreu o incidente mais sério com o Pix registrado até agora. Uma brecha de segurança no Banco Estadual de Sergipe permitiu o vazamento de 395 mil chaves Pix do tipo telefone. Na ocasião, não foram expostos dados sensíveis, como senhas, valores movimentados e saldos nas contas, mas os números de telefone de clientes capturados por pessoas de fora da instituição, que foi punida pelo BC.

Se casos semelhantes ocorrerem, as próximas punições poderão ser mais duras. No fim da semana passada, o BC acelerou as notificações às instituições financeiras que violarem os regulamentos do Pix e diminuiu as situações em que as multas serão isentas.

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